Archive for Outubro, 2019

HORA DO RANGO ENTREVISTA RAÍSSA FAYET

Outubro 31, 2019

ESCOLA PORTÁTIL DA HOLANDA REALIZA 7° FESTIVAL DE CHORO EM ROTTERDAM

Outubro 31, 2019

 

Evento acontece nos dias 2 e 3 de novembro; Organizadora é filial da escola portátil de choro do Rio de Janeiro, em Rotterdam, na Holanda

Eduardo Neves (flauta e sax) e Caio Marcio Santos (violão). Foto: Divulgação

Jornal GGN – A Escola Portátil da Holanda, em Rotterdam, realiza nos dias 2 e 3 de novembro o 7º Festival de Choro. O evento contará com a participação de Caio Márcio Santos (violão) Eduardo Neves (sax e flauta) e Pedro Aragão (bandolim).

A proposta é cruzar o choro brasileiro com outros estilos musicais, como jazz e música clássica. Além de música, o festival terá uma série de workshops em vários níveis para estudantes de música e, ainda, comida típica brasileira.

A Escola organizadora do evento é filial da escola portátil de choro do Rio de Janeiro, em Rotterdam, na Holanda, dirigida pelo cavaquinista neerlandês Marijn Van der Linden.

Veja a programação:

2 NOVEMBRO

Local: WMDC Rotterdam, Pieter de Hoochweg 125 Roterdã

10: 30-11: 30 aulas / workshops para iniciantes em instrumentos € 10 por aula
11: 30-12: 30 aulas / workshops para semi-avançados 10 € por aula
12: 30- 13:30 aulas / workshops para avançados 10 € por aula

14: 30-16: 00 Masterclass choro-jazz com Eduardo Neves e Caio Márcio Santos 15 €

Local: Batavierhuis, Pieter de Hoochweg 108 Roterdã

16: 30-19: 30
Roda de Choro liderada por Marcelo Rosário (guitarra) e Morgana Moreno (flauta) €grátis

20: 00-21: 00 leitura / reunião sobre o choro na Europa com os palestrantes Etienne (Lille e Viena), Marijn van der Linden (Roterdã) e Pedro Aragão (Porto e Rio).

3 DE NOVEMBRO

Show:

Convidados especiais do Rio de Janeiro:
Caio Márcio Santos (violão) Eduardo Neves (sax e flauta) e Pedro Aragão (bandolim)

Duo Edu e Caio: https://youtu.be/JgcMNjiCKGw
Caio: https://www.youtube.com/watch?v=RH8yhckeGcY
Eduardo: https://m.youtube.com/watch?v=FKYCAM1snIU
Pedro Aragão : https://www.youtube.com/watch?v=8MR9L-rCkwc

Professores do EPM Holanda:
Elizabeth Fadel (piano)
Udo Demandt (percussão)
Alvaro Rovira Ruiz (guitarra)
Rafael Pereira Lima (sax)
Angelo Ursini (flauta / clarinete) )
Kees Gelderblom (guitarra)
Hassan Ait Moumad (cavaquinho / baixo)
Marijn van der Linden (cavaquinho)
Magda Mendes (voz) Viviani Godoy (voz) Maarten Meddens (piano) Marco Santos (percussão)

Paulo Bouwman (violão / cavaquinho)

No palco Grote Zaal

15:30 Iniciante ensemble EPMH
15:45 semi ensemble EPMH
16:00KIDS EPMH
16:30 Concerto: PROFESSORES FEAT PEDRO ARAGAO
17:30 Grupos vocais de Magda
17:50 ensemble avançado 2 ou 3 músicas
18:10 Demonstração Gafieira por Sarah e Rodrigo
18:15 Pauze
18:50 regional do Hans
19:00 Kees samba group com demo de Capoeira?
19:25 Clássico encontra choro de Elizabeth Fadel
20:00 Eduardo e Caio em concerto

Kleine zaal Parque
infantil (jogos, schmink ..)
17: 30-18: 00 Oficina de capoeira
18: 30-19: 00 Oficina de Gafieira

Grounds Café
21: 00-22: 00 Se sobrar tempo … Roda de Choro (acústica)

COMO UMA FESTA RURAL E SUBVERSIVA VIROU O FENÔMENO GLOBAL DP HALLOWEEN

Outubro 30, 2019

Em um livro sobre o tema, o escritor David J. Skal explica a origem e a evolução de uma celebração pagã que hoje se tornou uma poderosa arma de colonização cultural

Um grupo de pessoas fantasiadas, em uma imagem sem data.
Um grupo de pessoas fantasiadas, em uma imagem sem data.

