Archive for Setembro, 2011

ASSIM É, SE LHE PARECE

Setembro 30, 2011

Um documentário de Carla Gallo sobre o artista Nelson Leirner que não quer fazer arte pras artes ou ser artista. Só quer produzir para si e para o mundo (se este quiser se fazer existir).

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Setembro 30, 2011
Auvers-sur Oise, 29 de junho de 1890

Campo de trigo com corvos (1890),VINCENT VAN GOGH 


 Koringland met Kraaie, Amsterdam, Vincent Van Gogh Museum
No dia 27 de julho, Vincent Van Gogh atirou contra seu próprio peito, vindo a morrer dois dias depois. Um de seus últimos quadros é a soturna paisagem Trigal com corvos (acima).  Abaixo a última carta que Van Gogh levava no bolso no dia de sua morte no dia de sua morte (29 de julho de 1980). Com o fim das cartas, esta coluna artística continuará tratando outros artistas mencionado em cartas por Van Gogh sem uma obra definida. Abaixo a última carta escrita pelo pintor holandês :
“Meu caro irmão,
Obrigado por sua gentil carta e pela nota de cinquenta francos que ela continha. Já que as coisas vão bem, o que é o principal, por que insistiria em coisas de menor importância? Por Deus! Provavelmente se passará muito tempo antes que se possa conversar de negócios com a cabeça mais descançada.
Os outros pintores, independente do que pensem, instintivamente mantêm-se à distância das discussões sobre o comércio atual.
Pois é, realmente só podemos falar através de nossos quadros. Contudo, meu caro irmão, existe isto que eu sempre disse e novamente voltarei a dizer com toda a gravidade resultante dos esforços do pensamento assiduamente orientado a tentar fazer o bem tanto quanto possível- volto a dizer-lhe novamente que sempre o considerarei como alguém que é mais que um simples mercador de Corots, que por meu intermédio participa da própria produção de certas telas, que mesmo na derrocada caonserva sua calma.
Pois assim é, e isto é tudo, ou pelo menos o principal, que eu tenho a lhe dizer num momento de crise relativa. Num momento em que as coisas estão muito tensas entre marchands de quadros de artistas mortos e de artistas vivos.
Pois bem, em meu próprio trabalho arrisco a vida e nele minha razão arruinou-se em parte- bom-, mas pelo quanto eu saiba você não está entre os mercadores de homens, e você pode tomar partido, eu acho, agindo realmente com humanidade, mas o que é que você quer?

Depois da última carta escrita por Van Gogh deixamos acima aquele considerado o último quadro de Van Gogh- “Os Campos”- que fora completado no 10 de julho de 1890, ou 19 dias antes de sua morte e hoje em coleção privada. Lembrando que na próxima terça a coluna continua com novos pintores comentados nas cartas (sem referências as obras) e ainda não trabalhados por aqui.

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Às sextas e terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor monoauricular Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui.

Devir/Dançar

Setembro 29, 2011

Nosso movimento semanal Devir/Dançar traz hoje um pouco sobre a vida e a obra de um dos maiores coreografos e dançarinos  no que refere a dança como expressividade e libertação (em contraponto ao espetáculo): Merce Cunningham.

Sua vida produziu uma vanguarda que se manteve na experimentação e inovação. Quando esteve imposibilitado de andar, utilizou a criação de outras formas e até criou softwares para coreografia. Com vocês

“Se um dançarino dança- que não é o mesmo que ter teorias sobre danças ou desejar dançar ou tentar dançar ou lembrar em seu corpo a dança de alguém- mas se o dançarino dança, tudo está lá… Nossa extase na dança vem do dom possível de liberdade, o momento revigorante que esta exposição de simples energia pode nos dar. O significa que não é licensa, mas liberdade. . .” Merce Cunningham (1952)

Merce Cunningham foi o lider da vanguarda americana na dança em seus 70 anos de carreira, além de ser considerado um dos mais importantes coreografos do século XX, e um dos mais importantes dançarinos norte-americanos. Com uma carreira artística distinta por constante inovação, Merce expandiu as fronteiras não só da dança, mas das artes performáticas e visuais contemporâneas, em seus trabalhos com músicos, artistas visuais e cineastas. Uma destas colaborações foi com o visionário John Cage, com quem foi  companheiro de toda a vida e fizeram inovações radicais, como a experimentos sobre a relação entre dança e música, que mostrou que elas podem ocorrer no mesmo local e espaço, mas devem ser criadas indepententemente da outra. Além disso abandonaram as formas musicas, as narrativas e os elementos convencionais da dança como causa-efeito, climax-anticlimax. Por isso para Cunningham o assunto da dança era a própria dança.

