Archive for the ‘Cineclubes’ Category

Cidade cinza: o cinemarte no Cinelaje da Cooperifa

Dezembro 8, 2013

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Um grito abafado, um olho vedado: o fim sem fim do Cine Belas Artes

Fevereiro 19, 2011

Do Fato

Um dos patrimônios cinematográficos do Brasil, o Cine Belas Artes  abriu as portas com o nome de Cine Ritz em 1943. Porém muito tempo passou e o Cine Belas Artes fica(va)  com este nome desde 1952 em São Paulo na esquina da Av.Paulista com Av. Consolação. Ficava pois vai realmente fechar as portas no fim deste mês (provavelmente dia 23 ou 24). Mesmo com muita luta e protestos os kinéfilos não conseguiram um trato com o proprietário do imóvel, Flávio Maluf, desta batalha que já durava anos. Com o fim do cinema naquele local o proprietário pretende abrir uma loja.

O atual dono do cinema André Sturm afirmou “Não aceitaram a proposta, querem o cinema de volta, então vamos ter mesmo que fechar”. A proposta do valor do aluguel feita por André não foi revelada mas sabe que o valor é maior que 70 mil reais. O valor pedido pelo dono  era de 150 mil reais. Depois de ter tentado vários patrocinios para cumprir o aluguel exorbitante de Maluf, tendo feito e desfeito um patrocinio com HSBC, o Belas Artes fechou suas portas, ou não …..

O prédio está em processo de tombamento do edifício organizado pela Secretaria de Cultura da cidade, que já se posicionou que mesmo que o cinema seja fechado o processo  não será desfeito ou modificado.

O fluxo kinemático ou o fim sem fim

A palavra cinema vem do grego kinema que significa imagem em movimento. Assim como a vida o cinema está em constante movimente, com momentos de repouso. Este cinema como um espaço físico, esteve realmente aberto ao kinema, para que passassem outras novas imagens e queimassem a retina dos espectadores. Sendo um cinema que não se prende em um entretenimento do shopicola e de imagens aprisionadas nos valores da classe média .

E o Cine Belas Artes era um espaço de encontros alegres, e de cinemas, vários cinemas que passaram por todos estes tipos. Obviamente passaram cinemas Bs, e até comerciais, afinal ele teve que se manter mesmo com algumas concessões.

Fachada do Belas artes em 1981- Reparem na programação: Estádio de Sítio, Meu tio da América e o O homem que virou suco

 

Apesar deste bloguinho estar distante das terras belas artes, sabemos na própria Manaus diversos cinemas que fecharam por falta de investimentos e valorização. Hoje a única opção de assistir kinemas é no kinemasófico que ocorre todos os domingos. E sabemos que a programação do Belas Artes preza pelo kinema e passa bem longe do shopicola.  O cinema e a arte é um direito de todos, não é a toa que os trabalhadores terão direito agora do vale cultura graças ao Ministério da Cultura,  para poder ir a museus, teatros, cinemas e livrarias… Tudo em busca de uma produção subjetiva criadora.

No caso do Cine Belas Artes, o cinema não é apenas um negócio comercial que deve gerar o lucro ao empresário. É uma dedicação para que haja para locais onde se veja imagens diferentes e soltas, estriadas em um processo alegre de existência.

Porém em um local rico em eventos interessantes como é São Paulo, onde a oferta-procura compensa o engendramento de culturas e industias culturais, um local que possui muita dança, música, cinema, literatura, que cheira a culinária; é um local que possui uma política pública retrograda, que permite o fechamento de um local que traz uma alternativa, uma secretaria que se preocupa muito mais em tombar um prédio do que salvar um espaço produtivo; um governador que faz que a má administração da TV estatal praticamente esteja falida, além de não irresponsável nas políticas culturais. Afinal para eles um negócio é só um negócio e quem manda é o capital que os escravizam.

Mas eles não sabem que mesmo que calem uma voz ou fechem um olho não podem conter a potência criadora da vida que abre mil olhares e envolve toda uma multidão de vozes que não podem ser abafadas e que são mais forte do que qualquer ordenamento.

 

DF-5: Cinema independente abrindo as mentes

Novembro 11, 2010

Uma boa noticia para quem quer fazer cinema independente de forma a facilitar a divulgação e exibição. Traçar uma rede esquizo de cinemas onde pessoas de qualquer canto pode assistir as novas produções de qualquer outro canto de maneira fácil e engajada. A notícia foi passado pelo Conselho Nacional dos Cineclubes e a distribuidora é chamada de DF5.

 DF5 é uma distribuidora digital de filmes que disponibiliza seu acervo para exibições on-line e download mediante indicadores de público e fortalecimento da rede entre realizadores, exibidores e público, facilitando a circulação e o mapeamento de exibições não-comerciais cineclubistas no país.

Ao subirem os filmes para o site, os realizadores colocam automaticamente sua obra sob uma licença Creative Commons de exibição não-comercial. Em contrapartida, o exibidor preenche a “Ficha de Sessão” com informações sobre a exibição e indicadores de público. Assim, é possível criar um mapeamento de cada vídeo e de suas exibições em território brasileiro.

Os parceiros iniciais do projeto são a produtora Filmes Para Bailar e o Circuito Fora do Eixo, através do Clube de Cinema Fora do Eixo.

Baseada em ideais cineclubistas de formação de público e no colaborativismo em rede, a DF5 é uma espécie de software livre em código aberto, o que possibilita que os participantes da iniciativa contribuam no caminho a ser trilhado e que o F5 sempre seja acionado.

“Para colocar seu vídeo no acervo da DF5, mande um e-mail para acervo@df5.org.br . Responderemos com informações técnicas para o upload e uma ficha de inscrição a ser preenchida. Também pedimos que nos enviem para o mesmo e-mail, fotos de divulgação e cartaz do filme.”

Cineclubes pelo Brasil: Suburbio em transe

Agosto 12, 2010

No Rio de Janeiro o cinema já foi uma questão de glamour à la “Copacabana, mon amour”. Porém o movimento cineclubista nunca chegou às galerias do subúrbio com tanto vigor e eficácia como tem chegado agora; em plena época de proliferação das igrejas evangélicas, nada mais adequado que botar em transe o subúrbio.

O cineclube “Subúrbio em transe” (uma clara homenagem ao cinema glauberiano) trabalha na exibição e produção de documentários ligados a realidade brasileira, contando inclusive com oficinas de vídeos com os moradores dos bairros populares. O cineclube cadastrado no CNC conta com uma programação ligada ao cinema brasileiro de qualidade e documentários sobre a realidade periférica, além de discussões sobre questões sociais e artísticas de maneira a englobar todo o público.

Lá ja foram exibidos filmes nacionais como “São Paulo S/A”, “O homem que virou suco”, “Quar4-B”, “Baile Perfumado”; internacionais como “A sala de Música”, “Curtas de Maya Deren”; além de documentários como”Polícia e Ladrão”, “A beleza do meu lugar- João do Pife”, dentre muitos outros. Então se liga: o Cineclube funciona em geral na CASARTI, na rua Porã, 15 (Esquina com a Estrada da Água Grande), Vista Alegre, Rio de Janeiro.

Compareça!

Cineclubes pelo Brasil: Cineclube de Ijuí-RS

Dezembro 14, 2009

SOMOS UM CLUBE DE CINEMA DESTINADO A DESENVOLVER E EVOLUIR A CONSCIÊNCIA E OS SENTIDOS HUMANOS… A VIDA É UM ESPETÁCULO SEM ENSAIOS.

Com um trabalho itinerante o cineclube “Irmão Sol, Irmã Lua” expõe o cinema em escolas, centros comunitários e outros eventos pelo Interior gaucho sob o comando do timoneiro Christian Pineda Zanella e com exibição de diversos clássicos do cinema e de grandes diretores como Stanley Kubrick, Denys Arcand, Charles Chaplin,  Costa-Gavras, etc, além do melhor do cinema nacional com programação como Fabricando Tom Zé, Patativa do Assaré Ave poesia (dentro do Circuito Nacional),entre outros.

Esta força dos cineclube em levar ao público produções que não visem apenas o lucro maior da índustria cinematográfica é uma atitude importante, ainda mais quando qualquer lugar pode ser um cinema… Em breve outras voltas pelos cineclubes.

Cineclubes pelo Brasil: Cine Clube Ybitu Katu

Setembro 9, 2009

Continuando o giro pelos cineclubes por aí chegou a vez do Cineclube Ybitu Katu que está localizado no Interior de São Paulo, mais especificamente em Botucatu. O Nome, Ybitu Katu, foi o termo que deu origem ao nome da cidade, e significa “Bons Ares” em Tupi Guarani. (Bons Ares pois é a única cidade acho que da américa latina que tem uma cuesta, que permite que ventos brandos soprem pela cidade durante todo o ano.)

