Archive for the ‘Censura’ Category

SONEGAÇÃO DA GLOBO”, DOCUMENTÁRIO PRODUZIDO PELO SITE DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO E FINANCIADO PELOS LEITORES

Março 25, 2015

Uma grande parte da sociedade brasileira já conhece a corrupção praticada pela TV Globo quando do contrato para cobertura da Copa do Mundo de 2002. Essa mesma parte da sociedade brasileira sabe que pudor e honestidade são valores impraticados pelos defensores do sistema capitalistas, já que para atingir o objetivo maior desse sistema que é o lucro máximo, todo ato vale, mesmos os desonestos. Para esses personagens, o seu amor maior é a certeza da lucratividade consumada como sua própria alma, como diz o filósofo Marx. O capital é a alma do capitalista.

E mais. Essa grande parte da sociedade brasileira sabe que a Rede Globo, mesmo sendo historicamente conhecida como conspiradora, aficionada pelos regimes ditatoriais e compulsivamente oral em relação ao lucro, se contorce toda em uma simulação de que é honesta, principalmente quando encontra-se em pauta alguém que ela julga sua inimiga. Como vem ocorrendo com a Operação Lava Jato em que encontram-se em suspeição, alguns membros dos partidos aliados do governo federal e do Partido dos Trabalhadores.

A simulação é irmã gêmea do farisaísmo e de quebra parente do arrivista. Na simulação o sujeito finge ser o que não é. A Globo finge ser honesta não sendo. Assim, é o fariseu. Representa honestidade quando é desonesto. O arrivista para se dá bem, recorrer a todos meios e estratégias que possam lhe beneficiar. A Globo é todo essa trindade de calculismo condenável.

O documentário inédito e revolucionário Sonegação da Globo, produzido pelo site Diário do Centro do Mundo, conduzido pelo íntegro jornalista Paulo Nogueira e financiado pelos leitores, mostra que a Globo é traspassada por essa trindade. A sociedade brasileira passou a constatar essa deplorável realidade que atenta contra a democracia, depois que o Blog Cafezinho, apresentado pelo jornalista Miguel Rosário, divulgou documentos da fraude em que afirma que a Globo deixou de pagar à Receita Federal uma dívida, por sonegação, de mais de 613 milhões e que agora ultrapassa 1 bilhão.

Assista o vídeo, faça sua análise, tome sua posição e, caso for democrática, distribua esse vídeo. Como se diz na linguagem virtual: espire o vírus.

Exposição mostra resistência da imprensa à ditadura

Agosto 6, 2013

da Agência Brasil

Mostrar o papel da imprensa na resistência à ditadura militar instaurada no Brasil em 1964 é um dos objetivos da exposição Resistir é Preciso. A mostra será aberta hoje (6) no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) em Brasília. Organizada pelo Instituto Vladimir Herzog, a mostra apresenta uma linha do tempo sobre o período de 1960 a 1985 com foco em iniciativas de resistência ao regime militar implantado no país em 1964.

Os cartazes, fotos, quadros e publicações da mostra traçam um panorama das diferentes frentes de resistência à ditadura militar e a implantação da censura nas redações, quando as publicações passaram a ser avaliadas pelos censores. “Eles revelam como se lutou na ditadura e o que nós mostramos aqui é uma parte desta luta”, disse Vladimir Sacchetta, um dos curadores da exposição. 

Entre as publicações, revistas de grande circulação, vendidas nas bancas, e jornais de agremiações políticas como O Guerrilheiro, que lançou a Aliança Libertadora Nacional (ALN), organização de esquerda brasileira comandada por Carlos Marighella, um dos principais organizadores da resistência contra o regime militar. Também estão os jornais Classe Operária, que na década de 1970 chegou a ser editado na França, impresso em Portugal e distribuído clandestinamente no Brasil e Novos Rumos, ambos publicados pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Um dos exemplares de Novos Rumos data do dia 1º de abril de 1964, data do golpe militar e convocava a população para uma passeata de resistência à deposição do presidente João Goulart. “Esse não saiu. A redação foi invadida e empastelada pelos militares. Prenderam os trabalhadores antes que eles pudessem iniciar a distribuição do jornal”, disse Sacchetta.