Nascido na cidade americana de  Centralia em Washington no dia 16 de abri de 1919, Cunningham começou sua carreira de dançarino profissional com uma estabilidade de seis anos como solista na Companhia de Dança de Martha Graham. Em 1944 ele apresentou seu primeiro solo em 1953 formou a Merce Cunningham Dance Company como um fórum para explorar ideias inovadoras. Durante sua carreira ele coreografou mais de 150 espetáculos e mais de 800 eventos e ocasiões. Durante este tempo revelou grandes dançarinos como Paul Taylor, Trisha Brown, Lucinda Childs, Karole Armitage, Foofwa d’Immobilité, e Jonah Bokaer. 

Sua paixão pela dança e pela inovação lhe fez um lider em aplicar novas tecnologias com a artes. Ele começou a investigar a dança em filme na década de 70 e coreografou usando o programa Danceform durante a parte final de sua carreira. Ele explorou tecnologia de captura para criar décor par BIPED (1999), e seus interesses em novas médias lhe levou a criar o DanceForms que explora todo os movimentos da dança pelo computador. Além disso ele produziu Mondays with Merce, uma série de internet inédita na companhia de dança e os ensinamentos técnicos de Cunningham com vídeo de aula de técnica avançada, ensaios, arquivos e entrevista com membros da companhia, coreógrafos e colaboradores.

Sendo um coreógrafo ativo e mentor das artes até sua morte com 90 anos, ele recebeu algumas das maiores honras na arte como National Medal of Arts (1990),  MacArthur Fellowship (1985), Jacob’s Pillow Dance Award in 2009, Japan’s Praemium Imperiale em 2005,  British Laurence Olivier Award em 1985, e foi nomeado Oficial da  Legion d’Honneur  da França em 2004. Além de seus trabalhos há quatro livros, três apresentações e dezenas de ballets sobre a vida e obra dele. Seus espetáculos já passaram por montagens de Ballet of the Paris Opéra, New York City Ballet, American Ballet Theater, White Oak Dance Project, e London’s Rambert Dance Company.

Cunningham faleceu em Nova Yorke em sua casa no dia 26 de julho de 2009. Sempre um visionário, ele desenvolveu um Plano de Legado antes de sua morte no intuit de guiar sua companhia e manter preservado o seu legado artístico.

Merce Cunningham (a direita) e seu grupo ensaiam um espetáculo no ano de 1957.

Companhia de Dança Merce Cunningham que até hoje prossegue com as coreografias e novos espetáculos


Photo Graphein: Ellen Von Unwerth

Setembro 29, 2011

Tréplicas, réplicas…

Setembro 28, 2011

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Setembro 27, 2011
Auvers-sur Oise,28 de junho de 1890

GRANDES MESTRES DA LITERATURA

GEORGE SAND

Ferdinand Victor Eugène Delacroix- George Sand usando um traje masculino, França, L’universe illustré. Journal hebdomadaire no 27 (5 de abril de 1885) p.213
Van Gogh fala nessa carta como é importante que o vestuário  seja bem feito nas pinturas, e como ele cria outras formas de relação com os quadros:
“E depois já é uma vitória ver no vestuário das pessoas arranjos de cores claras bem bonitas; se pudéssemos fazer o retrato das pessoas que vemos passar, ficariam tão bonitos quanto qualquer época do passado, e até acho que muitas vezes há na natureza atualmente toda a graça do quadro de Puvis (de Chavannes), entre a arte e a natureza . Assim, ontem vi duas figuras: a mãe num vestido carmim-escuro, a filha em rosa pálido com um chapéu amarelo sem nenhum ornamento, rostos camponeses muito sadios, crestados pelo ar puro, queimados pelo sol; especialmente a mãe com a cara muito, muito vermelha e cabelos negros e dois diamantes nas orelhas. E pensei novamente na tela de Delacroix, A Educação Maternal. Pois na expressão daqueles rostos realmente havia tudo o que havia no rosto de George Sand– de Delacroix, do qual há uma gravura na Illustration, com os cabelos curtos?

