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Chico Buarque aos 73 anos.

Junho 20, 2017

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A TV BRASIL INICIOU ONTEM A APRESENTAÇÃO DA NOVELA ANGOLANA, “WINDECK – TODOS OS TONS DE ANGOLA”

Novembro 11, 2014

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O melhor, mais ético e comprometido canal de televisão com o espectador sensível e racional, a TV Brasil. Iniciou ontem, dia 10, a apresentação da novela angolana Windeck – Todos Os Tons de Angola. A windeck já diz muito da trama da novela. Ela significa uma gíria angolana referente a pessoas arrivistas que fazem de tudo para se dá bem.

Trata-se de uma produção genuinamente africana que conta com atores negros interpretando vários personagens como jornalistas, empresário e modelos. É uma verdadeira expressão da cultura africana. A novela também tem como conteúdo temas importantíssimos e que são atuais em relação à realidade da sociedade como a homofobia, a violência doméstica e as doenças sexualmente transmissíveis.

Antes de contratar a novela, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), através de seu diretor-geral, Eduardo Castro, realizou conversar e discussão com os membros dos movimentos negros para saber da importância e da necessidade da exibição da produção africana no Brasil. Ele afirmou que os personagens são diferentes dos negros que são apresentados nas novelas brasileiras: carregados de preconceitos.936224-novela_angolana_dsc_7889

“Não é mera exibição de novela, é política pública. Estamos dando espaço para representação negra positiva e para a África se mostrar para os brasileiros da maneira que o brasileiro mais gosta e melhor recepciona a informação.

Negro não é o que vemos nas nossas novelas: serviçal, abridor de portas, jogador de futebol e pagodeiro”, disse Eduardo Castro.

A ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), assistiu o primeiro capítulo e afirmou que a apresentação da novela resultou de uma parceria da Seppir com a EBC como política pública.

“A exibição da novela é fruto de uma parceria da Seppir e da EBC para mostrar que é possível, dentro de um gênero que é tão comum no Brasil, ter protagonistas negros, é algo simples de fazer”, observou a ministra.

A TV Brasil é um canal de televisão aberto que se diferencia totalmente dos outros canais de televisão comercial. Sua grade de programação profundamente respeitosa nos impulsiona a ver e entender como são indigentes as grades de programação da TV Globo, SBT, Bandeirantes, Rede Vida e outras congêneres. Seu jornal de notícias escracha a ofensa ao telespectador um apresentador como Bonner Simpson. Programa  programação musical com música clássica, rock, pank, funk, samba, sertanejo original e sua programação cinematográfica, causa contentamento afetivo e cognitivo. Nada de embrutecimento encontrado nos canais mantidos pelos alienados.

Uma pontuação no constante seguir em José Saramago

Junho 19, 2010

          

José Saramago está além das palavras. Ele é mais do que uma vida. José Saramago é um corte nas formas constituidas de traçar o viver. Saramago é a ponte ao ao novo que nunca se finda e que sempre alimenta as pobres pessoas de ricos toques.Caim não é o fim, pois não há o fim. Continuamos caminhando trazendo em nós Saramagos.

“Diz-se que só odeia o outro quem a si mesmo se odiar, mas o pior de todos os ódios deve ser aquele que leva a não suportar a igualdade do outro”. (O Homem Duplicado)

“Aqui o que se ouve é o silêncio, ninguém deveria morrer antes de  conhecê-lo, o silêncio, ouviste-o, podes ir, já sabes como é.” (A Jangada de Pedra)

“ninguém se salva, ninguém se perde, É pecado pensar assim, O pecado não existe, só há morte e vida, A vida está antes da morte, enganas-te Baltazar, a morte vem antes da vida, morreu quem fomos, nasce quem somos, por isso é que não morremos de vez” (Memorial do Convento)

“Que se regresse à filosofia. Eu não sou filósofo, mas eles existiram sempre e estão aí e estudam e trabalham. A filosofia pode ajudar a abrir o espírito para não se encarrilar numa direcção única que deixa sempre gente e ideias de fora. Julgo ser uma via a seguir até à extinção da espécie humana.”(Entrevista ao Diário de Notícias, 18/11/2000)

«Um dos grandes dramas da humanidade é que todos somos educados para a guerra logo na escola.” (Saramago em entrevista)

UNIDOS PARA SEMPRE

Dezembro 4, 2009

Ela, desde criança, demonstrava um grau superior de singularidade em uma sociedade em que muitas crianças se mostram indiferentes às amizades entre si. Um modo de ser que se realiza definitivamente na existência distante da maioria dos adultos. Era alegre e amiga. Em casa, na vizinhança, na escola, sempre boa companheira.

Chegada à adolescência, nada mudou. Continuou seu modo de ser singular; e nessa singularidade foram compostos afetos alegres próprios da idade que indicavam a necessidade de um amor. Um amor singular como sua singularidade. Assim, passou a observar os rapazes que por ventura carregassem também uma singularidade que os colocasse em um estado afetivo alegre e companheiro.

Todavia, ele atravessou toda a adolescência e não encontrou seu par singular. Quando já na juventude, como ocorre em alguns acasos românticos, eis que encontra sua face/outrem lhe apresentando os possíveis de novas singularidades. Então, passaram pelos processuais regulares dos amantes especiais. Namoraram, noivaram e casaram. Sempre no fogo singular da paixão.

Mas não há singularidade que não seja testada pela força entrópica da dor. Com o transcorrer da união, ela percebeu que a singularidade que viu no homem que amara fora só produto de sua projeção. Ansiedade de encontrar uma face/outrem para amar e ser amada como amantes diferentes. Surgiram as discussões agressivas, brigas e ameaças. Ela já se encontrava em estado depressivo quando ele propôs o divórcio, que ela aceitou prontamente.

Em um final de tarde, quando ele chegou no apartamento que comprara, com a última caixa com livros, onde se encontrava morando com a nova companheira, lembrou ter esquecido o livro “Crítica e Clínica”, de Deleuze, na gaveta do armário do banheiro em que morara com sua singularidade. Na mesma pegada voltou para apanhá-lo. Ao chegar na calçada, em frente ao prédio em que morava, com sua ex-singularidade, sentiu um peso insuportável cair sobre sua cabeça, matando-o no mesmo instante. Era o corpo dela que se lançara pela janela em voo suicida de vinte andares.