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BANDINHA DO OUTRO LADO, DA ASSOCIAÇÃO FILOSOFIA ITINERANTE (AFIN), REALIZA MAIS UMA FOLIA DIONISÍACA-INFANTIL

Fevereiro 24, 2020

PRODUÇÃO ESQUIZOFIA

Pela décima terceira vez, a Bandinha do Outro Lado, folia das crianças, da Associação Filosofia Itinerante (AFIN) realizou seu carnaval. Desta vez, com a parceria do Clube de Mães do Amazonas Voluntários Sem Fronteira. Como não poderia ser diferente, as criança mostraram que também se identificam com as marchinhas de carnaval que historicamente criaram o caráter da folia nacional. Cantar e dançar só marchinhas de carnaval, é o tom da Bandinha do Outro Lado. Sé é carnaval, é carnaval! Nada mais do que carnaval. 

O folguedo carnavalesco infantil, neste ano contou com a presença do famoso saxofonista Antônio Frazão que no auge de seus 84 anos deitou e rolou com seu som no embalo das crianças e seus pais. Frazão é um músico com história-musical invejável. Já tocou em todo o estado do Amazonas. Principalmente nas cidades do interior. Sua participação foi sua contribuição para a política pedagógica da comunidade na qual ele é envolvido.

A folia da Bandinha do Outro Lado é dividida em quatro partes: A dança e o canto em si. A dança individual do frevo. O desfile das fantasias, criadas pelas próprias crianças, e e o enfrentamento gastronômico: o encontro com as comidas e sucos. Além, da pipoca, bom-bom e sorvete. 

Valeu, criançada!

BANDINHA DO OUTRO LADO FAZ FESTA MOSTRANDO QUE É NETA SINGULAR-ORIGINAL DE DIONÍSIO

Fevereiro 28, 2017

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Entre os vários vetores fluxos mutantes e quantas desterritorializantes da Associação Filosofia Itinerante (Afin) que agenciam há mais de 14 anos em Manaus produções-moventes como corpos de novas formas de existir, sentir, ver, ouvir e pensar, a Bandinha do Outro Lado é festa singular e original da potência dionisíaca.

p1090569p1090574p1090576p1090577p1090581p1090584p1090589p1090590p1090599p1090600A Bandinha do Outro Lado se imbricou como corpo dionisíaco há nove anos na Rua Jaú do Bairro Novo Aleixo, zona Leste de Manaus. Uma das muitas regiões populacionais desassistidas pelos governos reacionários que se apossaram do estado do Amazonas e da capital Manaus. Na linguagem politicofastra (linguagem do falso político, o tagarela do Legislativo, Executivo e Judiciário, corpos alienados da democracia), é um curral eleitoral onde esses personagens exploradores da miséria do povo, que eles mesmos fomentam, conseguem suas eleições, reeleições constantes.

Desde sua inicial apresentação nas ruas do bairro que a Bandinha do Outro Lado se atualiza como real através das próprias criações das crianças. Suas fantasias são concebidas e elaboradas por elas. Certo que com o auxilio de alguns moradores. Como Dona Antônia, por exemplo.

p1090602p1090604p1090609p1090622p1090627p1090640p1090652Como a Afin é um corpo comunalidade e sua atuação é sempre um processual coletivo, não seria coerente a Bandinha do Outro Lado, como expressão do personagem que forneceu corpos para a emergência do Teatro Grego, a Filosofia e a Política, que os moradores ficassem fora da composição festeira de seus netos.

p1090653p1090663p1090665p1090678Nesse carnaval, que apesar de Temer e seus cúmplices golpistas, a Bandinha do Outro Lado fez sua festa em outra zona abandonada pelos exploradores governantes: Bairro Nova Cidade, que de novo só tem o nome: segue a antiga violência administrativa de outras zonas que não têm seus direitos urbanos garantidos. Fica no extremo de Manaus. Agora, a Bandinha do Outro Lado se apresenta na última rua, número 72, do bairro no limiar da mata, fronteira com um cemitério indígena. Porém, a potência dionisíaca-contínua segue a movimentação intensiva da poieses.

p1090686p1090690p1090691p1090697p1090702p1090723p1090742p1090749p1090757p1090761Aqui a letra desse ano do carnaval da Bandinha do Outro Lado. Carnaval que vibrou por todo Brasil em um uníssimo Fora Temer! Para o bem da Democracia!

