Haia, 2 de junho de 1882
O jovem solteiro queridinho (c.1865) , DU MAURIER
The-The pet young batchelor parson, , Londres, Courtauld Institute of Art
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Van Gogh nesta carta descreve a Theo as gravuras em madeira que possui:
“GRAVURAS DE MADEIRA QUE VINCENT POSSUI
1 Pasta Tipos populares irlandeses, mineiros, fábricas, pescadores, etc., na maioria pequenos esboços a pena.
1 pasta Paisagens e animais, Bodmer, Giacomelli, Lançon, a seguir algumas paisagens determinadas...
1 pasta Trabalhos do Campo de Millet, a seguir Breton, Feyen Perrin e lâminas inglesas de Herkomer, Boughton, Clausen, etc.
1 pasta Lançon
1 pasta Gavarni, completada por litografias, nenhuma rara.
1 pasta Ed. Morin
1 pasata G. Doré
1 pasta Du Maurier, muito cheia”
George Louis Palmella Busson Du Maurier foi um artista, ilustrador,cartunista, humorista e escritor francês. Suas ilustrações para a revista satírica Punch eram comentários agudos a sociedade vitoriana inglesa e que também marcou época e criou expressões linguística no inglês. George foi um amigo muito próximo do escritor Henry James (irmão do psicologo William James)
Nascido em Paris em 6 de março de 1834, cujo pai Louis-Mathurin Du Maurier foi um britanico naturalizado de uma família fugiu da França durante o Reino do Terror e que se fixou em Londres. Em Peter Ibbetson, o primeiro de seus três livros que deu a Maurier posteriormente uma reputação como romancista quase tão grande quanto ele teve como artista e humorista por mais de uma geração, o autor conta em forma de ficção a história de sua singularmente feliz infância. Ele foi levado para Londres aos 3 ou 4 anos, e passou em Devonshire Terrace dois anos incolores; mas vagas memórias ele guarda deste tempo sobre um jardim francês e uma casa amarela com persianas verdes e telhado de mansarda em ardósia. Nesta casa, em Passy, com seus pais ele passou sete anos de vida tranquila. Logo Du Maurier vai para uma escola em Paris e em 1851 passa a estudar química no University College em Londres. Mas esta não era mesmo sua profissão, e no ano de 1856 ele foi a Paris, no Quartier Latin desta vez, no centro do mundo da arte no qual em Trilby, quarenta anos antes, ele estava produzindo com caneta e lapis. Então ele decidiu viajar para Bélgica e Holanda, experenciando Antuérpia em 1857, quando trabalhara no atelir de van Lerius, quando teve um dos grandes infortunios de sua vida- a perda gradual da vista esquerda, acompanhada por sintomas alarmates na direita. Foi um período de trágica ansiedade, com medo de perder também a visão do olho direito. Logo ele tem que abandonar a pintura e se dedicar apenas ao desenho devido a esta perda.
Felizmente isto não aconteceu e a nuvem sombria estava logo mostrando sua borda dourada, no natal de 1858, mas logo veio a lastimável cópia inválida de “Punch’s Almanac”, e com ela o começo de uma era em sua carreira.Sem dúvida o estudo deste Almanac, e especialmente os desenhos de Leech, lhe acendeu a ambição de fazer nome como humorista gráfico; e não foi muito depois de seu retorno a Londres em 1860, quando se dedicou a aprender desenho e esboço, que ele enviou sua primeira contribuição (a maneira de Leech) para Punch. Suas caricaturas gentilmente satíricas era principalmente visando a crescente classe dos novos ricos (nouveau riche) e os estetas liderados por Oscar Wilde. Suas ilustrações e desenhos para periódicos são considerados seus melhores trabalhos.
Mark Lemon, que era o editor de Punch, apreciou seu talento, e com a morte de Leech em 1865 o apontou como sucessor, aconselhando-o com sábia discrimanção a não tentar ser “tão engraçado”, mas “empreender o negócio de forma leve e graciosa” e o “tenor romantico” da companhia cantava enquanto Kelle “o baixo magnifico cantava as canções”. Estes papeis dos dois artistas continuariam a ser apresentado até o fim com suas canções cômicas inspiradas principalmente na vida dos meios rústicos e das classes médias, enquanto o negócio em si decretava quase exclusivamente em “boa sociedade’.
Na década de 1860 além dos esboços para Punch ele contribuiuu seriamente para Once a Week e Cornhill Magazine. Após seu casamento com Miss Emma Wight Wick em 1862 eles se mudaram para uma casa espaçosa e agradável perto de Hampstead Heath, de onde fez vários desenhos. Pouco antes de morrer se mudou para uma casa em Oxford Square e em 1866 ele arremeteu uma nova linha em suas admiráveis ilustrações para “Jerrold’s Story of a Feather”. Em 1869 realizou uma uma longa-estimada aspiração, a ilustração de “Thackeray’s Esmond”, e em 1879 desenhou para 12 vinhetas adicionais, fazendo ainda no mesmo ano ilustrações para Ballards.
Com frequência ele mandava belas e graciosas pinturas para a exição da Sociedade real dos pintores de aquarela, para a qual foi eleito em 1881. Em 1885 aconteceu a primeira exibição de seus trabalhos na Sociedade de Belas Artes. Logo ocupado na prática artística, passando seu lazer em intercursos sociais co seus amigos e em casa com a família, ouvindo os novos cantores e músicos, vendo as novas peças, em uma vida feliz. Ele morreu de repente no dia 8 de outubro de 1896 (embora haja estudos que comentam ter sido no sexto dia) e foi enterrado no Cemitério (ou adro) St. John-at-Hampstead. Ele deixou dois filhos- o mais velhoMajor Guy Du Maurier, um soldado que ficou conhecido em 1909 como autor da peça militar “Uma casa de britânico” (An Englishman’s Home), e o mais jovem, Gerald, um conhecido ator, e três filhas incluindo as escritoras Angela du Maurier e Dame Daphne du Maurier. Sua outra filha Sylvia Llewelyn Davies inspirou a mãe dos garotos na história do Peter Pan de J.M.Barrie.
Como escritor ele publicou três obras com tons autobiográficos de sucesso primeiro serialmente Harper’s Magazine e em 1897 integralmente: Peter Ibbetson (1892); Trilby (1894); The Martian (1897). Dentre os ilustrados destaque para “Owen Meredith’s Lucile” (1868) e “The Book of Drawing-room Plays” de Henry Dalton; “As in a Looking-glass”, de F. C. Phillips (1889); Luke Ashleigh, de A. Elwes (1891). Seu primeiro livro foi adaptado para o cinema em 1935 em um filme americano com Gary Cooper.
É impossivel evitar sua comparação com Leech e Keene. Como Keene, embora a técnica deste outro fosse melhor, Du Maurier era um esbocista muito mais acabado que John Leech, mas em outros respeitos ele tinha menos em comum com o jovem do que com o velho humorista.Maurier era um homem muito sensitivo e envolvido em seu trabalho e sua família.
George du Maurier- Two Children in the Snow, Washington, NGA
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Às sextas e terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor monoauricular Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui.