Archive for Novembro, 2012

Olinda está o maior jazz hoje a noite

Novembro 30, 2012

A bela cidade de Olinda com suas ladeiras próprias para o embebedar dionisíaco recebe a partir de hoje o Olinda Jazz Festival que ocorre no Mercado da Ribeira sempre com entrada gratuita e shows a partir das 21 horas, com muito bebop, ragtime, electrojazz, jazz fusion e arranca moleza.

Hoje a noite além de uma homenagem a Luiz Gonzaga que tem 100 anos na folhinha se apresentam Quinteto Violado e os espanhois do Flamenco A3.  E amanhã (1) é a vez dos brasileiros DJ Dolores, Benjamim Taubkin (SP), Bongar (PE), Oreka TX (País Basco). Então caia no jazz ou aqui se jazze-se

O Funk gostoso da banda War

Novembro 30, 2012

Funk-a-delic meu irmão

Black is beautiful

Yes we got the swing that’s why they call us the Blues Brothers

Devir/Dançar

Novembro 29, 2012

Nosso bailado devir/dançar continua incansavelmente sua produção dançante pelas artes e pelo mundo. Hoje continuamos o trabalho que envolve a arte visual (pintura e gravuras) que envolvam a dança. Já passamos pelo Brasil, Cuba e algumas civilizações ocidentais, e pretendemos ampliar por onde for possível.

Hoje continuando nossa volta ao mundo trazemos  trabalhos sobre dança de duas ilhas caribenhas das Índias Ocidentais: a Dominica (que não se deve confundir co República Dominicana) e Ilha de São Vicente (conhecida como São Vicente e Granadinas). Nestes locais onde a colonização africana foi muito forte vemos imagens de negros escravos dominicanos em seus movimentos de produção da vida pela dança.

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Augustino Brunyas-  Festival de escravos, St. Vincent, West Indies, 1770s

Agostino Brunias- Dance, St. Vincent, West Indies, ca. 1775

Agostino Brunias- Dança, Dominica, West Indies, 1770s

Agostino Brunias- Negro e Negra da Martinica Dançam La Chica (Negre et negresse de la Martinique dansant la Chica), 1805

Agostino Brunias- Luta de paus (Stick Fighting) , Dominica, West Indies, 1770s

Kinemasófico: A festa do monstro maluco

Novembro 29, 2012

O kinemasofico deste domingo reuniu as crianças e jovens do  Novo Aleixo em Manaus que tradicionalmente assistem seu cinema . Porém além das tradicionais brincadeiras e comilanças, houve uma reunião para conversar sobre o kinemasófico, e saber como as crianças estão se sentindo nas atividades, e da programação kinemasófica, além de comentários e sugestões.E o cinema que embalou a noite foi o clássico

A FESTA DO MONSTRO MALUCO

Título Original: Mad Monster Party
Ano: 1967

Diretor: Jules Bass
Personagens de massinha: Baron Boris von Frankenstein, Felix Flankin, Pé Grande, Drácula, Homem Invisível, Corcunda de Notre Dame, Dr. Jekyll e Mr. Hyde (O médico e o monstro), Múmia, Vampirella, O lobisomem, King Kong, O monstro da Lagoa Negra, e outras criaturas horripilantes

País: Reino Unido

Duração : 95 minutos

Sinopse (Resumo da História do Filme) : O cientista maluco Dr. Frankstein está se aposentando e por isso ele convidou todos os monstros pra uma festa em seu castelo. Seu único herdeiro é o jovem Felix que trabalha em uma farmácia e não conhece os planos de seu tio: dominar o mundo com uma poderosa bomba e usando Felix como representante. Os monstros, buscando o poder, perseguem Felix e pretendem afasta-lo de sua herança. Conseguirá Felix se livrar dos monstros de desta herança maluca?

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O Kinemasófico é um vetor cinematográfico que a Afin realiza todos os domingos à boca da noite, contando com um curso artístico (teatro, cinema…), sempre com a apresentação ao final da atividade de um cinema. Mais informações, clique aqui.

