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BANDINHA DO OUTRO LADO FAZ FESTA MOSTRANDO QUE É NETA SINGULAR-ORIGINAL DE DIONÍSIO

Fevereiro 28, 2017

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Entre os vários vetores fluxos mutantes e quantas desterritorializantes da Associação Filosofia Itinerante (Afin) que agenciam há mais de 14 anos em Manaus produções-moventes como corpos de novas formas de existir, sentir, ver, ouvir e pensar, a Bandinha do Outro Lado é festa singular e original da potência dionisíaca.

p1090569p1090574p1090576p1090577p1090581p1090584p1090589p1090590p1090599p1090600A Bandinha do Outro Lado se imbricou como corpo dionisíaco há nove anos na Rua Jaú do Bairro Novo Aleixo, zona Leste de Manaus. Uma das muitas regiões populacionais desassistidas pelos governos reacionários que se apossaram do estado do Amazonas e da capital Manaus. Na linguagem politicofastra (linguagem do falso político, o tagarela do Legislativo, Executivo e Judiciário, corpos alienados da democracia), é um curral eleitoral onde esses personagens exploradores da miséria do povo, que eles mesmos fomentam, conseguem suas eleições, reeleições constantes.

Desde sua inicial apresentação nas ruas do bairro que a Bandinha do Outro Lado se atualiza como real através das próprias criações das crianças. Suas fantasias são concebidas e elaboradas por elas. Certo que com o auxilio de alguns moradores. Como Dona Antônia, por exemplo.

p1090602p1090604p1090609p1090622p1090627p1090640p1090652Como a Afin é um corpo comunalidade e sua atuação é sempre um processual coletivo, não seria coerente a Bandinha do Outro Lado, como expressão do personagem que forneceu corpos para a emergência do Teatro Grego, a Filosofia e a Política, que os moradores ficassem fora da composição festeira de seus netos.

p1090653p1090663p1090665p1090678Nesse carnaval, que apesar de Temer e seus cúmplices golpistas, a Bandinha do Outro Lado fez sua festa em outra zona abandonada pelos exploradores governantes: Bairro Nova Cidade, que de novo só tem o nome: segue a antiga violência administrativa de outras zonas que não têm seus direitos urbanos garantidos. Fica no extremo de Manaus. Agora, a Bandinha do Outro Lado se apresenta na última rua, número 72, do bairro no limiar da mata, fronteira com um cemitério indígena. Porém, a potência dionisíaca-contínua segue a movimentação intensiva da poieses.

p1090686p1090690p1090691p1090697p1090702p1090723p1090742p1090749p1090757p1090761Aqui a letra desse ano do carnaval da Bandinha do Outro Lado. Carnaval que vibrou por todo Brasil em um uníssimo Fora Temer! Para o bem da Democracia!

     A Bandinha do Outro Lado está na Nova Cidade Ô, Ô,Ô

     Veio lá do Novo Aleixo com sua festa vontade Ô,Ô

     Para fazer o carnaval Dionísio da criança

     Por isso, ninguém vai ficar fora da dança.

     “Corre, corre lambretinha”,” se a canoa não virar”,

     “Eu vou pra Maracangalha” “abre alas que eu quero passar”

     “Viva o Zé Pereira, viva o carnaval,

      Viva o Zé Pereira que a ninguém faz mal”.

     Vejam algumas imagens dionisíacas.

  Vejam um breve vídeo. 

SONS DA REVOLUÇÃO CUBANA.

Novembro 27, 2016

Y en eso llego Fidel, de Carlos Puebla

Novembro 26, 2016

A LITERATURA VARIANTE DO POETA E ESCRITOR JOE MAIA QUE DESLOCA APOLÍNEAS LINHAS PELAS RUAS DE MANAUS

Maio 25, 2016

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Tudo que escapa do estabelecido, determinado, modelado, serializado e registrado, escapa em si mesmo como variante desses estados de coisas que se querem proprietários e dirigentes de tudo para controlá-lo. Toda variante, ao escapar desse estado de coisa, segrega novos devires-signos, que além de abalar o que se encontra estabelecido como valor-verdade, deixa rastros estéticos-inquietantes.

