Archive for Fevereiro, 2011

Cri-ações: Giacometti

Fevereiro 28, 2011

Cri-ações de novas formas de ser

em expansões que correm nos cortes

rizomáticos nas certezas do eu-femi-ni-smo

Da persistência da inútil memória

que se transforma quando produzimos.

 

Vivências que se faz nos blocos

sensações que vibra e estremecem

as bordas deste raso realismo

E nestas longas estátuas cabec-agudas

conexões de uma rede sem familiarismo

Foi então assim…

Fevereiro 28, 2011

… que tudo terminou, o sonho findou antes de começar. a sorte não veio, pois a azar não existia.a dor sentia momento de extase quando os ventos levavam os sonhos de quem não dormia. fez se silencio ao acordar, perpetuava tranquilidade enquanto fingia. fazia tormenta dos tempos presentes. faz agora do passado uma saudade como se não fosse possível um novo .

Comentário-poesia de Nelson Noel

Photo Graphein: Giuseppe Primoli

Fevereiro 28, 2011

Vendedor ambulante na Praçã em Roma

Notas Embarangadas

Fevereiro 26, 2011

 

 

 

  • Temos uma notícia boa e uma ruim. Qual você quer primeiro? Demorou pega logo a boa… A banda de rock Pearl Jam  tem shows confirmados no Brasil. Agora a ruim é que ainda não se sabe onde, só quando… em Novembro. Até lá vai higienizando a gargantinha para o grito grunge.

 

 

  • Um dos instituto de pesquisas que pende para o lado direito da balança, o Ibope fez uma pesquisa inédita que foi encomendada pela ONG católica pelo Direito de Decidir (CDD) e que contou com mais de 2.000 pessoas em 140 cidades. O tema foi o aborto, um tema que separa parte da sociedade civil, o estado e as religiões. Mas o resultado foi claro e irônico: : 61% da população acredita que a decisão sobre a interrupção da gravidez não planejada deve ser tomada pela mulher; e 5% acha que as instituições sociais é quem devem dar a palavra final. E em outra pergunta, 40% ainda afirmaram que o papel do governo é ofereçer o aborto como serviço público de saúde (foi a segunda opção mais votada). Os gráficos podem sere vistos aquiaqui ou aqui.  

 

  • E depois de tanta Lady gaga, a palavra passa ao vampirista ao contrário Ozzy Osbourne. O músico declarou que “Ela pode ser a próxima Madonna se souber agir certo, mas eu estou ficando cansado dela… Ela deveria sumir por alguns meses” , pelo jeito ela ainda vai continuar por a-qu-í.

 

  • Este domingo(27) a partir das 17 horas, acontece a bandinha de Fortaleza no Centro Cultural Dragão do Mar com o “VI Baile de Carnaval Infantil”. A preparação já vem acontecendo faz tempo pelo projeto “Brincando e pintando” e as fantasias já estão tinindo. O evento enche de cores e música a Praça Verde e este ano está ainda mais festeiro na tradição popular onde além do baile terá o cortejo de bonecos gigantes e a realeza (rainha e rei momo) do carnaval de Fortal…. “ Venham cair na folia a beira mar.

  • Lady Gaga é uma mulher arretada. Logo depois de lançar sua primeira música do novo album já esta de tico-tico com a segunda. Ele arreganhou o refrão letra de ‘Judas’ no seu twitter. Anota aí uma tradução esquizo: ” Eu só sou uma beata, oh beibê ele é tão cruel, mas eu ainda estou apaixonada por Judas, Beibê”(“I’m just a Holy Fool, oh baby he’s so cruel, but I’m still in love with Judas, Baby”) esperem que logo sai os dois clipes de “Born This Way’ e dia 23 de maio sai o novo álbum de Lady Gaga para baixar e comprar. Agora o doc. Da turnê que está sendo rodado vai demorar um pouquinho viu, beim….

  

  • O cientista alemão Harald zur Hausen que já angariou o Nobel pela descoberta de um vírus cancerígeno, o vírus do papiloma humano (HPV) , agora em seu recente estudo tem uma hipótese de que há outros vírus que podem provocar câncer. Ele afirmou que suspeita ‘que o câncer intestinal e o câncer nos órgãos responsáveis pela produção do sangue possam ser desencadeados por infecções.” E ainda afirma “está se observando que a propagação do câncer (principalmente de cólon e intestino) está ligada ao consumo de carne bovina. “ Olho no prato.

 

  • Este domingo o Centro Cultural Dragão do mar ainda traz a mostra “Animações para Adultos”. No cardápio temos “Sushiman”. De Pedro Iuá , “Santa de casa”. De Allan Sieber , Hotel do coração partido. De Raoni Assis .

