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UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Dezembro 3, 2013
Haia, 3 de setembro de 1882

Barcos em Veneza, (c. 1895), PAILLARDHenri Pierre Paillard-  Barques à Venise (c.1895) Paris, Musée du Louvre

Barques à Venise , Paris, Musée du Louvre.

Van Gogh tenta junto com seu irmão Theo reduzir as despesas com o material de pintura e sugere o contato com  o pintor francês para diminuir o custo do material:

“”Quero trazer uma coisa importante a sua atenção. Não seria possível conseguir tinta, painéis, pinceis etc pelo preço líquido? No presente eu tenho que pagar o preço de varejo. Você está em contato com Paillard ou alguém assim? Se sim, me parece que conseguiria tinta consideravelmente mais barato, por exemplo, em grandes quantidades, como branco, ocre, terra sienna, e poderiamos ter um acordo quanto ao dinheiro. Seria, é claro, mais barato. Boa pintura não consiste em usar um grande negócio de tinta, mas dar um solo com verdadeira força, fazer o céu brilhoso, as vezes não se preocupar com um tubo ou mais.
As vezes o tema requer que se pinte fracamente, as vezes o material, a natureza das coisas, torna evidente que ele deve estar empastado*.”

[* tinta em uma grossa camada]

Henri Pierre Paillard é um pintor, gravurista e ilustrador francês considerado parte dos pintores orientalistas de seu país.

Nascido no dia 6 de maio de 1844 em Paris, ele aprende ainda jovem pintura e posteriormente gravura em madeira com um antigo aluno de Porret, e posteriormente com Smeeton. A seguir ele executa gravura em água-forte.

Ele colabora em revistas como le Magasin pittoresque, le Monde illustré, la Gazette des Beaux-Arts, L’Illustration, L’Image…, e com a Société des amis des livres (Sociedade dos amigos de livros). Ele trabalha também para o editor e bibliófilo Henri Beraldi, que o acompanha diversas vezes volta aos Pirineus. Ele faz gravuras das ilustrações de Charles Jouas para o livro “les Cent ans aux Pyrénées” de Beraldi, mas os sete volumes foram finalizados sem ilustrações.

Amigo de Auguste Lepère, com quem criou um ateliê em Montmartre, ele se orienta, como ele, cada veis mais frente a gravura original. Ele logo se torma membro fundador e primeiro vice-presidente da Société de la gravure sur bois originale (Sociedade de xilogravura original).

Assim como a pintura, ele realizou trabalho pastel, aquarelas e pintura a óleo. Sua obra foi composta de paisagens parisienses e de suas viagens na França (em Provence, em Bretagne) ou no estrangeiro, na Bélgica, Holanda, Argélia, onde pintou paisagens urbanas e marinhas.

Aluno de Lavoignat em Laon. Ele começa no Salão de Arte de Paris em 1870 e a partir de 1893, após a morte de sua esposa, ele realiza uma série de viagens para a Argélia e a Europa. No mesmo ano participa do Salão dos Orientalistas Franceses (Salon des Orientalistes Français).

Ele vem a óbito no dia 26 de novembro de 1912.

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Todas as terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor mon(o)t0-ista Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui. UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Novembro 5, 2013
Haia, 2 de junho de 1882

Guardião de cabras, (1864), BILDERS

Gerard Bilders- Geitenhoedster (Guardião de cabras, 1864) Rijksmuseum

Geitenhoedster, Amsterdam, Rijksmuseum.


Continuamos a longa carta onde Van Gogh descreve a Theo as gravuras em madeira que possui:

“GRAVURAS DE MADEIRA QUE VINCENT POSSUI

1 Pasta Tipos populares irlandeses, mineiros, fábricas, pescadores, etc., na maioria pequenos esboços a pena.

1 pasta Paisagens e animais, Bodmer, Giacomelli, Lançon, a seguir algumas paisagens determinadas...

1 pasta Trabalhos do Campo de Millet, a seguir Breton, Feyen Perrin e lâminas inglesas de Herkomer, Boughton, Clausen, etc.

1 pasta Lançon

1 pasta Gavarni, completada por litografias, nenhuma rara.

1 pasta Ed. Morin

1 pasata G. Doré

1 pasta Du Maurier, muito cheia

1 pasta Ch. Keene e Sambourne

1 pasta J. Tenniel completada pelos cartoons de Beaconsfield

Falta John Leech, mas esta lacuna pode ser facilmente preenchida pois pode-se obter uma reimpressão destas gravuras em madeira, o que não é muito caro

1 pasta Barnard

1 pasta Fields e Charles Green, etc

1 pasta Pequenas gravuras em madeira francesas, álbum Boetzel, etc.

1 pasta Cenas a bordo de navios ingleses e croquis militares

1 pasta Heads of the Peole por Herkomer, completada por desenhos de outros artistas e por retratos.

1 pasta Cenas da vida popular londrina, desde os fumantes de ópio e White Chapel e The seven Dials, até figuras das damas mais elegantes, e Rotten Row of Westminter Park. Foram juntadas cenas correspondentes de Paris e Nova York. O conjunto é um curioso ‘Tale of those cities’.

1 pasta As grandes lâminas de Graphic, London News, Harpers Weekly, etc, entre as quais, Frank Holl, Herkomer, P. Renouard, Fred. Walker, P. Renouard, Menzel, Howard Pyle, Fitzgerald, Bilders…

Albertus Gerardus Bilders ou Gerard Bilders foi um pintor tonalista de paisagens, esbocista, aquarelista, gravurista e colecionador holandês associado com alguns membros da Escola de Haia (Hague School) e considerado um membro do Atelier Pulchri (Pulchri Studio).

Nascido em 9 de dezembro de 1838 em Ultrecht filho de Frederika Staudenmayer e do pintor romântico e paisagista Johannes Warnardus. Bilders começa a se interessar por arte e estuda com seu pai e posteriormente com Haye. Aos 17 anos ele aceita o apoio financeiro de Johannes Kneppelhout, um escritor que não avançou muito em sua carreira. Sua família morou em Ultrecht até 1856, apesar de durante 1841-45 eles passarem um tempo em Oosterbeek.

Em 1857 ele se muda para Haia onde passa a estudar na Academia de Belas Artes de Haia onde fica até 1859 e pinta diversas modelos nuas e vestidas. No Museu Mauritshuis ele passa a copiar as paisagens com gado de Paulus Potter.Quando viaja para Gênova ele passa a colaborar com o pintor de paisagens e de animais Charles Humbert. Em 1859 ele se torna membro da sociedade Felix Meritis que fomentava a arte na Holanda e passa a estudar na Academia de Belas Artes de Amsterdam. Em 1860 ele viaja com o pai para Bruxelas e conhece o trabalho dos pintores da Escola de Barbizon.

Ele passa a pintar paisagens paisagens de animais (especialmente as da área de Leiden) ou de figuras, com um estilo próximo dos pintores da Escola de Barbizon. Ele tentou reproduzir os humores que a paisagem evocam usando efeitos luminosos peculiares, além de um colorido e vistoso cinza quente. Quando ele misturava toda as cores da paleta com o cinza para conseguir este efeito, ele estava frequentemente insatisfeito com o resultado. Esta prenuncia o estilo de pintura tonal dos pintores da Escola de Haia.

Quando ele retornou para Oosterbeek ele conheceu o pintor de paisagens e animais Anton Mauve e os irmãos Maris. Ele morre ainda bastante jovem aos 26 anos, no dia 8 de março de 1865 em Amsterdam.

Albertus Gerard Bilders-Weiland bij Oosterbeek (Meadow near Oosterbeek, 1860)

Albertus Gerard Bilders-Weiland bij Oosterbeek (Prado próximo deOosterbeek, 1860) Rijksmuseum

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Todas as terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor mon(o)t0-ista Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui. UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Outubro 15, 2013
Haia, 2 de junho de 1882

A Batalha de Bunker Hill (1907), PYLEHoward Pyle, The Battle of Bunker Hill, Scribner's Monthly Magazine for February, 1898

The Battle of Bunker Hill, Wilmington (DE) , Estados Unidos, Delaware Art Museum. Publicado originalmente como ilustração para Scribner’s Monthly Magazine for February, 1898


Continuamos a longa carta onde Van Gogh descreve a Theo as gravuras em madeira que possui:

“GRAVURAS DE MADEIRA QUE VINCENT POSSUI

1 Pasta Tipos populares irlandeses, mineiros, fábricas, pescadores, etc., na maioria pequenos esboços a pena.

1 pasta Paisagens e animais, Bodmer, Giacomelli, Lançon, a seguir algumas paisagens determinadas...

