Com o objetivo de comprometer sua grade de programação diante do público que entende os meios de comunicação como disciplina cívica e serviço público, principalmente por se tratar de concessão pública, a TV Brasil, uma emissora pública, criou o Estação Plural. Agora, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) fez seu lançamento em mio a grande e sincera comemoração entre seus responsáveis e seus espectadores.
Com o programa Estação Plural a TV Brasil pretende tratar de temas de comportamento e pautas da atualidade que conta com três participantes fixos que irão tratar das enunciações lésbica, transexual, bissexual, travesti e gay. E os apresentadores fixos serão a cantora e compositora Ellen Oléria, o jornalista Fernando Oliveira (Fefito) e Mel Gonçalves, integrante da Banda Uó.
Os três primeiros entrevistados serão o médico Dráuzio Varela, a atriz Bruna Lombardi e a jornalista Bárbara Gancia. A estreia será no dia 4 de março e os programas serão apresentados todas as sextas-feiras, às 23.
“Estou muito feliz com a possibilidade e vivenciar essa diversidade da TV brasileira. A expectativa é essa, que a gente compartilhe um pouco do nosso olhar, desmistifique um bocado o que é ser e estar na nossa pele e que o povo brasileiro curta muito.
Vamos falar da vida, vamos falar de amor, vamos falar de violência, de dor, de alegria, de celebração. Vamos falar de política, por que não? Vamos falar do que pintar”, observou a cantora Oléria.
“É muitíssimo importante que tenhamos um programa desse tipo, debatendo todos assuntos relacionados a direitos humanos, ou qualquer assunto, sem tabu. É impressionante, na verdade, que não tenhamos um programa desse na televisão aberta e que sejamos os primeiros. É exatamente o tipo de programa que a TV pública tem que fazer”, observou Américo Martins, presidente da EBC.
Américo Martins acerta quando afirma ser o primeiro programa do gênero na TV aberta. Mas se equivoca quanto ao fato de não haver. As TVs abertas do tipo TV Globo quando tratam do tema homossexualidade tratam em suas alienantes novelas em forma folclórica como elemento de atração simulado de preocupação com o tema. Mas jamais teria um programa nesse formato, porque sabe que não teria elementos sensitivos, intelectivos e éticos para mantê-lo. Jamais se engajaria em um discurso deste. É demais para seus propósitos manipuladores.
A cerimônia de lançamento do programa Estação Plural contou com as presenças além do presidente da EBC, também com as presenças do vice, Mauro Maurici; o ex-deputado Suplicy, secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo; do professor, jornalista e apresentador do Ver TV, Lalo Leal; Simone Malamed, gerente de criação da EBC; do superintendente da EBC em São Paulo, Manoel Araújo; a diretora de produção artística, Miriam Porto; os apresentadores; e toda equipe de produção.
“Nós já temos a diversidade regional, a diversidade religiosa, a diversidade cultural, e agora a gente vem aí com esse programa LGBT, que eu acho que é muito importante na nossa sociedade.
Aqui na TV pública, podemos experimentar, temos esse papel de vanguardista e eu acho muito importante estarmos sempre apresentando essa diversidade para nosso público”, afirmou Miriam Porto.