George Sand era o pseudônimo de Madame A(r)mandine Lucile Aurore Dudevant, a mais prolífica autora na história da literatura, e inalcançavel entre as romancistas francesas. Sua vida foi tão estranha e aventurosa como seus romances, que são em boa parte versões idealizada dos diversos incidentes. Em suas confissões, ela segue o estilo de Rousseau, porém ela se coloca como heroina da história, geralmente frágil e errada, mas sempre uma mulher que sofre do que faz sofrer.

Nascida no dia 1 de julho de 1804 em Paris, ela era filha bastante desejada de Maurice Dupin, um tenente aposentado do exército e de Sophie Delaborde, que sua vez era filha de um vendedor de pássaros. Ela tinha uma linhagem real, já que seu avô paterno Dupin de Francueil, casou com a viúva do Conde Horn (Filho natural de Louis XV). A viúva por sua  era filha de Maurice de Saxe que também tinha uma linhagem de uma condesa. Por isso Sand, acreditava na doutrina da hereditariedade, e em sua biografia fala de seu pedigree familiar. Mesmo declarando sua afinidade real com Charles X e Louis XVII, ela também se declarara uma camponesa, a filha do povo, com quem compartilha instintos e simpatias.

Aos três anos de idade George viaja cruzando os pirineus para se encontrar com seus pais que estavam em uma suite no palácio real, e então é adotada como uma criança do regimento, cuidada por velhos e duros sargentos e vestida em uniforme. Nos dez anos posteriores ela morou em Nohant, próximo La Chatre em Berri, na casa de campo de sua vó. Lá ela adquiriu um amor pelas cenas campestre que levou por toda vida. Lá ela aprendeu os modos e pensamentos camponeses, e criou uma memória rica de cenas e personagens que soube usar quando precisava, já que segundo ela própria o personagem é uma grande medida da hereditariedade. Esta experiência foi muito importante e influênciou toda sua carreira, já que não teve nenhuma educação formal.

Pouco antes de retornar a Espanha seu pai morreu ao cair de um cavalo, e não demorou muito para que sua mãe também se fosse, sendo ela cuidada pela avó, Mme. Dupin de Francueil. Em 1817, ela foi mandada para um convento dos ingleses augustinianos(Couvent des Anglaises) em Paris, onde adquiriu um fervor místico que, embora logo abatido, deixou sua marca.

Em 1820, volta a casa de sua avó onde mais uma vez experência a vida campestre e passa a ter contato com outras línguas que futuramente dominara como ingles, italiano e latim. Além disso ela passa a ler bastante, estudando filosofia em Aristóteles, Rousseau, Leibnitz, Locke e Condillac, além de estudar as literaturas como Rene, Childe Harold e Chateaubriand.

Já em 1822 se casa com o Barão Casimir Dudevant, com quem tem os cinco primeiros anos de casamento muito felizes e teve dois filhos Maurice e Solange. Porém logo se cansa e busca consolação primeiro em uma amizade platônica com Aurelien de Seze , um jovem magistrado e depois em uma ligação apaixonada com um vizinho. Em janeiro de 1831, ela se separa deixa Nohant e sua família arruinada pelo casamento infeliz, partindo com Solange para Paris (com direito a uma pensão de  120 libras mensais), onde encontra um grande amigo em Henri de Latouche, o diretor do jornal Le Figaro, que aceitou alguns artigos que ela escreveu com seu amante Jules Sandeau sob pseudônimo de Jules Sand. No ano seguinte adota um novo, George Sand, para Indiana, um romance em que escreveu sem ajuda. Este romance, que lhe trouxe fama imediata, é um protesto apaixonado contra as convenções sociais que liga a esposa ao marido contra sua vontade, e uma apologia a heroina que abandona o casamento infeliz e encontra o amor. Nos romances seguintes, Valentine (1832) e Lélia (1833), o ideal da livre associação é extendido para uma esfera mais ampla no social e relações de classe. Seu trabalho jornalístico continua e ela passa a contribuir para a Revue des Deux Mondes (1832-41) eLa République (1848), além de ser coeditora do Revue Indépendante (1841)

Enquanto isto, a lista de seus amantes estava crescendo; eventualmente incluia entre outros Prosper Mérimée, Alfred de Musset, e Frédéric Chopin (quando ela tinha 33 anos). Ela se manteve impérvia a visão cética e Musset e aos preconceitos aristocráticos de Chopin, enquanto o homem com quem compartilhava opiniões era o filosofo Pierre Lerous, que nunca fora sua amante. Inclusive há estudos que muito dos personagens masculinos de seus romances provêm dos amantes.

