Estudantes inquietos e engajados do Curso de Letras da Escola Norma Superior (ENS) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), promoveram na noite de ontem uma das mais sensíveis e epistemológicas expressões estética-política que há anos não se vivenciava nos territórios dos saberes e dizeres escolares de Manaus.
Uma heterogeneidade de produções artísticas-cognitivas se deslocaram no interior da escola que contou com as frequências de pessoas de várias idades e procedências. Uma enebriante festa. Diria o deus da alegria, Dionísio. Embora fosse Apolo, o deus da poesia, o ser estimulador da Sarrada Literária, entretanto, foi Dionísio quem prevaleceu com seu espírito lúdico-criativo-transgressor.
Uma mostra foi a apresentação do grupo de rap, hip-hop, composto por quatro jovens, As Minas, que encantaram a platéia com músicas cujos temas tratavam dos direitos-revolucionários e singulares das mulheres. No mesmo seguimento inquieto, houve a apresentação do grupo de teatro da Associação Filosofia Itinerante, Teatro Maquínico, com sua nova peça “Pois é, Seu Zé, Tudo é Política, Né?”. Jogo de capoeira, banda de rock, exposição de pinturas, charges, como a do artista plástico Ismael, fanzines, artesanatos, projeção de cinema, guloseimas, bebidas, entre outras ideias e objetos movimentaram a grande Sarrada do Bodozal cuja potência virtual foi atualizada pelas criativas e criativos discípulas/discípulos de Dionísio e Apolo Raquel, Jéssica, Ismael, Adriano, Matheus, entre outros festeiros sarradores.
Fiquem com as imagens criadas pela foto-poiética, Jéssica.
Publicamos abaixo três criações poéticas de Matheus Barbosa, estudante do segundo ano do ensino Médio da Escola Estadual Engenheiro Artur Soares Amorim.
Lá e cá
“Lá e cá lá e cá,
passam sem parar,
pessoas formigas,
sem deixar pensamentos voar.
Lá e cá lá e cá,
utopia destruída,
pessoas corroídas,
trabalham sem parar.
Sociedade cega,
civilização dominada,
florestas por dinheiro,
E o amor? Não existe mais nada.
Ainda em comemoração a passagem dos 450 anos do estado do Rio de Janeiro, a Fundação Biblioteca Nacional e a Academia Carioca de Letras, elegeram, através de votação, entre 130 autores, 45 autores como expressões da realidade literário do Rio.
Os autores selecionados, assim como os que não foram selecionados, são aqueles que escreveram sobre o Rio, refletiram sobre o Rio e conseguiram assimilar e apresentar a alma carioca em suas obras.
Uma comissão mista composta por 80 membros passou um mês estudando as obras dos inscritos para poder eleger os 45 autores. A comissão foi formada por personagens ligadas à literatura, a Academia Carioca de Letras e os presidentes da Academia Brasileira de Letras, União Brasileira de Escritores, Academia Luso-Brasileira de Letras, Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e Pen Clube.
O escritor mais votado foi Machado de Assis com 53 votos, seguido por Lima Barreto com 39 votos, João do Rio, com 33 votos, Nelson Rodrigues, com 25 votos, Rubem Braga, também com 25 votos, Joaquim Manuel de Mcedo, com 24 votos, Carlos Drummond de Andrade, também com 24 votos, Vinícius de Moraes, também com 24 votos, entre os outros que tiveram votação inferior.
“Não há nenhuma outra que chegue à intimidade com os costumes e a mentalidade da época, maior que o próprio Machado, mas toda a lista dos 45 é muito boa.
Um dos maiores propósitos dentro das comemorações dos 450 anos do Rio é justamente resgatar e revisitar essa memória carioca e especialmente dessas pessoas que tanto contribuíram para nossa identidade”, observou Geraldo Holanda Cavalcanti, presidente da Academia Brasileira de Letras.
O óbvio. Óbvio que tem como tema o que se tornou banalizado no Brasil: o racismo, a discriminação, o ódio contra os negros. Principalmente os negros pobres das periferias e favelas do país. Uma impunidade que escracha a lei diante das próprias autoridades que deveriam aplicá-la. Racismo é crime! E daí? E tudo continua em clima de negro bom é preso ou morto.
Mesmo com as políticas sociais que privilegiam a população negra no Brasil, criadas pelos governos Lula e continuadas nos governos Dilma, o preconceito e a impunidade continua com direito a proselitismo no Congresso Nacional. Caso Bolsonaro. E agora, com a lei de proteção trabalhista às empregadas domésticas, o ódio racista aumentou. Explorar sim, direitos garantidos jamais, dizem os racistas.