P1010768 P1010766 P1010765 P1010769Essa literatura variante, como outras artes-variantes, é classificada, erradamente, pelo sistema de captura do capitalismo duplamente como marginal. Uma como uma literatura que não pode circular no centro da literatura capitalizada dominada pelas editoras da ‘literatura’ comercial. A ‘literatura’ do escritor de encomenda que impede, como afirma o filósofo Deleuze, de emergir um Kafka, um D. Laurence, visto ser uma ‘literatura’ cuja estrutura linguística encontra-se capturada pela semiótica capitalística sobrecodificadora. Outra como literatura marginal, porque é uma literatura que reflete a classe social do escritor: um marginal. Alguém que não nada tem a oferecer ao sistema dominante. Aí sua marginalidade. Ou: o que se encontra na margem aí se encontra porque foi expurgado. Não serve para ‘enriquecer’ a sociedade da abundância como pede a sociedade de consumo capitalístico.

A literatura do escritor e poeta Joe Maia, se movimenta nesse segundo enunciado excludente do consumo capitalístico. O que é muito bom, já que se trata de uma literatura variante. A literatura que cria variável no muro da literatura cristalizada como mercadoria para uso de deleite-imóvel. Enquanto a literatura variante deleita, mas produz trepidação.

Esse Esquizofia apresenta duas criações de Joe Maia. Relatos de Um Poeta – Crônica e outros Poemas, publicado esse ano, e um zine, Tarrafeando Palavras – Alegoria de Cotidiano…, publicado em 2014. Além de apresentarmos o próprio escrito se auto-apresentando, também mostramos um de seus poemas. O trabalho é uma produção independente editado pela Coleção de Rua com direção de Jeovane Pereira com a revisão do próprio autor e o professor Márcio Santana. E ainda conta com as ilustrações de Klaryson Gurgel e Davidson Mourad.

P1010770 P1010771 P1010772 (2) Em Manaus, a literatura variante é bem expressiva. Pode-se encontrar obras de autores como Márcio Santana, Jeovane, Pereira, Marcos Nei, entre tantos. Ela, em função de sua singularidade, circula através de seus próprios autores que oferecem suas criações em bares, feiras, mercados, em portas de funerárias, supermercados, escolas, universidades, fábricas, todos os lugares onde se encontram o leitor. Agora, como os movimentos ecléticos-políticos, “Fora Temer”, os escritores participam das manifestações e aproveitam para oferecerem sua obras. Uma grande sacada, posto que a literatura é política.      

A SENSIBILIDADE, A INTELIGÊNCIA E A MORAL DOS DEPUTADOS E SENADORES GOLPISTAS MOSTRADOS PELA PROFESSORA DE SOPHIA

Maio 7, 2016

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Sophia é uma garotinha muito vivaz, inteligente, companheira, solidária e participativa. Atributos necessários a todos que acreditam que a existência só se justifica quando todos estão comprometidos com a sociabilidade como bem comum. Riquezas materiais e imateriais de todos.

Hoje é o dia da prova final da turma de Sophia. Como não era para ser diferente, ela estudou todos os conteúdos apresentados pela professora e, por tal realidade, encontra-se preparada para responder as questões que sua professora vier lhe perguntar.

Diante de uma sala repleta de crianças alegres e criativas, a professora abriu a porta, entrou, com cara de poucos amigos, ou nenhum amigo, e empurrou a porta com o pé direito. Sentou, abriu uma pasta com algumas folhas, olhou para a turma, já em silêncio, fez a chamada aos berros e disse que a primeira que iria ser examinada na arguição oral seria Sophia. A menina sorriu. A professora zombou do sorriso da garotinha e lhe lançou um olhar ameaçador.