1 pasta Trabalhos do Campo de Millet, a seguir Breton, Feyen Perrin e lâminas inglesas de Herkomer, Boughton, Clausen, etc.

1 pasta Lançon

1 pasta Gavarni, completada por litografias, nenhuma rara.

1 pasta Ed. Morin

1 pasata G. Doré

1 pasta Du Maurier, muito cheia

1 pasta Ch. Keene e Sambourne

1 pasta J. Tenniel completada pelos cartoons de Beaconsfield

Falta John Leech, mas esta lacuna pode ser facilmente preenchida pois pode-se obter uma reimpressão destas gravuras em madeira, o que não é muito caro

1 pasta Barnard

1 pasta Fields e Charles Green, etc

1 pasta Pequenas gravuras em madeira francesas, álbum Boetzel, etc.

1 pasta Cenas a bordo de navios ingleses e croquis militares

1 pasta Heads of the Peole por Herkomer, completada por desenhos de outros artistas e por retratos.

1 pasta Cenas da vida popular londrina, desde os fumantes de ópio e White Chapel e The seven Dials, até figuras das damas mais elegantes, e Rotten Row of Westminter Park. Foram juntadas cenas correspondentes de Paris e Nova York. O conjunto é um curioso ‘Tale of those cities’.

1 pasta As grandes lâminas de Graphic, London News, Harpers Weekly, etc, entre as quais, Frank Holl, Herkomer, P. Renouard, Fred. Walker, P. Renouard, Menzel,  Howard Pyle…

“Você conhece uma revista americana chamada Harper’s Monthly? Há coisas que me deixa besta de admiração, incluindo esboços de uma cidade nos velhos dias feito por Howard Pyle.” Van Gogh em uma outra carta a Theo

Howard Pyle foi um ilustrador, escritor e artista norte-americano que originou a “Escola Brandywine” (Brandywine School) de ilustração. É considerado um dos pais da ilustração americana e o primeiro dos artistas da era do outro. Ele ficou conhecido ainda pelas imagens primordiais da história dos Estados Unidos. Sua irmã Katherine Pyle também foi pintora e ilustradora. Seu estilo de ilustração é considerado na Arte Noveau

Nascido em 5 de março 1823 em Wilmington, Delaware e desde cedo se interessou em desenho e escrita. Era um estudante indiferente mas foi encorajado pela mãe para estudar arte. Ele estudou com o pintor por três anos com o pintor F.A. Van der Weilen em Philadelphia e posteriormente na  Art Students League of New York e com Edwin Roscoe  Shrader. Seu trabalho sofreu influência de Hogarth e dos primeiros mestres alemães como Albrecht Dürer.

Em 1876 ele viaja para ilha de Chincoteague em Virginia e escreve e ilustra um artigo na Scribner’s Monthly. Um dos donos desta revista, Roswell Smith, lhe encourajou a se mudar para Nova York e começar a ilustrar profissionalmente. Ele foi encorajado por vários artistas como  Edwin Austin Abbey, A. B. Frost and Frederick S. Church. e logo e emprestou sua habilidade artística na ilustração de livros (muitas vezes infantis) como Senhorita de Shalott, Aventuras de Robin Hood, e vários livros de lendas arthurianas como Rei Arthur E Os Cavaleiros Da Tavola Redonda. Ele também ilustrou revistas como (St. Nicholas, Harper’s), especialmente em cores, para uima indústria de impressão rapidamente amadurecida. The Brandywine Conservancy e o Delaware Art Museum house possuem mais de 100 de seus trabalhos.

In 1881 Dodd, Mead and Company o comissionaram para ilustrar com desenhos coloridos dois livros infantis: The Lady of Shalott e Yankee Doodle. Este projetos estão entre os primeiros experimentos em livros coloridos impressos para crianças. Pyle emulou a cor as impressões do conhecido publicitário inglês Edmund Evans, que produziu trabalhos ilustrados por Walter Crane e outros artistas populares.

Em 12 de abril de 1881 se casa com a cantora Anne Poole com quem teve 7 filho. Ele teve uma lua de mel em 1889 quando viajou para Jamaica enquanto um de seus filhos, Sellers, morria sem explicações.

Em 1894 ele passou a lecionar ilustração na Drexel Institute of Art, Science and Industry. Após 1900 ele fundou a escola de ilustração  Howard Pyle School of Illustration Art, que posteriormente Henry C. Pitz mudou de nome para Brandywine school. Em 1906 ele fez pinturas de mural como A batalha de Nashville no capitólio de Minnesota e outros dois murais para tribunais em New Jersey.Em 1907 Howard Pyle foi eleito membro da Academia Nacional de desenho  (National Academy of Design).

Ele morreu em 9 de novembro de 1911 de uma infecção renal em Florença na Itália onde morava desde 1910 para estudar pintura em mural e os grandes mestres . Dentre os estudantes de sua escola estão Maxfield Parrish, Elenore Abbott, Violet Oakley, Allen Tupper True, Ellen Bernard Thompson Pyle, Jessie Willcox Smith, Elizabeth Shippen Green, Alice Barber Stevens, Newell Convers Wyeth, Anna Whelan Betts, Sarah S. Stilwell Weber, Philip R. Goodwin, Ethel Franklin Betts Bains,  Harvey Dunn, Thornton Oakley,  Frank Schoonover, Watson Barrat, Arthur E. Becher, Harold Matthews Brett, Walter H. Everett, Gayle Porter Hoskins, Percy van Eman, Oliver Kemp, Ethel Pennewill Brown  Leach, James Edwin McBurney, Maxfield Parrish, Frank Earle Schoonover, Thornton D. Skidmore,  Howard Everett  Smith, Jessie Willcox Smith, Wuanita Smith, C. Clyde Squires, Harry Everett Townsend.

SOBRE A OBRA

A cena representa o segundo ataque e é tomada da ala direita do quinquagésimo segundo regimento durante a guerra de independência dos Estados Unidos, com a companhia de granadeiros em primeiro plano. Na ala esquerda do regimento, sobre o comando do major, parou, e está atirando uma saraivada; a ala direita está somente marchando para tomar sua posição de tiro. O navio de guerra, atirando a meia distância é o [HMS] Lively; na distância mais remota está a fumaça da bateria em Copp’s Hill. A fumaça negra a direita é de casas queimadas em Charlestown.

Os Continentais tentaram em vão arrebentar a porta, que eram mantidas no lugar por uma barra de ferro na lateral. O oficial nesta fase era o Sétimo Pennsylvania. Aquele caido sobre sua face na direita, foi detalhado para trazer a frente a bandeira de trégua, pedindo a rendição da casa. Ele foi permitido chegar perto do regimento e então abatido ao lado da passagem.
Howard Pyle portrait

Fotografia de Howard Pyle

Howard Pyle- Attack on a Galleon (1905)Howard Pyle-Attack on a Galleon (1905)

Howard Pyle- Mark Twain's Joan of Ark, The Triumphal Entry into Rheims (1904)

Howard Pyle– Mark Twain’s Joan of Ark, The Triumphal Entry into Rheims (1904).

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Todas as terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor mon(o)t0-ista Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui. UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Outubro 8, 2013
Haia, 2 de junho de 1882

A Forja (Ciclope moderna ,1875), MENZEL

Adolf Friedrich Erdmann von MENZEL- La Forge (Cyclopes modernes, c. 1875) , Berlin, Alte Nationalgalerie

Eisenwalzwerk (Moderne Cyklopen), Berlim, Alte Nationalgalerie


Na nossa volta da coluna do estudo da arte da pintura através do artista holandês, continuamos a carta onde Van Gogh descreve a Theo as gravuras em madeira que possui:

“GRAVURAS DE MADEIRA QUE VINCENT POSSUI

1 Pasta Tipos populares irlandeses, mineiros, fábricas, pescadores, etc., na maioria pequenos esboços a pena.

1 pasta Paisagens e animais, Bodmer, Giacomelli, Lançon, a seguir algumas paisagens determinadas...