Em todos os grupos humanos existem mitos que formam sua identidade e ajudam na sua coesão. Por exemplo, esse que rege a sociedade norte-americana e que fala do “sonho americano”. “Os norte-americanos somos educados com a ideia de que, pelo mero fato de sê-los, temos direito a sermos o que quisermos. A promessa de transformação pessoal é parte importante da nossa mitologia cultural. Por isso, muitos norte-americanos, entre os quais me incluo, mencionam o Halloween como sua festa favorita. Nesse dia tentamos demonstrar que o mito é verdadeiro, nos fantasiando de monstros como Drácula, que tem entre suas características a de mudar de forma, como se também perseguisse o sonho americano”, diz David J. Skal por e-mail.

Nascido em Ohio em 1952, Skal é “especialista na cultura do horror”, título obtida graças a seus conhecimentos sobre o terror clássico de Hollywood, a vida e obra de Bram Stoker e seus ensaios sobre cultura popular, como Monster Show e o Halloween: The History of America’s Darkest Holiday (Halloween: a história do feriado mais sombrio da América, inédito no Brasil), que explica a origem, evolução e influência dessa festa, cuja origem remonta a ritos pagãos vinculados ao ciclo agrícola.

“As tradições relacionadas às estações e colheitas existem em todas as sociedades. No caso da cultura ocidental, a Igreja cristã primitiva mudou de data muitas das suas celebrações mais importantes para fazê-las coincidir com antigas festas pagãs. Hoje as chamamos de Halloween e Natal, mas tudo foi parte desse esforço por converter os pagãos ao cristianismo”.

Além de seu vínculo com a natureza e a religião, o Halloween tem um marcado caráter subversivo. Durante uma noite, os papéis se transtornam, o monstro – o diferente – abandona seu esconderijo, e as crianças atemorizam os adultos com seu “trick or treat” – doce ou travessura. “O Halloween tem muitas semelhanças com antigas celebrações europeias como a Festa dos Loucos, em que, por um dia, os plebeus se vestiam como reis, e a ordem social se invertia. No princípio do século XX, nos Estados Unidos, era comum que crianças brancas se pintassem de negras, e vice-versa. Embora hoje em dia as fantasias raciais sejam tabu, as pessoas gostam de aproveitar qualquer oportunidade para se desinibir, e o Halloween permite transformar essa vontade de romper as convenções sociais em um ritual controlado.”

Entre muitos outros temas, o livro de Skal analisa como o politicamente correto influenciou o Halloween, festa em que quase tudo era permitido. O autor relata casos de universidades que aconselham seus alunos a não se fantasiarem de pessoas com deficiência ou de outras culturas, medida que expulsa da festa turbantes, mutilações, chapéus mexicanos, tapa-olhos de pirata ou roupas de mendigo.

Porém, o maior perigo ao qual o Halloween esteve exposto nessa cruzada politicamente correta ocorreu em 2001. Semanas depois dos atentados de 11 de setembro daquele ano, muitos norte-americanos pediram a suspensão das atividades, por considerar que as brincadeiras sobre mortos eram uma afronta às vítimas. Outra parte da população, entretanto, alegou que o terrorismo não condicionaria suas vidas, nem o politicamente correto a sua liberdade de expressão, e não só ficaram os turbantes e chilabas como também foram complementados pelas máscaras de Bin Laden, sucesso de vendas naquele ano.

Pessoas fantasiadas de quadros famosos num desfile em Kawasaki (Japão), em 28 de outubro de 2018.
Pessoas fantasiadas de quadros famosos num desfile em Kawasaki (Japão), em 28 de outubro de 2018.

Imperialismo cultural

Surgida na Europa, a festividade que deu origem ao Halloween viajou para o continente americano com os peregrinos. Nos últimos anos, empreendeu um novo périplo, que a levou que volta ao Velho Continente e a quase todos os países ocidentalizados, alguns dos quais veem com preocupação que suas tradições sobre os mortos sejam deslocadas por esta festividade importada.