Embora o cineclube tenha um pouco tempo de produção, várias produções importantes passaram por lá como o cinema do Dogma 95, cinemas japoneses de Takeshi Kitano, Akiro Kurosawa, Hayao Miyazaki; o cinema de Charles Chaplin, Louis Malle, Stanley Kubrick entre outros. Quem tiver orkut e quiser conferir mais informações acesse na comunidade do cineclube.

Neste mês de setembro, o cineclube está com a programação voltada para documentários. Os docs presentes na programação estão expostos abaixo. Lembrando que as sessões sempre ocorrem aos sábados no Centro Cultural de Botucatu (ironicamente ao lado do cine neli) as 19:30 e a entrada é 1 Kg de alimento não perecivel.

12/09: SONHO TCHECO (Vít Klusák e Filip Remunda, 2004)


O consumismo alienado e poder de manipulação da mídia são os temas centrais deste documentário manipulador. Em cinco anos, 125 hipermercados foram construídos na República Tcheca e a população do antigo país socialista apaixonou-se pelo consumo. Uma mudança drástica para um povo que há poucos anos dormia em filas para comprar produtos de primeira necessidade. Em tom crítico, o filme lança a campanha de um novo e enorme supermercado fictício que promete os melhores produtos e preços para uma vida melhor. Duração: 90 minutos

19/09: O FIM E O PRÍNCIPIO (Eduardo Coutinho, 2005)


Sem pesquisa prévia, sem personagens, locações nem temas definidos, uma equipe de cinema chega ao sertão da Paraíba em busca de pessoas que tenham histórias para contar. No município de São João do Rio do Peixe a equipe descobre o Sítio Araçás, uma comunidade rural onde vivem 86 famílias, a maioria ligada por laços de parentesco. Graças à mediação de uma jovem de Araçás, os moradores – na maioria idosos – contam sua vida, marcada pelo catolicismo popular, pela hierarquia, pelo senso de família e de honra. Duração: 110 minutos

26/09: HOMEM EQUILIBRISTA (James March, 2008)

Em 1974, quando as Torres Gêmeas em Nova York haviam sido recém-inauguradas, um homem cometeu ali um crime. Para muitos, “o maior crime artístico do século”. O nome do criminoso era Philippe Petit, que de forma ousada, arriscada e perigosa subiu ao topo de um dos edifícios mais altos de Manhattan para atravessar de um prédio ao outro se equilibrando num cabo de aço. Este documentário mostra cenas reais da época, misturando atores reencenando todo o plano arquitetado por Philippe Petit. Vencedor do Oscar de Melhor Documentário em 2009. Duração: 94 minutos.

Cineclubes pelo Brasil: Cineclube Consciência

Agosto 28, 2009

Temos feito neste bloguinho a divulgação e exposição de cineclubes de  todo Brasil. Muitos porém talvez ainda não entendam a razão desta disposição. Pois bem…Sabemos que a grande parte da chamada “industria cultural” no Brasil tem um grande amor não pela composição da arte, mas somente pelo amor do capital: o vil metal. Entretanto independente de capital ou do apoio do Estado, os projetos culturais tem que ser amante da arte… Tem que ser esquizo. E isto nenhum cinema comercial é, pois não cria um espaço de produção… Os cineclubes por sua vez trabalham com a produção desejante, onde está aberto não a um grande rebanho, mas aqueles que querem desconfiar de uma falseação da arte, e educar os olhos. Por isso o desejo de exibir cinemas que quase nunca se veria em “um cinema” do jeito que a massa o concebe. Os filmes exibidos nas salas de projeções nos shoppings da vida e na maioria das outras visam apenas encher a barriga do entretenimento, ou seja é um filme barrigal, gastronomico, só engorda mas não nutre. Já o cinema como devir é desconstrutivo; é um cinema para a razão… Barriga não faz falta se temos um cortex… Um corte…

Hoje trazemos o Cineclube Consciência de Jundiaí/SP que nasceu de uma experiência comunitária de criação dos novos saberes e dizeres através do cursinho pré-vestibular comunitário chamado Cursinho Consciência. A idéia do cursinho ser ampliado a um cineclube veio a partir do esforço de alguns professores como Adriano Santos e estudantes do cursinho. A partir de então o cineclube só cresceu e sempre trabalhava com o vetor cinematográfico, ampliando a projeção com debates. A experiência com o cinema foi fundamental aos estudantes e professores e se expandiu para novas produções inclusive do curta-metragem Sobreviva, resultado da “Oficina Básica de Criação Audiovisual” promovida pelo cineclube e que teve seu lançamento no dia 30 de agosto de 2008.
Este cinema ficou em segundo lugar em dois festivais, ganhando o prêmio de melhor atriz no Festival Cine Favela de Heliópolis-SP.  Em março de 2009 se comemorou o 2º aniversario, e atualmente o cineclube está localizados na sede do Sindicato dos Bancários. Com mais de 150 cinemas já exibidos o cineclube permanece em continua construção.