Emicida não é somente um rapper, é antes de tudo um ser humanizado que é traspassado por corpus políticos e éticos que o tornam um homem ativista que atua contra as psicopatologias sociais criadas e mantidas pelas classes dominantes que criaram as lutas de classes com suas ideias de distinção social. Boa Esperança tem como expressão-semiótica o rapper, mas como conteúdo-social a perversão racista.
Um dia Emicida viajou à África e produziu uma consciência além da produzida no Brasil através de suas vivencias. Então, impulsionado por essa espiritualidade africana, ele se reuniu com diretores cinematográficos, empregadas domésticas, da Ocupação Mauá, no centro de São Paulo, chamou o fotógrafo João Wainer, do documentário Junho, e Kátia Lund, de Cidade de Deus, os rappers, sua mãe, dona Domenica, Jorge Dias, os filhos de Mano Brown, a modelo Michelli Provensi, Dina Cunha, Raquel Dutra e moradores da ocupação e, começou a revolução das empregadas domésticas contra os patrões autores da exploração e assédio sexual e moral: Boa Esperança.
“O tempero do mar foi lágrima de preto/Papo reto, como esqueletos de outro dialeto/Só desafeto, vida de inseto, imundo/Indenização? Fama de vagabundo”.
Boa Esperança é o primeiro single do próximo álbum de Emicida que ainda não tem título.
Todo povo brincava nas ruas, E de longe, se ouvia cantar, Era mês de fevereiro, Era domingo de carnaval, A cidade estava enfeitada, Vinha gente de todo lugar, É o dia das Escolas de Samba, Na passarela, desfilar.
Pierrôs e Colombinas, animavam os salões, Mulheres bem vestidas, alegravam o visual, E eu nessa brincadeira, a noite inteira, sensacional, Da praça iluminada, vinham toques de clarim, Me lembrando Lamartini, ou coisa assim, E toda essa brincadeira, Só terminava, na quarta feira.
Todo povo brincava nas ruas, E de longe, se ouvia cantar, Era mês de fevereiro, Era domingo de carnaval, A cidade estava enfeitada, Vinha gente de todo lugar, É o dia das Escolas de Samba, Na passarela, desfilar.
LETRA TRADUZIDA Escondendo-se do sol, Vivendo no subsolo, Os eremitas e seu trabalho de casa, Estão esperando para serem encontrados, À procura de uma atualização, grande chance, um pouco de sorte, Aperto de mão Sucesso de imprensa completo, Levando-se em pensar que é o caminho a percorrer, O sonho, mas não, Você não é o seu próprio, a sua liberdade esta Chamado na Internet. Então, navegar no mar virtual, Onde mídia digital é gratis, Mas não vá fazendo todo pagamento pirata, Se você quiser flutuar sobre o surf do ciberespaço, Onde os gatos gordos não são responsáveis??, E tem que usar estrelas de sucata de renda quintal, Então, talvez agora não há outra maneira, Nós podemos ter uma palavra a dizer, Todos cantam alegremente, “Todo mundo me siga!” Quando você F.V.M (Faça Você Mesmo), você consegue manter o seu dinheiro Livre de sanguessugas, Como tesouro dourado gratuito, E se nós somos muito pequenos, Em seguida, postar-nos em seu Mural, Pois compartilhamento de música ira ajuda-lo a prosperar, E doação de moedas irá mantê-lo vivo! Apenas mario pulando e 1up Anonimato ri de leis, Aposto que os FEDERAIS vai encontrar uma maneira de fechar as portas, Talvez eles até chamá alguém para vir e descobrir os trolls, E nós vamos começar a ver que o tempo todo eram apenas crianças de 12 anos de idade, Ah N, A, O, T, I (Não alimente os trools da internet) A menos que você quer publicidade grátis! Ou você poderia fazer marketing viral, Palavras-chave, A utilização de qualquer memes, “Tirando sarro de nada!” Quando você F.V.M (Faça Você Mesmo), você consegue manter o seu dinheiro livre de sanguessugas, Como gratuito tesouro dourado, E se nós somos muito pequenos, Em seguida, postar-nos em seu Mural, Pois você deve ser aqueles que decidem, Nem os bots da web disfarçados … Sistemática de amigo Fanático Todos os seus amigos são automáticos, E seus números de multiplicados, Não significa que você é uma maravilha, Você apenas ima sistemática vomitando o spam, Você está roubando trovão, Todo mundo está se movendo, Porque você assassinou tom. marketing, Por que todos na indústria, Carregá-lo em seu rosto? Por que nós não sutilmente nos vender? “J, A, Y, m, E, G, u, t, i, e, r, r, e, z, dot!” (Solo) Quando você F.V.M (Faça Você Mesmo), você consegue manter o seu dinheiro livre de sanguessugas, Como gratuito tesouro dourado, E se nós somos muito pequenos, Em seguida, postar-nos em seu Mural, Pois você deve ser aqueles que decidem … Você não pode ver? Publicidade está cantando: Se você gosta do que você ouviu, Então não pare de lembrar, Compartilhá-lo, negociá-lo, Ou diga-lhes tudo para roubá-lo, Eu não me importo! “Post-it, blog, pegue, flog, compartilhe, emprestá-lo, não vá monopolizando tudo em tudo o que você é bem-vindo para fazer o que quiser!”