Um receio que, como detalha Skal, esquece que todas as tradições se misturam e evoluem, incluindo Halloween. De fato, elementos que se consideram inerentes a esta festa são relativamente recentes. É o caso das bruxas, sempre representadas como idosas grotescas, vestidas de preto e usando chapéus bicudos. Longe de proceder da Idade Média ou do Barroco, esse imaginário tem sua origem na Bruxa do Oeste interpretada por Margaret Hamilton na versão de O Mágico de Oz de 1939. Até então, as bruxas do Halloween eram espevitadas melindrosas com vestidos coloridos.

Uma mulher fantasiada de bruxa participa de um desfile em Salem, Massachusetts (Estados Unidos), em 4 de outubro de 2018.
Uma mulher fantasiada de bruxa participa de um desfile em Salem, Massachusetts (Estados Unidos), em 4 de outubro de 2018.

“Há pessoas que se queixam da invasão do Halloween ou da apropriação da cultura mexicana pelos anglo-saxões. Mas eu vivo no sul da Califórnia, onde há muita população hispânica, e a maioria das pessoas parecem gostar que as decorações e ritos do Dia dos Mortos se misturem às do Halloween. No entanto, cada comunidade se relaciona com os mortos de um jeito diferente. Os norte-americanos através de criações como Drácula e Gasparzinho, enquanto a cultura latina honra os defuntos com mais seriedade”.

AQUILES RIQUE REIS: HISTÓRIA SOBRE ÍDOLOS

Outubro 29, 2019

Capa do DVD Banda Zil, ao vivo

por Aquiles Rique Reis*

Vou lhes contar um conto: em 1986, Zé Renato, Claudio Nucci, Ricardo Silveira, Marcos Ariel, Zé Nogueira, Jurim Moreira e João Batista formaram a Banda Zil. Logo o fato correu de boca em boca.

Entusiasmados com a junção de instrumentistas tão competentes, tão atarefados em suas próprias carreiras, tão agendados para gravar álbuns de grandes nomes da MPB… ainda que com um pé atrás, houve uma certa comoção na área musical: “Será?” “Tou torcendo!” “Acho complicado, essa banda é um verdadeiro Butantan, só tem cobra!” – essa é velha, perdoem-me, mas não resisti, é que na época se falava assim.

Ainda que houvesse um misto de torcida entusiasmada com incredulidade realista, a notícia se alastrou, causando boa expectativa na área musical. Mas o papo era reto. Logo os caras passaram a ensaiar – isso já em 1987. Os primeiros shows arrebentaram a boca do balão – essa também é velha, perdoem-me.

E logo nasceu o primeiro disco. Nós que amamos música boa, devorávamos cada faixa, num grande banquete harmônico/melódico. Ouvir os caras de quem éramos próximos nos permitiu aceitá-los como o que são, craques: Zé Renato com voz de tenor, que vai além de um som agudo; Claudio Nucci, idem, e ainda mais com seu violão; Ricardo Silveira e sua guitarra universal; Marcos Ariel com o teclado que brilha em cada acorde; Zé Nogueira com seu sax precioso; Jurim Moreira na batera, que soa como um instrumento harmônico; e João Batista, cujo baixo sustenta qualquer gênero. Lá estavam sete músicos como nós, seus contemporâneos, e brilhando. O que parecia apenas ficção hoje é fato.

Agora, após assistir o recém-lançado DVD Banda Zil, ao Vivo (MP,B e Discos/Som Livre) me veio um verso de “Um Dia”, do Caetano: “(…) Eu não estou indo embora/ Tô só preparando a hora de voltar (…)”.

Veja bem, leitor, eu não tenho prova, mas tenho convicção. Por isso eu sentencio que houve a cena que ora reproduzo: entre lágrimas, os caras da Zil cantaram o tal verso do Caetano – no fundo, sabiam que voltariam a se juntar. Pois bem, voltaram melhores e mais amadurecidos.