Porém os romances muitas vezes mostravam este amor com o bucolismo e simpatia com os pobres como La Mare au diable (1846), François le Champi (1848), e La Petite Fadette (1849).

Depois da revolução de 1848 ter falhado, Sand parte para Nohant em um retiro literário. Entre 1864 à 1867 morou em Palaiseau, próximo Versailles e sempre esteve trabalhando e viajando e assume: “Trabalho não é a punição do homem. É seu prêmio e sua força, sua glória e seu prazer”.

George Sand morreu no dia 8 de junho de 1876, em Nohant. Ela teve um importante papel, embora durante muito tempo subestimado, na evolução do romance. Seus livros embora populares, levantaram uma controvérsia: O Senado francês reconheceu sua oposição a presença dos trabalhos de Sand em Bibliotecas públicas. Parcialmente devido aos casos amorosos com celebridades conhecidas, mas ela era também acusada de lesbianismo e ninfomania.Ela inspirou diretamente com seu estilo Dostoievski ,Turgenieff, Elizabeth Barrett Browning, John Stuart Mill, George Eliot.

Além disso ela publicou dezenas de romances que ainda são publicados e lidos nos dias de hoje como A marquesa(1834), André (1835), Mauprat (1837), A condesa de  Rudolstadt (1844), O diabo nos campos (1856), Homem de neve (1858), A confissão de uma jovem (1865), Flamarande (1875) entre outras.

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Às sextas e terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor monoauricular Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui.

ADEUS…

Setembro 27, 2011

O mar, debruçado no horizonte
Entregou o navio em que eu parti
Ao nada que fica dele adiante
E engole a ele, a mim e a ti.

Depois- é só lembraça da partida,
Agora- é só olhar e não ver nada
E a lágrima de há pouco é esquecida
Porque o adeus não espera a madrugada

São Paulo, 1967

Marcus Pereira, do livro Inconfidências, Editora Hucitec, 1977

Como o próprio musicólogo, publicitário, defensor das culturas brasileiras e um dos donos do Jogral disse, está é uma de suas ousadias poéticas

Amigos são p’ressas coisas…

Valeu Marcos por mais esta…

Photo graphein:Alécio de Andrade

Setembro 26, 2011

da série Le Louvre et  ses Visiteurs (O Louvre e seus visitantes)

Minicontos

Setembro 25, 2011

Punhos

Todos estavam excitados. Algo comum e inexplicável tomava seus espiritos. De repente todos ergueram os punhos e celebraram: viva a greve!

louca

Ela cantava pela rua tão lindamente que era assustador aos ouvidos poluídos. Ofensa moral à ordem pública. Foi repreendida; retrucou a advertência, e tinha razão. Mais uma vez voltará ao psiquiatra antes de ir a primeira a um concerto.

Onde não há solidão

Acordara cedo na solidão de seu quarto. Rumando em direção a estação, a expectativa era grande. E elas foram superadas: A multidão acalorada tomou-a nos braços.

Contos do internauta Lean Dromoi

Notas me tocas

Setembro 24, 2011

  • Uma das maiores bailarinas do Brasil, Ana Botafogo, fará 35 anos de carreira e bailará com o espetáculo “Marguerite e Armand”, clássico baseado em A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas. Ana dançará Marguerite hoje e amanhã (24 e 25) no Teatro Alfa em São Paulo. Se achar ingressos guarde um pra mim que eu vou… deixar para você.

 

  • Se no Brasil já tá difícil cinema, imagine rock and roll. Porém mesmo assim o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro vai tentar dar um jeito de juntar os dois na mostra “ Cinema Brasileiro Rock’n Roll” que será aberta na próxima terça (27) e fica por lá até 6 de outubro. Como a programação não foi divulgada espera que ainda saia algum rock… Ou ieis….