A professora cuspiu no cesto de colocar papéis, pigarreou e com uma régua na mão direita, chamou Sophia. Ela, se levantou, foi até a mesa da professora, cumprimento-a, sorriu e jogou beijos para a turma.

Ameaçadora, a professora afirmou que iria fazer quatro perguntas. Uma de geografia, uma de português, outra de matemática e a última de história. Em sua vontade de saber como devir-criança, Sophia vibrou.

– Qual o maior estado da Região Norte? –perguntou a professora debochando de Sophia.

– Estado do Amazonas! – respondeu Sophia muito contente entre os aplausos da turma.

– Errado! – gritou a professora completando. – O maior estado do Norte é o Paraná, sua estúpida. Agora a pergunta de matemática. Quanto é dois mais três?

– Facílimo! Dois mais três cinco.

– Erradíssimo, sua bucéfala! Dois mais três é sete. Caceta, que ofensa à operação de somar. Pergunta de português. Fábio foi para casa. Quem é o sujeito da oração?

– O sujeito da oração é Fábio.

– Tapada, o sujeito da oração é, “foi para a casa”. Fábio é o morador da casa, sua energúmena! Meu Deus, essa é a tal Pátria Educadora? É preciso ter muita paciência com você, porque você é a burrice elevada ao quadrado. Última pergunta. Quem é o presidente do Brasil?

– Professora, eu não quero chamar sua atenção, mas não é presidente. É presidenta. Presidenta Dilma!

– Você além de bucéfala, tapada e burra, é totalmente analfabeta política. O presidente do Brasil é o Temer! Sua nota é zero! Você está reprovada! Você é a prova viva que comeu muita casca de queijo e coquinho de caroço de tucumã. Você não sabe nada! De sabedoria você só tem o nome. Seu nome deveria ser Juju, de jumenta. 

Sophia protestou afirmando que havia acertado todas as perguntas e não podia ser reprovada. Diante da violência da professora a turma não deixou barato. Solidarizou-se com Sophia e em coro gritou que a professora era uma carrasca autoritária. A professora a ameaçou a turma com a régua, mas desistiu logo ao receber uma laranja na cabeça lançada pelo aluno mais baixinho.

O diretor da escola, um homem bajulador e prepotente, ao ouvir o coro dos alunos, partiu babando de raiva para saber o que estava ocorrendo. Não precisou nem abrir a porta, pois a professora acovardada abriu a porta e em desabalada carreira esbarrou nele e os dois caíram rolando no chão, enquanto os alunos se divertiam pulando por cima dos dois, indo direto ao pátio da escola.

No pátio da escola uma garotinha tomou a palavra e discursou afirmando que a professora e o diretor da escola estavam tratando os alunos como os deputados e senadores que queriam derrubar Dilma sem que ela tivesse cometido qualquer crime. Ao ouvirem o discurso, os alunos da escola inteira gritaram: “Não vai ter golpe”! A garotinha continuou seu discurso afirmando que para os deputados e senadores suas posições eram iguais de sua professora: não adianta os alunos estarem certos que ela já tem sua opinião.

Sophia, que havia aberto o portão da escola, convocou todos os alunos da escola a irem às ruas protestar junto com os moradores do bairro contra o arbítrio e a falta de democracia da professora e do diretor.

Na janela de uma casa, uma senhora bradou que só com o povo nas ruas o Brasil pode defender a educação e a democracia. E lá foram os moradores pelas ruas discursando sobre os direitos do povo. Por onde passavam aumentava mais o cordão da democracia.

Quanto à diretora e o diretor, continuaram rolando no chão da mesma forma que os deputados e senadores rolam no chão sujo do golpismo.

respondendo que na região Norte. A professora bateu na mesa com raiva, dizendo que a resposta estava errada. Disse a sentença, “Pedro é burro”, e perguntou quem era o sujeito. Tikinha sorriu e respondeu que era Pedro. A professora se levantou, chutou a mesa e afirmou que a resposta estava errada. Então, fez a última pergunta para que Tokinha respondesse quando era 3 mais 2. Tikinha respondeu alegríssima que era 5. A professora subiu na mesa e gritou ensandecida que ela estava reprovada.