Todas as oito músicas do primeiro disco estão no DVD. Assistindo-o, de tão empolgado, fiz um exercício: ouvi as faixas do disco de 1987 no YouTube, intercalando-as com a mesma música do DVD. Assim fiz e me pus a escrever sobre a Zil.

O repertório continua excelente. Os arranjos instrumentais, bem como o jeito que cada um tem de tocar, demonstram, enfim, que os caras podem até ser nossos contemporâneos, mas são mais que isso, são nossos ídolos. São músicos que fazem da música respeitoso ofício.

A Zil é rara. Tudo o que toca vira ouro. E é mais que uma banda, é um símbolo, a prova cabal da força que vem com a união, gerando a cara de um Brasil que deu certo. Reverenciar o talento da Banda Zil é amar a música brasileira que luta para não ser inexequível, como são as tais linhas paralelas que só se veem no infinito…

E o sonho segue em busca do tempo do possível, que há de nos redimir.

OS PROTESTOS DOS MÚSICOS CHILENOS

Outubro 29, 2019

Víctor Jara, cantor chileno assassinado na ditadura Pinochet, recebe homenagem de artistas nos diversos protestos do país: aqui, mostramos duas versões gravadas e a música especial lançada por Ana Tijoux

De Santiago, Chile

Jornal GGN – A maior crise social e política do Chile desde a ditadura do general Augusto Pinochet está sendo também manifestada pelos artistas e músicos do país.

É nesse clima que um grupo de 30 reconhecidos músicos chilenos decidiram gravar uma versão atual da canção “O direito de viver em paz”, do cantor chileno Víctor Jara, assassinado na ditadura Pinochet.

O trabalho musical reúne nomes como Mon Laferte, Joe Vasconcellos, Cami, Francisca Valenzuela, Gepe, Fernando Milagros, Illapu, Kanela e outros cantores de diversos gêneros musicais reconhecidos na América Latina.

“Repudiamos as ações do governo ao militarizar as ruas, assassinar e torturar nosso povo. Elevamos este canto como uma intenção genuína de provocar mudanças profundas e estruturais na nossa sociedade”, traz trecho da canção regravada:

A célebre letra do cantor morto pela ditadura também foi inspiração para músicos chilenos de todo o mundo se unirem em uma composição para manifestar a favor da população, à distância.

“Junto a músicos chilenos espalhados pelo mundo, fizemos esta versão de O Direito de Viver em Paz, de Víctor Jara, com a única intenção de somar nossos instrumentos aquelas demandas que o povo do Chile clama”, escreveu o músico Daygoro Serón, ao compartilhar a versão:

 

A cantora Ana Tijoux, que logo no início das primeiras manifestações criou desde a sua casa uma canção especial dedicada aos protestos “Panelaço”, que viralizou rapidamente, decidiu estrear a versão oficial que resume as lutas nas ruas: “Não são 30 pesos, são 30 anos”.

A música, que já ganhou duas versões, recebeu recentemente referências ao áudio vazado da primeira-dama Cecília Morel, que dizia que os protestoss eram como um “ataque alienígena”, e as críticas à repressão do aparato estatal contra os manifestantes. Acompanhe a última versão:

 

HORA DO RANGO ENTREVISTA BANDA ALÁFIA

Outubro 28, 2019

VÍDEO: PODER DA CRIAÇÃO 5 ANOS DE SAMBABOOK

Outubro 27, 2019

GRUPO TEATRO MÁGICO VISITA ACAMPAMENTOS DO MST, NO PARÁ, AMEAÇADOS DE DESPEJO

Outubro 27, 2019

CANÇÃO NA TERRA

Integrantes estiveram no acampamento Hugo Chaves e Dalcídio Jurandir, cujo despejo está marcado para o dia 5 de novembro

Catarina Barbosa

Brasil de Fato (Marabá – PA)

Outubro de 2019.

O grupo foi recebido pelas crianças do acampamento de rostos pintados, em homenagem ao trabalho dos músicos e dançarinos - Créditos: Foto: Catarina Barbosa
O grupo foi recebido pelas crianças do acampamento de rostos pintados, em homenagem ao trabalho dos músicos e dançarinos / Foto: Catarina Barbosa

O grupo de música Teatro Mágico visitou na manhã deste sábado (26) dois acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra (MST): o Hugo Chaves, em Marabá e o Dalcídio Jurandir, em Eldorado do Carajás, ambos no Pará, cujo despejo está marcado para o dia 5 de novembro.