 

  • Dê a Cesar o que é de Cesar. Dê ao Oscar ao que é de Oscar. Esta lógica é antiga… Mas a notícia é nova. Esta semana foi escolhido o indicado brasileiro a canditato para o prêmio do Oscar Melhor Filme estrangeiro… Seguindo a lógica, dê a acadêmia a porcaria que eles mesmos (cinema holy-americano na maioria) produzem. Porém assim se nivela por baixo e não há uma quebra na acadêmia. O escolhido “Tropa de Elite 2” não tem nada de cinema. É um filme que não constroi nada: segue nos modelos de violência visual auditiva dos americanos… Talvez nos leve a um passeio pela favela. Mas só isto… Haviam outros bons candidatos como Trabalho Cansa de Marco Dutra, Juliana Rojas, Estamos juntos do Toni Venturi (de Latitude Zero e Cabra-Cega) e deveriamos escolher o melhor (como a Dinamarca fez com “Um mundo melhor” ano passado, ou o Canadá em “As Invasões Bárbaras”, ou a Espanha com “Tudo Sobre minha mãe”). Mas o Brasil seguiu a lógica do capital e da mediocridade… Vamos continuar nos lucros….

 

  • Já por Brasilia a parada é séria. Na segunda (26) começa o Festival de cinema de Brasília que já está no seu ano 44 e promete premiar as produções brasileiras que fujam dos oscariados… Na programação há longas como Mãe e filha de Petrus Cariry; Periférico 304 de Paulo Z; Rock Brasilia de Vladimir Carvalho; Que bom te ver viva de Lúcia Murat; Trabalhar cansa de Juliana Rojas e Marco Dutra. Há também dezenas de curtas como Cata(Dores), de Webson Dia; O Troco do fiado, de Sérgio Neves e Exu iluminado de André Luiz Oliveira. Confira a programação que vai até dia 3  e embarque rumo as Chapadas…

  • Um dos assuntos que esteve bombando nas paradas de sucesso nesta semana foi o fim do grupo musical R.E.M que tinha 31 anos de carreira musical e 15 álbuns. Foi só dar esta rápida piscadela e movimentos oculares para agitar toda a internet. O grupo disse que ” A todos nossos fãs e amigos: como R.E.M., e como amigos de toda a vida e cúmplices, decidimos por ponto final na banda. Caminhamos cada um para um lado, com gratidão e com incredulidade diante de tudo o que realizamos A todo aquele que se emocionou com nossa música, nosso mais sincero agradecimento por escutarmos”. Nem toda produção afetiva dá certo… Tens um lenço?

 

  • A cidade paraense Castanhal vai celebrar hoje (24) a 2ª edição do encontro Conexão vivo que traz para a cidade diversos eventos musicais na Praça da Estrela as 19 horas. O evento continuará em Belém do Pará nos últimos 10 dias do mês de outubro. Porém em Castanhal esta noite aguarda com Beto Froks e Banda (Castanhal); Magrus Borges e Adriana Cavalcante (PA); Jurandir (Castanhal); Juca Culatra & Cristal Reggae convida Projeto Charmoso (PA); Porcas Borboletas (MG) convida Otto (PE). Ai que festa boa que só ela….

 

  • O Instituto Peabiru lança hoje (24) o documentário “Expedição Viva MARAJÓ”  em Breves e logo ele percorrerá  todo o Arquipélago de Marajó que tem ao todo 16 municípios, sempre seguido de discussões e trabalhos sociais . A população vai poder se vem no doc., nas suas produções culturais e afetivas. O documentário será um registro itinerante que gratuitamente será levado (com pipoca garantida garante os produtores). A itinerância terminará no dia 15 de novembro e depois tem todo o Brasil para percorrer e mostrar o que o Marajó tem… O documentário que tem a direção Regina Jehá.

 

  • Pra piorar a situação o secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura e ex-presidente da FUNARTE, Sérgio Mamberti, elogiou a escolha do filme Tropa de Elite 2 e disse que esta escolha “mostra a emergência do cinema brasileiro (….)É o resultado de um processo que estamos construindo nos últimos anos”. Mamberti que foi ator não faz mais esta função vital do ator- artista: analizar o mundo como se apresenta, notar suas contradições e transforma-lo através da composição de seus afetos.

