Archive for the ‘Cordel’ Category

CANÇÃO MANAUARA

Março 19, 2017

Em tempos de “escândalo” da carne podre, carne fraca,  publicamos a paródia do afinado Kalyan Iauacanã da Silva Oliveira a buscar no Romantismo de Gonçalves Dias que tematizava a saudade de sua pátria quando lá em Portugal vivia a pensar no Brasil.

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Minha terra tem farinha,

Que não se encontra em qualquer lugar,

Tem a branca e a baguda,

Que fazem nossos dentes rachar.

Nossa mata tem o macaco,

Nosso céu tem urubu,

No lago tem a canoa,

E no rio tem o pacu.

Em pensar que o bodó é bom,

O jaraqui é muito mais,

Em pensar naquela farinha,

Desse jeito emagrecer jamais.

Minha terra tem muitas lendas,

Que tais nos fazem acreditar,

Em cismar com medo à noite,

Mais sombrias elas irão ficar,

Minha terra tem muitas lendas,

Onde no futuro irei participar,

retirando o golpista Temer

para meu Brasil melhorar.

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu pare de jantar,

Sem que eu cisme com nossas lendas,

Que não se encontram em todo lugar,

Sem que eu ainda coma a farinha,

Onde no final um açaí irei degustar.

 

 

 

 

A música nordestina de Jorge Mello do repente a canção

Fevereiro 24, 2013

 

 

 

 

 

 

Dos United States of Piauí para todos os continentes  mostrando que a arte brasileira tem que ir pra toda gente, seja ela mais comum, ou então bem diferente, tocando em um bom baião, o xote que vem no matulão, cordel, coco, maracatu, rojão martelando o repente

2º Encontro Nordestino de Cordel em Brasília com cordelistas e repentistas

Fevereiro 15, 2013

Cordelista canta em versos o legado de Gonzaga para os novos artistas nordestinos

Dezembro 14, 2012

Da Agência Brasil

Sou cantador, violeiro e forrozeiro/ Sambista brasileiro e assim bem paraíba/ Um operário, milionário sem tostão/ Muito amor no coração/ Vez por outra sou escriba/ Vou por aí relembrando o mestre Lua/ Cantarolando nas ruas becos vielas e guetos/ Uma sanfona, triangulo e a zambumba/Tocando xaxado, rumba xote e baião nos coretos”.

Os versos foram declamados pelo diretor da Academia Brasileira do Cordel, Chico Salles, para mostrar à Agência Brasil a manifestação de um poeta popular seguidor da cultura musical deixada pelo Rei do Baião. Para Salles, Gonzaga é “a matriz” de toda a música brasileira regional. “Se a música brasileira pudesse ser colocada sobre quatro pilares, sem dúvida nenhuma, Luiz Gonzaga seria um deles”. Ele lembra que o legado do músico tornou-se a base de aprendizado para os estudantes de piano, de jazz e de blues.

O paraibano Chico Salles participou em São Paulo da 4ª Caravana de Cordel, no Memorial da América Latina, que teve como tema o centenário de Luiz Gonzaga. Chico Salles também faz parte do projeto do Instituto Memória Brasil, que prepara um CD comemorativo do centenário. O lançamento do CD deve ser na segunda quinzena de fevereiro do próximo ano, no Rio de Janeiro.

Outro evento comemorativo será o 1º Festival Gonzagão, previsto para o próximo sábado (14), às 15 horas, na Praça da Luz, na região central de São Paulo. As apresentações serão gratuitas e terão a participação de Chambinho do Acordeom, que tem despontado no meio, depois de ter participado do filme Gonzaga, de Pai para Filho interpretando uma das fases da vida do Rei do Baião. Também participam do festival duplas de repentistas como Edival Pereira e Gilberto Alves, Antonio Barbosa e Chico Pereira, Sebastião Marinho e Andorinha.

Hoje (13), a Agência Brasil publica uma série de matérias que mostram a trajetória do Rei do Baião. As matérias trarão também o infográfico abaixo, com trechos de algumas das músicas de Luiz Gonzaga, canções que traduzem uma verdadeira viagem pelo país que o artista fez com sua obra.

A arte em Xilogravura nordestina de Erivaldo em cordel de Bumba-meu-boi

Julho 18, 2012

Estampa de uma camiseta…Clique para ampliar

CORDEL: BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL.

Janeiro 13, 2012


Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bial
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a “poderosa” Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.

BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL.

Autor: Antonio Carlos de Oliveira Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador, compositor de música popular e escritor com mais de 100 cordeis publicados como Zumbi, O Aluno Que Não Queria Crescer, O caipira e a delegada e outros.

Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara/Bahia-Brasil.

Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente.

Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.

Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.

Vários trabalhos em jornais, revistas e antologias, tendo publicado aproximadamente 100 folhetos de cordel abordando temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos.

Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.

O cordel como ferramenta pedagógica contra o Bullying

Janeiro 19, 2011

A palavra Bullying é uma palavra da lingua inglesa que tem como significado: “O ato de intimidar uma pessoa mais fraca ou força-la a fazer algo”. Ainda no inglês vem do substantivo Bully que embora teve outro significado arcaicamente, traz a idéia de pessoa cruel; um criminoso; um cafetão. Porém hoje este termo é usado principalmente tratando os bullies (valentões) como pessoas crueis que intimidam as outras.