O grupo conheceu a produção do território e dialogou com os acampados realizando atividades artístico-culturais. Entre as músicas cantadas pelos integrantes junto aos moradores está a “Canção da Terra”, de autoria do trovador Pedro Munhoz, presente no álbum A Sociedade do Espetáculo (2011), que fala sobre a importância da reforma agrária e da luta promovida pelo MST.

Os moradores entregaram mudas de plantas para os membros da banda. Eles plantaram como símbolo dessa produção que o acampamento estimula dobrar nos próximos dois anos.

Crianças do assentamento receberam a visita de Anitelli e o grupo Teatro Mágico com estusiasmo. / Foto: Catarina Barbosa. 

No acampamento Hugo Chaves, constituído por 50 famílias, os integrantes da banda foram recebidos na Escola Luiz Carlos Miranda Gomes, que recebeu esse nome em homenagem a um integrante do MST que tombou na luta pela terra. Para Fernando Anitelli, vocalista da banda, muito mais do que defender a causa é importante conhecer o dia a dia de quem luta pela terra.

“A gente está transformado, a gente está tocado de passar um tempo e conhecer a fundo do que se trata o MST, as vivências, os jovens, os mais velhos. Do que se fala aqui dentro, como se fala. Como se ensina a resistência, a luta através do respeito. O que dizem por aí nas mídias, na luta é completamente mentiroso, equivocado”.

Fernando Anitelli canta junto com as famílias do acampamento e se diz “tocado” com a organização dos acampados. / Foto: Catarina Barbosa

No Dalcídio Jurandir – cuja reintegração de posse está marcada para o dia 5 de novembro – diversas crianças pintaram os rostos para receber a banda. Os artistas foram recebidos pela comunidade e puderam conhecer um pouco mais das atividades desenvolvidas junto às crianças.

Enivaldo Alves do Nascimento, da direção estadual do MST, explica que o movimento lançou uma nota dizendo que em dois anos dobrarão o número de árvores plantadas na comunidade. Nos últimos cinco anos foram plantados 30 mil árvores nas comunidades e a ideia é que isso dobre nos próximos dois anos.

“A gente não é bem entendido por uma boa parcela da sociedade e quando essas pessoas adentram aos nossos espaços e conhecem um pouco da nossa realidade. Vê o nível de luta, a nossa compreensão, não só para a questão agrária, para a questão da terra, mas para toda essa estrutura que deve existir. A gente pensa que a sociedade pode nos ver de uma outra forma. Isso soma muito no nosso contexto de luta”, enfatiza. 

Edição: Camila Salmazio

ESPETÁCULO CONTA A EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES SECUNDARISTAS QUE OCUPARAM AS ESCOLAS EM 2016

Outubro 27, 2019
CULTURA EM SP
Últimas apresentações do ano ocorrem nesta sexta e sábado (26), às 20h, no Sesc Belenzinho, na zona leste da capital paulista
   
DIVULGAÇÃO

“A gente realmente passou por todo esses momentos da repressão policial, de debates com a direção que nunca chegavam em lugar nenhum (…) a gente fala dentro da peça o que aconteceu de verdade”, destaca atriz

São Paulo – Nesta sexta-feira e sábado (25 e 26), às 20h, ocorrem as últimas apresentações do ano, em São Paulo, do espetáculo Quando Quebra Queima, em cartaz no Sesc Belenzinho, na zona leste da capital, com ingressos que variam de R$ 9 a R$ 30, disponíveis apenas para esta sexta. Com direção de Martha Kiss Perrone, a peça da Coletiva Ocupação traz a performance de estudantes que participaram do movimento secundarista, entre 2015 e 2016, responsável por ocupar diversas escolas públicas em oposição ao projeto de reorganização escolar e em meio às denúncias da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurava o pagamento de propina em contratos de merenda escolar durante a gestão do então governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Há dois anos circulando por espaços culturais e festivais dentro e fora de São Paulo, com exibições internacionais na Inglaterra e Portugal, o espetáculo é fruto de uma rede formada pela diretora e atores ao longo do processo de ocupação das escolas que leva ao palco a perspectiva dos que viveram de dentro esse que foi um grande movimento de resistência.