Photo graphein: Leon Levinstein

Novembro 29, 2012

Tréplicas, réplicas…

Novembro 28, 2012

Réplica: Hair Zen (1969)

Tréplicas: Titãs- Sacos Plásticos (2010)

Ministério da Cultura produzirá 360 Centros Unificados de Arte e Esporte em todo o país

Novembro 27, 2012

A ministra da Cultura Marta Suplicy informou hoje em participação no Fórum de Reitores do Rio de Janeiro. que em breve haverão 360 novos Centros Federais de Arte e Esporte funcionando em todo país. O primeiro desta série será inaugurado nesta semana em Pato Branco, Paraná e 30% do total dos Centros já estáo em obras.

A ministra disse ainda que o foco destes é o desenvolvimento dos talentos artísticos pelo interior do Brasil com o intercâmbio das diversas formas artísticas.A diferença é a valorização do intercâmbio entre as diferentes expressões artísticas. Os espaços servirão para a formação de artistas, com bibliotecas de arte, telecentros e cursos.Estes espaços serão abertos a população e terão toda sua programação gratuitamente. Estes centros certamente auxiliarão na diminuição da diferença cultural entre a região sudeste e o resto do país, fazendo com que espetáculos e produção circulem pelo país, e cidades como Manaus, por exemplo,  possam dar a arte um espaço.

Ainda no evento a ministra falou sobre a parceria com a Fifa para levar atrações culturais às arenas Fifa Fun Fest da Copa do Mundo de 2014, que contarão com telões em espaços públicos quem não conseguir ir aos estádios para ver os jogos. “Nós vamos entrar como parceria para fazer a arena cultural entrando na Fun Fest, mas também queremos fazer outros eventos, como a Arena Cinema Brasileiro e também da América Latina”, falou a ministra que também pediu a colaboração das Universidades estaduais e federais para encontrar locais adequados para receber atrações culturais.

Ainda hoje a ministra reuniu-se com senadores e deputados estaduais do Rio de Janeiro para debater sobre um tema do patrimônio cultural do estado: a reforma do Palácio Gustavo Capanema, um edifício de 1947 que inaugurou a arquitetura moderna no Brasil.  “A reunião do Capanema foi para ter uma ideia dos custos que seriam necessários para a recuperação do prédio na sua estrutura e a apresentação de possibilidades de utilização do prédio de outra forma, visando recuperá-lo como centro cultural do modernismo, o qual ele simboliza”, informou a ministra. Felizmente foi acordado um auxílio de 50 milhões por meio de emendas dos parlamentares carioca para uma reforma estrutural do edifício.

UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Novembro 27, 2012
Haia, 2 de junho de 1882

Fumadores de ópio em East End de Londres (1874) ,MURRAY


Opium-smoking at the East End of London , London, The illustrated London News (1 August 1874), p.101 

CLIQUE PARA AMPLIAR

Van Gogh nesta carta descreve a Theo as gravuras em madeira que possui:

“GRAVURAS DE MADEIRA QUE VINCENT POSSUI

1 Pasta Tipos populares irlandeses, mineiros, fábricas, pescadores, etc., na maioria pequenos esboços a pena.

1 pasta Paisagens e animais, Bodmer, Giacomelli, Lançon, a seguir algumas paisagens determinadas...

1 pasta Trabalhos do Campo de Millet, a seguir Breton, Feyen Perrin e lâminas inglesas de Herkomer, Boughton, Clausen, etc.

1 pasta Lançon

1 pasta Gavarni, completada por litografias, nenhuma rara.

