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FESTIVAL DE FILMES DOCUMENTÁRIOS SOBRE OS 450 ANOS DO RIO

Outubro 8, 2015

027844Até o dia 14 desse mês o Festival Rio Première Brasil vai exibir seis documentários que narram à história do Rio de Janeiro em seus 450 anos, através de seus corpos sociais, políticos, antropológicos, artísticos, afro-brasileiro e esportivo. O documentário responsável pela abertura da mostra foi São Sebastião do Rio de Janeiro, produzido e dirigido pela cinegrafista Juliana de Carvalho. O documentário narra a formação do Rio de Janeiro desde seus documentos arqueológicos, primeiros grupos urbanos, seus primeiro habitantes e as lutas que eles travaram para construir seu hábitat. O documentário dura 90 minutos.

Para realizar São Sebastião do Rio de Janeiro a cinegrafista Juliana de Carvalho selecionou imagens antigas de 30 instituições do Brasil, França e Inglaterra que mostram como o povo carioca se originou e se constituiu como habitantes da região.

Também, serão exibidos Pedra Que Samba, de Camila Agustini e Roman Lechapellier, trata da roda de samba da Pedra do Sal; Projeto Beirute, de Anna Azevedo que trata do comércio na região do Saara, no centro do Rio, onde há um grande número de lojas de libaneses; Solte os Bichos de Uma Vez, de Marcelo Goulart que narra o grupos de bate-bola do carnaval carioca; Porto do Rio, de Pedro Évora e Luciana Bezerra que narra, através de entrevistas, as transformações da região portuária; e O Rio Por Eles, de Ernesto Rodrigues, narra o olhar dos estrangeiros e sua opiniões sobre o Rio.

“Nossa opção foi fazer um filme que narra a história do Rio através do ponto de vista geográfico, em que todos os depoimentos colocam o Rio como protagonista. É uma viagem no tempo”, disse a cinegrafista Juliana de Carvalho.

COMEÇA A 7ª EDIÇÃO DO FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE LÍNGUA PORTUGUESA (FESTLIP)

Agosto 27, 2015

home“Este ano, o Festlip amplia seu âmbito de atuação e dá início a um intercâmbio de produção teatral e a um concurso internacional de poesia, na tentativa de reforçar ainda mais os laços entre essas nações irmãs”, afirmou a idealizadora do festival, Tânia Pires, produtora e atriz.

Até o dia 6 de setembro estará sendo realizado no Rio de Janeiro a 7ª Edição do Festival Internacional de Teatro de Língua Portuguesa (Festlip). Na ocasião o evento homenageará Manoela Soeiro, atriz moçambicana, do Grupo Mutumbela Gogo, que completa 40 anos de teatro e de incentivo a revelação de grandes nomes do teatro no país. Manoela junto com os escritores, Mia Couto e Henning Mankell, escreveram a peça Os meninos de Ninguém que abre o festival.

foto_grupo_elingaO festival estará exibindo oito peças teatrais inéditas do Brasil, Angola, Moçambique, Portugal, Cabo Verde e Galícia que fica na região da Espanha, mas pratica um idioma próximo ao português que apresentará a peça Barbazul do diretor, ator e músico Borja Fernández. Os espetáculos serão apresentados em vários espaços culturais do Rio de Janeiro.

O teatro brasileiro estará representado pela Cia de Teatro Lula Lunera que encenará a peça Aquele Dois baseado em um conto do escritor Fernando Abreu que conta a relação de Raul e Saul funcionários de uma repartição. Amizade que conturba a moral dos outros funcionários.

A poesia foi escolhida, no festival, como a arte para homenagear os 450 anos da cidade do Rio. As criações poéticas serão apresentadas através exposição audiovisual. O tema das poesias é único para todos os poetas dos países: o Rio. Todas as poesias exibidas foram escolhidas através de concurso e são interpretadas por artistas do Rio.

Fica combinado: gagos ou não gajos, se puderem, devem participar. Sabe por quê? Há um bom signo. Além de ser um trabalho sensibilizador e necessário para o espírito, a entrada é franca. Francamente, não há como não ir. Quem pode.

FESTIVAL INTERNACIONAL DA ARTE CAPOEIRA HOMENAGEIA MESTRE CAMISA

Agosto 18, 2015

969177-roda de capoeira -4115A capoeira é arte, é jogo, é política, é princípio, simpatia e entrelaçamento de signos materiais e imateriais. Embora alguns queiram tomá-la como esporte, aí o projeto que tenta conceder a só professores de Educação Física o seu ensinamento, a capoeira é expressão de vivência cultural, como defendem seus praticantes. Mestres e discípulos.