     A Bandinha do Outro Lado está na Nova Cidade Ô, Ô,Ô

     Veio lá do Novo Aleixo com sua festa vontade Ô,Ô

     Para fazer o carnaval Dionísio da criança

     Por isso, ninguém vai ficar fora da dança.

     “Corre, corre lambretinha”,” se a canoa não virar”,

     “Eu vou pra Maracangalha” “abre alas que eu quero passar”

     “Viva o Zé Pereira, viva o carnaval,

      Viva o Zé Pereira que a ninguém faz mal”.

     Vejam algumas imagens dionisíacas.

  Vejam um breve vídeo. 

Devir/Dançar

Agosto 22, 2013

Nosso devir/dançar esta de volta trazendo novamente todas as quintas a dança em alguma forma de arte. Hoje trazemos a arte dançante em imagens fotográficas. E a artista convidada de hoje já teve algumas de suas imagens em nossa coluna. Trata-se de Dane Shitagi, uma fotografa havaiana especializada em fotografar bailarinas sem se preocupar em ser uma fotografia de dança.

Desta vez trazemos algumas fotos tiradas com bailarinas em lugares urbanos, onde os corpos dançantes dão vida ao corpo necrosado/concretizado da metrópole.

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Devir/Dançar

Abril 18, 2013

Nosso devir/dançar desta quinta traz a dança refletida através da lente que retrata a arte fotográfica. A imagem estática denota parte de um movimento que por esta limitação aparenta apenas ser uma parte, uma pose.

E como sempre trazemos fotografos dos mais variados tipos, desde clássicos, fotografos de dança, até amadores, hoje trazemos fotos de Dane Shitagi, uma fotografa havaiana especializada em fotografar bailarinas sem se preocupar em ser uma fotografia de dança, mas sim como arte imagética a partir das bailarinas. Interessante que ela utiliza tanto a urbes quanto a natureza para seus projetos.

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Devir/dançar

Março 21, 2013

Nossa coluna devir/dançar de hoje traz uma nova composição bailante das letras que se juntam em sentidos e formam as palavras pela poiética. Obviamente tratam-se de poesias que tratam sobre dança em seu corpo.

E trazemos alguns  poetas antigos que tratam nas palavras a dança como um movimento mágico, místico, quase uma religião (do religare com a vida e seu movimento).

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Pus toda a minha alma numa canção
que cantei para os homens.
E os homens se riram!

Tomei meu alaúde,
fui sentar-me no topo de uma montanha

E cantei para os deuses a canção
que os homens não tinham entendido.

O sol baixava.

Ao ritmo da minha canção, os Deuses dançaram
Nas nuvens encarnadas que flutuavam no céu.

A Dança dos Deuses- Li T’ai-Po, poeta chinês (701-762 dC) viveu no período da Dinastia Tang, considerada a época de ouro das artes chineses.

“Era um sonho dantesco… O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros… estalar do açoite…
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar…

Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras, moças… mas nuas, espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs.

E ri-se a orquestra, irônica, estridente…
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais…
Se o velho arqueja… se no chão resvala,
Ouvem-se gritos… o chicote estala.
E voam mais e mais…

Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece…
Outro, que de martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!

No entanto o capitão manda a manobra
E após, fitando o céu que se desdobra
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!

Fazei-os mais dançar!…”

Castro Alves- O Navio Negreiro (Canto 40)

 

Devir/Dançar

Março 14, 2013

Nosso devir/dançar de hoje traz de a produção da dança através de incríveis imagens em movimento. E como não poderiam faltar estes videos kinemicos possuem uma poiética expressividade nas mais diversas formas de dança.

Trazemos em especial alguns trabalhos do animador canadense Norman McLaren que se dedicou ao menos nestes três preciosos curtas voltados a dança. Até hoje Pas a deux é uma referência da animação de dança.

Devir/Dançar

Março 7, 2013

Nosso devir/dançar desta semana traz o dançar como processo cultural dos povos. E para o registro artístico desta manifestação mais uma vez traremos a pintura como forma de mostrar as tradições de parte dos povos que vieram da África para as América.

