Archive for Setembro, 2015

PROJETO LATA 65 MOSTRA QUE O GRAFITE É EXPRESSÃO DE TODAS AS IDADES

Setembro 30, 2015

c5ba1503-6177-4d2d-bf30-bb2471dabfadO grafite tem dois corpos que constituem sua existência como expressão estética. A escrita e o espaço-construído. A escrita se desloca além das letras ao desenho. Como diz a psicanalise, principalmente a lacaniana, a escrita nasce como zona erótica-corporal: letra. Local onde a libido-narcísica se espacializa na relação com o outro. Que pode se manifestar como fala neurótica ou não. O desenho é escrita/artística figurada. Escrita que toma forma moldada expressivamente como coisa. Objeto ou animais como coisas. Uma forma-objeto-coisa como imagem tridimensional.

O grafite como espaço é a fala que foi impossibilitada de se mostrar. O espaço público é o espaço construído pelo grafite como produto da denegação da escrita. Por isso, grafitar é criar espaço por não se ter tido espaço para falar. Grafitar é falar a voz de si mesmo no campo social das falas transmutadas em língua. Muitas vezes além de sua estrutura de instituição social. Grafitar é fazer emergir a letra construindo a escrita e o espaço. Daí que a escrita do grafite não é a mesma da convenção, assim como o espaço do grafite não é a exterioridade dimensional onde surgem as imagens.

Por esse entendimento pode-se dizer que todos os que se querem expressivos inauditos são grafiteiros. Um bebe é um grafiteiro, uma criança é uma grafiteira, um adolescente é um grafiteiro, um idoso é um grafiteiro. Assim, em sua essencialidade, o grafite é a expressa de todas as idades.

É o que pode ser lido no Projeto 65 criado em Portugal na cidade de Covilhã, que ensina pessoas com mais de 60 anos a praticar arte do grafite. É um projeto próprio para os que têm mais de 60 anos, mas para ser um grafiteiro, de acordo com que foi mostrado aqui, não precisa fazer curso já que grafitar é uma condição biológica-cultural-humana. Até os que protestam contra o grafite são grafiteiros. Condição que não podem mudar. Nem apagando os muros e paredes grafitados.

Vamos ao grafite! Grafite é saúde na urbe e além do urbanismo!

MST LANÇA CD CANTADO POR TRABALHADORAS E TRABALHADORES CONTANDO O S 30 ANOS DO MOVIMENTO

Setembro 29, 2015

5c639ada-68d6-47b7-b60c-f9b9b8ea5f7aÉ uma coletânea composta por mais de 20 canções antes nunca gravadas para comemorar os 30 anos de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Na semana passada, em Goiás, durante o 2° Encontro Nacional de Educadores da Reforma Agrária ( Enera) houve o pré-lançamento do CD.

Todas as músicas compostas têm como tema a luta pela reforma agrária e seus desdobramentos como ameaças dos latifundiários, os perseguidos, mortos, conquistas, trabalhos na agricultura, relações das famílias MST, e a influência da posição da Igreja Católica no movimento.

Outro sinal inédito do CD é que as músicas são interpretadas por trabalhadoras e trabalhadores. O que situa nas interpretações a sensibilidade e a sensibilidade de que vive a experiência de ser membro do movimento contribuindo com veracidade com a estética musical. Um sinal que destoa do cantor que canta composições alheias com temáticas individualistas seguindo um modelo da fonografia da indústria musical da sociedade de consumo associada com as mídias de mercado, na esteira Faustão, Serginho Altas Horas.

O CD tem a participação de Zé Pinto um dos mais antigos integrantes do MST.

“A resistência eu o MST tem, e que o povo brasileiro tem, é muito por causa desta arte brasileira, realmente. É essa arte brasileira, de raiz, que tem segurado essa organização nesse pique”, disse Zé Pinto.

Assista o vídeo breve, porém intemporal em seu conteúdo.

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS DIZ QUE AUMENTOU A VENDA DO OBJETO LITERÁRIO

Setembro 29, 2015

feira_do_livroEntre os meses de agosto e setembro desse ano, comparado com o ano passado, houve um aumento na venda de livros no varejo. O aumento foi de 0,8% em volume e 2,2% no valor, de acordo com divulgação do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel).

A mensuração da politica de venda de livros é possível ser confirmada através do uso do Painel das Vendas de Livros no Brasil que foi criada para permitir maior transparência no desempenho do setor. É um serviço de monitoramento de vendas de livros que atua em dez cujos dados são coletados diretamente do caixa das livrarias, do e-commerce e outros varejistas. É um método conhecido como BookScan.