1 pasta Trabalhos do Campo de Millet, a seguir Breton, Feyen Perrin e lâminas inglesas de Herkomer, Boughton, Clausen, etc.

1 pasta Lançon

1 pasta Gavarni, completada por litografias, nenhuma rara.

1 pasta Ed. Morin

1 pasata G. Doré

1 pasta Du Maurier, muito cheia

1 pasta Ch. Keene e Sambourne

1 pasta J. Tenniel completada pelos cartoons de Beaconsfield

Falta John Leech, mas esta lacuna pode ser facilmente preenchida pois pode-se obter uma reimpressão destas gravuras em madeira, o que não é muito caro

1 pasta Barnard

1 pasta Fields e Charles Green, etc

1 pasta Pequenas gravuras em madeira francesas, álbum Boetzel, etc.

1 pasta Cenas a bordo de navios ingleses e croquis militares

1 pasta Heads of the Peole por Herkomer, completada por desenhos de outros artistas e por retratos.

1 pasta Cenas da vida popular londrina, desde os fumantes de ópio e White Chapel e The seven Dials, até figuras das damas mais elegantes, e Rotten Row of Westminter Park. Foram juntadas cenas correspondentes de Paris e Nova York. O conjunto é um curioso ‘Tale of those cities’.

1 pasta As grandes lâminas de Graphic, London News, Harpers Weekly, etc, entre as quais, Frank Holl, Herkomer, P. Renouard, Fred. Walker, P. Renouard, Menzel…

 “Nenhum dia sem desenhar.” – Adolf von Menzel

Adolf Friedrich Erdmann Von Menzel ou Adolph Von Menzel foi um pintor, ilustrador e gravurista alemão-polonês, pioneiro do realismo alemão e  conhecido pelas pinturas do cotidiano, sua técnica e estudos de cor e luz, que influenciaram o impressionismo, sua pinturas  históricas sobre história germano-prussiana e suas pinturas da corte alemã.

Nascido em Breslau (Wroclaw) na Prússia, hoje Polônia, no dia 08 Dezembro de 1815, que já mostrava talento na infância quando  aos 12 anos fez sua primeira obra artística: um desenho. Durante sua vida o baixinho Menzel, que tinha 1 metro e quarenta de  altura (4’7″), sempre foi uma figura conhecida nos bailes e na vida social. Segundo um amigo do pintor Degas ele era “um  homem baixo com óculos, pouco falante, bebendo champanhe e fazendo esboços”.

Filho de um gravurista litográfico, a quem ajudava no ofício. Mudou-se com a família para Berlim em 1830 e viu seu pai morrer  dois anos depois. Algumas fontes citam que o pai de Menzel era também o diretor de uma escola para garotas e desejava que o  filho se tornasse um professor.

Adolph assumiu a loja de seu pai e assumiu o sustento da família. Ele fez suas primeiras ilustrações em 1834 e uma série  maior de ilustrações de livros no fim da década de 1830. Apesar de um curto estudo na Academia de Berlim em 1833, Menzel é  considerado totalmente autodidata. Neste mesmo ano, a Sachse de Berlim publicou seu primeiro trabalho: um álbum de desenhos  de caneta reproduzidos em pedra para ilustra o pequeno poema de Goethe”Kiinstlers Erdenwallen”. Ele executou litografias para  ilustrar a “Denkwiirdigkeitenaus der brandenburgisch-preussischen Geschichte”, pp. 834-836; “Os cinco sentidos” e “O orador”,  também como diplomas para corporações e sociedades. Sua experiência com pintura começou em 1837 e entre 1839 e 1842 produziu  400 desenhos, revificando ao mesmo tempo a técnica de gravura em madeira, para ilustrar a obra Geschichte Friedrichs des  Grossen (“História de Frederick o grande”) de Franz Kugler. Sua obra teve um grande reconhecimento ao trabalhar  em pinturas  voltadas ao governo de Frederick, o grande nos anos de 1850.

Ele subsequentemente produziu “Friedrichs des Grossen Armee in ihrer Uniformirung” (“Os uniformes do exército de Frederick, o  grande”), “Soldaten Friedrichs des Grossen” (“Os soldados de Frederick, o grande”); e finalmente por ordem do rei Frederick  William IV, ele ilustrou os trabalhos de Frederick, o grande, “Illustrationen zu den Werken Friedrichs des Grossen  (1843-1849)”. Com estes trabalhos Menzel pode ser considerado um dos primeiros, se não o primeiro, dos ilustradores de sua  época em seu próprio estilo.

Enquanto isto Adolph teve que se organizar para estudar sozinho a arte da pintura, e posteriormente produziu um grande número  e variedade de pinturas, sempre mostrando precisa observação e uma arte honesta- assuntos ligados a vida da corte e cenas com  cotidiano como “O jantar do baile”, “Em confissão”. Dentre seus trabalhos mais importantes estão “A forja” e “Mercado em  Verona”. Já pinturas como “A coroação de William I em Koenigsberg” foi produzida como uma representação oficial da cerimônia  sem se preocupar com as tradições da pintura oficial.

Ele se tornou membro da Academia de Berlim em 1853, sendo nomeado professor em 1856. Após isto ele se tornou o principal  artista da segunda metade do século XIX e a partir de 1880 ganhou fama internacional sendo ascendido para a nobreza em 1898  (daí em diante com o título de “Von”).

Mesmo tendo se dedicado muito a gravura, Menzel foi um profícuo esbocista através de sua longa carreira e tendo um certo  reconhecimento em pintura a óleo. Sua virtuosidade e sua técnica em capturar o fenômeno visual (como a forma na qual  percebemos os objetos desfocados e borrados comparados com aqueles do primeiro plano) atraíram vasta atenção, e anteciparam  alguns dos efeitos do impressionismo francês em 30 anos.

Durante sua vida retratou a corte de Frederick com uma profunda precisão histórica e cada detalhe desde os botões em um  uniforme ou cabo de uma espada, foram meticulosamente pesquisados.

Quando visitava Paris, Menzel tinha contato com artistas de lá como Edgar Degas e Ernest Meissonier. Ele ainda viajou  diversas vezes para Viena e Verona. Ele é lembrado como um cronista inigualável da vida de Berlim. Ele recebeu o título de  cavaleiro em 1898, sendo o primeiro pintor a receber a ordem de “Águia negra” (Black Eagle). Ele teve ainda um funeral de  Estado em sua morte que ocorreu em Berlim no dia 09 Fevereiro de 1905. De sua produção mais de 10.000 desenhos sobreviveram,  o que mostra sua extensa (e sempre de qualidade) produção artística. Por sua expressividade realista, muitas vezes suas obras  aparentam fotografias tamanho o realismo expressado. Suas cenas de ruas, interiores e paisagens demonstra uma visão nada  ortodoxa do pintor; sujeitos são visto de ângulos do alto ou de baixo, e há saídas das convenções de agrupamento e moldura,  assim como excursões inovadoras em assuntos industriais como em “Moinho rolante”. Em seus trabalhos que pressagiam o  impressionismo como the Sitting Room (1847), Menzel  usou seu sentido refinado nos efeitos de luz e no uso de uma pincelada  aberta. Ele foi professor de Carl Johann  Arnold e de Fritz Werner.

SOBRE A OBRA

Nos anos precedentes da primeira guerra mundia, a maior nação industrial da Europa é sem dúvida a Alemanha, unificada sobre a  autoridade da monarquia prussiana após o dia 18 de janeiro de 1871,seguido a sua vitória sobre um Napoléon III em declínio. A  França e sobretudo a Grã-Bretanha tinham portanto realizado as suas primeiras revolução industrial ao fim do Século XVIII,  após encetado sua segunda revolução industrial no meio do século XIX.