Living underground, The hermits and their home work, Are hoping to be found, Looking for an upgrade, big break, Lucky little hand shake, Full press success, Taken into thinking it’s the way to go, The dream but no, You’re not your own, Your freedom’s calling in the world wide phone lines.
So sail on the virtual sea, Where digital media plugging is free, But don’t go making every pirate pay, If you want to float on the surf of cyberspace, Where fat cats aren’t in charge, And have to use scrap yard income stars, So maybe now there’s another way, We can have a say, All sing happily, “Everybody follow me!”
When you D.I.Y, you get to keep your money, As leach free golden treasure, And if we’re too small, Then post us on your wall, Cos sharing music helps it to thrive, And donating coins will keep it alive!
—–Just mario jumping and 1up
Anonymity laughs at laws, I bet the F.E.D’s will find a way to close those doors, Maybe they’ll even call someone to come and uncover the trolls, And we’ll get to see that all along the lot were just 12 year-olds, Oh D, N, F, T, T, Unless you want free publicity! Or you could do viral marketing, Keyword targeting, Using any memes, “Making fun of anything!”
When you D.I.Y, you get to keep your money, As leach free golden treasure, And if we’re too small, Then post us on your wall, Cos you should be the ones who decide, Not the web bots in disguise…
Systematic friend fanatic, All your friends are automatic, And your multiplying numbers, Don’t mean that you’re a wonder, You’re just systematic chunder spewing spam, You’re stealing thunder, Everyone is moving on, Because you murdered tom.
Marketing, Why does everybody in the industry, Upload it in your face? Why don’t we subtly sell ourselves? “J, a, y, m, e, G, u, t, i, e, r, r, e, z, dot com!”
(Solo)
When you D.I.Y, you get to keep your money, As leach free golden treasure, And if we’re too small, Then post us on your wall, Cos you should be the ones who decide…
Can’t you see? Publicity is singing: If you like what you’ve heard, Then don’t stop remembering, To share it, deal it, Or tell them all to steal it, I don’t mind!
“Post it, blog it, take it, flog it, share it, lend it, don’t go hogging it all in all you’re welcome to do whatever you want!”
Pesquisa publicada prova Preferencialmente preto Pobre prostituta pra polícia prender Pare pense por quê? Prossigo Pelas periferias praticam perversidades parceiros Pm’s Pelos palanques políticos prometem prometem Pura palhaçada Proveito próprio Praias programas piscinas palmas Pra periferia Pânico pólvora pa pa pa Primeira página Preço pago Pescoço peitos pulmões perfurados Parece pouco Pedro Paulo Profissão pedreiro Passatempo predileto, pandeiro Pandeiro parceiro Preso portando pó passou pelos piores pesadelos Presídio porões problemas pessoais Psicológicos perdeu parceiros passado presente Pais parentes principais pertences Pc Político privilegiado preso parecia piada (3x) Pagou propina pro plantão policial Passou pelo porta principal Posso parecer psicopata Pivô pra perseguição Prevejo populares portando pistolas Pronunciando palavrões Promotores públicos pedindo prisões Pecado! Pena prisão perpétua Palavras pronunciadas Pelo poeta Periferia Pelo presente pronunciamento pedimos punição para peixes pequenos poderosos pesos pesados Pedimos principalmente paixão pela pátria prostituída pelos portugueses Prevenimos! Posição parcial poderá provocar protesto paralisações piquetes pressão popular Preocupados? Promovemos passeatas pacificas Palestra panfletamos Passamos perseguições Perigos por praças palcos Protestávamos por que privatizaram portos pedágios Proibido! Policiais petulantes pressionavam Pancadas pauladas pontapés Pangarés pisoteando postulavam premios Pura pilantragem ! Padres pastores promoveram procissões pedindo piedade paciência Pra população Parábolas profecias prometiam pétalas paraíso Predominou o predador Paramos pensamos profundamente Por que pobre pesa plástico papel papelão pelo pingado pela passagem pelo pão? Por que proliferam pragas pelo pais? Por que presidente por que? Predominou o predador Por que? (3x)
Dançar deviriando pelas batucadas da vida. E hoje o nosso encontro tem um som rouco do lirismo das poesias e das músicas feitas com grande esmero poético e que tratem sobre dança.