“Vamos aguardar os números do próximo painel para ver se os lançamentos da Bienal do Livro do Rio tiveram o impacto esperado no mercado”, disse Marcos da Veiga Pereira, presidente do Snel, que acredita que o ano feche em 6% de receita da indústria editorial brasileira.

“EXPOSIÇÃO FRIDA KAHLO – CONEXÕES ENTRE MULHERES SURREALISTAS NO MÉXICO”

Setembro 28, 2015

frida-kahlo-em-foto-tirada-pelo-seu-pai-guillermo-kahlo-em-1926-a-foto-faz-parte-da-exposicao-que-chega-em-julho-no-museu-oscar-niemeyer-em-curitiba-1394658426940_956x500São 20 obras da artista e mais 80 outras de amigos que compõem a exposição Frida Kahlo – Conexões Entre Mulheres Surrealistas No México. Entre as mulheres surrealistas são expostas obras das pintoras Maria Izquierdo, Remedios Varo e Leonora Carrington, Lucienne Bloch e Nickolas Muray. A exposição dessas obras de artistas que não são mexicanos resulta da relação De Frida Kahlo com estes representantes de outros países.

Entre as obras expostas pela pintora mexicana, 13 remetem o público para um melhor conhecimento de sua consciência plástica através de obras sobre papel. São nove desenhos, duas colagens e duas litografias. Nos autorretratos, que são comuns entre às mulheres artistas mexicanas, Frida aparece em seis na exposição.

“Em alguns de seus autorretratos, Frida Kahlo, Maria Izquierdo e Rosa Rolando elegeram cuidadosamente a identificação com o passado pré-hispânico e as culturas indígenas do México, utilizando ornamentos e acessórios que remetem a mulheres poderosas como as deusas ou tehuanas, apropriando-se das identidades dessas matriarcas amazonas.

A multiplicidade cultural, rica em mitos, rituais e uma diversidade de sistemas e crenças espirituais influenciaram na transformação de suas criações. A estratégia surrealista da máscara e da fantasia, que no México forma parte dos rituais cotidianos em torno da vida, a morte no âmbito do sagrado, funcionava também como um recurso para abordar o tema da identidade e de gênero”, observou Tereza Arqc, curadora da exposição.

“QUE HORAS ELA VOLTA?”, DE ANNA MUYLAERT, É INDICADO PARA DISPUTAR O PRÊMIO GOYA

Setembro 27, 2015

image_largeA comissão de seleção composta  por José Francisco Cesar Filho, do Fórum dos Festivais; Roger Lerina Ferreira, da Associação Brasileira dos Críticos de Cinema (Abraccine); Tatiana Leite, do Cinema Brasil; Jorge Peregrino, da Academia Brasileira de Cinema; e Eduardo Valente, assessor internacional da Ancine, escolheu entre 13 longas-metragens o filme da cinegrafista Anna Muylaert, “Que Horas Ela Volta?” para disputar uma vaga com os finalistas do melhor filme ibero-americano no 30ª do Prêmio Goya.

O filme selecionado para o prêmio será divulgado até dezembro para em fevereiro de 2016 receber a premiação. “Que Horas Ela Volta?” que foi escolhido pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil no festival do Oscar na categoria melhor filme estrangeiro, vem tendo uma carreira internacional muito apreciada. Recebeu prêmios nos festivais de Sundance, nos Estados Unidos, e de Berlim, na Alemanha.

O filme que entrou em cartaz no Brasil há quatro semanas já foi assistido por um público de 250 mil espectadores. Sua produção recebeu R$ 1,2 milhão do Fundo Setorial do Audiovisual através da Prodecine que apoia a produção cinematográfica por distribuidoras.

TRÊS POEMINHAS DE DRUMMOND TOCADO DE LEVE NA SUTILEZA.

Setembro 26, 2015

Carlos Drummond de Andrade poeta pedraO poeta de Itabira é um democrata singular como singular é a liberdade. O poeta de Itabira não seria poeta se não fosse, em liberdade. O poeta de Itabira se movimenta livre em liberdade contínua transcendendo o sentido da linguagem cotidiana que se presta só a confirmar o confirmado. O poeta de Itabira apanha o sitiado e libera sua potência como os lírios do “Marginal Clorindo Gato”.

