Archive for the ‘Cri-ações’ Category

A ESCRAVIDÃO PERSISTE NO BRASIL. NESTA TERÇA RODRIGO MAIA QUER COLOCAR EM VOTAÇÃO A DEFORMA DA CLT QUE ACABA COM TODOS OS DIREITOS DOS TRABALHADORES

Março 20, 2017

É de interesse do capital internacional e nacional brasileiro que o trabalho escravo continue no nosso país. Isso será mantido se aprovada a deforma da CLT na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, dia 21. Para propor linhas de corte, publicamos a paródia da estudante Maryana Emilly Alvarenga Costa. Tendo o Romantismo como movimento filosófico, artístico e literário, Maryana compõe 4 estrofes com a Terceira Geração Romântica Condoreira,  viajando no  Navio Negreiro de Castro Alves, canto V, mais uma invocação contra tanta violência e crueldade em tempo difíceis por que passa o Brasil. Leiamos:

Senhor Deus! Será que não ouves

O silêncio gritante dos escravos?

Será que não podes por um fim

Em seus fardos pesados?

A ausência de alegria, amor e sorriso,

É pior do que a desejada morte

Presos em correntes dia e noite,

Parece que roubaram deles a sorte.

Deus dos acorrentados! onde estais

Que não ouves os choros abafados?

A cor negra de raça, de força e garra

Agora sofrem com mãos e corações aprisionados.

A cor da nação, terra e povo

Não deixe Senhor que morram de desgosto.

Não os deixem viver na prisão e escuridão

Deus dos acorrentados, os livrem da escravidão.

CANÇÃO MANAUARA

Março 19, 2017

Em tempos de “escândalo” da carne podre, carne fraca,  publicamos a paródia do afinado Kalyan Iauacanã da Silva Oliveira a buscar no Romantismo de Gonçalves Dias que tematizava a saudade de sua pátria quando lá em Portugal vivia a pensar no Brasil.

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Minha terra tem farinha,

Que não se encontra em qualquer lugar,

Tem a branca e a baguda,

Que fazem nossos dentes rachar.

Nossa mata tem o macaco,

Nosso céu tem urubu,

No lago tem a canoa,

E no rio tem o pacu.

Em pensar que o bodó é bom,

O jaraqui é muito mais,

Em pensar naquela farinha,

Desse jeito emagrecer jamais.

Minha terra tem muitas lendas,

Que tais nos fazem acreditar,

Em cismar com medo à noite,

Mais sombrias elas irão ficar,

Minha terra tem muitas lendas,

Onde no futuro irei participar,

retirando o golpista Temer

para meu Brasil melhorar.

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu pare de jantar,

Sem que eu cisme com nossas lendas,

Que não se encontram em todo lugar,

Sem que eu ainda coma a farinha,

Onde no final um açaí irei degustar.

 

 

 

 

Cri-ações: Bridget Riley

Agosto 15, 2011

Vibrações, alterações, movimentações…

Cri-ações opticas que desfocam o olhar

e o leva em territórios que lhe cortam levando

ao happeninspace de tensões que se chocam

e fazem surgir um novo e destemido balanço

 

Listras de cores que borram e maculam

toda as formas que imobilizam

nossa natureza e nos liberam

para que logo atuemos em nos vibram

em des-padrões para que nós cri-em-(n)os

Cri-ações: Yves Klein

Agosto 8, 2011

Cri-ações do novo ir-realismo

Avante nas monocromias antropomé-tricos

laminadores dos olhares

Saltar dentro do fogo

para em cinzas possa nascer em outros

 

 

Espo(ra)jar a realidade

para que passe a vitalidade

e o vazio seja mais produtor

do que os engodos de uma vida burguesa

que tanatiza e bloqueia a sexual-i(vivi)dade

Cri-ações: Theo van Doesburg

Julho 11, 2011

Cri-ações de estilo

De Stijl em harmonias

complexas da realidade.

Elementarismo de formas e

cores criadoras da alteridade

 

Vanguardas que despontam

mostrando sempre o novo

que se faz em abstrato

produtora de fluxos que

perfuram as cascas de n-ovo

 

 

 

 

 

 

 

Cri-ações: Jean Tinguely

Junho 13, 2011

Esculpir a vida para que ela

possa por-se em movimentos

e por sua produção no mundo

não deixe que os bloqueios a imobilizem

em mecanismos de repressão e sofrimentos

 

Maquinas produtoras de outros enunciados

que movam não um meio capitalizado,

mas um meio de passar o fluxo

que só passa a existir quando

as percursos vida passa a ser  desmembrados

Cri-ações: Francis Picabia

Junho 6, 2011

É  preciso poiesisar

para se brotar um novo-real

Sur-realizando o que é existente

e criando brechas para que assim

a vida passe des-naturando os rea-cionários-gentes

 

Cri-ações que partem do impressio-natus

fauvi-lhante para que as formas

deformen-se dada cub-r-indo

os espaços mais duros

que libera a vida e ritorna

 

 

 

 

 

 

Cri-ações: Dorothea Tanning

Maio 23, 2011

Cri-ações em cortes

Fugas da presente ameça do real

Brotando sur-realidades

que produzem outras forma de relação

existência leve e frugal


Esculpir não só formas e quadros

mas palavras que se expandem

e comunicam  em uma poiesis sur-real

produções que não cessam nunca

nem que os ventos nos soprem


Cri-ações: Camille Claudel

Maio 2, 2011


Para se fazer artes é preciso

se desvecilhar de todo familiar

inclusive do amor constituido.

Porém toda a arte precisa do amor

amor constituinte na só-lidão do criar.


Cri-ações para que a real paranóia

presente no medo de não ser

não venha a ocupar o espaço da vida

que escapa na produção artística

e delira em um alegre transcender.

Cri-ações: Max Ernst

Abril 18, 2011

Cri-ações de uma poiésis surreal

que transcenda o sub-realismo

em choque os olhos e sentidos

se chocam tentando fugir

daquele que nunca é o mesmo


Cores que expõe os pan-demonios

que se fazem degenerar o a-movimento

do que se quer fazer cotidiano

E com toda recusa a vossa moral

realismo torpe de vosso lamento