Para isto escolhemos a produção de um dos grandes poetas e músicos do século passado. Trata-se da poesia do boêmio Vinicius de Moraes, que em seu ritmo fez dançar as palavras criando várias poesias e letras de músicas que ficaram bastante conhecidas.Então versemos em Vinicius nos próximos dois poemas e duas músicas.
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Vem ver o mar Vem que Copacabana é linda Vamos ser só nós dois E o que vai ser depois É melhor, é melhor nem pensar
Ah, namorar! Os casais nem parecem saber Nos seus beijos de amor E o que resta depois É a valsa do amor de nós dois
Pelas linhas sinuosas Do passeio à beira-mar Todo o Rio de Janeiro Vai querer dançar
E nós, depois Partiremos num beijo de luz Pelo céu ao luar A dançar, a dançar Esta valsa do amor De nós dois
Valsa do amor de nós dois
Dança Deus!
Sacudindo o mundo Desfigurando estrelas Afogando o mundo Na cinza dos céus Sapateia, Deus Negro na noite Semeando brasas No túmulo de Orfeu.
Dança, Deus! dança Dança de horror Que a faca que corta Dá talho sem dor. A dama Negra A Rainha Euterpe A Torre de Magdalen E o Rio Jordão Quebraram muros Beberam absinto Vomitaram bile No meu coração.
E um gato e um soneto No túmulo preto E uma espada nua No meio da rua E um bezerro de ouro Na boca do lobo E um bruto alifante No baile da Corte Naquele cantinho Cocô de ratinho Naquele cantão Cocô de ratão.
Violino moço fino – Quem se rir há de apanhar.
Violão moço vadio – Não sei quem apanhará.
Sombra e luz- Esta é apenas a parte I do poema. Para ler também a parte II e III clique aqui
Vem Vamos dançar ao sol Vem Que a banda vai passar Vem Ouvir o toque dos clarins Anunciando o carnaval E vão brilhando os seus metais Por entre cores mil Verde mar, céu de anil Nunca se viu tanta beleza Ai, meu Deus Que lindo o meu Brasil
Frevo de Orfeu (Composta com Tom Jobim)
Vê só como ela dança bem Vê só que samba bom Eu acho que ela tem – tem Muito porongondon Ela não é de nhem-nhem-nhem Ela requebra bem Eu nunca vi ninguém – heim? Com mais porongondon
Ela dança o hully-gully Ninguém faz o que ela faz Mas – au-au-ziriguidau-au Como ela sabe sambar! Nunca vi ninguém capaz De fazer o que ela faz Au-au-au-ziriguidau-au Ela é demais!
Garota porongondon (Composta conjuntamente com Baden Powell)
Vai com Deus, vai Vai com Deus, vai Vai com Deus, vai Que lá fora o sereno cai
Vai com São Benedito Vai com Santo Onofre Com Nossa Senhora Aparecida Que a farra tá boa Mas já tá na hora Dos que acordam cedo Pra ganhar a vida
Eu também fico com Deus, vai Eu também fico com Deus, vai Sou do copo de cana Da roda de samba Do rabo de saia Do Rio boêmio Do angu à baiana Da dona Lindaura Do Beco da Fome Turma do sereno Eu também fico com Deus, vai Eu também fico com Deus, vai
Vai pra casa do seu pai Que lá fora o sereno cai Mas vê se não se distrai Que lá fora o sereno cai Vai, vai, vai, vai, vai Mas lá fora o sereno cai Vai com Deus
Agora Natal acabou, vêm ano novo, como diz as pessoas do mundo, todo é dia, nesse caso dessa letra do John Lennon, a paz vêm todos dias e todas horas, não apenas unica data de fim ano, sim todos dias… Então vamos dar uma chance a paz nas pessoas e mundo…
Give Peace A Chance
Composição: John Lennon
Two, one two three four
Ev’rybody’s talking about
Bagism, Shagism, Dragism, Madism, Ragism, Tagism
This-ism, that-ism, is-m, is-m, is-m.