 

  • Em Brasilia, 19 horas começa mais um VOZ DO BRASIL! (som de um solo de guitarra rasgando ‘O guarani’ de Carlos Gomes). É assim a programação das rádios todos dias de semana informando e aproximando o povo do que ocorre no dia-a dia político. Este programa é bastante antigo e que carrega o nome “Voz do Brasil’ desde 1938. Porém esta realidade pode acaber se depender da Abert (Associação Brasileira Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) que pretende extingui-çp cada vez mais produzir um lucro conhavado pelas suas concessões. Várias entidades se manifestaram pela continuidade da Voz do Brasil entre ela o MST, Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e até os improdutivos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa). O debate já tem apoios nas casas legislativas e no executivo.

Bob Dylan e Joan Baez em cantos de amor as vidas

  • Se você não nasceu nos anos 60 e perdeu a chance de ouvir o corte da superfície feito pelos músicos engajados não se desespere…. principalmente se um dos que te atraem é Robert Allen Zimmerman, ou para os íntimos, Bob Dylan. Isto tudo por que um show do início de sua carreira de Bob Dylan será lançado como álbum ao vivo. O concerto aconteceu em 10 de maio de 1963, na Brandeis University em Massachusetts. As gravações descobertas recentemente sairão em CD, vinil, e mp3 em abril. O setlist do show inclui “Talkin’ John Birch Paranoid Blues”, “Talkin’ World War III Blues” e “B. Dylan’s Dream”.

 

  • A novela do Cine Belas Artes ainda não está próxima de seu último capítulo. Não se sabe se haverá patrocinadores para ajudar a manter o cinema em funcionamento. O Banco do Brasil foi contactado mas ainda não respondeu. Enquanto isto várias manifestações aconteceram (como a marcha dos artistas e arquitetos com presença de Ralquel Rolnik, etc.). Esperamos que o Cine Belas artes volte a andar na correnteza kinemasófica sem sair do seu lugar.

 

  • A industria de filmes, vide Hollywood está preocupadíssima. Isto por que a venda de DVDs vem diminuindo e o público dos cinemas caiu 23%. Mas a queda que preocupa são no seus lucros e market shares que querem sempre continuar subindo compulsoriamente. Então não há crise nenhuma, ainda mais tratando sobre uma indústria fílmica. O cinema sempre continuará a ser produzido, com ou sem lucros, e a indústria para o consumo (ou abate) é algo que não nos preocupa. O mesmo já havia sido noticiado neste bloguinho sobre a indústria fonográfica. Enquanto o entretenimento não deixar disso… ta difilcil… Deixa dilsso e vamos Nelson.. 

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Fevereiro 25, 2011
 
Arles, 18 de setembro de 1888

Madonna e  Criança (1320-1330),  GIOTTO

 

 

 

Madonne, Washington, National Gallery of Art.

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Van Gogh comenta nesta carta a influência dos velhos mestres em sua obra e concepções:

” Tentei colocar alguma coisa disto (do colorido de Avignon) num dos jardins pintados em plena pasta, amarelo-limão e verde limão.

Giotto foi quem mais me tocou, sempre sofrendo e sempre cheio de bondade e de ardor, como se já vivesse num outro mundo. Giotto aliás é extraordinário, e o aprecio mais que os poetas…

Smpre me parece que a poesia é mais terrível que a pintura, embora a pintura seja mais baça e afinal mais chata. E o pintor, afinal, não diz nada, ele se cala e eu prefiro isto.”

 

 

Giotto di Bondone é  um dos mais importantes pintores italianos e principal responsável pela quebra da arte do estilo Bizantino do começo das Idades Médias. Ele foi principalmente ligado a Florença, embora ele tenha sido treinado em Roma. Ele também trabalhou em Avignon, Padua e Nápoles (1328-32).

Durante um certo período na arte italiana, um gênio que quebrou o sortilégio do conservadorismo bizantino pôde aventurar-se em um novo mundo e traduzir para a pintura as figuras realistas da escultura gótica. A arte italiana encontrou esse gênio no pintor florentino Giotto di Bondone.Suas poucas pinturas de paineis de autoria indiscutível incluem ‘Ognissanti Madonna’ (Florença, Uffizi).

Concentração e gravidade são a marca característica do estilo de Giotto, e suas silhuetas, notaveis por seus caráter expressivo e peso tri-dimensional,  habitam espaços arquiteturais convicentes.O papel que ele teve como pioneiro de uma nova fase na pintura italiana foii reconhecido por Dante seu contemporâneo e amigo que o menciona na Divina Comédia, e depois sublinhado por Vasari.