Tikinha junto com a turma protestou afirmando que acertará todas as perguntas, mas professora estava irredutível afirmando que ela estava reprovada. A turma começou a se rebelar, e professora foi chamar o diretor da escola. Ele entrou na sala esbravejando  dizendo que naquela sala quem mandava era a professora e fim de papo.

E para terminar, gritou que naquela escola quem sabia o que era certo e o que era errado era a professora e ele, diretor.

A turma deixou a sala, foi ao pátio da escola, convocou os outros alunos que estavam em suas salas de aula, e se dirigiram às ruas mostrar aos moradores que tipo de professores e escola queriam ensinar o conhecimento e a moral.

ARQUEOLOGIA LITERÁRIA DIGITALIZADA DO ESCRITOR GABRIEL GARCIA MÁRQUEZ, O GABO, SERÁ ABERTA AO PÚBLICO

Janeiro 7, 2016

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                                                                     “O bolero é a vida” 

                                                                                Garcia Márquez

Os aficionados leitores da literatura do engajado e militante escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez, o Gabo, nascido em 6 de março de 1927, como era conhecido na intimidade e fora da intimidade autor das importantíssimas obras Cem Anos de Solidão e O Amor nos Tempos do Cólera, em breve terão a oportunidade de entrar em contato via-virtual com sua obra totalmente digitalizada.

Isso porque a Universidade do Texas, adquiriu em novembro de 2014, sete meses após sua morte  (Gabo encadeou evanescências amazônicas-mundo, em 17 de abril de 2014, no auge de seus 87 anos) , seu arquivo de obras junto a sua família pelo preço de 2 milhões de euros. Porém, os seus aficionado terão que espera 1 ano e seis meses em virtude de sua arqueologia literária ainda ter que ser digitalizada.

O projeto de digitalização Compartilhar Gabo Com o Mundo é uma produção do Conselho em Recursos Livreiros e de Informação cuja sede é em Washington. Assim, até o final de 2018 espera-se que o acervo de Gabo, que conta com 24 mil páginas em documentos que se encontram guardadas em 78 caixotes no Centro Harry Ransom, em Austin, esteja disponível ao público de todo o mundo.

“Trata-se de um projeto relevante, porque existem poucas oportunidades para os pesquisadores de acessarem arquivos digitalizados de autores contemporâneos”, afirmou Stephen Enniss, diretor do Centro.

Gabriel-Gabo é uma das mais importantes personagens da América-Latina não somente por seu talento literário voltado para a cultura do povo ameríndio, mas, também, por seu engajamento na luta contra a opressão sofrida por esse povo por força da tirania dos impérios que sempre trataram as terras e o povo como suas propriedades.

O Prêmio Nobel da Literatura que recebeu precisou mais dele do que ele do prêmio dado seus comprometimentos com os direitos dos povos. Como se sabe, o Prêmio Nobel é uma forma narcísica dele mesmo se homenagear homenageando os outros. 

10ª MOSTRA LATINO-AMERICANO DE TEATRO DE GRUPO APRESENTA ARTIVISMO POLÍTICO

Outubro 29, 2015

la_virgen_triste_compania_galiano_108_foto_pedro_balmaseda_4_net_netPor mais gastronômico que seja um espetáculo teatral, ele é político. Mesmo o teatro encenado com um texto de um dramaturgo burguês, é político, porque através dele se pode analisar a realidade nefasta do mundo burguês que não deve ser copiada. Salvo alguém queira o existir nefasto para si.

Brecht é simplesmente singelo na encenação do teatro burguês, embora não seja um burguês. Suas peças e suas encenações, assim como todos seus escritos, revelam o mundo burguês. Daí seu teatro ser eminentemente político.