A capoeira não se reduz aos seus movimentos-estéticos corporais-musicais. Ela é traspassada por signos que nos chegam em forma de linhas-moventes de territórios longínquos. A capoeira é heterogeneidade de dizeres afro-brasileiros. É história que escapa a dominação do homem branco colonizador. Foram linhas de corte na segmentação opressiva determinada pelo colonizador sobre o elemento negro. A capoeira foi, e é, o devir que auxiliou no processo da identidade ontológica do negro como negritude. O ser-negro como sujeito de si mesmo que escapa do olhar do branco.

camisa2Como devir a capoeira não pode ser tratado como um elemento da mecânica social estabelecida. O Festival Internacional da Arte Capoeira que vai ser realizado até domingo no Rio e no município de Macacu, na região serrana fluminense, tem como objetivo afirmar sua identidade e homenagear o Mestre Camisa que comemora seus 60 anos de idade.

O festival que além de apresentar capoeiristas do Brasil e de mais de 30 países, também terá oficinas dirigidas pelo mestre Camisa com direito a aulão proferida pelo mesmo. O festival é realizado de dois em dois anos. Durante o festival vários capoeiristas vão disputar o título de campeão mundial nos jogos internacionais de Abadá-Capoeira.

E mais, haverá o cortejo afro-cultural Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana, no Centro Cultural Ação da Cidadania, que é parte do Porto Maravilha, no Rio.

Vamos jogar o Jogo-Capoeira!

PARTICIPANDO DO FESTIVAL LATINIDADES CAPOEIRISTAS SE OPÕEM AO PROJETO DE PROFISSIONALIZAÇÃO

Julho 27, 2015

969178-roda de capoeira -4129Tramita no Congresso Nacional um projeto que obriga que a prática da capoeira deva ser exercida por um profissional formado em educação física. Ou que a prática seja acompanhada por educador físico.

Com a realização do Festival Latinidades para comemorar o Dia Mundial da Mulher Negra Latino-Americana Caribenha, no dia 25, ontem, dia 26, foi o momento da apresentação da capoeira, como espetáculo e tema de debate envolvendo o projeto que pretende profissionalizar a prática da capoeira que no passado foi motivo de ameaça, prisão e condenação em função de sua origem negra.

O debate do tema colocou todos os capoeiristas contra o projeto que na verdade procurar cercear uma prática que nasceu como expressão de luta pela liberdade do negro. Para os mestres, alunos e afeiçoados a regulamentação profissional da prática da capoeira não vai trazer benefício para a capoeira.

969194-profissionalização capoeira-4470É o que acredita a mestra Janja, Rosângela Costa, professora da Universidade Federal da Bahia, pois o projeto divide a capoeira.

“O projeto divide a capoeira como cultura e quem pensa a capoeira como esporte. Eles pegam quem pensa como esporte e luta para regulamentar esse sujeito como atleta de alto rendimento. Isso não apenas é perverso para a capoeira como um todo, mas para nós mulheres é extremamente perigoso porque amplia abismos de desigualdade”, disse mestre Janja.

Mariana Monteiro, de 26 anos, que joga capoeira no Guará, tem o mesmo entendimento. Para ela capoeira é cultura, não esporte.

“Acho que não tem nada a ver porque não temo você falar para um mestre que já é mestre de capoeira fazer educação física agora. Nem botar nenhuma como professor dizendo que vai ensinar capoeira melhor que o mestre. Acho  difícil profissionalizarem porque a capoeira é uma cultura”, afirmou Mariana.

Já Cinézio Peçanha, presidente da Fundação Internacional de Capoeira de Angola (Fica)o que a capoeira precisa é de investimentos. Criar condições para os mestres possam ensinar seus alunos, posto que vários mestres não têm espaços para praticar a capoeiras.

“Quantos mestres não têm espaços para dar aula de capoeira? Quantos mestres muitas vezes precisam de instrumentos para fazer trabalho em uma escola? Por que não se faz fórum para instrumentalizar o capoeirista? Falam: ‘Vai ter um edital’. Ai eu pergunto: Quantos capoeiristas sabem inscrever um projeto? Então tem que fazer uma oficina de capacitação para as pessoas que querem aprender a fazer projetos”, observou mestre Cinézio.


1° FESTIVAL PERIFERIA TRANS

Março 7, 2015

image_large (2)Tendo como objetivo discutir, avaliar e propor temas sobre o cotidiano dos gays, lésbicas, bissexual e transexual, ou seja, pessoas do movimento LGBT que atuam na periferia, estará sendo apresentado até o dia 28 de março o 1° Festival Periferia Trans que ocorrera em dois espaços culturais na zona sula de São Paulo.