Os principais afrescos sobreviventes de Giotto são os da Capéla Arena em Pauda que provavelmente data de antes de 1305; e os afrescos nas Capelas Bardi e Peruzzi em Santa Croce, Florença, probavelmente feitos antes de 1328.

Os italianos estavam convencidos de que uma época nova da arte fora inaugurada com o aparecimento deste grande pintor. Entretanto devemos considerar que  seus métodos devem muito aos mestres bizantinos, e seus propósitos e concepções aos grandes escultores da catedrais do Norte.

As mais famosas obras de Giotto são os murais  ou afrescos (assim chamados  por que tinham que ser pintados na parede enquanto o emboço ainda estava fresco, isto é úmido). Entre 1302 e 1305, ele cobriu com histórias inspiradas na vida de Cristo e da Virgem as paredes de uma pequena igreja de Pádua, na Itália setentrional.  Por baixo, pintou personificações de virtudes e vícios, como as que eram por vezes colocadas nos pórticos das catedrais nórdicas.

Giotto teve um trabalho exímio na pintura da figura humana dando destaque dos braços, modelando o rosto e o pescoço, moldando as sombras profundas nas pregas flutuantes das vestes. Nada que se parecesse com isso tinha sido feito em mil anos. Giotto redescobriu a arte de criar ilusão de profundidade numa superfície plana.

Para o pintor, esta descoberta não representou apenas um estratagema a ser exibido como tal. Ela habilitou-o a mudar toda a concepção de pintura. Em vez de usar os métodos de escrita pictórica, ele criou a ilusão de que a história sagrada estava acontecendo diante dos nossos olhos. Para tanto, já não era suficiente examinar as representações mais antigas da mesma cena e adaptar aqueles modelos consagrados pelo tempo a um novo uso. Giotto preferiu seguir os conselhos dos frades pregadores que exortavam os fiéis a visualizar mentalmente, quando liam a Bíblia e as lendas dos Santos, como teria sido a cena da fuga para o Egito da família de um carpinteiro ou a do Senhor pregado na cruz. Neste caso a Igreja queria fazer no imagético da idade média, uma representação da história cristã e uma introjeção do sofrimento, da culpa pela morte de Cristo e resignação a vida e produção do mundo terreno.

Giotto não descansou enquanto não reformulou tudo isso em seu pensamento: como se portaria um homem, como agiria,como se impressionaria, se participasse de tais eventos? Mais do que isso: como se apresentariam aos nossos olhos tais gestos ou movimentos?

Podemos aferir melhor a magnitude dessa revolução se compararmos um dos afrescos de Giotto em Pádua com um tema semelhante na miniatura do Séc. XIII com o mesmo tema o velório em torno do corpo de Cristo.

 

O sepultamento de Cristo (1250-1300) de um saltério manuscrito de Bonmont: Biblioteca Municipal, Besançon

Na miniatura, o artista não estava interessado em representar a cena tal como teria mesmo acontecido. Variou o tamanho das figuras de modo a encaixá-las bem na página, e se tentamos imaginar as distâncias entre as figuras  do primeiro plano e do fundo percebemos, sem esforço, que tudo está espremido e que o artista não se importou com o problema do espaço. È a mesma indiferença pelo lugar real onde a cena se desenrolava que leva Nicola Pisano a representar diferentes episódios dentro de uma mesma moldura.

 

Giotto em A lamentação de Cristo               CLIQUE PARA AMPLIAR

 

O método de Giotto é completamente diferente. A pintura, para ele , é mais do que um substituto para a palavra escrita. Parecemos testemunhar o evento como se estivesse sendo representado num palco. Compare-se o gesto convencional de luto de S.João na miniatura com o movimento exaltado na pintura de Giotto, o corpo inclinado para diante e os braços bem abertos num gesto apaixonado. Se tentarmos imaginar aqui a distância entre as figuras agachadas no primeiro plano e S.João, sentiremos imediatamente que existem are espaço entre elas, e que todas podem movimentar-se. Essas figuras no primeiro plano mostram até que ponto a arte de Giotto era absolutamente nova, sob todos os aspectos. Recordemos que a arte cristã primitiva tinha revertido a antiga idéia oriental de que, para se contar uma história com  total clareza, todas as figuras tinham que ficar completamente expostas, quase como se fazia na arte egípcia. Giotto abandonou essas idéias. Não precisava de artifícios tão simples. Ele nos prova de um modo tão convincente como cada figura reflete a dor profunda suscitada pela trágica cena que não podemos deixar de pressentir a mesma aflição nas figuras agachadas cujos rostos não podemos ver.