A história do teatro, em sua realidade filosófica, mostra que o trágico apresentado nas manifestações dionisíacas nas festas do vinho com seus sátiros, ditirambo, lírica e procissões, era puramente político. Mesmo apesar de institucionalizado já na Grécia, cidades-estados, o teatro mantém fortemente seu cunho político. Confirmam essa realidade os três trágicos Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.

A 10ª Mostra Latino-Americano de Teatro de Grupo que inicia na sexta-feira, dia 30, e vai até o dia 8 de novembro, com entrada gratuita, vem confirmar o político do teatro. Só que com um signo-estético influente: Artivismo. Como chama seus idealizadores. A arte-política.

Serão 12 espetáculos apresentados por companhias oriundas de Cuba, Equador, Chile e Argentina, e oito companhias brasileiras. AS apresentações dos espetáculos teatrais não vão se restringir ao centro, mas se prolongarão até as periferias. A escolha do eixo-política, de acordo com os organizadores, foi impulsionado pelo momento atual que passa o país e outros centros latino-americanos que se encontram ameaçados de retrocesso democrático por atos de grupos nazifascistas.

a_cidade_dos_rios_invisiveis_coletivo_estopo_foto_ramilla_souza_6_net_netEmbora cada espetáculo tenha sua clara peculiaridade, todavia o Coletivo Estopô Balaio apresentará um espetáculo que dada à característica de seu palco causa surpresa ao publico. O espetáculo A Cidade dos Rios Invisíveis, baseado na obra do escritor italiano Ítalo Calvino, Cidades Invisíveis, será encenado dentro de um trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, entre as estações do Brás e Jardim Romano da Linha – 12 Safira.  

“Esse eixo vem no sentido de colocar no centro da discussão a dimensão política do nosso fazer teatral. Toda manifestação artística possui uma dimensão política, mesmo que o artista diga que não se interessa pela política. Então, resolvemos trazer à tona essa dimensão mais explicitada, escancarada da relação da arte com a política. O ‘artivismo’ nos pareceu um conceito histórico muito adequado.

A ideia é capitalizar cada vez mais dentro do espaço geográfico da cidade, atingindo uma população marcada pela exclusão em vários sentidos. São Paulo é uma cidade estruturada em dinâmicas de exclusão muito perversas. Ampliar o âmbito de circulação da mostra vai no sentido de também furar esses bloqueios de exclusão cultural”, observou Edgar Castro, coordenado-geral da mostra.

Vamos nessa, moçada, já que teatralizar é duplica a existência como objeto a ser observado, comparado, analisado e transformado!

GUILHERMINA E CANDELÁRIO, PERSONAGENS NEGRO DO DESENHO INFANTIL COLOMBIANO, SÃO EXIBIDOS EM QUILOMBOLA

Outubro 26, 2015

fotografia_6A 123 quilômetros de São Luiz, Santa Joana, faz parte dos mais de 500 quilombolas nas terras do estado do Maranhão que lutam pela defesa e manutenção da cultura africana cujo processo de vivacidade é transmitido de geração a geração.

Pois bem, no fim da semana passada, o quilombo Santa Joana, foi palco de uma inusitada cerimônia estética-afro. A exibição do desenho animado colombiano Guilhermina e Candelário que é exibido na EV Brasil. A televisão pública que tem a melhor rede de programa por seguir os princípios democráticos socias da comunicação: serviço público e disciplina cívica. O que não se encontra em qualquer TV Globo, aberta ou fechada.

Foi uma festa das crianças, principalmente, e os adultos que se regozijaram com os personagens negros e suas aventuras solidárias. Os personagens são dois irmãos negros que contracenam com o avô Justino

“Estamos mostrando para o Brasil e para o mundo que estamos aqui. Que existimos”, observou o líder da comunidade, o babalorixá, João Batista, que protesta contra inexistência de negros nas telas das TVs brasileiras.