A força da Alemanha reside principalmente na abundância de suas minas de carbono e de ferro, na Silésia on na Ruhr, dentro do  espírito de iniciativa dos grandes industriais como Krupp (siderurgia) ou Borsig (máquinas a vapor). A modernização acelerada  do país favoreceu seu enriquecimento global e alimentou sua natalidade. Ela provocou sobretudo uma mutação radical das  condições de vida e de trabalho de milhões de homens e mulheres que saem em massa dos campos para se ajustar nas usinas e se  empilhar nos arrebaldes das grandes cidades.

  Análise da imagem

Nesta época, década de 1840, em que Menzel se faz reconhecido é que passa a usar a maravilha da gravura. Ele é rapidamente  reconhecido pela Prússia e pelo Império e obtem distinções nobres e comissões. “A forja” é uma de suas obras mais notáveis,  até no título. Apesar da aparente confusão de uma cena mergulhada na penumbra, a composição é na realidade rigorosa. As  linhas horizontais e verticais que a estrutura delimitam as cenas para facilitar a compreensão. O arredondado da grande roda  do moinho, em ponto de escapar, é colocado de volta pelas pequenas rodas a direita, a chapa grande aberta, na qual se curvam  os trabalhadores e contribuem a dinâmica geral da obra. O centro do quadro corresponde no metal em fusão que parece se atirar  contra aqueles que o faz. O resto da pintura, descrita em uma paleta escura, apresenta os utensíios, vestimentas, gestos e  mesmo emoções que parecem segurar a vivacidade.

As máquinas a serviço o homem ou o homem a serviço da máquina?

O naturalismo mergulha o espectador no coração da ação. Se o olho se ater na cena central, e escorregar na metáfora  mitológica, poderemos ver um grupo de Vulcano (Deus romano do fogo) controlam o fogo e o metal, gigantes modernos forjando a  indústria e logo o poder alemão. Mas o sub-título dado para Menzel indica que os partidos marginais tem toda sua importância.  Cegos pelo fogo e condenados a viver em uma caverna onde a falta de ar disputa com a sujeira e com o calor, os trabalhadores  são acorrentados a sua máquina. Eles não podem se separar muito, bloqueados simbolicamente pelas barras metálicas verticais  que lembram as barras da prisão, e obrigados a comer em seu lugar. Eles aparecem prematuramente usados, e de alguma forma desumanizados pela máquina, os ritmos de trabalho, a duração das jornadas de trabalho, a massificação e a repetitividade das tarefas. É sem dúvida o preço a pagar para a formidável revolução alemã, que Menzel mostra a todos ao revelar incidentalmente
as condições de trabalhos e a vida dos trabalhadores da época moderna.

Desta forma a precisão da máquina e a beleza trazida pela vívida luz do fogo da forja são instrumentos que para o trabalhador trazem sua forma de sobrevivência e uso da força de trabalho tal qual pela exploração de seu trabalho...

Adolf Von Menzel

Fotografia de Adolf Von Menzel

E0702 MENZEL L817

Adolf Menzel- Procession in Hofgastein (1880), Munique Bayerische Staatsgemäldesammlungenn

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Todas as terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor mon(o)t0-ista Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui. UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Vincent Van Gogh e a Arte Moderna

Março 12, 2013

Vincent Van Gogh- Wheat field with crows

Os trigos se envergam com a violência do vento, abrindo passagem para o caminho da morte sob o céu carregado, opressor, sufocante. E eis o caminho à sua espreita. E ele o observa. E ele o teme. E ele, covarde, busca, desesperadamente, um atalho, outra trilha; novo rumo. Porém não há. Aquele caminho pertence-lhe. É seu fardo. Não há ponto de fuga aquém ou além daquele caminho! E eles o aguardam, ansiosamente, famintos e eufóricos, porque já sabem que, cedo ou tarde, terão o que tanto desejam. E o tempo passa… Horas… Dias… Semanas de luta a fim de evitar cumprir seu destino. Mas, à medida que o tempo passa, aumenta a angústia em seu peito; o céu o sufoca; os trigos o agarram, tragando-o para o corredor implacável: colapso dele sobre si. E ele vai! Toma seu rumo como um cavalo selvagem correndo entre os trigos que o conduzem e revelam-lhe o seu eu mais lacerante, cerrando-lhe o retorno. E, afogando-se no mar do trigo de seus tormentos, ele se vê cada vez mais próximo do céu que lhe cai sobre os ombros, dobrando-o, ceifando-lhe o espaço e a vida! Tropeça em si e, de sopetão, espalha-se no chão, penetrando-o; já sem forças para continuar… E eles, alegres agouros, ganham vida com o impacto da queda e põem-se a voar sobre sua cabeça, sob o céu que o censura, esmagando-o lentamente, prensando-lhe os pulmões… E ele, buscando desesperadamente um suspiro, faz-se um furo no peito, que lhe diminui a pressão mas abre caminho para a alma derramar-se de si… E, assim, a cada suspiro aliviado, perde-se-lhe a alma, sob o céu que o comprime reduzindo-o ao pó, ao som do vento no campo de trigos, velado pelos corvos exultantes para a colheita do espírito flavo mais radiante, contido nos girassóis que cobriram-lhe o corpo.

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Fevereiro 20, 2013
Haia, 2 de junho de 1882

O velho portão (1875), WALKER

The Old Gate 1874-5 by Frederick Walker 1840-1875

The old gate, London, Tate Gallery


Van Gogh nesta carta descreve a Theo as gravuras em madeira que possui:

“GRAVURAS DE MADEIRA QUE VINCENT POSSUI

1 Pasta Tipos populares irlandeses, mineiros, fábricas, pescadores, etc., na maioria pequenos esboços a pena.

1 pasta Paisagens e animais, Bodmer, Giacomelli, Lançon, a seguir algumas paisagens determinadas...

1 pasta Trabalhos do Campo de Millet, a seguir Breton, Feyen Perrin e lâminas inglesas de Herkomer, Boughton, Clausen, etc.

1 pasta Lançon

1 pasta Gavarni, completada por litografias, nenhuma rara.

1 pasta Ed. Morin

1 pasata G. Doré

1 pasta Du Maurier, muito cheia

1 pasta Ch. Keene e Sambourne

1 pasta J. Tenniel completada pelos cartoons de Beaconsfield

Falta John Leech, mas esta lacuna pode ser facilmente preenchida pois pode-se obter uma reimpressão destas gravuras em madeira, o que não é muito caro

1 pasta Barnard

1 pasta Fields e Charles Green, etc

1 pasta Pequenas gravuras em madeira francesas, álbum Boetzel, etc.

1 pasta Cenas a bordo de navios ingleses e croquis militares

1 pasta Heads of the Peole por Herkomer, completada por desenhos de outros artistas e por retratos.

1 pasta Cenas da vida popular londrina, desde os fumantes de ópio e White Chapel e The seven Dials, até figuras das damas mais elegantes, e Rotten Row of Westminter Park. Foram juntadas cenas correspondentes de Paris e Nova York. O conjunto é um curioso ‘Tale of those cities’.

1 pasta As grandes lâminas de Graphic, London News, Harpers Weekly, etc, entre as quais, Frank Holl, Herkomer, P. Renouard,  Fred. Walker…

Frederick Walker ou Fred Walker foi um pintor, gravurista e talentoso ilustrador em inglês. Ele nunca foi fluidamente um esbocista natural e nunca alcançou alguma grande força dramática. Ele trabalhou como pintor de cenas do cotidiano e para os vitorianos parecia um observador sincero e não sentimental observador da vida rústica. Como ilustrador trabalhou no livro de Charles Dickens, Hard Times for These Times.

Nascido em Marylebone,Londres no dia 26 de maio de 1840 (embora haja relatos do dia 24 de maio), filho de um desenhista de joias e de uma família com interesses artísticos. Ele foi educado no North London Collegiate School e com apoio da mãe, ainda bem jovem, começou a desenhar antiguidades no Museu Britânico (British Museum), sendo aos 16 anos colocado no escritório de um arquiteto chamado Baker. A tarefa se mostrou desagradável; no fim de 18 meses ele retomou seu trabalho dos mármores Elgin no Museum Britânico e atendeu a Escola de artistas Leigh em Newman Street.