A fama de Giotto espalhou-se rapidamente. O povo de Florença orgulhava-se dele. Interessava-se por sua vida, e corriam anedotas a respeito de sua destreza e de seus ditos espirituosos. Também isso constituía uma novidade. Nada de parecido acontecera antes.É claro que tinha havido mestres que desfrutavam de estima de todos e eram recomendados de mosteiro para mosteiro, ou de bispo para bispo. Mas, de um modo geral, as pessoas não consideravam necessário preservar os nomes destes mestres para a posteridade. Tinham-nos na mesma conta em que hoje temos o trabalho de um bom carpinteiro ou um bom alfaiate. Os próprios artistas tampouco estavam muito interessados em adquirir fama ou notoriedade. Era muito freqüente não assinarem sequer suas obras. Ignoramos os nomes dos mestres que fizeram as esculturas de Chartres, Estrasburgo ou Naumburg.  Sem dúvida alguma, eram apreciados no seu tempo, mas endossaram as honrarias à catedral para a qual tinham trabalhado. Também a este respeito, o pintor florentino Giotto inicia um capítulo inteiramente novo na história da arte. Dos seus dias em diante, a história da arte, primeiro na Itália e depois em outros países, passou a ser também a história dos grandes artistas.

Na Itália, particularmente em Florença, a arte de Giotto modificara toda a idéia de pintura. A velha maneira bizantina pareceu, de súbito, rígida e obsoleta. Não obstante, seria errôneo imaginar que a arte italiana separou-se do resto da Europa de um dia para o outro. Pelo contrário, as idéias de Giotto ganharam influência nos países ao norte dos Alpes, enquanto os ideais dos pintores góticos do Norte também começaram tendo efeito sobre os mestres meridionais. Foi especialmente em Siena, outra cidade toscana e grande rival de Florença, que o gosto e estilo deste artista do Norte causaram um impressão muito profunda. Os pintores de Siena não romperam com a anterior tradição bizantina de um modo tão abrupto e revolucionário quanto Giotto em Florença. O grande mestre da geração de Giotto, Duccio, tentou- e fez com êxito- dar nova vida às antigas formas bizantinas em vez de rejeitar inteiramente.

No período de Giotto onde sua fama era tão grande que a comuna de Florença se orgulhava dele e estava ansiosa em ter o campanário de sua catedral projetado pelo celebre mestre. Esse orgulho das cidades, que rivalizavam entre si para assegurar os serviços dos grandes artistas que embelezavam seus edifícios e criavam obras de fama duradoura, foi um incentivo para os mestres se superarem mutuamente, um incentivo que não existia em idêntico grau nos países feudais do Norte, onde nas cidades havia muito menos independência e orgulho local. Depois veio o período das grandes descobertas, quando os artistas italianos se voltaram para as matemáticas a fim de estudarem as leis da perspectiva, e para a anatomia a fim de estudarem a construção do corpo humano. Os horizontes dos artistas ampliaram-se através dessas descobertas. O artista deixou de ser um artífice entre artífices, pronto a executar encomendas de sapatos, armários ou pinturas, conforme fosse o caso. Era agora um mestre dotado de autonomia, não podendo alcançar fama e glória sem explorar os mistérios da natureza e sondar as leis secretas do universo.  Todos estes avanços se dão parte a Giotto e parte aos renascentistas.

 

A influência de Giotto entretanto para o futuro da história da arte é entretanto de enorme notoriedade, principalmente na Renascença e arte moderna. A palavra renascença significa nascer de novo ou ressurgir, e a idéia de tal renascimento ganhava terreno na Itália desde a época de Giotto. Quando as pessoas deste período queriam elogiar um poeta ou artista, diziam que sua obtra era tão boa quanto a dos antigos. Giotto fora assim exaltado como um mestre que liderara um verdadeiro ressurgimento da arte; as pessoas queriam significar com isso que a arte de Giotto era tão boa quanto a daqueles famosos mestres cujas obras eram louvadas pelos antigos da Grécia e de Roma. Não surpreende que esta idéia se tornasse popular na Itália. Os italianos tinham plena consciência de que, no passado distante, a Itália tendo Roma por capital, fora o centro do mundo civilizado, e de que seu poder e glória se dissiparam quando as tribos germânicas, os godos e os vândalos invadiram o país e desmantelaram o Império ferindo o orgulho nacionalista. A idéia de um renascimento associava-se na mente dos romanos , à idéia de uma “grandeza de Roma. O período entre a idade clássica, para a qual voltaram os olhos com orgulho, e a nova era de renascença, que aguardavam com esperança, era meramente um melancólico interregno, “o período do intermédio’. Assim, a idéia de uma renascença foi responsável pela concepção de que o período interveniente era um Idade Média- e ainda usamos essa denominação. Como os italianos culpavam  os godos pela queda do Império Romano, começaram a se referir à arte dsse período intermediário como arte gótica, com a intenção de significar “bárbara’- tal como hoje dizemos vandalismo para mencionar a destruição inútil de belas coisas. Vimos que, durante parte da Idade Média, os italianos ficaram atrasados, pelo que as realizações de Giotto foram consideradas por eles um renascimento de tudo que era nobre e grande na arte. Os italianos do século XIV acreditavam que a arte, a ciência e o saber haviam florecido no período clássico, que todas essas cosas foram destruídas pelos bárbaros do Norte, e que lhes cabia a missão de reviver o período glorioso do passado e, portanto, de inaugurar uma nova era: a renascença.