A mostra também faz referência à morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado sob tortura no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) em 25 de outubro de 1975, ano em que dirigiu o Departamento de Jornalismo da TV Cultura, emissora pública do estado de São Paulo. Na ocasião, o Exército disse que o jornalista cometeu suicídio. Em março, a família de Herzog recebeu um novo atestado de óbito apontando como causa da morte lesões e maus-tratos sofridos por Herzog durante interrogatório no DOI-Codi.

Clarice Herzog, presidente do Instituto Vladimir Herzog, idealizador da exposição, destaca a riqueza de detalhes com que esse período da história do Brasil é contado. “É a primeira vez que a história está sendo mostrada dessa forma, com todo esse conteúdo. Estamos contando o que aconteceu com imagens fortes, depoimentos. O material está riquíssimo e é uma homenagem a todos que morreram [vítimas da ditadura]. Está muito emocionante”.

Na avaliação de Sacchetta, a exposição serve para os jovens conhecer melhor as lutas pela reconstrução democrática, ocorridas nas décadas de 1960 a 1980. “Ela é importante porque mostra quão feio foi esse período de retrocesso no país. Acho que o recado que ela passa é: cuidado com o retrocesso e mostra a importância de valorizarmos e conhecermos a nossa história”, disse. A exposição fica em Brasília até 22 de outubro e depois segue para outras três capitais: Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

BOCA NO MUNDO: Querem Criminalizar a Liberdade Total

Junho 7, 2013

intimacao

Do Blog do Zé Celso

Pois é. Acabo de receber esta intimação policial como “Ilmo. Sr. Diretor da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, para fazer comparecer no 23º DISTRITO POLICIAL DE PERDIZES, dia 11 de junho, um dos nossos tecno-artistas associados para elucidar os fatos, e mais: reconhecer os atores de teatro em fotos ou vídeos postadas na web sob o título “Decapitação do Papa na PUC”, na “Ocupação da PUC pela Democracia”.

Achei o documento francamente delicado, educado, mais ainda, até afetusoso. Mas… o fato é que estamos sendo precessados mais uma vez pelos que devíamos processar pelo desrespeito ao Teatro e ao Estado Laico Brasileiro: os “Fundamentalistas Católicos Apostólicos ROMANOS”, que consideram a atuação teatral farsesca mais desrespeitosa do que o próprio ato destes Fundamentalistas de violar o espaço até então livremente sagrado da Universidade Católica.

Os alunos e muitos professores ocuparam a Universidade em virtude da nomeação para a Reitoria de uma candidata que pegou 3º lugar na eleição, mas foi a escolhida antidemocraticamente pelos representantes do Vaticano no Brasil por estar de acordo em transformar a PUC num “Recinto de Pregação Fundamentalista ROMANA”.

Estamos pasmos de ver todo dia e toda noite as epidemias mundiais assassinas na violência praticada pelos Monoteísmos Fundamentalistas de todos que se consideram donos de “Uma Verdade Absoluta” e “Um só Caminho”.

Ratzinger, antes de ser Bento XVI, já tinha castrado o movimento da Teologia da Libertação, de importância imensa para a vida cultural, religiosa e social do Brasil.
No ano passado, quando sua fé como Papa já estava se perdendo, o representante de Deus na Terra quis tornar a PUC o que era no seu início.

Eu fiz dois anos de Filosofia na PUC nesta fase inicial, antes dos anos 60, ao mesmo tempo que fazia Direito na São Francisco.
Desisti porque, entre outros, nosso professor Alexandre Correia, por exemplo, explicava com argumentos na matéria que lecionava, Lógica, a transubstanciação da Eucaristia em Corpo de Cristo… Vocês acreditam?
O Livro de Filosofia adotado no curso era um Catecismo trans-medíocre do Padre Leonel Franco.
Mas depois a PUC evoluiu de acordo com a evolução da Igreja nos anos 60,70 e 80 e tornou-se mesmo um reduto das mais decisivas lutas para derrubar a Ditadura Militar no Brasil.
O velho fundamentalismo do ensino havia sido superado e a Universidade Católica de Perdizes tornou-se Exemplar no Brasil e no Mundo pela sua prática da Liberdade Criadora nos Ensinos da Ciência, das Tecnologias e das Artes.