O festival tem o apoio do Programa de Ação Cultural LGBT e vai tentar unir pessoas para e vai articular elementos para uma pauta própria. A práxis do festival contará com as apresentações de música, dança, teatro, debates com temas referentes à causa em questão.

“A gente sempre tem que ir para o centro para o centro para participar da luta LGBT. Como estamos em uma companhia de teatro instalada aqui, decidimos trazer esse debate para cá. Não como catequizadores, mas para potencializar o que já acontece. Para a gente estar junto.

Fomos conversando com amigos para saber o que a dança e o teatro estavam debatendo sobre a questão LGBT para montar a programação”, observou um dos envolvidos na produção Bruno César Lopes, artista da Companhia de Teatro Humbalada. 

Alguns grupos artísticos já têm militância nas periferias e no centro da capital. A abertura do festival foi realizada pela MC Luana Hansen expressão do Hip Hop mulher.

“Acho que, se vierem mais mulheres tomando a frente da coisa, a gente com certeza vai mudar um pouco a cara do rap”, disse Luana.

Hoje, dia 7, haverá a apresentação da peça Cartas à Madame Satã, encenada pelo grupo de teatro Os Crespos que conta a história do homossexual Madame Satã que viveu na primeira metade do século XX na Lapa, no Rio de Janeiro. A vida de Madame Satã também já foi tema de filme.

A programação ainda conta com a peça teatral Pau Nu Ku, e a oficina de filosofia Por um Corpo Obsceno, apresentada por Brunno Almeida. Peça teatral Como Sempre Somos Motivo de Chacota, documentário de Gravata e Unha Vermelha, performance, Glitter, entre outras atrações.

A democracia real se faz com os encadeamentos dos pletos, a pluralidade, como dizem os gregos. Também conhecida como o regime da igualdade dos desiguais. O Movimento LGBT encontra-se apenas exercendo esse devir-político pela força ontológica das alteridades, onde todos se correspondem em suas singularidades. Simples!

 

COORDENADORA DO FESTIVAL LATINIDADE: GRIÔS DA DIÁSPORA NEGRA AVALIA O EVENTO E DIZ QUE O PRÓXIMO SERÁ, CINEMA NEGRO

Julho 29, 2014

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Com o fim do Festival Latinidade: Griôs da Diáspora Negra, realizado do dia 23 ao dia 28, ontem, em Brasília, a coordenadora do evento, Jaqueline Fernandes, fez uma avaliação sobre sua realização e já adiantou qual será o tema do festival de 2015: Cinema Negro. Ela também tratou da importância de Brasília sediar o festival. Para ela, Brasília, é um lugar de grande expressividade da cultura negra.924793-festival%20latinidades_vac9633

“Queremos discutir o papel da mulher negra nessa cadeia cinematográfica, o seu protagonismo na produção e também como atriz. Na África, por exemplo, as pessoas não conhecem a vasta produção da Nigéria, em obras que se espalham pelo mundo.

Queremos formar cineclubes que possam sair do Plano Piloto, assim como estamos hoje em uma casa de santo na periferia.

Não tem no imaginário a presença de negros em Brasília – as pessoas pensam que são minoria, quando na verdade uma pesquisa do Codeplan, iz que a população negra do Distrito Federal é mais que 50% do total. A pesquisa fala também onde essa população está presente: nas periferias e nas paradas de ônibus do Plano Piloto.

Tem pessoas do mundo todo vindo para Brasília discutir igualdade racial e de gênero, debater políticas públicas. É esse o espaço de protagonismo da mulher negra, aqui é a capital e que espera-se que ela seja um espelho para o país.

Tivemos ali gente discutindo sobre os griôs da diáspora e pontuando diversos saberes. Lançamos um olhar sobre o que é mesmo um griô, essas mulheres incríveis, que têm conhecimento em várias áreas, com práticas em diferentes momentos, oficina de capoeira, trabalho de benzedeiras, encontro de saberes dentro da academia, da cultura popular e do samba, por exemplo”, avaliou Jaqueline Fernandes.

1° FESTIVAL PERCURSO – PERIFERIA E CULTURA EM REDE SOLIDÁRIA

Junho 13, 2014

As forças produtivas que criam as relações de produção não são somente responsáveis pelo mundo das mercadorias saídas do mais-valor expressadas nas riquezas dos capitalistas. Elas também se manifestam, como variável do sistema capitalista, em outros enunciados que não afirmam e fortalecem o mais-valor. São as produções em que seus produtores não se encontram alienados de seus trabalhos. São produções que apesar de efetuarem-se como valor de troca, não afirmam-se como fetichismo. Como fantasmagoria ocorre com as mercadorias que alienam a força de trabalho do trabalhador.