Neste país que mostraremos as imagens, a Jamaica, a maioria negra demonstra este tráfico de escravos e da cultura negra na ilha. Os desenhos ou litogravuras foram elaborados pelo artista jamaicano Isaac Mendes Belisario nascido em 1794.

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Isaac Mendes Belisario  (Jonkonnu, JonKanoo) Costume, Jamaica, 1838

Isaac Mendes Belisario  (Jonkonnu, JonKanoo) Costume, Jamaica, 1838-2

Isaac Mendes Belisario  (Jonkonnu, JonKanoo) Costume, Jamaica, 1838-3

Isaac Mendes Belisario  (Jonkonnu, JonKanoo) Costume, Jamaica, 1838-4

Isaac Mendes Belisario  (Jonkonnu, JonKanoo) musician, Jamaica, 1838

John Canoe (Jonkonnu, JonKanoo) Dancers, Jamaica, 1838

John Canoe (Jonkonnu, JonKanoo) Dancers, Jamaica, 18382

Devir/dançar

Fevereiro 28, 2013

Nosso devir / dançar continua seu movimento constante na descoberta da arte da dança que baila conjuntamente com outras manifestações. E neste novo ano traremos muitos mais movimentos ligados arte buliçosa dançante.

Hoje traremos a dança a partir de um cinema bastante especial e que trata metalinguisticamente a dança. Ou seja trata a dança pela dança, ou como se faz um espetáculo de dança em um fime de dança. Embora não seja um dos clássicos da dança este cinema traz um bom diretor e uma atriz que é bastante ligada a dança. Mas o melhor é as histórias parte documentais parte ficção de uma companhia de dança.

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Uma companhia de dança é mais do que uma estrutura contábil-administrativa-burocrática que deve responder a um mercado. Uma companhia de dança abarca a possibilidade criativa da produção de movimentos que na retina gerem 0 novo como possível.

Deste modo o dançarino não mantem com esta companhia uma mera relação entre burguês-proletário, patrão-empregado. Não se nega que existe em alguns casos a exploração, porém no meio desta relação empregatícia o empregado que é o artista tem toda a capacidade de não se alienar de sua força (não de trabalho, mas de criação) e modificar e ampliando sua relação com o mundo. Mesmo com uma coreografia já ensaiada o dançarin@ traz em sua leveza a produção e a cada espetáculo atualiza afetivamente seu bailado.

CINESQUIZO E DEVIR/DANÇAR

ENUNCIAM

DE CORPO E ALMA

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Titulo Original: The Company/ Das Company

Ano: 2003

Elenco: Neve Campbell ( Loretta ‘Ry’ Ryan), Malcolm McDowell (Alberto Antonelli), James Franco (Josh), Barbara E. Robertson (Barbara Robertson), William Dick (Edouard), Susie Cusack (Susie), Marilyn Dodds Frank (Mrs. Ryan), John Lordan ( Mr. Ryan) e dançarinos/companhia do The Joffrey Ballet of Chicago

Diretor: Robert Altman

País: Estados Unidos/Alemanha
Duração :112 minutos
The company Robert Altman 2003 The Joffrey Ballet of Chicago

Sinopse (Resumo da História do Filme) : Um olhar de dentro do mundo do de uma companhia de balé . O filme foi produzido com a colaboração completa do Joffrey Ballet of Chicago, que contaram histórias dos bailarinos que se transforam ao entrar em contato com a dança. Campbell interpreta Loretta “Ry”, uma talentosa mas conflituosa dançarina prestes a se tornar a estrela de uma trupe de Chicago com co-fundador da companhia e um dos coreógrafos de maior destaque no país. Josh ocupa parte do tempo de Ry como o namorado que não está envolvido com a dança.

Com uma sequência de abertura vibrante como mostra o vídeo acima, este cinema do diretor Robert Altman conta com a produção, roteiro e atuação como atriz principal da canadense Neve Campbell. A primeira vista pode-se questionar o porque de Altman colocar uma história Neve Campbell, uma atriz com uma carreira hollywoodiana com filmes industrialmente péssimo (desculpem a redundância) como Panico, em uma de suas últimas produções? Foi um equívoco? Não.