No ano passado estudantes da PUC foram nos procurar quando estávamos fazendo a peça “Acordes”, de Bertolt Brecht, chamando-nos outra vez à luta pela Liberdade do Ensino Laico no Estado Brasileiro Laico, na PUC agora ameaçada pela regressão à uma Universidade Fundamentalista Católica Apostólica ROMANA.
Os estudantes tinham ocupado a PUC e não permitiam a entrada da reitora imposta pelos representantes do Papa em São Paulo.
Na peça “Acordes” havia um Bonecão que representava o Capitalismo e que era despedaçado por dois Palhaços numa Cena de Circo de Horrores, no estilo tradicional teatral de “Gran Guignol”.
Então adaptamos o texto para a situação que a PUC estava sofrendo e apresentamos esta cena clássica do “Circo-Teatro” de Todos os Tempos: a Desmontagem, a DesParamentação, a retirada de uma Máscara Papal,
tal como o próprio Ratzinger que acabou, ele mesmo, safando-se, saindo dela.

Será que a Bruxaria Teatral tem este poder? Libertou Ratzinger da própria Estrutura de sua Fantasia Papal?

O Teatro tem este poder: o de mostrar o ser humano mortal Paramentado com as vestes que lhe conferem Autoridade, muitas vezes destruindo a própria humanidade dos que se Paramentam, que passam a agir como Aparelhos, pois a Mascara se colou à pele

Jean Genet, em sua Obra Prima “O Balcão”, mostra um Bordel onde os clientes vestem as máscaras sociais de Papa, de Juiz, de Rainha, de General, de Polícia, etc… para transar seu “p(h)oder” com as putas que fingem acreditar em suas representações.
Na peça há uma Revolução e estas Máscaras das Autoridades são depostas, mas os partidários anti–revolucionários que restam vão ao Bordel e pedem que os clientes que frequentavam o Puteiro apareçam no Balcão do Palácio do Governador com suas Fantasias para conter a humanidade revoltosa com elas: suas Máscaras de Poder.

Bertolt Brecht tem em “Galileu Galilei” uma das mais belas cenas de teatro: mostra um Cardeal a favor da liberdade da Ciência, amigo de Galileu que vai se tornar Papa, mas à medida que vai se paramentando de Cardeal da Santa Inquisição, passa a argumentar a favor da prisão e tortura do grande físico Galileu porque ele afirma que a Terra gira.
No final da Paramentação, quando recebe a Mitra, o Cardeal Libertário concorda com a intimação do seu ídolo: o físico GG, para as salas de Tortura da Polícia da Inquisição.

Querer incriminar os artistas de Teat(r)o por esta cena é um atentado à liberdade de expressão do ator, isto é, ao “Anarquista Coroado”, como Artaud, um dos maiores sacerdotes Xamãs do Teatro afirma.

O Teatro é realmente o lugar onde tudo que é humano, transumano, subumano, animal, vegetal, mineral, pode ser vivido em forma de Máscaras de Dionísios, seu deus.
É o espaço da Liberdade Total. Nós das Artes, que lutamos contribuindo para abolir a Censura no Brasil durante a Ditadura Militar e ganhamos esta conquista não podemos recuar e aceitar a CENSURA à nossa atividade.

Esta criminalização da etherna atividade teatral à Liberdade de “rir corrigindo os costumes” demonstra que quem nos processa quer criminosamente o retorno do “Imperialismo Romano Católico Apostólico”, intrometendo-se no Estado Democrático e Laico brasileiro em forma de Criminalização Inquisitorial.

O Brasil é um país de maior número de católicos no mundo. Eu mesmo sou batizado, fiz 1ª Comunhão, mas por ter uma educação religiosa fundamentalista tirei o meu Corpo deste campo minado de Perversões.
Os brasileiros católicos não são romanos, são católicos antropófagos – frequentam o espiritismo, a Macumba, o Candomblé, a Umbanda, o Budismo – trepam com camisinha, portanto não somente para fabricar filhos, mas pelo prazer desta prática sagrada que é o ato sexual em si – um ato de amor, de criação e procriação quando há consentimento das partes.
Se casam, como os gays de hoje. Se a mulher que é mulher sabe o que quer e quiser abortar, aborta e depois confessa e comunga.
Sou vizinho de um lugar onde de 15 em 15 dias se encontram casais católicos carismáticos que passam os sábados e domingos dançando ao som do Tambor com toques até de Mãe Menininha.

Há, como diz Oswald de Andrade, um sentimento religioso “órfico” em todos nós, diante do Mistério da Vida no Cosmos.