O poeta de Itabira é Carlos Drummond de Andrade, o Drummond. O mineiro que não se confunde com as minas do Leblon de Aécio, que jamais será poeta de Itabira, e muito menos da liberdade ontológica. Drummond é poeta porque é o dom do mundo que se fala de sua Itabira fala com a letra humanizada. O mundo Natureza-Homem.

Aí, esquizopoeticofílicos! Três poeminhas de Drummond tocando de leve na sutileza, extraídos da obra, A Paixão Medida, publicada em 1980, pela Livraria José Olympio Editora.

Nos movimentos de Pessoa: poeta é preciso viver não é preciso!

Aproveitam a poiesis de Drummond, esquizopoeticofílicos, porque “Tudo mais, em verdade, são ruídos“!

A FOLHA

A natureza são duas.

Uma,

tal qual se sabe a si mesma.

Outra, a que vemos. Mas vemos?

Ou é ilusão das coisas?

 

Quem sou eu para sentir

o leque de uma palmeira?

Quem sou, para ser senhor

De uma fechada, sagrada

arca de vidas autônomas?

 

A pretensão de ser homem

e não coisa ou caracol

esfacela-me em frente à folha

que cai depois de viver

intensa, caladamente,

e por ordem do Prefeito

vai sumir na varredura

mas continua em outra folha

alheia a meu privilégio

de ser mais forte que as folhas. 

 

OS CANTORES INÚTEIS

Um pássaro flautista no quintal

caçoa de meu verso modernista.

Afinal fez-nos ambos o universo

aprendiz ao sol ou à garoa.

 

A canção absoluta não se escreve,

à falta de instrumentos não terrestres.

Aos mestres indagando, mas se escuta

pingar, de leve, a gota de silêncio.

 

Eu, pretencioso, e tu, pássaro crítico,

vence o mítico amor nossa vaidade:

Os amantes que passam, distraídos,

 

surdos a tais cantos discordantes,

a melodia interna é que os governa.

Tudo mais, em verdade, são ruídos.

 

A PAIXÃO MEDIDA

Trocaica te amei, com ternura ddáctila

e gesto espondeu.

Teus iambos aos meus com força entrelacei.

Em um dia alcmânico, o instinto ropálico

rompeu, leonino,

a porta pentâmetra.

Gemido trilongo entre breves murmúrios.

E que mais, e que mais, no crepúsculo ecóico

senão a quebrada lembrança

De latina, de grega, inumerável delícia?   

 

Drummond, além dos três poeminhas, diz o que diz o poeta:

“ Já não quero dicionários

consultados em vão.

Quero só a palavra

que nunca estará neles

nem se pode inventar…”

VIVA O VINIL! XANGAI – EUGENIO AVELINO

Setembro 25, 2015

P1010343Esquizovinilfílicos, estamos nos meses de agosto de 1989 e fevereiro de 1990 no Estúdio Livre e Estúdios de Invenções Ltda para a gravação de mais uma gravação de uma bolacha-crioula da voz inigualável e inimitável de Xangai. Mais uma produção independente: Xangai – Eugenio Avelino que tem como produtores Eugenio Avelino e Alba Pinkusfeld; diretor musical, Cao Alves; mixagem, Felipe Cavaliere e Xangai; capa e encarte, Washington Falcão; fotos, Koká e ilustração de Fernando Borba.

P1010345 P1010349Afirmar que é joia raríssima não é tautologia, pois se trata de um cantador e não de um cantor, onde há uma diferença de conteúdo e expressão qualificativa. O cantador não só sonoriza um texto, mas faz do texto um devir-história das qualidades do habitat terra. Se canta o amor canta um amor inscrito nas relações mais amplas do homem, e não só em sua forma romântica muitas vezes melosa.

P1010350 P1010351 P1010352Mas deixemos que o próprio Xangai apresente seu trabalho e seus companheiros. Na verdade, esquizovinilfílicos, só fera! Sente o urro! Hélio Contreiras, Osvaldinho, Juraildes, Paulo Moura, Salgado Maranhão, Armandinho e vai os eteceteras similares.