“A gente realmente passou por todo esses momentos da repressão policial, de debates com a direção que nunca chegavam a lugar nenhum, essa coisa do movimento mesmo de estar presente, estar dentro de uma escola, se dividir em núcleos para poder cuidar da escola nesse período de ocupação”, destaca a atriz Mel Oliveira em entrevista à jornalista Marilu Cabañas nos estúdios da Rádio Brasil Atual. “Então, tudo o que a gente fala dentro da peça é o que aconteceu de verdade, nada daquilo é maquiado, inventado, roteirizado, escrito por outra pessoa e a gente não está lá interpretando, não, a gente viveu aquilo.”

O espetáculo também reflete a própria passagem dos estudantes secundaristas, hoje já formados no ensino médio, e com parte deles tendo ingressado na universidade, como explica Mel, que cursa Filosofia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Com o intuito de mostrar que esse processo de luta política continua, a peça faz também uma “dança-luta” e, em 2020, ganhará espaço diretamente nas escolas públicas, onde será exibido.

Confira a entrevista da Rádio Brasil Atual 

 

 

 

24° FESTIVAL DE DANÇA DE RECIFE TEM PROGRAMAÇÃO DIVERSA A PREÇOS POPULARES

Outubro 26, 2019

AGENDA CULTURAL

Nesse domingo, a Escola de Frevo do Recife & Orquestra de Ouro Preto se apresentam com Alceu Valença gratuitamente

Da Redação

Brasil de Fato | Recife (PE)

26 de Outubro de 2019.

Programação acontece no teatro Santa Isabel, Apolo, Hermilo Borba Filho, Barreto Júnior e Luiz Mendonça ou tomará conta de espaços públicos - Créditos: Divulgação
Programação acontece no teatro Santa Isabel, Apolo, Hermilo Borba Filho, Barreto Júnior e Luiz Mendonça ou tomará conta de espaços públicos / Divulgação

O 24º Festival de Dança do Recife vai até o dia 27 de outubro, em cinco teatros e espaços públicos da cidade. No domingo (27), o Parque Dona Lindu recebe a Escola de Frevo do Recife & Orquestra de Ouro Preto, com participação de Alceu Valença, às 18h e gratuito. Confira a programação desse sábado (26) e domingo (27):

 

SÁBADO (26)

Teatro de Santa Isabel – Espetáculo infantil Creme do Céu, da Cia Tápias de Dança (RJ), às 10h. Ingressos: R$ 20 (meia entrada R$ 10)

Pátio de São Pedro – Espetáculo Pontilhados, do Grupo Experimental (PE), às 16h. Gratuito. Para 40 pessoas

Teatro Barreto Júnior – Mostra de Coreografias, às 18h. Ingressos: R$ 20 (meia entrada R$ 10)

Teatro Hermilo Borba Filho – Espetáculo Ei, quem é que te empurra?, solo de Alisson Lima (PE), às 19h. Ingressos: R$ 20 (meia entrada R$ 10)

Teatro Luiz Mendonça – Espetáculo Romeu e Julieta, do Balé da Cidade de Campina Grande (PB), às 20h30. Ingressos: R$ 20 (meia entrada R$ 10)

Na Escola – Batalha de Hip Hop Ginga B’Boys e B’Girls, na Escola Municipal Bidu Krause, das 14h às 20h

DOMINGO (27)

Avenida Rio Branco – Batalha de Hip Hop, grupo Ginga B’Boys e B’Girls (PE), das 9h às 20h. E Intervenção Dançante de Salão, das 16h ás 18h. Gratuitos

Teatro Apolo – Espetáculo O Homem de Sambaqui, da Cia Trapiá de Dança (PE), às 19h. Ingressos: R$ 20 (meia entrada R$ 10)

Teatro Hermilo Borba Filho – Performance Carne ou Vodka, de artistas independentes, às 20h. Ingressos: R$ 20 (meia entrada R$ 10)

Parque Dona Lindu – Escola de Frevo do Recife & Orquestra de Ouro Preto, com participação de Alceu Valença, às 18h. Gratuito

Edição: Monyse Ravenna