Essa a grande originalidade revolucionária da economia solidária. Artistas, artesãos, comunicadores, poetas, culinários, entre outros atores sociais produzindo ideias e objetos que mobilizam relações singulares criando outro território econômico-social. Enriquecimento das origens e importância de uma sociedade igualitária respeitadora das diversidades culturais. E que contribui para o entendimento de um governo onde a participação pular se faz imprescindível.

Pois é nesse território que a economia solidária de manifesta em sua poieses e práxis. Assim, com esse devir o 1° Festival Percurso – Periferia e Cultura em Rede Solidária se fará realidade, em 21 de junho, no Capão Redondo. Os participantes terão oportunidade de vivenciar e comercializar as produções da economia solidária que expressam o vigor da Rede de Empreendimentos Culturais Solidários da Periferia Urbana da Zona Sul de São Paulo.

O festival apresentará para as crianças uma variedade de atividades lúdicas. E contará também, com as participações da Banda Sak Funk, MC Spyke e Preto, Xondaro – Coral Guarani da Aldeia Tenondé Porã, Núcleo de Convivências de Idosos, Ballet Capão Cidadão e Filhos de Ganga, entre outras expressões.

O local é fácil (para quem conhece). Fica na Rua Marmeleira da Índia, s/n, Cohab Adventista – Capão Redondo. União Popular das Mulheres.

FESTIVAL INTERNACIONAL DE CIRCO

Maio 26, 2014

Com o objetivo de humanizar a arte circense e diminuir o entendimento que predomina atualmente, dela ser uma arte das virtuoses, proporcionado pelos chamados circos modernos, estará sendo realizado até o dia ‘° de junho, no Sesc/São Paulo, o Festival Internacional de Circo.

Durante o festival várias atrações internacional e nacional das expressões circense, serão apresentadas, como o Belonging que é composto por artistas brasileiros e britânicos que são tidos pela linguagem classificatória como deficientes. Na verdade uma linguagem opressiva e limitadora porque, como diz o filósofo Spinoza, nenhum corpo é imperfeito ou como se cunhou, deficiente. Cada corpo compõe com o que pode sua essência. Por exemplo, uma pessoa cega não compõe com a luz, e nem por isso ela deve ser classificado como deficiente, já que os corpos que compõe o mundo não se reduz a luz.

Assim, no caso do Belonging, os acrobatas não devem ser classificados como deficientes, visto que eles compõem com o corpo-física: o equilíbrio e o movimento. Classificá-los como deficientes é querer a predominância de um mundo onde existem formas consideradas normais que servem de modelo. O que é uma estupidez do campeão da seleção, classificação e hierarquização de uma sociedade cuja classe dominante prima pela exclusão dos que não refletem suas formas e conteúdos.

O publico poderá assistir os talentos circenses proporcionados pela Companhia Família Bolondo/Ateneu 9 Barris e suas Maravilhas com paródias e números de animais amestrados (a triste zoo-violência) e engolidores de fogo, o EaEo com seus quatro belgas malabaristas que realizam a performance o tamanho das moradia atuais começando com 8 metros e terminado espremidos entre si, sem espaço.

Como atividade de inclusão social através do teatro, música e circo, se apresenta a peruana Tarumba. Já a multinacional Organización Efímera, de Barcelona, apresenta a sua encenação existencialista Data de Validade.

Por parte do naipe da casa, comemorando dez anos de criativa e alegre existência e inaugurando a unidade Sesc de Campo Limpo, se apresenta o Circo Zanni. També se farão presentes a Nau de Ícaros, que trabalha com a linguagem poética de Os Artistas, e os Parlapatões, com a linguagem dos Clássicos.

Uma boa indicação para marcar presença e confirmar que “a alegria do palhaço é ver o circo pegar fogo”. É momento de circensiar.

ANIMAÇÕES DE HOLLYWOOD MOSTRAM A DECADÊNCIA DO FESTIVAL DE CANNES

Maio 17, 2014

O homem é um ser mudanças. Um ser que constrói história porque é movimento. Mas há uma incoerência quanto ao tema movimento. Alguns acreditam que movimento é o movimento determinado por Newton. Deslocamento dos corpos nos espaços. Movimento sem mudança qualitativa nos corpos. O cinema, ou Kinema, como dizem os gregos, como imagem em movimento, carrega os dois sentidos. Imagens que se movimentam diante de espectadores sem proporcionar qualquer mudança na percepção e entendimento do espectador, e imagem que se movimentam levando o espectador a mudanças perceptivas e cognitivas.