“Companheiragem, Brasileira”

“Certa feita, numa noite de maio do ano passado, tive o privilégio de assistir uma cantoria de pé de parede, onde o Moacir Laurentino e o mestre Ivanildo Villanova esbanjavam talento e poesia, até que largaram o seguinte mote:

“Se lampião foi bandido, onde estão nossos heróis?”. Pois, fazer arte quixotesca em nosso país é coisa de cangaceiro ou Tiradentes, tendo que correr dos volantes e ou do quinto exigido pela coroa, apois, apoio por parte do sistemão é nenhum é nenhum…

Mas a gente gosta de cantar as moda que istucia nos pinicado de viola, e as cantigas dos cumpanheiros, e acaba de carecendo de botar num disco. Culiei com Filipe Cavaliere, Milton Dórea e Izilpitta no Estúdio Livre, convidei o maestro Cao Alves para cuidar da parte organizativa, e mais um bando de malungos: Robson, João Omar, Elena, Netinho, Izaías Ferrete, Hélio, Paulo Moura, Ataualba, Osvaldinho, Juraildes, Mané Pacífico, Jaquinho, Guima, Joselito, Magal, Ferreti da percussão, Paulo Emílio, Jany, Salgado Maranhão, cumpade Tote, Navarro, Armandinho, Limongi, Afonso, Hélio Santos, Eugênio Leandro, Liu, Luanda, Dércio, Valéria, Tinho, Koká, Osvaldo da Toca da Onça, Dona Alba, Pepeize e Mariá.

Tinha uns mireis na poupança que acabaram antes da metade do primeiro tempo. Ou seja, ante do dia 15 de março. Não fossem Luciano, Chico e Wedner que proporcionaram a impressão da capa e prensagem dos discos, não sei ficaria pronto o trabalho. Como dizia Tim, tio do Dêdê: “Num sei se vô, num sei se parto ou se fico. Agora me certifico. Num vou. Num vô, num parto e nem fico”.

Em todos causo, num tô poroso. Me arreceba com carinho e de com força.

Agradecimento Especial: Fernando (Nando) Alves de Almeida”.

                Eugenio Avelino (Xangai)

                Maio de 1990

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LADO – A

Xote Mariá/Jundiá/Djaniras/Fé na Santa Sagrada Escritura/Venenoso Segredo/O Samba do Jurema.

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LADO – B

O Pulo do Gato/Corisco e Dadá (Cantiga de cego)/…De Santana/Mistura/Punhos da Serpente/Fuzuê na Taboca/Estrela do Norte.

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                                                   VIVAL O VINIL!

BIG JATO, DE CLÁUDIO DE ASSIS, LEVA O 48° FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO

Setembro 24, 2015

976946-22-09-2015_6302O olhar, a câmara, a imagem, o écran, o público e o júri. Pronto! Lá estavam o melhor filme, o melhor ator, a melhor atriz, a trilha sonora e o roteiro. O Prêmio Candango do 48° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

O cinegrafista Cláudio de Assis, melhor filme, Matheus Nachtergaele melhor ator, Marcela Cartaxo, melhor atriz do festival com o filme Big Jato. Nada a ver com o jato da Lava Jato. Esse jato é estética cinematográfica. A Lava Jato tem corrupção, vaidades, afirmações, negações, privilégios e outros corpos que escapam da estética humanizada do cinema.

O tema da Operação Lava Jato daria um filme, não cinema como arte do novo. Que é a estética cinematográfica das imagens-devir, como afirma o filosofo Deleuze. Lava Jato filme começaria com briga entre os protagonistas para saber quem seria o ator principal. Por parte dos que investigam e dos que são investigados.

Por ser arte, o filme levou quatro premiações consubstanciadas pelo prêmio de R$ 100 tocos.

Leia a lista dos filmes premiados e suas categorias, publicada pela repórter da Agência Brasil, Aline Leal.

a) Prêmios oficiais

Filme de longa metragem

Melhor Filme de longa metragem – R$ 100 mil Big Jato, de Cláudio Assis
Melhor Direção – R$ 20 mil Aly Muritiba, pelo filme Para Minha Amada Morta
Melhor Ator – R$ 10 mil Matheus Nachtergaele, pelo filme Big Jato
Melhor Atriz – R$ 10 mil Marcélia Cartaxo, pelo filme Big Jato
Melhor Ator Coadjuvante – R$ 5 mil Lourinelson Vladimir, por Para Minha Amada Morta
Melhor Atriz Coadjuvante – R$ 5 mil Giuli Biancato, por Para Minha Amada Morta
Melhor Roteiro – R$ 10 mil Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco, por Big Jato
Melhor Fotografia – R$ 10 mil Pablo Baião, pelo filme Para Minha Amada Morta
Melhor Direção de Arte – R$ 10 mil Mônica Palazzo pelo filme Para Minha Amada Morta
Melhor Trilha Sonora – R$ 10 mil DJ Dolores, pelo filme Big Jato
Melhor Som – R$ 10 mil Flávio Gonçalves e Cláudio Bessa, pelo filme Fome
Melhor Montagem – R$ 10 mil João Menna Barreto, por Para Minha Amada Morta