Ari do Cavaco e Otacílio da Mangueira

  • Nesta semana a cuíca roncou mais alto pela partida de um grande compositor da Portela, Ary do Cavaco. Ary que teve problemas cardíacos morava em Madureira no Rio e compôs muitos sambas enredos e sambas gravados por gente como Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Elizeth Cardoso, Almir Guineto, Dorina. Ele compôs clássicos como Cotidiano, O que importa, Lapa em três tempos, Na beira do mangue, Velha Portela, Samba no Chão, Malandro Rifle, Cheio de Pose, Olho Nela, Malando é Malandro mesmo e Gente Bacana.

 

  • Nesta semana o Ministério da Cultura abriu para consulta pública a primeira versão do Plano Nacional de Cultura que ficará com o sistema aberto on-line  para sugestões até o dia 20 de outubro. O texto preliminar reúne 275 ações agrupadas em 48 metas, em 36 áreas estratégicas que devem ser atingidas em dez anos.Há ações ligadas ao reconhecimento e à promoção da diversidade cultural; ampliação e qualificação de espaços culturais; participação social; aos ao mecanismos de fomento e financiamento da cultura entre outras. Portanto se você quiser contribuir para que realmente haja uma cultura brasileira se cadastre neste espaço e cobre depois o peso de sua sugestão… Pra que depois….

 

  •  Tudo correndo por baixo…. Este é o que rola na 9ª edição do festival Going Underground que utiliza do espaços dos metropolitanos (ou metrôs) para exibir curtas-metragens de vários paises. A idéia surgiu em Berlim e agora terá a primeira experiência em Seul.  São 26 curtas mudos (por causa do barulho) de dez países como Irã, Argentina, Alemanha e que tem a classificação livre. O Brasil está representado com a animação A caixa, dos diretores Luciana Eguti e Paulo Muppet. Em Berlim, o festival fica até a próxima quinta (28) e de lá seguer para a Coréia.

 

  • A cidade de Berlim conseguiu uma vitória em um continente minado pela tirania, ignorância e corrupção política. Pela primeira vez o Partido Pirata conseguiu eleger representantes no Parlamento da cidade com quase 9% dos votos. Piratas defendem o uso da internet para tornar a política mais transparente, além de uma liberação em conteudos culturais para fins de transformação existencial… Hastear as velas, pernas secas…

  • Nesta semana vindourahaverá uma onda de relançamentos de toda a discografia do Pink Floyd, banda britânica de rock progressivo que teve os álbuns remasterizados e com extras e bônus, além de vídeos (artigo raro em se tratando do grupo) e arquivos digitais, bem como haverá um Box-Set reunido este material e uma coletânea chamada A Foot in the Door: The Best of Pink Floyd. Na festa que rola la fora várias bandas e artistas famosos interpretarão sucessos do Pink como Foo Fighters e Roger Waters se unem pela primeira vez para tocar In the Flesh e Pearl Jam tocando Mother (outra canção de The Wall).

 

  • A Fundação Japão apresenta ao público sul-americano as tradicionais canções folclóricas japonesas, o chamado Minyo no espetáculo intitulado “Música que Transmite o Sentimento do Povo” traz os artistas japoneses Shigeri Kitsu, Katsuaki Sawada, Tetsuhiro Daiku, Naeko Daiku e Katsuharu Sawada, que se apresentam gratuitamente no Chile (14-15/set), Argentina (18,20/set), Uruguai (23-24/set) e Brasil (28,30/set – 01/02/out). Estas canções eram entoadas durante os trabalhos de pesca, agriculturas e festividades e estão ligadas a perseverança no trabalho, enaltecendo as alegrias alcançadas e sublimando as dores do cotidiano. Serão aproximadamente 20 canções de diversas regiões do Japão com instrumentos como como taiko (tambores), tsugaru-shamisen (espécie de banjo), sanshin (espécie de banjo de Okinawa) e koto (espécie de harpa). Confira a programação brasileira que passará pelo Rio, São Paulo e Santos.