No primeiro caso temos a imagem-suporte do filme comercial, quem não tem qualquer corpo esquizosófico. O filme da indústria hollywoodiana. Cujo interesse é apenas, como toda mercadoria do capitalismo, obter lucro fazendo crer que o espectador tem um bom e necessário entretenimento. Na verdade violência perceptiva e cognitiva. No segundo caso temos o cinema como arte. O cinema esquizosófico. O cinema do ante guerra e, principalmente, o do pós-guerra, com os diretores que não ofereciam um mundo de imagens já postas para participarem de um espetáculo de recognição: ver, o já visto. Como ocorre com as pessoas em seus cotidianos, em seus mundos familiares, com seus objetos, seus parentes, seus parceiros de trabalho, moradores de suas ruas, os locais da cidade onde moram. Totalmente em outro plano, o neorrealismo italiano mostra como se fazia cinema. Nada de recognição. 

Hollywood sempre fora em toda sua história um caso claro de entretenimento comercial, onde não falta o glamour, as caras e bocas de diretores, atores e estrelas estereotipados e falsos críticos. Falsos porque seu modelo de julgamento de um filme está diretamente colado ao modelo do lucro. Para eles, filme bom é o que cai no gosto do senso comum. A Fonte de lucro. Daí os filmes que apelam para afetos conturbados, heroísmo norte-americano e batalhas.

Sem qualquer laivo de purismo, Cannes tem uma história totalmente diversa da de Hollywood. Primeiramente, porque seus diretores conduzem uma formação intelectual, política e sensível muito diferente dos diretores hollywoodianos carregados por um forte pragmatismo calculista. A Europa proporcionou a esses diretores como Goddard, Fellini, Antonioni, Bergman, Rossi, Rossellini, Resnais, Duras, Buñuel, entre outros inatingíveis, uma possibilidade estética com eficiente potência cinematográfica.

São cinegrafistas profundamente envolvidos com ideias filosóficas, muito deles marxistas, o horror dos diretores hollywoodianos. No caso dos cinegrafistas do pós-guerra, forte ligação com o Existencialismo de Sartre. Não foi por acidente que o filósofo francês foi amigo de quase todos. E não foi por acidente, também, que Sartre escreveu o roteiro profundo de Freud Além da Alma, e que o diretor John Huston queria que ele escrevesse um Freud romântico e ele não aceitou, e quebrou o acordo com o diretor hollywoodiano.

Nesse plano, entende-se que Cannes representou o território da experiência cinematográfica, mas que nos últimos anos para cá, qualquer filme, que nos bons tempos seria de terceira categoria, como os de Hollywood, tem demonstrado que mudou. Mas, infelizmente, não em qualidade, como ocorre com a mudança dialética. Mas como mudança decadente. É por isso, que no Festival de Cannes se pode assistir Como Treinar Seu Dragão 2, The Captive…, filmes sem qualquer possibilidade de educação sensível.

 Mas como os cinemas de Goddard e companheiros estão por aí, nos acervos cinematográficos, Cannes não faz falta.

Coala Festival traz uma produção de diversidades culturais

Março 12, 2014

A música como produção humana sempre cria novos sentidos para a existência e possibilita novas formas de encontros e sensibilidades. Desta forma um dos mais importantes espaços culturais de São Paulo, que foi projetado por Oscar Niemeyer,  abrigará uma celebração em ode a música. Trata-se do Memorial da América Latina que abrigará neste sábado (15) a partir das 14 horas, o Coala Festival 2014.

Segundo os realizadores o Coala Festival “é a manifestação de um movimento cuja tônica é o fomento da cultura e da criatividade brasileira. Tem como objetivo propagar tendências, levar o que está acontecendo de bom para um público aberto ao novo.

Bom comentar que o Coala é um movimento colaborativo de cineastas, artistas plásticos, designers, músicos entre outros na composição de um festival voltado ao povo. E é por isto que as atrações do festival serão pessoas com um entendimento diferente das questões sociocultomusicais como o MC que segura as paradas Criolo (ex- Criolo doido), Tom Zé, O Terno, 5 a Seco, Trupe Chá de Boldo, Charlie E Os Marretas e Shaka.

Para os coalas a meia-entrada não se resume apenas aos estudantes, mas aqueles dispostos a doar na hora do evento 1kg (um kilo) de alimento não perecível ou 1 livro. Para quem comprar ingressos até hoje a meia entrada sai 50 reias e a partir de quinta sai 70 reais. Deixe de coalambança e entre neste som.