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Às sextas e terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor monoauricular Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui.

 

Aberta nova temporada do Periferias em Cena

Fevereiro 25, 2011

Moçada da periferia do Rio de Janeiro, saca esta parada que vai balançar e atualizar toda a produção e pra mostrar que vocês podem ser as novas potências da cultura da periferia.

Isto por que estão abertas as inscrições do Periferias em Cena, o Curso de Formação de Agentes Culturais Populares. Realizado como Projeto de Extensão pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ), o curso, que já formou três turmas desde 2009, oferecerá 30 vagas para a nova turma, com início das aulas em 6/4. As inscrições vão até 14/3.

 

É gratuita a inscrição para o curso, voltado para a preparação de jovens e adultos de favelas e da periferia para atuar como artistas e produtores culturais dos campos da música, da dança, do audiovisual, das artes plásticas, do artesanato, do teatro e da “animação cultural”.  Entre os ex-alunos do curso, há artistas como o MC Fiell, da Rádio Santa Marta, e Mano Teko, da Apafunk.

Os alunos saem do curso preparados para realizar iniciativas culturais e artísticas, desde a concepção e o planejamento à captação de recursos e realização. Aprendem sobre comunicação popular, economia da cultura, economia e gestão popular, gestão cultural, introdução à produção cultural, informática básica, internet, marketing cultural, patrimônio cultural, políticas culturais, oficinas e produção da intervenção cultural, produção de artigos, projeto cultural, teorias da cultura. A primeira turma já se formou realizando um evento que ficou para a história, o Festival Fala Favela.

O Periferias em Cena representa a continuidade de um projeto desenvolvido pelo grupo de pesquisa Observatório da Indústria Cultural (CNPq/UFF) e que teve sua primeira turma em 2009 na UFF. Atualmente, o curso está com sua 4º turma recebendo apoio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC através do PROEXT 2010.

Neste ano, há 20 vagas para o público externo, além de dez para servidores e estudantes do IFRJ e será possível a inscrição até 14/3, via site http://www.ifrj.edu.br ou no campus Rio de Janeiro (Maracanã) do IFRJ, Rua Senador Furtado, 121 sala 219 (Coordenação de Extensão), das 9h às 18h. Há mais dados no http://periferiasemcena.wordpress.com/ . O resultado final da seleção será conhecido entre 21 e 25/3 e o início das aulas ocorrerá no dia 6/4.

 

Periferias em Cena

Notícia da Agência de Notícias das Favelas

Photo graphein: Dora Maar

Fevereiro 24, 2011

Os teus pés

Fevereiro 24, 2011

Quando não posso contemplar teu rosto,
contemplo os teus pés.

Teus pés de osso arqueado,
teus pequenos pés duros.

Eu sei que te sustentam
e que teu doce peso
sobre eles se ergue.

Tua cintura e teus seios,
a duplicada purpura
dos teus mamilos,
a caixa dos teus olhos
que há pouo levantaram voo,
a larga boca de fruta,
tua rubra cabeleira,
pequena torre minha.

Mas se amo os teus pés
é só porque andaram
sobre a terra e sobre
o vento e sobre a água,
até me encontrarem.

Pablo Neruda

Tréplicas, réplicas…

Fevereiro 23, 2011

Réplica- Aphrodite, Venus de Milo (Milus)

T-réplica –  Eva Green como Venus no filme Os Sonhadores

 

Clique para ampliar

Arte im(pop)ria de Tom Wesselman: no des-colamento das velhas imagens

Fevereiro 23, 2011