All we are saying is give peace a chance
All we are saying is give peace a chance
C’mon
Ev’rybody’s talking about Ministers,
Sinisters, Banisters and canisters
Bishops and Fishops and Rabbis and Pop eyes,
And bye bye, bye byes.
All we are saying is give peace a chance
All we are saying is give peace a chance
Let me tell you now
Ev’rybody’s talking about
Revolution, evolution, masturbation,
flagellation, regulation, integrations,
meditations, United Nations,
Congratulations.
All we are saying is give peace a chance
All we are saying is give peace a chance
Ev’rybody’s talking about
John and Yoko, Timmy Leary, Rosemary,
Tommy Smothers, Bobby Dylan, Tommy Cooper,
Derek Taylor, Norman Mailer,
Alan Ginsberg, Hare Krishna,
Hare, Hare Krishna
All we are saying is give peace a chance
All we are saying is give peace a chance
Tradução
Give Peace a Chance (Dê Uma Chance A Paz)
Todos estão falando sobre
Bagismo, Shaguismo, Draguismo, Madismo, Ragismo, Tagismo
Esse ismo, ismo, ismo
Tudo o que dizemos é dê uma chance a paz
Todos estão falando sobre
Ministro, Sinistro, Corrimãos e Latas,
Bispos, Peixes, Coelhos, Olhos Abertos, Bye, bye
Tudo o que dizemos é dê uma chance a paz
Todos estão falando sobre
Revolução, Evolução, Masturbação, Flagelação, Regulação,
Integrações, mediações, nações unidas, – parabéns
Tudo o que dizemos é dê uma chance a paz
Todos estão falando sobre
John e Yoko, Timmy Leary, Rosemary,
Tommy Smothers, Bobby Dylan, Tommy Cooper,
Derek Taylor, Norman Mailer, Alan Ginsberg, Hare Krishna
Hare Hare Krishna
Tudo o que dizemos é dê uma chance a paz…
Eis um território esquizófico como desejo imanente atravessado pela Associação Filosofia Itinerante – AFIN. Um território movimentado por intensidades pulsantes. Eis um território esquizo de saberes encadeados como potências virtuais.
Território da poiésis, onde esquizo navega como conceito grego: divisão. Divisão como multiplicidade Ética/Estética/Política produtora de saberes e dizeres que escapam das armadilhas dos tirânicos conceitos dogmatizados.
Nada de divisão matemática e nem geométrica. Muito menos divisão como conceito esquizo da psiquiatria ortodoxa, que o estigmatizou como divisão psicótica da percepção e do entendimento manifestada em alucinações corporificadas como quadro clínico delirante no conceito normatizador da psicopatologia escrita no discurso da sociedade despótica capitalística.
Este território esquizófico, você, amigo internauta, está convidado a compor afetos que possam aumentar nossas potências de agir navegando com Fernando Pessoa, para quem “navegar é preciso” e o “necessário é criar”. Também com navegantes-poiéticos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Maquiavel, Nietzsche, Marx, Bergson, Sartre, Foucault, Deleuze, Guattari, Toni Negri, Michael Hardt, Hannah Arendt, Beauvoir, Bárbara Cassin, Artaud, Van Gogh, Godard, Kafka, D.H. Lawrence, Becket, entre outras.
Aqui podemos compor bons encontros, mesmo quando as afecções pareçam más. Aqui tentaremos soltar o devir-louco. A intensidade criativa sofística tão ameaçante ao idealismo platônico com sua ordem ideal. Aqui, você, seja acessando, ou postando seus dizeres, atua como corpus que tece cartografias de desejos. Afinal, o desejo é uma enunciação coletiva produtora de comunalidade. E este Hiper-Corpo-Virtual pode muito bem servir de instrumento para esta produção.
Cartografemos esquizos saberes, pois!
“NÃO É APENAS DESENVOLVER INFORMAÇÕES,MAS EXPRIMIR POTÊNCIA…
Por que ter medo de perder-se no oceanos das informações? Sempre haverá uma informação que acrescente um valor à vida, um excedente que a impedirá de perder-se. Quando se navega na rede, surge não apenas o eterno paradoxo do infinito possível e da limitação do meio, mas uma outra tensão paradoxal: a de trabalhador explorado e do rebelde, do hacker, do sabotador: aqui há vida, irredutível, há astúcia e autovalorização. Desculpem a retórica filosófica: aqui estão Maquiavel e Marx”.