Filme de curta ou média metragem

Melhor Filme de curta ou média metragem – R$ 30 mil Quintal, de André Novais
Melhor Direção – R$ 10 mil Nathália Tereza, por A Outra Margem
Melhor Ator – R$ 5 mil João Campos, por Cidade Nova
Melhor Atriz – R$ 5 mil Maria José Novais, por Quintal
Melhor Roteiro – R$ 5 mil André Novais, por Quintal
Melhor Fotografia – R$ 5 mil Leonardo Feliciano, por ÀParte do Inferno
Melhor Direção de Arte – R$ 5 mil Fabiola Bonofiglio,  Tarântula
Melhor Trilha Sonora – R$ R$ 5 mil  Rapsódia Para o Homem Negro
Melhor Som – R$ 5 mil Command Action
Melhor Montagem – R$ 5 mil Afonso é uma Brazza

b) Prêmio do Júri Popular – para os filmes escolhidos pelo público, por meio de votação em cédula própria:

Melhor Filme de longa metragem – R$ 40 mil  A Família Dionti, de Alan Minas
Melhor Filme de curta ou média metragem – R$ 10 mil Afonso é uma Brazza, de Naji Sidki e James Gama

Prêmio Especial do Júri de média/curta História de uma Pena, de Leonardo Mouramateus

Prêmio Especial do Júri de longa vai para Jean-Claude Bernadet, por Fome

Outros prêmios

Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal – Júri Oficial

Melhor filme de longa metragem: R$ 80 mil Santoro – O Homem e Sua Música
Melhor filme de curta metragem: R$ 30 mil A Culpa é da Foto
Melhor direção: R$ 6 mil John Howard, de Santoro – O Homem e sua Música
Melhor ator: R$ 6 mil Davi Galdeano, de O Outro Lado do Paraíso
Melhor atriz: R$ 6 mil Simone Iliescu
Melhor roteiro: R$ 6 mil O Outro Lado do Paraíso
Melhor fotografia: R$ 6 mil O Escuro do Medo
Melhor montagem: R$ 6 mil Armando Bulcão, de Alma Palavra Alma
Melhor direção de arte: R$ 6 mil O Outro Lado do Paraíso
Melhor edição de som: R$ 6 mil O Outro Lado do Paraíso
Melhor captação de som direto: R$ 6 mil O Outro Lado do Paraíso
Melhor trilha sonora: R$ 6 mil Santoro – O Homem e sua Música

Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal – Júri Popular

Melhor filme de longa metragem: R$ 20 mil O Outro Lado do Paraíso
Melhor filme de curta metragem: R$ 10 mil A Culpa é da Foto

Prêmio ABCV – Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo

Conferido pela ABCV – Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo a profissional do audiovisual do Distrito Federal foi para o ator Gê Martu

Prêmio Canal Brasil

Cessão de um Prêmio de Aquisição no valor de R$ 15 mil e o troféu Canal Brasil, ao melhor filme de curta metragem selecionado pelo júri Canal Brasil:  Rapsódia para o Homem Negro

Prêmio Exibição TV Brasil

O título premiado integrará a programação da emissora.
Melhor filme de longa metragem – R$ 50 mil – foi para Santoro – O Homem e sua Música

Prêmio Marco Antônio Guimarães

Conferido pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro para o filme que melhor utilizar material de pesquisa cinematográfica brasileira: foi para Santoro – O Homem e sua Música

Prêmio Abraccine

O Prêmio da Crítica será atribuído e organizado, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, pela Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).
Melhor filme de longa metragem: Para Minha Amada Morta
Melhor filme de curta metragem: A Outra Margem

Prêmio Saruê

Conferido pela equipe de cultura do jornal Correio Braziliense, foi para o média Copyleft

ASSASSINATOS DE JOVENS NEGROS É O TEMA DA MOSTRA “SETEMBRO VERDE: JOVEM NEGRO VIVO”

Setembro 23, 2015

f800cb7c-c9d2-48e1-a16a-464417344886Todos os estudos realizados para saber sobre as mortes de jovens nas metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo mostram que a maioria dos jovens assassinados é negra, com os dados esclarecedores que são pobres e moram na periferia.