Nossos ancestrais – minha avó paterna era índia – eram antropófagos, comiam carne humana tanto do inimigo mais forte para lhe adquirir as qualidades quanto dos entes queridos, filhos, irmãos, pais, avós, mulheres e maridos.
Era uma Cerimônia não para matar a fome, mas religiosa como a Eucaristia Católica que é uma sublimação da Antropofagia.
Talvez por isso no Brasil o catolicismo popular da maioria não tem a rigidez de outras religiões.

O Fundamentalismo é imposto pela religião do Hemisfério Norte, que antropofagiou o Império Romano e seus cristãos entregues aos leões, e tornou-se a Religião Católica Apostólica do Império Romano com ambições colonialistas e imperiais no mundo todo.

Esse tempo passou.

Vivemos de acordo com o que desejamos para nós mesmos e para todos, de mais gostoso.

A submissão a podres poderes é um assunto que está querendo retornar pelos que se sentem inseguros diante das revoluções que vem trazendo outros ares aos nossos tempos, desde 1967.

Por isso diante desta intimação delicada, que tem por traz dela os fundamentalistas que querem nos criminalizar, ponho a BOCA NO MUNDO.

José Celso Martinez Corrêa

orgulhosamente

Presidente da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona

Paz Humor Amor e Muito Mais

Censura do projeto Cine Educação no Acre ocorre pela irracionalidade política/religiosa

Abril 9, 2013

“Queridos amigos e colegas,
No início da semana recebemos a notícia de que a exibição do curta Eu Não Quero Voltar Sozinho, como parte do programa Cine Educação, havia sido censurada no Acre.

O programa Cine Educação, uma parceria com a Mostra Latino-Americana de Cinema e Direitos Humanos, tem como objetivo “a formação do cidadão a partir da utilização do cinema no processo pedagógico interdisciplinar” e disponibiliza diversos filmes cujos temas englobem os direitos humanos, de modo que professores escolham quais são mais adequados para serem trabalhados em aula.

Na semana passada, no estado do Acre, uma professora escolheu o curta Eu Não Quero Voltar Sozinho e exibiu-o para seus alunos. Para aqueles que não conhecem, a trama narra a história de Leonardo, um adolescente cego que, ao longo do filme, vai se descobrindo apaixonado por um novo colega de sala.

Alunos presentes na exibição confundiram o curta metragem com o “kit anti-homofobia” e levaram a questão aos líderes religiosos, que mobilizaram políticos da região com o intuíto de proibir o projeto Cine Educação como um todo. Nenhum desses representantes públicos deu-se ao trabalho de ir atrás da verdade e descobrir que se tratava de um programa pedagógico com o intuito de levar o debate sobre direitos humanos para a sala de aula. Mais uma vez no Brasil, a educação perde a batalha contra o poder assustador das bancadas religiosas e conservadoras.

Neste momento, o programa Cine Educação está paralisado. Enquanto isso, os secretários de Educação e de Direitos Humanos do Acre estão articulando com o governador a possibilidade de garantir sua continuidade, enquanto os líderes evangélicos forçam o cancelamento definitivo do programa. Pelo que sabemos, mesmo que o programa seja reativado, o curta Eu Não Quero Voltar Sozinho será excluído do catálogo e não mais ficará disponível para que professores o utilizem no debate de questões que envolvem algo tão elementar quanto a sexualidade humana e tão importante quanto a deficiência visual.

De forma arbitrária, em uma república federativa cuja Constituição atesta um Estado laico, a sociedade está sendo privada de promover debates. Como pretendemos que adolescentes consigam respeitar a diversidade e formem-se cidadãos lúcidos, pensantes e ativos se informação, arte e cultura (sem qualquer caráter doutrinário) lhes são negadas?

Eu Não Quero Voltar Sozinho não é um filme proselitista, tampouco ergue bandeiras de nenhuma natureza. É apenas uma obra de ficção amplamente premiada em festivais de cinema no Brasil e no exterior, cujos predicados artísticos e humanos transcendem qualquer crença. Ademais, se assuntos referentes à orientação sexual dos indivíduos e seus respectivos direitos civis estão na pauta do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, por que não debatê-los em sala de aula? Que combate sombrio é esse, que reacende a memória de um obscurantismo Inquisidor?

Produtores do Eu Não Quero Voltar Sozinho

Daniel Ribeiro e Diana Almeida

Abaixo, o curta metragem na íntegra:

http://www.youtube.c…h?v=1Wav5KjBHbI

Fonte