Abaixo a programação deste fim de semana

29/08- Exibição e discussão do filme escolhido pelos participantes: “O pagador de promessas”

30/08- Circuito Exibidor de Vídeo Popular: Programa IX – Consciência Ambiental e Música.

Exibição de documentários e mostra musical de Marcos Lobão e banda. Documentários: “Saindo da Lixeira ” de Filipe Freitas, “O Canto de Acauã” da Brigada de Audiovisual da Via Campesina, “Mestre da Gaita” de Rodrigo Santos Sousa e “1º Encontro de Djs” do JC Negro JC, Montanha Anderson.

Cineclube Janela Fap

Agosto 23, 2009

O novo cineclube que vamos  mostrar por aqui hoje vem lá de Curitiba e faz parte da construção dos estudantes do curso de cinema da FAP- Faculdade de Artes do Paraná… Assim que se engendrou o Cine-clube Janela que estará apresentando terça(25/08) sua sessão numero 7.  Amanhã vai rolar no espaço artistico também A Semana Academica de Cinema…

Nas sessões anteriores foi focado o cinema do filandês Aki Kaurismäki, o cinema austriaco e o soviético. Agora chegou a vez do cinema japonês visto por uma mulher. Confira a programação abaixo

Local: Auditório Maurício Fruet – CINETVPR

NAOMI KAWASE

Programação:

* 14:15 – SHARA (Sharasojyu), 2003, JAP, 100′.
* 15:55 – intervalo
* 16:20 – FLORESTA DOS LAMENTOS (Mogari no mori), 2007, JAP/FRA, 97′.

*filmes legendados em português.

Sobre a diretora

Naomi Kawase é uma diretora japonesa relativamente jovem (40 anos) com vários curtas e apenas quatro longas no currículo. O último deles, “Nanayo”, começou a ser exibido há poucos meses.

Seus filmes são realizado a partir de um intenso contato com a realidade, seja por seus temas altamente pessoais (a família é quase uma obsessão para Kawase) ou por sua maneira de filmar, basicamente em peculiares e impressionantes locações reais (em meio às montanhas, florestas; em uma pequena cidade do Japão), câmera na mão, longos planos e grandiosas panorâmicas; evidenciando o olhar pessoal de Kawase em cada imagem.

Em 1997 ela ganhou o Caméra d’Or (prêmio para “novos” diretores) em Cannes com “Moe no Suzaku”, seu primeiro longa. Em 2007 ganhou Grand Prix de Cannes com “Floresta dos Lamentos”.

Maiores informações:

Como chegar:

Os ônibus para a CINETVPR são

LINHA: O73-CTBA / Q. BARRAS (GRACIOSA)

TERMINAL GUADALUPE
*** Válido até: 24/08/2009 – Dias Úteis
12:30 13:22 14:40
15:32 16:08 16:32

ou

POUSADA (LINHA: O72-CTBA / POUSADA)

TERMINAL GUADALUPE
Válido a partir de: 09/02/2009 – Dias Úteis
07:40 09:40 11:55 14:05 16:25 18:45

Descer no Parque Newton Freire Maia, Estrada da Graciosa, s/n – Pinhais

Se informem com o cobrador que dá tudo certo!

Cine-clubes pelo Brasil: Cine Dissenso

Agosto 9, 2009

Como este esquizoblog pretende se aproximar e aproximar nossos leitores da arte, vamos divulgar por aqui alguns projetos legais que vem ocorrendo pelo Brasil. Este foi trazido por um toque do amigo cinéfilo Nando di Jesus. Um destes são os cineclubes. Este é pra quem mora ou está passando uns tempos  em Recife (carinhosamente chamada Hellcife) não pode deixar de passar na Rua Henrique Dias, 609, Derby – Recife (no cinema da Fundação- FUNDAJ). Lá todo sábado as 14 horas ocorre sessões gratuitas de cinema seguidas de debates sobre variados assuntos.