Talvez sabendo que Campbell desde criança foi bailarina se juntando inclusive ao National Ballet School of Canada, porém não pode seguir carreira por diversas lesões como a retirada de um joanete de seu dedão e problemas nas juntas. Daí mais uma vez pode-se questionar se a escolha de Altman não foi para deixar ilusoriamente um sonho de Campbell ser encenado e tornado realidade em uma grande companhia de balé. Mais uma vez errado. Neve realmente teve uma carreira não muito cativante como atriz porém ela passou neste cinema o amor pela dança, este mundo mágico (e real) que cria e destroi realidades. Não é nenhuma forma de tentar reviver a ilusão. Tanto que mesmo não se tornando uma bailarina profissional, Neve continuou durante sua carreira de atriz se dedicando a dança e indo para a barra do batente, algo que fica claro em sua performance excelente como bailarina nas cenas.

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A Companhia é bem mais do que o espaço físico ou suas decisões. A companhia de dança é um corpo não estático que utiliza de seus elementos e planos de ação a partir do talento dos coreografos e bailarinos para a produção.

De fato o trabalho de Altman/Campbell é quase (no sentido de sua amplitude de situações) um documento sobre o cotidiano produzido em uma grande companhia de Ballet. Vemos diversas situações comuns como desentendimentos do diretor da companhia com coreografos por causa de uma parte da coreografia, famílias de dançarinos que se desentendem devido a troca nos papéis, coreografos que tem que mudar o espetáculo pois o diretor da companhia gentilmente mostra que o sonho do coreógrafo tem de ser feito, mas com certas modificações que sejam rentáveis pela companhia, etc.

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Em uma das cenas vemos uma bailarina que quebra (ou ao menos sofre uma lesão grave) com seu pé após um salto. Ao sentir a ausência de apoio e já percebendo que perderia o papel ocorre a inevitável queda. Porém além da queda física há a queda da produção seguida do medo de não poder mais dançar. Os presentes ficam sem reação. Altman coloca a câmara em um plongée, mostrando do alto a bailarina que se torna pequena. Seus pensamentos, frustrações a levam para cima da realidade que se impôs. Os spots de luz ainda focam a bailarina cuja a formosura esta rente ao chão.

Por ser uma dança de movimentos precisos, no balé erros podem ser onerosos a uma carreira de anos. A bailarina aceita seus limites porém é constantemente forçada a ultrapassa-los. É necessário uma tênue linha entre a prudência e a ousadia. Dançar se jogando no escuro abismo do palco que recebe quem dança e aguarda os acasos de seus passos.

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Quando aparece a cena da primeira apresentação quando Ry dança sentimos na dança que ocorre durante a tempestade o sentimento leve da bailarina, que entrega todo o seu corpo a dança das ondas, assim como o marinheiro entrega a vida e solta o remo durante a tempestade.

Nesta forma livre, seguindo apenas os movimentos coreográficos do mar, a bailarina pode se entregar a criar movimentos que se intercalem e faça ela sentir toda ao furor da arte que circula dentro de si.

No espetáculo final vemos que entre as tomadas do palco aparecem a camera em travelling pelas coxias e durante toda esta parte dos “bastidores” ouvimos a composição de vozes, e movimentos dos produtores, cenografos, técnicos, sonoplastas para que o espetáculo continue vivo no coração do palco. Assim Altman nos envolve nestas periferias que não se ve da plateia, mostrando que assim como a companhia os espetáculos são um todo dinâmico, vivo que nasce de ideias que vai envolvendo todo o corpo da companhia e se torna real nos movimentos artísticos dos corpos dos bailarinos.

Around the world por Daft Punk

Fevereiro 18, 2013

Dirigido por Michel Gondry e choreografado por Blanca Li

Especialissimo para o Devir/Dançar

Devir/Dançar

Janeiro 31, 2013

O nosso devir/dançar desta quinta faz os movimentos da dança congelarem em uma estaticidade temporal-espacial de todos os movimentos.

Trata-se do instante da dança capturado pela fotografia, que capta uma parte do movimento e faz com que o observador complete a outra parte deste. E trazemos a obra do fotografo brasileiro Luis Áureo. Então complete seu olhar dançante.

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Luiz Aureo

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