1 pasta Ed. Morin

1 pasata G. Doré

1 pasta Du Maurier, muito cheia

1 pasta Ch. Keene e Sambourne

1 pasta J. Tenniel completada pelos cartoons de Beaconsfield

Falta John Leech, mas esta lacuna pode ser facilmente preenchida pois pode-se obter uma reimpressão destas gravuras em madeira, o que não é muito caro

1 pasta Barnard

1 pasta Fields e Charles Green, etc

1 pasta Pequenas gravuras em madeira francesas, álbum Boetzel, etc.

1 pasta Cenas a bordo de navios ingleses e croquis militares

1 pasta Heads of the Peole por Herkomer, completada por desenhos de outros artistas e por retratos.

1 pasta Cenas da vida popular londrina, desde os fumantes de ópio…

William Bazett Murray foi um artista, esbocista e ilustrador inglês. Suas representações da vida trabalhadora foram reverencialmente imitada por um dos maiores artistas na história, Van Gogh que recriou o pontilhado e sombreamento cruzado de Murray. Além disso o trabalho de Murray foi estudado por muitos acadêmicos e pindurado na Royal Academy de Londres.

Nascido em 1871 a vida de Murray não é muito conhecida. Sabe que ele trabalhou na ilustração de várias revistas inglesas como The Graphic e Illustrated London News. Sabe que ele tem diversos trabalhos com o movimento realista e um certo reconhecimento como ilustrador em vida.

Com uma vida curta, William Murray parou sua produção em 1890, aos 19 anos.

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Todas as terças, esta coluna traz obras digitalizadas de outros pintores que influenciaram o pintor mon(o)t0-ista Van Gogh e obras suas, mas tão somente as que forem citadas nas Cartas a Théo, acompanhadas da data da carta que cita a obra, bem como as citações sobre ela e uma pequena biografia de seu autor. Para outros olhares neste curso, clique aqui. UM CURSO DESEJANTE PARA VAN GOGH

Photo graphein: Alexander Rodchenko (Aleksandr Michajlovič Rodčenko)

Novembro 26, 2012

 

MANAUS, UMA NÃO-CIDADE ONDE A ARTE NÃO TEM ESPAÇO

Novembro 25, 2012

A não-cidade de Manaus em todo seu tempo de constituição nunca permitiu que a arte pudesse brotar. Não apenas pela escolha e governança de representantes anti-democráticos como ocorreu. Mas principalmente pela inexistências de artistas que fizessem uma leitura desta não-cidade e produzisse sua obra em uma síntese capaz de auxiliar em novas formas de pensar, ver e sentir a realidade da urbes.

Os arteiros amazonenses apenas produzem se subsidiados pelo governo e possuem todo o louro de dedicar e expor numa homenage, e sem nenhuma vergonha, em espaços públicos que são tomados pelos governos e não tem reverberação social nenhuma, ficando sempre em um abestalhamento da classe média. Não vemos nos artistas diplomados com curso superior uma motilidade no sentido de utilizar sua potência criadora na produção de uma obra que esteja ligada a sua realidade. Em outras palavras não era uma vez um homem e seu tempo belchioramente brasileiro.

DA SUBSERVIÊNCIA DA FALSA ARTE AOS GOVERNOS

Na não-cidade de Manaus a produção delirante das pessoas que se chamam de artistas sem ser tem uma ligação direta com a produção da realidade opressora dos governantes. Isto pois eles não se diferenciam da massa em suas atividades e não engajamento na modificação do já constituido. Estes falsos artista ajudaram a eleger o sucessor do atual prefeito Amazonino, o mensaleiro desonesto Arthur Virgílio. Assim para eles a arte é apenas um ofício como outro qualquer que assalariadamente busca produzir um bem de consumo tendo como fim o mercado.

Além destas limitações dos não-artistas, Manaus tem uma produção de cena cultural praticamente nula. A praça de São Sebastião por exemplo foi um espaço sequestrado pela Secretaria de Cultura que criou um controle policial coercitivo do espaço da praça e que impede a potência de produção social de realizar encontros e até eventos como já relatamos neste bloguinho na proibição da realização do Beijaço Gay no local. Além disso este sequestro da Praça São Sebastião e do Teatro Amazonas inclui em uma programação glamourizada e centralizadora naquele espaço em eventos como o Festival de Ópera, que gasta em favorecimento de uma cultura européia e reativa, e o total simulacro Festival de cinema de aventura, que além de não possuir nenhuma importância no cenário nacional e internacional é um espaço elitizado do glamour baré abestalhado.