 

  • A Cinemateca Brasileira em São Paulo traz a partir desta quarta (28) e até o próximo domingo (2) a mostra “Cinema espanhol atual que traz novos cinemas de diretores jovens que estão estreiando. Então não espere ver Almodovar, Saura, Julio Medem ou Alex de la Iglesia. A programação tras “Os Condenados” de Isaki Lacuesta, “ A Mulher sem piano”  de Javier Rebollo, “Todas as canções falam de mim” de Jonás Trueba, “Todos são capitães” de Oliver Laxe e “Três dias com a família” de Mar Coll.

 

  • A ciência está pior que quando se termina uma festança… toda bagunçada. Isto pois os cientistas estão perplexos como os resultados obtidos pelo Centro Europeu de Investigação Nuclear (Cern) em Genebra, que afirmaram ter descoberto partículas subatômicas capazes de viajar mais rápido do que a velocidade da luz. Neutrinos enviados por via subterrânea das instalações de Cern para o de Gran Sasso, a 732 km de distância, pareceram chegar ao seu destino frações de segundo mais cedo que a teoria de um século de física faria supor. Isto vai contra a teoria da relatividade de Einstein e a formula e=mc2 que diz que nenhum corpo consegue viajar mais rápido que a velocidade da luz. Os cientistas que fizeram o estudo como Antonio Eredidato tentaram encontrar erros que explicassem isto, repitiram 15 mil vezes a medição mais não encontraram erros. Agora todos os resultados vão ser levado as pressas pra comunidade científica do mundo inteiro analisar, e tem que ser rápido…. só não tanto quanto a velocidade da luz. Que se rache tudo em uma revolução…

  • A Pinacoteca do Estado de São Paulo abre hoje (24) uma mostra do português nacionalizado brasileiro Fernando Lemos  intitulada “Lá e Cá – Retrospectiva Fernando” que fica em cartaz até o dia 15 de novembro. Dentre os trabalhos estão fotografias e pinturas, desenhos feitos entre as décadas de 50 e 60, além de aquarelas dos anos 90. Então não deixe de veire esta exibição, para não se arrependeire depois.

 

  • A cantora Sinead O’Connor teve acalmar os fãs que tem dificuldade de compreensão. Na semana passada ela desabafou em seu sítio que apesar de saber que não se fala algumas coisas como suicídio, sexo, entre outros “quero ir muito para o céu (…) Não consigo gerenciar mais. Infelizmente queria poder morrer sem arruinar a vida dos meus filhos.” Porém ela escreveu nesta semana que sua vida não está em perigo e crê (em um discurso reprodutivo da igreja) que “suicídio é pecado”, mas que é saudável expressar os pensamentos suicidas, pois afinal que mais expressa menos age. E ela termina dando uma curtida com este sistema enlouquecedor solicitando conselhos e sugestões para “serviços de apoio na Irlanda fora hospicios, psiquiatras e drogas, onde pessoas podem tomar uma xicará de chá”. Alias ela procura é um namorado para rachar estas dificuldades pelo amor… Interessados entre no sítio dela e vejam os requesitos.

 

  • Brasília receberá nesta quarta (28) a diva querida Elza Soares que com seu trio Trio encerram a temporada deste ano do projeto Terraço do Samba. O show conta com a abertura do grupo brasiliense Aquattro. E pode ir sem tostão por que não paga e ainda faz o maior tipo já que o local do evento é o templo capital Terraço Shopping que fica no SHC/AOS E A2/08 no Cruzeiro.

 

  • Ainda há tempo de se inscrever gratuitamente no “Seminário Internacional Música Independente no Contexto do Pós-crise” que está aberto ao público pelas inscrições online aceitas até as 22 horas desta quarta (28 de setembro) mas quem perder a data poderá se inscrever pessoalmente no dia do evento se sobrer vaga. O seminário ocorre nos dias 03 e 04 de outubro na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Independa-se da indústria e se musicalise-zee, Brow…

 

  • Uma das maiores cantoras da língua portuguesa, a cabo-verdiana Cesaria Evora anunciou ontem pela gravadora Lusafrica que encerrou sua carreira, e que não poderá fazer os shows programados até o fim do ano. Em nota “seus novos problemas de saúde acontecem depois de várias operações cirúrgicas a que foi submetida nos últimos anos, entre elas uma operação de coração aberto”. Mesmo no afastamento de sua produção artística que Cesária continue sua existência alegre e produtiva.