Já o responsável pelo Projeto Mandigueiros do Amanhã, que comporta aprimeira orquestra quilombola composta por 300 crianças e adolescentes, Mestre Bamba, afirmou que os desenhos apresentam os aspectos éticos e sociais que a cultura afro passa de geração a geração.

“Guilhermina e Candelário retrata o povo negro e seus valores morais e éticos. O desenho faz que a gente se veja na televisão”, disse Mestre Bamba.

A criança Renilson Gomes, de 11 anos, viu nos desenhos relações com suas próprias vivências.

“É como eu e minha irmã: eles discutem, mas depois ficam bem. Eles são bonitos”, disse Renilson.

fotografia_2O adulto que tiver envolvido com a educação de crianças e pretender que elas tenham outro olhar sobre o mundo, pode levá-las a assistir os desenhos na TV Brasil de segunda a sexta-feira no programa Hora da Criança que vai ao ar em dois horários das 8 horas às 12 horas e 12h30 às 17 horas.

A produção da animação sai dos talentos criativos da Señal Colombia e da Fosfenos Média.

BIENAL INTERNACIONAL DE ARTE SERÁ A NOVA EXPRESSÃO DA UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS (UNASUL)

Setembro 8, 2015

974570-rj_dsc7998A partir do ano de 2017 a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) terá uma nova de expressão de seu corpo internacional. Trata-se da Bienal Internacional de Arte que contará com, além, das participações dos artistas dos 12 países membros do corpo sul-americano, contará com as participações de países de outras partes do planeta.

Com uma área de 116 metros quadrados, a sede da Bienal será localizada na Argentina, Buenos Ayres, no Centro Cultural Kirchner, que foi inaugurado este ano. O centro é o maior do mundo. Embora a sede apresente a estrutura da Bienal como localizável, todavia o objetivo é fazer com que as obras de arte sejam deslocadas para outros países em um projeto itinerante para tonar essas obras mais conhecidas internacionalmente.

O argentino Aníbal Jozami, que é colecionador de arte e é o Reitor da Universidade Nacional Três de Febrero e que organizou, em Buenos Ayres, a exposição de fotografia do artista brasileiro Vik Muniz, foi escolhido, pelos ministros da cultura da Unasul, o diretor da Bienal.

“É a primeira Bienal que não criada por uma cidade ou um país, mas, sim, por um bloco regional.

A ideia é posicionar a arte Sul-americana no mundo”, disse o argentino Jozami.

LAS ISOLADAS, DO ARGENTINO GUSTAVO TARETTO, O MESMO DO BUENOS AIRES NA ERA DO AMOR

Agosto 15, 2015

ca5d88df-18fa-4198-8c24-5fabca22e14bO tema é simples, mas comprometedor. A simplicidade logo se mostra na locação da filmagem: o terraço de um edifício. Outra simplicidade: seis mulheres tomam banho de sol, em um ano da década de 90, na noite participarão de um concurso de salsa. Simplicidade envolvente: elas querem ir passar 15 dias férias em Cuba. Problema: não têm dinheiro. São profissionais que não conseguiram guardar dinheiro para realizar o desejo de tomar sol em Cuba. O bronzeamento não virá do sol de Cuba, mas do sol no terraço.

O filme, quase todo locado no terraço do edifício, é marcado pelos diálogos das três mulheres que falam sobre seus interesses, expectativas, frustrações e desejos. O comprometedor do filme se revela nos diálogos quase que distanciados da realidade que passa Argentina: crise econômica e social. O presidente é Menem.  

O filme não objetiva os fracassos e ilusões criadas pelo governo Menem, mas conduz o espectador para esse entendimento. O cinegrafista Gustavo Taretto sabe mostrar muito bem que todo fato, por pequeno que seja, ocorre em encadeamento com outros corpos. São seis mulheres mostrando temas de seus interesses, mas evidenciam a realidade que a Argentina de Menem passa.

Veja o trailer.