Em 31 de março de 1858 ele foi admitido como estudante na Academia Real. Mas seu estudo nas escolas da academia foi desconectada, e cessou antes que ele chegasse na aula de modelo vivo, já que ele estava ansioso para começar a ganhar a vida. Como um meio de terminar este trabalho, ele voltou sua atenção para o desenho feito para xilogravuristas, e trabalhou três vezes por semana durante 2 anos no atelier de J. W. Whymper, cuja a instrução ele rapidamente tornou mestre nas técnicas de desenho em madeira.

Sua primeira ilustração publicada aparece em 14 de Janeiro de 1860 no “Every Body’s Journal” para uma história de Edmond Abbott entitulada “The Round of Wrong.” Logo depois, suas primeiras ilustrações em livro aparecem em 1860 no Once a Week, um periódico no qual ele foi um contribuinte prolífico, como também para a Cornhill Magazine, onde seus admiráveis desenhos se parecem com os trabalhos de Thackeray, assim como para os trabalhos da filha de Thackeray. Estas xilogravuras, especialmente suas ilustrações para o livro de Thackeray as “Aventuras de Philip e Denis Duval”, estão entre seus trabalhos artísticos mais espirituosos de suas categorias, e  logo ele se entitula Walker para se enfileirar com Millais na ponta dos esbocistas que lidaram com cenas da vida contemporânea. Na verdade, somente com suas contribuições para Once a week ele fez uma reputação imediata como um artista de rara realização, e embora fosse associado aquele periódico com artistas como Millais, Holman Hunt, Leech, Sandys, Charles Keene, Tenniel e Du Maurier, ele mais do que se manteve contra seus competidores. Nos intervalos do trabalho como ilustrador de livros ele praticava, a partir de 1863, pintura em aquarela, seus temas sendo frequentemente mais consideradas e refinadas repetições em cores de seus desenhos preto e branco. Entre as mais notáveis produções em aquarela estão “Spring,” “A Fishmonger’s Shop,” “The Ferry,” e “Philip in Church,” que ganhou uma medalha na Exibição Internacional de Paris em 1867.

Ele foi eleito associado da Socieadade de pintores em aquarela em 1864 e membro completo em 1866; e em  26 de janeiro1871 ele se tornou associado da Academia Real. Neste mesmo ano ele se tornou membro honorário da Sociedade Belga de Pintores em Aquarela. Sua primeira pintura a óleo, “The Lost Path,”, O caminho perdido, foi exibida na Royal Academy em 1863, one foi seguida de As Banhistas em 1867, que seguiu alguns de seus melhores trabalhos: em 1868 “Os errantes”, agora na Galeria Nacional de Arte Britânica, em 1869 ” O velho portão”. Em 1870 exibe “O arado”, uma exposição poderosa e impressiva da luz ruborizada da noite, cuja paisagem foi estudada em Somerset.

Em 1871 ele exibiu sua trágica pintura em tamanho real “Uma prisioneira feminina na barra”, uma pintura que se perdeu e que agora existe somente em um estudo em óleo, Nela o pintor posteriormente pode obliterar a cabeça, com que ele ficou insatisfeito, mas foi impedido pela morte de completa-la. O último de seus trabalhos de sucesso foi “Um porto de refúgio” exibido em 1872; em “The Right of Way,” exibido em 1875 mostra signos evidentes da força falha do artista. Ele sofreu por alguns anos de uma tendência tísica; em 1868 ele fez uma viagem marítima pelo bem de sua saúde, para Veneza, onde ficou com Orchardson e Birket Foster, e no fim de  1873 ele foi por um tempo para Argélia com J.W.North, na esperança que poeria ter um benefício com a mudança de clima. Mas, voltando para a amarga primavera ingles, ele foi novamente prostado e morreu  de tuberculose em St. Fillian,Perthshire na Escócia no dia 4 de junho de 1875 (ou 5 de junho).

Seus trabalhos são completamente originais e individuais, ambos em qualidade de suas cores e manejo, além de sua vista da natureza e humanidade. Como pintor trabalhou uma técnica guache que deve muito a William Henry Hunt e Myles Birket Forster.Suas cores, especialmente aquarelas, são distintas, poderosas e cheias de gradações delicadas. Ele teve um admirável senso de desenho, e as figuras dos camponeses em sua labuta diária mostra uma graça e vasta largura da linha na qual pode ser planamente traçada o efeito produzido a seus gosto através de seus estudos iniciais de antiguidades; ao mesmo tempo o sentimento de seus temas é infalivelmente refinado em poético. Seu vigor de desenho pode ser visto em seu poster para A mulher de branco para Wilkie Collins que atualmente está na National Gallery of British Art. Após sua morte houe uma legião de seguidores de seu trabalho.

Walker se tornou envolvido com uma associação livre de artistas conhecidos como Os Idílicos (The Idyllists) ou Escola Idílica de artistas vitorianos, e sua sensíveis e belas aquarelas pastorais, com seus detalhes intrínsecos, e bela coloração estão entre as mais completas e satisfatórias pinturas de sua época. Para ele “Composição é a arte de preserver o olhar acidental”. Devido as suas pinturas socio-realistas ele deve ter sido bastante idealistas e até hoje suas pinturas possuem um impacto.

 Um número muito grande de estudos especulam que ele morreu como resultado de seu temperament, quando é mais provavel que seus problemas de comportamentos resutaram da severidade de sua doença e da baixa espectativa de vida. Ele foi nervoso, tímido, reticente, rabugento, estressado, agonizante e trabalhador meticuloso.

 Ele conseguiu uma medalha de segunda classe na Exibição Internacional de Paris em 1867. No fim de 1860 ele visita Veneza e Paris, e nesta última fica amigo de François Millet, cuja tradição da pintura ao ar livre (en plein air) da Escola de Barbizon influênciou Fred em seus trabalhos posteriores. No inverno de 1873-4 ele viajou para Argélia, mas só para conseguir uma folga temporária de sua doença mortal que estava o perseguindo. Na primavera de 1975 parecia haver uma melhora em sua saúde, mas no dia 4 de Junho ele morreu e foi enterrado em Cookham junto com a mãe e o irmão.

 O Jornal The Times falou sobre o pintor:— “Hoje sera jazido no adro separado de Cookham, ao lado de um de seus irmãos e de sua mãe, Frederick Walker, A.R.A., um jovem pintor de gênio raro, cortado prematuramente de seus poderes em uma maré de primavera. Em pouco mais de trinta anos Walker tinha já feito seus poderes cairem nos três campos da arte- como um desenhista em Madeira, como pintor aquarelista e em tinta óleo- de maneira possível somente por um gênio. Suas últimas realizações foram longe para excederem a recoleção de seus primeiros trabalhos como xilogravurista; mas neste personagem ele tinha a mesma influência ampla e bem marcada de seus contemporâneos e sucessores como ele também tinha tido na geração mais jovem de suas pinturas de aquarelas, e como ele prometera, ele tinha de fato começão a exercer além dos pintores a óleo de seu tempo”.

Frederick Walker- Rain (1867) Royal Academy of Arts, London

Frederick Walker- Rain (1867) Royal Academy of Arts, London

Refreshment exhibited 1864 by Frederick Walker 1840-1875

Frederick Walker- Refreshment (1864) Tate Gallery, London

Frederick Walker- self portrait (1896) London, Royal Academy of Arts
Frederick Walker- Autoretrato. Para ver uma outra versão deste auto-retrato, clique aqui. Ou veja ainda uma fotografia de Fred Walker

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Todas as terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor mon(o)t0-ista Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui. UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Janeiro 1, 2013

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

ESPECIAL DE NATAL

van gogh santa

Nesta edição especial de Ano Novo trazemos algumas coisas bastante interessantes que envolve a aura das festas de fim de ano para o pintor monoauricular Vincent Van Gogh. Primeiro algumas das cartas que Van Gogh escreveu ou recebeu durante o período de natal, mas principalmente aquelas que ele fala sobre o fim de ano, seu significado, como ele passava, os afetos familiares.