Esta prática presente nos retardados filmes americanos e uma prática de certa forma cultural, reflete um sentimento de insegurança e inferioridade que a sociedade americana e o american way of life (estilo de vida americano) cria. Os jovens inseguros de sua produção social e principalmente de perceberem que as escolas reais não trazem nenhuma nova forma de percepção tanto em sua estrutura quanto no conteudo programático (político-pedagógico, entre outros) e sem falar na falta de envolvimento em quase todos os professores e diretores para a ultrapassagem do já constituido. Isto abrem um desinteresse para com a prática escolar e uma consequente não-envolvimento dos estudantes com atividades educativas

Mas se depender de algumas iniciativas como esta esta realidade do bullying pode mudar. Esta produção que será distribuida inicialmente neste começo de ano pelo Governo de Pernambuco nas escolas e trata-se de um cordel que trabalha um pouco da humilhação, desilusão e da dor que algumas crianças são submetidas. Esta prática micro-facista é construida a partir das concepções que estes jovens fizeram a partir de suas casas, vidas e escola.  Apesar de soar um pouco como uma moralidade, a luta contra o bullying é um processo de encarar esta realidade.

 

O cordel do bullying


O cordel será distribuído nas escolas do Recife

 

BULLYING ESCOLAR:

A peleja da covardia com a senhora educação
Autores: Advs. ISAAC LUNA E INaCIO FEITOSA
I
Esse cordel tão modesto
Mas feito com consciência
Pretende sintetizar
Com clareza e eficiência
O significado de bullying
Como assédio ou violência

II
O bullying pode ocorrer
No ambiente de emprego
No parque ou no futebol
Causando desassossego
Espalhando a discórdia
A violência e o medo

III
Tem também o cyberbullying
Que ocorre no Orkut
Nos sites da internet
No twitter ou facebook
Qualquer um pode ser vítima
Seja pobre, rico ou Cult
IV
Até mesmo na escola
Lugar de cidadania
Do respeito às diferenças
Palco da democracia
Há o bullying escolar
Uma tremenda covardia

V
Isso mesmo meu amigo
Se atualize sem demora
Preste muita atenção
Ao que vou dizer agora
O Bullying também ocorre
No chão das nossas escolas!

VI
E é sobre esse último caso
Que agora vou falar
A terrível violência
Que vive a nos rodear
Principalmente a que ocorre
No ambiente escolar

VII
A discriminação é a base
Do assédio praticado
Com o intuito de humilhar
O sujeito atacado
Constranger ou meter medo
Pra deixá lo acuado

VIII
Também há o preconceito
Como chave desse mal
Seja ele de estética
Ou de classe social
De racismo deslavado
Ou de escolha sexual

IX
Apelidos humilhantes
Xingamentos raciais
Palavrões e ameaças
Atitudes imorais
Esses são alguns exemplos
Mais existe muito mais…

X
O importante é entender
Que bullying é covardia
É o ato do valentão
Praticado dia a dia
Contra aquele que é mais fraco
Ou que está em minoria

XI
A violência se apresenta
De maneira variada
Pode ser psicológica
Quase sempre com piadas
Ou então pode ser física
Na base da cassetada

XII
O resultado é a dor
E o sofrimento da criança
O afastamento social
E a perda da esperança
Pra dar basta a essa moléstia
É preciso haver mudança

XIII
Pensando nisso educadores
Preocupados com a questão
Reunidos em debate
Da Confraria da Educação
Propuseram uma lei
Pra regulamentar a questão

XIV
A Assembleia Legislativa
Do Estado de Pernambuco
Recebeu esse projeto
E depois de muito estudo
Aprovou a nova lei
Pra acabar com esse absurdo

XV
Com a Lei 13.995 de 2009
Qualquer um pode fazer
Uma denúncia contra o bullying
Na polícia ou na OAB
A um promotor de justiça
Também dito MP

XVI
Mas é bom não esquecer
Que é uma lei estadual
E é preciso unir forças
Pra torná la federal
Aprovando o seu texto
no congresso nacional

XVII
O bullying é uma vergonha
É pura contradição
É a derrota da escola
Da universidade e da nação
Diante da prepotência
Do covarde valentão

XVIII
Por isso é preciso haver
Grande mobilização
Pra não se fazer vista grossa
A essa situação
Enfraquecendo o valor
Da real educação
XIX
O professor é responsável
O coordenador também
Os pais e os alunos
Todo mundo e mais alguém
No combate contra o bullying
Não se isenta seu ninguém

XX
A OAB de Pernambuco
E a Confraria da Educação
De mãos dadas com a sociedade
Ao bullying dizem não
Em respeito à cidadania
E aos direitos do cidadão.

Texto: Advs. ISAAC LUNA E INaCIO FEITOSA
Ilustrações: Ivo Andrade
Diagramação: osvaldo morais Recife: 2010

Nosso roxamor

Maio 17, 2010

O amor é cego

É surdo e mudo

Mas faz da gente

O que ele quer

eu conheço campeão de vale-tudo

Que apanha da mulher

Lá no quartel quem é o tal é o Coronel

Mas chega em casa

Sua Excelência

Faz continência

Pro Rolo de Pastel

Ruthnaldo, Literatura de Cordel, Folclore Brasileiro Nordestino