Estes dois eventos somados com a cópia paulista do Virada Cultural englobam mais de 80% dos gastos da secretaria estadual isto sem contar na inoperante secretaria de cultura municipal desta não-cidade, que não tem uma produção também na maior parte da cidade. A virada cultural também não propicia nenhuma mudança perceptiva quanto a experimentação de novas formas artisticas musicais: é o pornoforro e brega pra chamada periferia (já que em Manaus a verdadeira periferia geográfica é o rio) e mpb, jazz, reggae e música clássica para os bairros nada nobres e a falsa elite. E alguns ritmos musicais são excluidos como o caso do rap que gerou a onda de protestos nos muros da cidade com E o rap…

UMA NÃO-CIDADE ONDE A ARTE NÃO TEM ESPAÇO

Somado a esta produção reativa está a inexistência de espaços culturais e sociais na periferia. Praticamente não há na maior parte da cidade, e principalmente nas áres mais empobrecidas como a Zona Leste e Zona Norte, espaços culturais e artisticos, centros esportivos, projetos conveniados com centros comunitários, a construção de uma casa de espetáculo (teatro) popular… E a assim a não-cidade continua em sua insignificância quanto a si mesmo.

A Afin, constituida a 11 anos, é um dos únicos trabalhos que percorre estas áreas ignoradas pelos desgovernantes de Manaus, levando o cinema aos bairros, discussões e teatro a escolas (e mesmo assim sendo censurado pela Secretaria de Educação-Seduc), centro comunitários, igrejas, centro espiritas, terreiros afro, eventos sociais, etc. E esta unicidade é muito ruim, pois se Manaus fosse uma cidade sua produção artística e social estava fervilhando em todas esquinas, havendo milhares de espaços artísticos.

Entretanto vemos que a arte não tem seu espaço na não-cidade, e todos os espaços existentes na cidade são envoltos em uma aura da burguesia ignara. Os artistas de fora (já que não há de dentro) quando vem para a não-cidade se deparam com esta realidade de não haver espaços para arte. Tirando os Teatros centralizados (como o Amazonas, da Instalação, Américo Medeiros), as casa de evento com sua ilusão luxuosa, e os espaços de shoppings centers (onde o amor do capital se une com a não-arte capital) não há nenhum espaço. E este espaços citados anteriormente já estão ensignados em uma cultura do vazio do glamour.

Veja o caso do talentoso músico carioca Luiz Melodia que vem para Manaus graças a um programa nacional financiado pela Petrobras, mas não há nenhum espaço para se apresentar. A solução foi um teatro construido literalmente (já que é um espaço privado cujo o proprietário é uma construtora) dentro do shopping mais ilusório e burguês da cidade. Como uma pessoa que gosta de boa música, que usa seu corpo e mente na construção da cidadania e na modificação das imposições neoliberais dos governos, pode ir a um shopping para assistir uma cantoria, mesmo sendo de um verdadeiro artista? Somente se ela tiver um transtorno esquizoide onde não se diferencia do mundo… Mas aí ela não ia ser este tipo de pessoa.

Infelizmente o manauara classe-média é abestalhado e escotomizado, vivendo em seu delírio de consumidor e nunca de produtor e cidadão de sua responsabilidade com o mundo e com a história.

Não sabemos até quando a não-cidade de Manaus vai continuar não dando espaço para a arte e as produções. Mas sabemos que afinadamente a presença de Luiz Melodia, quanto tantos outros artistas vai passar batido por aqui, até que o povo produza artistas que façam parte de sua história e auxiliem na transformação de seu tempo.