Além disto separamos alguns dos trabalhos de vários artistas que Van Gogh cita durante suas cartas e cujo a temática é o Ano Novo. Esta pesquisa foi possível devido a sítios de catalogação das cartas e obras presentes nelas.

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Para Theo van Gogh. Haia, Janeiro de 1873.

Paul Gavarni (pseudonym of Hippolyte Sulpice Guillaume Chevalier) - January. The New Year's presents Paris, Bibliothèque National de France

Paul Gavarni (pseudonimo de  Hippolyte Sulpice Guillaume Chevalier) – Janeiro. Os presentes de Ano Novo, Paris, Bibliothèque National de France


Estou ocupado agora no começo do ano. Meu ano novo começou bem também, eu recebi um aumento mensal de 10 10 guilders, então agora eu ganho 50 guilders por mês, e além disto eu recebi um bonus de 50 guilders.Não é maravilhoso? E agora espero estar inteiramente me sustentando.

Para Theo van Gogh. Saint-Rémy-de-Provence, Quarta 1 de Janeiro de 1890 (O último
ano novo de Van Gogh)

Anonymous - New Year’s Eve - Illustrirte Zeitung 73 (27 December 1879), p. 543

Artista Anônimo – Véspera de ano novo- Illustrirte Zeitung 73 (27 Dezembro 1879), p. 543

Querido Irmão
Muito obrigado pela sua carta do dia 22 de dezembro contendo uma nota de 50 francos; primeiro eu desejo a você e Jo um feliz ano novo e desculpe por te fazer talvez ansioso, bem inadvertidamente contudo, para Sr.Peyron deve ter escrito para você que minha mente tem mais uma vez estado bem perturbada.
No momento que escrevo para você eu não vi ainda o Sr.Peyron, então não se se ele escreveu algo sobre minhas pinturas.. Ele veio me contar enquanto eu estava doente que recebeu notícias suas, e se eu queria exibir minhas pinturas, sim ou não.Então eu disse a ele que eu preferia não exibi-las. O que não tem justificação, e então espero que elas não tenham partido juntas. Mas de qualquer forma, eu me arrepento de não ter sido capaz de ver Sr P. hoje para descobrir o que ele te escreveu. De qualquer forma, isto não aparenta muito importante por mim no total, desde que você  diga que elas partam no dia 3 de janeiro, você ainda reberá esta a tempo. Que desfortúnio para Gauguin, aquela criança caindo da janela e ele incapaz e estar lá, eu penso com ele com frequência, que problemas aquele que ele tem, apesar de sua energia e tantas qualidades incomparáveis.

Paul Renouard, Les mendiants du jour de l’an (The beggars on New Year’s Day) 2 in Le Monde Illustré 26 (7 January 1882) Amsterdam, Van gogh museum

Paul Renouard, Os Mendigos do ano novo (Les mendiants du jour de l’an ,The beggars on New Year’s Day) em Le Monde Illustré 26 (7 Janeiro 1882) Amsterdam, Van gogh museum

Paul Renouard, Les mendiants du jour de l’an (The beggars on New Year’s Day) in Le Monde Illustré 26 (7 January 1882) Amsterdam, Van gogh museum

Paul Renouard, Os Mendigos do ano novo (Les mendiants du jour de l’an ,The beggars on New Year’s Day) em  Le Monde Illustré 26 (7 Janeiro 1882) Amsterdam, Van gogh museum

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Dezembro 26, 2012

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

ESPECIAL DE NATAL

van gogh santa

Nesta edição especial de natal trazemos algumas coisas bastante interessantes que envolve a aura natalina para o pintor monoauricular Vincent Van Gogh. Primeiro algumas das cartas que Van Gogh escreveu ou recebeu durante o período de natal, mas principalmente aquelas que ele fala sobre o natal, seu significado, como ele passava, os afetos familiares.

Além disto separamos alguns dos trabalhos de vários artistas que Van Gogh cita durante suas cartas e cujo a temática é o Natal. Esta pesquisa foi possível devido a sítios de catalogação das cartas e obras presentes nelas.

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Para Theo van Gogh. Haia, Janeiro de 1873.

Howard Pyle’s Christmas morning in Old New York, in Harper’s Weekly 24 (25 December 1880), pp. 828-829 Amsterdam, Universiteitsbibliotheek UvA

Howard Pyle- Manhã de Natal na velha New York, in Harper’s Weekly 24 (25 December 1880), pp. 828-829 Amsterdam, Universiteitsbibliotheek UvA

Que agradavel foram estes dias de Natal, eu penso neles com frequência; eles também serão longamente lembrados por você, com se eles também fosse seus últimos dias em casa. Você deve escrever para mim em particular sobre que tipo de pinturas você vê e o que você acha belo.

Para Theo van Gogh. Paris, Segunda, 13 de Dezembro de 1875.

John Gilbert - Uncle William’s Christmas presents - The Illustrated London News 29 (20 December 1856), p. 611 , The Hague Koninklijke Bibliotheek

John Gilbert – Presentes de Natal do Tio William – The Illustrated London News 29 (20 December 1856), p. 611 , The Hague Koninklijke Bibliotheek

Estou esperando pelo Natal e para te ver, velho garoto, mas agora será muito em breve. Eu provavelmente estarei partindo daqui na quinta desta semana, a noite.
Faça tudo que você pode para conseguir um alongar os feriados quanto possível.

Willemien van Gogh para Vincent e Theo van Gogh. Welwyn, Domingo 19 de Dezembro de 1875.

Myles Birket Foster, The Christmas holly cart in The Illustrated London News, Christmas number 1848  London, Witt Library

Myles Birket Foster,O carro de natal azevinho, The Illustrated London News, Christmas number 1848 London, Witt Library

Caro Vincent e Theo,
Meu sincero obrigado a vocês dois pelas suas últimas cartas, que nós ficamos muito alegres em receber.
Que maravilha será estar em casa no Natal. Aqui tem estado frio, mais agora está bem brando. Theo, que terrível coisa com a sua perna, está agora completamente melho? Nós provavelmente teremos um árvore de natal. Nosso feriado começa na quinta. E agora, adeus caro Vincent e Theo, eu desejo a vocês dois um ótimo e feliz natal.

Para Theo van Gogh. Amsterdam, Domingo, 9 Dezembro de 1877.

Charles Stanley Reinhart - Frank French - 'Merry Christmas to you, old barebones!' - Harper's Weekly. Journal of Civilization 26 (16 December 1882), pp. 800-801 Amsterdam, Universiteitsbibliotheek UvA

Charles Stanley Reinhart – Frank French – ‘Feliz Natal para vocês, velhos barões!’ – Harper’s Weekly. Journal of Civilization 26 (16 December 1882), pp. 800-801 Amsterdam, Universiteitsbibliotheek UvA

Atualmente eu consigo pega-los [mapas] no Seyffardt’s, mas lá provavelmente não estarei nunca com esta oportunidade. Eu desenhei aquele mapa e então eu o dupliquei, e por isso eu quis da-lo a Harry Gladwell como um presente de natal que eu pretendo envia-lo para ele através de você, para incluir quando um caixote for a Paris. (…)
Mas tudo isto passa, agora mais do que uma noite em questão. Do Tio Cor eu recebi Bossuet, Oraisons funèbres, em uma edição muito boa e acessível, muito completa que inclue entre outras coisas, o bom sermão sobre Paulo no texto “para quando estou fraco, então serei forte”. É um livro nobre, você o verá no natal, eu estava tão feliz com ele que até hoje tenho carregado por aí dentro de meu bolso, embora seja tempo de eu parar pois algo pode acontecer com ele. De Mendes eu recebi o trabalho de Claudius, também um bom e sólido livro; eu enviei a eleThomae Kempensis de imitatione Christi e escrito na frente, há nem judeu nem grego nele, nenhuma ligação nem livre, nenhum macho ou fêmea: mas Cristo é tudo, e em tudo. Do tio Stricker recebi uma caixa de charutos, você sabe que eu fiz com eles, eles estão sempre tão amigavelmente no the Rooses’ e eu tenho pensado se eu tivesse algo a enviar quando a caixa de charutos chegasse como uma dádiva de Deus. E de noite encontrei uma carta do tio Jan na mesa. Foi então breve sobre Vos and Kee, onde Tio e tia Stricker estavam bem também, mas não poderiam ficar pois eu tinha aula das 8 às 10 com Teixeira. Tio Jan passou a noite na casa do Tio Cor.

