Como já do conhecimento dos acessantes dos blogs Esquizofia e do Afinsophia, a Associação Filosofia Itinerante (Afin) é uma cartografia de desejos que trabalha com a inteligência coletiva produzindo novas formas de sentir, ver, ouvir e pensar sem qualquer objetivo financeiro.
Uma produção comunalidade de novos saberes para que se traduzam em novos dizeres transformadores construtores de singulares existências ontológicas. E que para essa atualização-virtual – virtual no sentido de potência do real – ocorra ela atualiza alguns vetores como o Kinemazófico, a bibliosofia, o teatrosófico, esquizosom, entre outros que se apresentam como expressão do devir-criança, já que a Afin é engajada na estética poiéticas-praxis das crianças e dos adolescentes.
Assim, já há sete anos ela atualiza o carnaval infantil exibido-ludicamente como a Bandinha do Outro Lado. Uma manifestação em que o devir-criança-dionisíaco se movimenta criativamente. Uma festa inspirada e conduzida pelas próprias crianças.
Como a Afin movimenta suas produções por vários bairros de Manaus, a Bandinha do Outro Lado nasceu por criação das crianças do Kinemazófico que é projetado todo domingo no Bairro Novo Aleixo, um dos territórios mais carente de políticas públicas de Manaus que se não fossem os programas sociais do governo federal seria muito pior.
Entretanto, nessa folia-dionisíaca desse ano, a Bandinha do Outro Lado fez uma experiência do outro lado da cidade: no Bairro Nova Cidade. Outro território abandonado pelo poder público. Ela aproveitou a alegria das crianças da capoeirasofia, que atuam no Pórtico das Artes da Afin, e atualizou seu carnaval onde as próprias crianças tocaram os instrumentos musicais em parceria com os afinados Alci Madureira, Miguel Filho no vocal e Marcos José no cavaco. Mas quem dominou e esbanjou vivacidade e criatividade foram mesmo as majestades da festa: as crianças.
Valeu, Dionisiozinho!