Há nessa irracional realidade urbana um componente histórico-cultural-racista, mas o componente ainda maior é o componente atual ligado aos fatores econômico e social. A clara discriminação da cor pela posição na pirâmide social, além do sadismo em procurar sempre outro para servir de sublimação dos conflitos psicóticos dos que participam do racismo. E que esse outro esteja em condição de não poder se defender. E nessas metrópoles o outro escolhido é o negro pobre e morador da periferia.

Segundo o mapa da violência de 2012, foram registrados 56 mil assassinatos sendo 30 mil de jovens entre 15 e 29 anos. Destes 30 mil, 77% são negros. Diante do inconteste grau de assassinatos de jovens negros a mostra Setembro Verde: Jovem Negro Vivo, iniciou ontem, dia 22, sua programação que durante quatro semanas vai promover projeção de filmes, debates, oficinas sobre o tema com o objetivo de promover a campanha da Anistia Internacional para tornar visível o número de homicídios de jovens negros.

Os coordenadores da mostra afirmam que essa cruel realidade deve ser também pauta dos jovens que precisam se envolver na luta pela mudança desse quadro. Como recurso didático, vão ser usados a linguagem multimídia, a infografia, grafite, fotos, cinema e outros recursos.

“É uma pauta difícil, complexa, que vem com uma carga negativa muito forte, mas é um tema urgente. A agenda da segurança pública é central para o desenvolvimento do país.

A sensibilização da sociedade sobre esse tema é o primeiro passo para a gente conseguir reduzir esses índices e a banalização dessas mortes.

Cada uma organização trabalha com um aspecto diferente nesse programa da violência. A Anistia fala mais sobre os homicídios praticados pela polícia; a Conectas, da guerra às drogas e criminalização da juventude; o Sou da Paz, do mapa da violência no Brasil; e a Justiça Global vai falar da militarização da segurança pública”, explicou Rebeca Lerer, coordenadora da campanha Jovem Negro Vivo.

Na abertura da mostra, ontem, foi projetado o filme Sabotage que conta a história do rapper que foi assassinado em São Paulo.

Uma mostra que compromete todos os seguimentos sociais que pensam a democracia como a sociedade da igualdade na multiplicidade.

Vamos nessa!

INCLUSÃO DA CULTURA HIP-HOP NAS ESCOLAS É O QUE PRETENDE O PROJETO “DAS RUAS PRO CEU”

Setembro 22, 2015

55d602c6-e160-4b7e-a79c-825934ae8275Nós últimos anos os moradores das periferias conseguiram produzir novas formas de saberes e dizeres que mudaram não só suas existências como também criaram outras formas de percepções para quem não habita esses territórios. Esses saberes e dizeres constatam dois sentidos. Um de que eles são também autores de suas histórias. Outro que a democracia não pode ser reduzida às decisões dos partidos políticos que em a maioria deles é calculistas e não sabe o que é de direito da sociedade.

Essas novas formas de existências foram possíveis porque os moradores das periferias, principalmente os jovens, fizeram uso da potência-criativa como devir-cultural. A música, o teatro, o cinema, a poesia, o quadrinho, o grafite, as artes nelas mesmas fomentaram o novo quadro estético desses territórios.

Agora, como ideia e forma estabelecida como realidade das cidades, o movimento hip-hop com o Projeto Das Ruas Pro CEU, da prefeitura de São Paulo, em Sapopemba, pretende que essa manifestação estética-política- social seja incluída na grade de ensino das escolas públicas. Como impulso para colocar em ação o projeto, no domingo, dia 4, vai ser realizado um encontro entre os principais corpos do hip-hop: MC, DJ, Grafite e Break Dance.

Os participantes do projeto que pretende a inclusão da cultura hip-hop na rede de ensino pulico, para realização de seus objetivos, se apoiam na Lei 10.639 que obriga que a História da África e a História e Cultura Afro-brasileira sejam ensinadas na educação fundamental e no ensino médio.

O encontro que vai reunir vários artistas da cultura hip-hop é patrocinado pela subprefeitura, Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca) e Centro de Direitos Humanos de Sapopemba (CDHS). Na atração musical se apresentarão Armamentes, Monarkas, SubZero e Doctor MCs. Haverá também apresentações de skatistas, competições de streetball e batalha de B. Boys e B. Girls.

O local será na Rua Manuel Quirino de Matos s/n.