Para Theo van Gogh. Wasmes, Terça, 26 de Dezembro de 1878.

Alexandre Jean Louis Japhet (Jazet) - Christmas Eve (Goupil photograph) Paris, Bibliothèque National de France

Alexandre Jean Louis Japhet (Jazet) – A noite de Natal (Véspera de natal-Goupil photograph) Paris, Bibliothèque National de France

Havia neve nestes últimos dias, os dias escuros antes do Natal. Então tudo esteve remanescência de pinturas medievais do Camponês Bruegel, entre outros, e por muitos outros que foram tão bom expressando o efeito singular do vermelho e verde, preto e branco.

Para Theo van Gogh. Haia. Domingo 17 de Dezembro de 1882.

Edwin Austin Abbey - Joseph Swain - Christmas in old Virginia - The Graphic. An Illustrated Weekly Newspaper 22 (25 December 1880), pp. 660-661 Amsterdam, Van gogh museum

Edwin Austin Abbey – Joseph Swain – Natal na velha Virginia – The Graphic. An Illustrated Weekly Newspaper 22 (25 December 1880), pp. 660-661 Amsterdam, Van gogh museum

Uma das coisas que não vai passar é algo aberto e a crença em Deus, mesmo se as formas mudarem, umamudança como renovação do verde na primavera. Mas você entendera entre uma coisa e outra  que minha meta netes desenhos não é pagar homenagem a forma mas mostrar que eu respeito grandemente o sentimento de Natal e Ano Novo.

Para Theo van Gogh. Haia, Sexta, 22  de Dezembro de 1882.

Edwin Austin Abbey - J.G. Smithwick - Winter - Harper's Weekly. Journal of Civilization Christmas number (1882), p. 17 Cambridge, Widener Library, Harvard College Library

Edwin Austin Abbey – J.G. Smithwick – Natal – Harper’s Weekly. Journal of Civilization Christmas number (1882), p. 17 Cambridge, Widener Library, Harvard College Library

Como eu espero que nós podemos passar alguns dias de natal juntos, por exemplo- eu também gostaria ternamente de ter você no meu atelier mais uma vez.
Eu, também, tenho labutado duramente recentemente, precisamente pois eu estava cheio de sentimento de natal, e sentimento nãoé suficiente, algum quem que traze-lo para seu trabalho.

Para Anna van Gogh-Carbentus. Saint-Rémy-de-Provence, Segunda, 23 Dezembro de 1889.

Samuel Read - Christmas reflections - The Illustrated London News London, Witt Library

Samuel Read – Reflexos de Natal – The Illustrated London News London, Witt Library

Eu as vezes penso que eu me sinto muito mais forte e as vezes mais clear-headed do que no último ano.
Agora lhe desejo um feliz natal e um bom ano novo. Envolvido no pensamento pelo

Seu querido
Vincent

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Dezembro 18, 2012
Haia, 2 de junho de 1882

Ataque do 1º regimento dos escaramuçadores maroquinos (1918), RENOUARD

 Charles Paul Renouard- Attaque du 1er régiment de tirailleurs marocains, le 28 juin 1918, à 5 h 5 m. (1918), Paris, Réunion des musées nationaux

Attaque du 1er régiment de tirailleurs marocains, le 28 juin 1918, à 5 h 5 m.  , Paris, Réunion des musées nationaux

Veja aqui uma outra versão -CLIQUE PARA AMPLIAR

Van Gogh nesta carta descreve a Theo as gravuras em madeira que possui:

“GRAVURAS DE MADEIRA QUE VINCENT POSSUI

1 Pasta Tipos populares irlandeses, mineiros, fábricas, pescadores, etc., na maioria pequenos esboços a pena.

1 pasta Paisagens e animais, Bodmer, Giacomelli, Lançon, a seguir algumas paisagens determinadas...

1 pasta Trabalhos do Campo de Millet, a seguir Breton, Feyen Perrin e lâminas inglesas de Herkomer, Boughton, Clausen, etc.

1 pasta Lançon

1 pasta Gavarni, completada por litografias, nenhuma rara.

1 pasta Ed. Morin

1 pasata G. Doré

1 pasta Du Maurier, muito cheia

1 pasta Ch. Keene e Sambourne

1 pasta J. Tenniel completada pelos cartoons de Beaconsfield

Falta John Leech, mas esta lacuna pode ser facilmente preenchida pois pode-se obter uma reimpressão destas gravuras em madeira, o que não é muito caro

1 pasta Barnard

1 pasta Fields e Charles Green, etc

1 pasta Pequenas gravuras em madeira francesas, álbum Boetzel, etc.

1 pasta Cenas a bordo de navios ingleses e croquis militares

1 pasta Heads of the Peole por Herkomer, completada por desenhos de outros artistas e por retratos.

1 pasta Cenas da vida popular londrina, desde os fumantes de ópio e White Chapel e The seven Dials, até figuras das damas mais elegantes, e Rotten Row of Westminter Park. Foram juntadas cenas correspondentes de Paris e Nova York. O conjunto é um curioso ‘Tale of those cities’.

1 pasta As grandes lâminas de Graphic, London News, Harpers Weekly, etc, entre as quais,  Frank Holl, Herkomer,  P. Renouard

Charles Paul Renouard foi um pintor, gravurista, decorador, ilustrador e esbocista francês. Ele pintou diversos a cultura e tradições populares em outros paises como Estados Unidos, Inglaterra, Bélgica e Holanda. Além disso foi um artista que retratou sua época e os eventos importantes.

Nascido no dia 5 de novembro de 1845 em Cour-Cheverny (Loir et Cher), ele foi para Paris aos 14 anos onde começou a trabalhar como decorador. Logo depois ele entra para o atelier de Isidore Alexandre Augustin Pils in 1868 e os dois juntos decoraram a cúpula da Opera House de Paris. A primeira exibição foi no Salon de Paris em 1877.

Pinturas de Paul Renouard são raras pois ele dedicou quase toda sua energia com gravuras. E com elas Charles conseguiu retratar atores, músicos, dançarinos na Opera de Opera e no Teatro Real Drury ane. Paul Renouard foi profundamente influenciado pelos impressionistas, especialmente Degas e Manet; por sua vez, Renouard influenciou Vincent van Gogh, que muito admirou seu trabalho.

Em 1884 ele vai para Londres onde trabalha como ilustrador para o jornal The Graphic. Sua experiência na cidade rendeu uma série de retratos de academicistas britânicos, intitulada A Academia Real. Posteriormente colaborou com os jornais franceses L’art, L’Illustration e Paris illustré.

Em 1903 ele se torna secretário da Sociedade Nacional de Belas artes, professor na Escola de Artes decorativas (onde se tornou amigo de Jean-Joseph Weerts e de Degas), além de membro da Sociedade dos artistas franceses. Como artista recebeu uma medalha de terceira classe em 1889 e duas medalha de ouro em 1889 e 1890 na Exposition Universelle de Paris. Durante a primeira guerra ele trabalha como desenhista.

Ele morreu no dia 2 de janeiro de 1924 em Paris. Recentemente em 2006 houve uma grande exibição de gravuras de Renouard no Museu Nacional de Tóquio a partir da coleção do negociante Tadamasa Hayashi, que conheceu o pintor e foi o organizador de uma exibição em Paris em 1894.

Paul Renouard foi essencialmente um artista em preto e branco. Há algumas coloridas como a do portfolio La Danse. O artista fez desenhos em papel autocopiativo preparado litograficamente, do qual Gillot transferiu para pratos de zinco, os colorindo.

Charles Paul Renouard- The Opening of the Royal Academy. The Selecting Committee at Work  (1887), The Opening of the Royal Academy. The Selecting Committee at Work

Charles Paul Renouard- Abertura da Academia Real com o comite selecionaro de trabalhos (The Opening of the Royal Academy. The Selecting Committee at Work, 1887). Trabalho da série A Academia Real.

Charles Paul Renouard-The bandmastter  ,London,Victoria and Albert Museum

Charles Paul Renouard- O regente (The bandmastter), Londres, Victoria and Albert Museum

Jean-Joseph Weerts - portrait-de-Renouard

Jean-Joseph Weerts –  Retrato de Paul Renouard

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Todas as terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor mon(o)t0-ista Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui. UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Dezembro 11, 2012
Haia, 2 de junho de 1882

Faces no fogo (1867) ,HOLL

Francis Montague Holl - Faces in the Fire (1867) , Ashmolean Museum, Oxford (UK)

Faces in the fire , Oxford (UK), Ashmolean Museum

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Van Gogh nesta carta descreve a Theo as gravuras em madeira que possui:

“GRAVURAS DE MADEIRA QUE VINCENT POSSUI

1 Pasta Tipos populares irlandeses, mineiros, fábricas, pescadores, etc., na maioria pequenos esboços a pena.

1 pasta Paisagens e animais, Bodmer, Giacomelli, Lançon, a seguir algumas paisagens determinadas...

1 pasta Trabalhos do Campo de Millet, a seguir Breton, Feyen Perrin e lâminas inglesas de Herkomer, Boughton, Clausen, etc.

1 pasta Lançon

1 pasta Gavarni, completada por litografias, nenhuma rara.

1 pasta Ed. Morin

1 pasata G. Doré

1 pasta Du Maurier, muito cheia

1 pasta Ch. Keene e Sambourne

1 pasta J. Tenniel completada pelos cartoons de Beaconsfield

Falta John Leech, mas esta lacuna pode ser facilmente preenchida pois pode-se obter uma reimpressão destas gravuras em madeira, o que não é muito caro

1 pasta Barnard

1 pasta Fields e Charles Green, etc

1 pasta Pequenas gravuras em madeira francesas, álbum Boetzel, etc.

1 pasta Cenas a bordo de navios ingleses e croquis militares

1 pasta Heads of the Peole por Herkomer, completada por desenhos de outros artistas e por retratos.

1 pasta Cenas da vida popular londrina, desde os fumantes de ópio e White Chapel e The seven Dials, até figuras das damas mais elegantes, e Rotten Row of Westminter Park. Foram juntadas cenas correspondentes de Paris e Nova York. O conjunto é um curioso ‘Tale of those cities’.

1 pasta As grandes lâminas de Graphic, London News, Harpers Weekly, etc, entre as quais,  Frank Holl…

Francis  Montague Holl, mais conhecido como Frank Holl, foi um pintor, ilustrador e esbocista inglês conhecido como pintor do realismo social.Originalmente ele pintou cenas do cotidiano, as vezes mostrando os males sociais do dia como “O desertor” e “Newgate cometido pelo tribunal”.  Seu trabalho foi muito admirado por Van Gogh.

Nascido em 4 de julho 1845 em Londres, neto do gravurista William Holl, ele recebeu suas primeiras instruções de seu pai, o gravurista Francis Holl. Sua família era de socialistas ativos e desde cedo Frank aprendeu que ele tinha uma responsabilidade em mudar a sociedade. Seu pai era frustrado pelo fato de que seu trabalho consistia em expressar idéias de outros homens e disse a seu filho para ser um artista independente mas que “seja guiado pelo formão para ganhar seu pão.” Aos quinze anos passa a estudar nas Escolas da Academia Real (Royal Academy Schools, onde em 1862 recebe  medalha de prata por um desenho e no ano seguinte medalha de outro por um tema religioso: Abraão ao sacrificar Isaac. A partir de 1864 exibiu na Academia Real onde continuou mostrando seus trabalhos até a sua morte. Holl foi eleito um acadêmico da Royal Academy em 1878 e membro em 1883.

Em 1868 ele ganhou uma bolsa de viagem com Lord Gave e Lord Hath Taken Away. Quando ela foi exibida na Royal Academy em 1869 a Rainha Victoria tentou compra-la, mas o comprador original se recusou, porém a rainha comprou outra pintura posteriormente ocm o mesmo tema “No Tidings from the Sea” por 100 guineas. O prêmio de Holl era uma tour de pintura pela Europa mas após 2 meses ele escreveu da Itália para a Academia Real dizendo que estava resignando sua bolsa de estudo pois ele queria se concentrar na pintura ” a simples, de alguma forma dura vida cotidiana das pessoas inglesas”.

Em 1869 ele se juntou aos membros da revista The Graphic, editada semanalmente pelo  reformista social William Luson Thomas. Pelos próximos cinco anos ele produziu uma série de imagens que foram usadas para ilustrar a revista. Holl trabalhou junto com outros jovens artistas que estavam engajados politicamente como Luke Fildes e Hubert von Herkomer e juntos eles estabelecerem o que se tornou estabelecida como movimento sócio-realista. Uma de suas tarefas na The Graphic magazine envolvia a visita da prisão de Newgate, onde certa vez viu uma mulher e as crianças visitando um prisioneiro.

Na sua famosa pintura “Newgate cometido pelo tribunal”, na tentativa de capturar a emoção captividade, Holl pintou dentro da prisão de Newgate. Um crítico escreveu: “Os personagens são tão reais  que se sente que há uma história a ser contada de ambições arruinadas, de laços familiares quebrados, de devoção desprezada e esgado no chão”. Mesmo com esta obra não tendo sucesso na exibição da Academia Real, o retrato que Holl submeteu no mesmo ano foi louvado e o fez receber diversas comissões de ricos para pintura de retrato. Holl, que agora era casado e com uma família para criar, decidiu como seus colegas da The Graphic se dedicar a pintura de retrato e com seu grande conhecimento pintou retratos como Gladstone, Leverhume,  Joseph Chamberlain e Millais. Holl foi um personagem despretencioso embora nervoso, e passou a pintar retratos apesar de bem sucedido finandeiramente, foi disastroso para ele pessoalmente, e contribuiu pra sua morte prematura que ocorreu no dia 31 de julho de 1888. Sua família afirmou que ele morreu de trabalhar demais e sua filha escreveu ” não é muito dizer que meu pai jogou sua vida fora por sua inabilidade total em descançar de seu trabalho. Sua pintura de retratos não o satisfaziam e ele trabalhava sete dias por semana para dar conta dos retratos. Ele contou a sua esposa: “Fome pelo trabalho está sempre em mim, e é quando eu não posso satisfazer esta fome que eu fico tão desgastado.Se eu pudesse banir minha consciência atormentado do trabalho; mas aquilo nunca me deixa só, e se eu não fizer nada eu me sinto sem uso.”

SOBRE A OBRA

Holl fez seu nome como pintor de cenas do cotidiano. “Faces in the Fire” (Faces no fogo) foi um de seus primeiros sucessos quando exibido na Royal Academy em 1867. Umajovem garota que olha o fogo, inconsiente do gato  cujo pires quebrou. Em uma noção social do tema, Holl representa a gaiola, um atributo comum de servidão, indicando que ela é uma serva ou a filha de uma trabalhadora braçal na casa.

Francis Holl- Portrait of Francis Montague Holl (1854) ,London British Museum

Francis Holl- Portrait of Francis Montague Holl (1854) ,London British Museum. Neste quadro pintado pelo seu pai, Frank está com nove anos.

Frank Holl- Newgate Committed for Trial (1878)

Frank Holl- Newgate Committed for Trial (1878)

The Graphic Artists by T. Blake Wirgman. Magazine of Art (1890)-  (left to right) Charles Green, Sydney P. Hall, E. J. Gregory, H. Woods,  Luke Fildes, J. Nash, seated Hubert Herkomer, G.Durand, Frank Holl,  W. Small

Artistas da The Graphic pintados por T. Blake Wirgman e publicados na Magazine of Art (1890)-  (da esquerda para direita (em pé) Charles Green, Sydney P. Hall, E. J. Gregory, H. Woods,  Luke Fildes, J. Nash. (Sentados) Hubert Herkomer, G.Durand, Frank Holl,  W. Small

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Todas as terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor mon(o)t0-ista Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui. UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH