Archive for the ‘Cidade’ Category

MARIELLE VIROU SEMENTE

Março 14, 2019

#FlorescerPorMarielle

Dia 14 de março completa um ano sem Marielle Franco, defensora do povo negro, LGBT e de periferia.

E para ecoar a sua voz não deixaremos que sua história e sua memória sejam esquecidas.

No dia 14 de Março, nós do Coletivo Rosa Zumbi e do Juntas faremos um ato didático em memória de Marielle Franco com a seguinte programação:

Simpósio e Aula Pública: Marielle Virou Semente! 
Horário: 15h às 20h 
Local: Casa das Artes, no Largo de São Sebastião

15h às 17h Painel: Mulheres na política, ocupar por Marielle Franco.
#PartidosPolíticos #NovasNarrativas #OcuparParaTransformar

17h30 – Aula Pública: Basta de Feminicídio, Marielle Presente! 

Professoras e Professores se unem para falar de feminicídio.

1º tempo: Feminicídio e educação
2º tempo: Mulheres negras e direitos humanos
3º tempo: Saúde da mulher
4º e 5º tempo: Debate 

DJ Naty Veiga abertura e encerramento.

Mais informação: http://bit.ly/MarielleVirouSemente14M

A programação é pública e aberta para todas e todos que se interessarem em participar. Esse é um momento muito importante, onde lutaremos pela memória e justiça à Marielle, e todas as vítimas de violência. Exigimos que o caso seja solucionado e que os culpados responsabilizados.

PROGRAMA “FALA, BURACO!” MOSTRA MANAUS A CAPITAL-BURACO

Julho 27, 2016

DSC01925

Leia o diálogo entre o apresentador do programa virtual “Fala, Buraco!”, e um transeunte. Os dois ao analisarem os buracos que dominam Manaus durante décadas e que servem de cabos eleitorais para eleger candidatos, principalmente prefeitos, concluem que Manaus não é uma cidade, mas tão somente um buraco-orbital onde seus habitantes e visitantes acreditam que se movimentam e se relacionam na superfície e não suspeitam que se encontram na voracidade de sua profundidade buraco-negro.

HOMEM (Um homem se aproxima de outra que se encontra fotografando um buraco) – O senhor está fotografando esse buraco?

DSC01915DSC01919DSC01926DSC01935DSC01937DSC01938DSC01943HOMEM II – É. Eu fotografo buracos.

H – Mas para quê? Buraco é tão feio.

H II – Depende.

H – Não. Buraco é sempre feio.

H II – Nem todos têm essa opinião.

H – Não acredito que exista alguém que goste de buraco.

H II – Tem.

H – Quem?

H II – O prefeito. Se ele não gostasse de buraco ele não deixava a cidade cheia de buracos. Quando a gente gosta de uma coisa, a gente mantém. Não é.

H – É, mas buracos.

H II – Pois é, cada um com seus gostos, e gosto não se discute.

H – Então, o senhor fotografa buracos por que gosta?

H II – Não. Eu fotografo porque eu tenho um programa na internet em que os buracos são os principais personagens.

H – E qual é o nome do programa?

H II – Fala Buraco. No programa eu apresento as entrevistas que eu faço com os buracos onde eles contam suas vidas, quando apareceram, como estão se sentindo nessa prefeitura, quais seus planos para o futuro.

H – Então, o senhor tem muito material, porque Manaus é cheia de buracos.

H II – Na verdade, Manaus é um buraco só. Tem buraco da Zona Leste que se junta com buraco da Zona Norte. Tem buraco que nasceu na Zona Sul e se junta com buracos do Centro.

H – É verdade! Um amigo me contou que uma vez um cara muito lombrado, colega dele, caiu em um buraco na compensa. Quando acordo, tudo escuro, ele não onde se encontra. Olhou para sua direita e viu uma luzinha longe, e começo a andar na direção. Andou, andou, andou e quanto mais andava a luz ia aumentado. Aí, ele sentiu que pisava em uma s coisas duras, parecidas com pedaços de pau. Quando olhou bem, eram esqueletos de pessoas, correu e subiu em um buraco, que era uma sepultura. Sabe onde ele saiu? No cemitério dos índios na no fim da Nova Cidade.

H II – Semana passada ocorreu um caso parecido com este. No fim da tarde de um sábado, no Jorge Teixeira III, uma senhora cansada de tanto trabalhar, caiu em um buraco. Os moradores correram para acudi-la, mas não conseguiram: ela desapareceu. Chamaram o bombeiro, e o prefeito, para fazer onda, compareceu no local. Olhou o buraco e negou que a mulher tivesse desparecido no buraco porque o buraco tinha fundo. Uma mulher protestou afirmando que não tinha porque ninguém via. O prefeito contestou afirmando que estava vendo o fundo. Aí alguém disse se ele estava vendo o fundo que ele pulasse no buraco e tirasse a senhora. O prefeito deu uma de ‘migel’ e se mandou. Cinco horas depois a senhora apareceu no meio do palco do Teatro Amazonas onde estavam realizando uma festa às autoridades locais. Quando o diretor viu a mulher toda suja de barro, bosta e lama tentou tirá-la à força do palco. Ela se desviou e gritou que as autoridades deveriam era saber o que tinha embaixo daquele teatro. Milhares de corpos de índios e cabocos que foram mortos na construção daquela casa de vaidade da burguesia. Esse caso foi bem divulgado.

H – Saiu na TV Globo?

H II (Indignado) – Porra nenhuma! A Mulher não era globotária. Bem que a Globo tentou fazer uma matéria com ela, mas a equipe de jornalistas foi expulsa na porrada. A comunidade unida gritou palavras de ordem: Fora Globo golpista! O Povo não é bobo, abaixa a Rede Globo! A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura! Se a Globo acabar o Brasil vai melhorar! A Globo é corrupta, não tem nada de justa! Fora Globo e Leva Temer Contigo! A Globo é imoral, ataca Lula e Dilma em seu jornal! E na correria, o carro de reportagem ainda caiu no buraco.

H – Só estes dois casos mostram que os buracos formam uma família só.

H II – Exatamente. Todos os buracos são parentes. Essa relação de parentesco, e mais o gosto do prefeito, faz com eles se mantenham.

H – O senhor muitos buracos velhos, ou na sua maioria são novos?

H II – Tem muitos buracos novos nascidos nessa prefeitura, mas têm alguns velhíssimos, do tempo do vai pra porra. Mais velhos do que a mentira.

H – Cacete! Então é velho mesmo, porque a mentira nasceu antes de Adão e Eva. Mas como o senhor sabe que eles são tão velhos?

H II – É fácil entender, embora a população não perceba por ignorância e cumplicidade com os políticos.

H – Como assim?

H II – Os buracos são verdadeiros cabos eleitorais. Buraco elege prefeito e deselege. Por exemplo, só para ilustrar. Os últimos quatro prefeitos foram eleitos através dos buracos. As campanhas eleitorais deles tinham como objeto principal o combate aos buracos.  Todos eles afirmaram que iam acabar com os buracos.

H – E o povo acreditou na mentira.

DSC01945DSC01946DSC01947DSC01948DSC01950DSC01952DSC01956DSC01958H II – Pois é. O quarto prefeito passado jurou acabar com os buracos. Não acabou: aumentou mais. O terceiro prefeito aproveitou os buracos que o quarto tinha deixado e fez sua campanha prometendo acabar com os buracos. Também só aumentou. O segundo na mesma cadência. Só aumentou. E esse agora não deixou barato. Hoje, tem buraco dentro de buraco.

H – Meu Deus! É mesmo?

H II – É. Um dia desse eu fui entrevistar um buraco-abismo onde já havia caído uma família inteira, um ônibus, uma Kombi, uma moto e uma carroça.

H – Uma carroça?

H II – Sim. Com cavalo e tudo. Quando eu comecei a entrevista percebi que não era só o buraco-abismo que falava. Comecei a ouvir outras vozes-buracos. Olhei para todo lado para ver se os outros buracos em redor de mim estavam falando, mas nenhum deles falava. Me concentrei bem, e percebi que as vozes vinham do mesmo buraco-abismo. Era um monte de buraco falando, querendo falar sobre suas vidas e aparecer nas fotos.

H – Que coisa impressionante.

H II – Não é impressionante não, porque o povo não ver. Se o povo prestasse atenção aos buracos ele não votava em quem afirma que vai acabar com eles, porque é mentira.

H – Sem querer defender os prefeitos, que eu sei bem quem eles são, adoram fingir que falam a verdade, mas a chuva também é responsável pelos buracos.

H II – Na-na-ni-na-não! Durante todo ano Manaus é cheia de buraco. Com a mudança climática, tem chovido menos na cidade, e mesmos assim os buracos estão sempre na moda.

H – Bem, com toda essa sua afirmação sobre o predomínio dos buracos em Manaus, e sua capacidade de eleger prefeitos, não seria melhor que os buracos se candidatassem?

H II – É verdade. Mais tem um problema.

H – Qual é?

H II – Na verdade são dois. Se eles se candidatam prometendo acabar com os buracos, e eles são os buracos e são muito éticos, se eles acabarem com os buracos eles desaparecem, morrem e a cidade fica sem prefeito.

H – Essa é uma verdade. E o outro problema?

H II – O outro é muito preocupante. Como Manaus é um único buraco gigante formado por milhares de outros buracos, se eles acabarem com os buracos Manaus desparece. E aí, dança eu, dança tu, dança até a mãe do Jaú.

H – Cara, essa é uma cruel verdade! A que ponto chegamos! Estamos refém dos buracos! E alguns desses prefeitos ainda querem se candidatar.

H II – Mas tem uma saída para Manaus não acabar.

H – Qual?

H II – O prefeito de Manaus deve ser sabe quem?

H – Quem?

H II – O povo!

H – Mas você não disse que ele é ignorante não se compromete.

H II – Mas com uma boa orientação política sobre os direitos dos moradores da cidade, não há analfabeto político que não seja educado democraticamente e passe a ser senhor de seu próprio destino. O povo entendendo que ele criou a sociedade civil, o Estado, e as instituições não tem que lhe engane.

DSC01962DSC01964DSC01967DSC01967DSC01970DSC01965DSC01971DSC01961DSC01972H – É verdade. O povo entendendo que ele existe por si mesmo, que foi ele quem produziu seu ser-social, adeus candidatos exploradores.

HII – É a verdadeira democracia!

MINHA SÃO PAULO – O OLHAR DA CIDADE PELA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA. 50 MORADORES DE RUA FOTOGRAFANDO A CIDADE

Novembro 4, 2015

24out2014---a-mostra-memorias-da-rua-do-fotografo-portugues-miguel-castello-retrata-a-vida-de-moradores-de-rua-e-fica-em-cartaz-ate-31-de-outubro-na-estacao-clinicas-da-linha-2---verde-do-metro-1414166311132_615x470A cidade nasceu fora e não dentro. O dentro tem marcas do fora, mas, como cidade, o que significa a existência é o fora. A rua. Quem estar dentro de uma casa só observa sua rua, entretanto a cidade não é só uma rua.

A cidade como corpus-urbanos estilístico, histórico, arquitetônico, funcional, afetam seus moradores, diz o filósofo Felix Guattari. Aí que o fora pode refletir-se no dentro, mas sem ser o fora sendo mais o dentro das condições das classes. A burguesia é um insuportável dentro, não percebe o fora. Só percebe quando ela se sente ameaçada. Todavia, essa ameaça tem claro fator bumerangue: ela construiu um mundo sem alteridade com os de fora, e não salta outra situação: a ausência do outro volta como ameaça.

Colocar 50 máquinas fotográficas nas mãos de moradores em situação de rua é revolucionário como variável do olhar estabelecido pela burguesia. O olhar de quem mora fora e observa continuamente a cidade tanto fora como dentro. É um projeto que toca nesse sentido que se consuma nas formas e imagens. O morador de fora ser autor de seu olhar, deixar de ser olhado pelo olhar-dentro da cidade para olhar a cidade imprimida na arte fotográfica de seu olhar.

O projeto Minha São Paulo – O Olhar da Cidade pela População em Situação de Rua, organizado pela With One Voice em parceria com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e as ONGs inglesas People’s Palace Projects e Streetrwise Opera e British Council e Calouste Gulbenkian Foundation, foi criado no Reino Unido através da organização Café Art.

Cada participante ficará dois dias fotografando a cidade em 24 fotos. Depois um júri escolherá 20 fotos e 13 delas serão comporão um calendário que será exibido, em dezembro, no 13° Festival de Direitos Humanos – Cidadania nas Ruas. O calendário será vendido pelas organizações não governamentais parceiras do projeto. Todo o dinheiro arrecadado será investido em projetos de artes da população em situação de rua. E mais, os autores das fotografias escolhidas receberão um prêmio de R$ 100 mil.

 Uma cidade, uma máquina e um olhar-ideia!

CIRCUITO SÃO PAULO DE CULTURA VAI TER ELBA RAMALHO, ORIGINAIS DO SAMBA, TEATRO MÁGICO, ENTRE AS 600 ATRAÇÕES

Março 17, 2015

image_largeA partir do dia 22 até o mês de julho a Prefeitura de São Paulo, gestão Fernando Haddad, estará realizando o Circuito São Paulo de Cultura quando serão apresentadas, em todas as regiões da cidade, 600 atrações sendo 200 exclusivamente para as crianças. Ciro, teatro, cinema, dança e música são as expressões que materializarão a edição deste ano.

“Das 600 atividades, 200 são para crianças. Nós demos um salto com uma programação de muita qualidade, que é exatamente importante para a criança”, observou Ana Estela Haddad, companheira do prefeito Fernando Haddad.

Lançado em 2014, o projeto tem como objetivo maior descentralizar as atrações culturais e aumentar o público nas produções públicas de cultura. Esse ano a edição vai ser iniciada com a cantora francesa Zaz, na foto, que é tida como a grande revelação da música contemporânea. São 40 espaços culturais que atuarão como realizadores dos eventos. Teatros, bibliotecas e pontos de cultura. Nesses territórios culturalmente pulsantes se exibirão Elba Ramalho, Originais do Samba, Teatro Mágico, Caubi Peixoto, Ângela Ro Ro, Zizi Possi, Tetê Spíndola, Wanderleia, Mombojó, entre outros.

A Secretaria Municipal de Cultura, que fez parceria com a empresa municipal de cinema, SPCine, o que possibilitou a projeção de produções brasileiras e argentinas no circuito, vai distribuir filmes para os acervos das bibliotecas públicas. Uma das atrações infantis é o espetáculo circense Tirando os Pés do Chão, encenado pela Companhia Nau de Ícaros. Na dança um olhar delicado para a Companhia Focus de Dança que executará a peça Saudade de mim.    

“Agora temos uma programação distribuída pela cidade, ao logo do ano. A prefeitura é principal promotora de atividades culturais na cidade. O circuito não esgota as atividades culturais dos equipamentos, que muitas vezes tem uma programação própria, que é mantida”, afirmou Nabil Bonduke, secretário municipal de Cultura.

A incomparável as relação de gestões municipais entre São Paulo e Manaus. Enquanto em São Paulo a “prefeitura é a principal promotora de atividades culturais na cidade”, em Manaus, sob o governo do prefeito Arthur Neto, do partido da burguesia-ignara, PSDB, só patrocina passeata contra o governo Dilma.

O Circuito São Paulo de Cultura é fundamental para que se possa vivenciar, esteticamente, a sensibilidade. Uma oportunidade de mostrar ao país e ao mundo que a cidade não é só habitada por ressentidos coxinhas-reacionários e invejosos conspiradores.

Vai, lá moçada!

NELSON NOEL, 13 VEZES NATAL REFRESCANDO COM PICOLÉS E SORVETES CRIANÇAS DOS BAIRROS DE MANAUS

Dezembro 25, 2014

altAtk2FSeYoxr-EQ794bwLOaA--blat_gDo9MuHddahOyb

No início era Papai Noelson, mas o verbo se fez necessidade então, para se autentificar, se fez Nelson Noel. Na intensidade de Papai Noelson e, agora, Nelson Noel, se movimentam 13 anos junto com as crianças no Natal. É a festa refrescante com picolés e sorvetes distribuídos para as crianças no encantamento da alegria no calor de Manaus.altAlc6eCPcJYrkBGzWTvZ6tYUv5WDjR4MgOd-gd2ztezwJ

altAg1GXqZC1BeiJLckM-vsYwApmVmWiJypTN0VzsuVAtnQaltAg1PfmyARTpgp1z7tnoNjb7FDkCx5kU8L3-ZFcR4TrZYaltAg6ITwQdkG_Pu3uK_3YzE0n2BfBS7nDBF8Mp8arwg7ckaltAg6rzHfTZk7DvzH0laNYzthMdUfMsxB9wNVSlfOTK85naltAhXBMwd1sMfeiPAVRujkK7wWDZl9pODRS3FsEov2EVHualtAiYivLwsESLJsNBKLdrD7b7WlgkZhQ-hyqQzkw4FbFo-altAj9FgRzvXb6taEgc5rthOkfgMrAUuzMa42-KH9yE9AIyaltAk-AY9nCnofP6cUGq3SXVjRyaKnd6BIp9t1cslSopb3QA não-cidade de Manaus carrega um triste passado quando se trata de entretenimento público. Todos os prefeitos nada ofereceram de festividade pública para as crianças no Natal. E agora, o presente de Manaus, contínua triste nessa gestão pouco pública do prefeito Arthur Neto do PSDB, partido da burguesia-ignara. Daí a necessidade e a importância da atuação do Nelson Noel nesse período. Não é pela falta de administração pública, que as crianças dos bairros desassistidos de Manaus vão ficar sem uma alegria.

altAlTXCA7l1NDQRl2QbpId2Zidl6rMwqWkA1zFnJ0dVmSValtAlxJhDB-4BNYqFc-FZQ47efwQZq_0EyGxYo9A8rsToMraltAmqHT6PkpUQkz8G3mludr_bLsXhRc-Hver2YhzIXImoAaltAndZ8TlI3x0mbSXnjxc-M9HbZhv-8kABSB0ZqBCtqUDUaltAnQ3aaHPrWMyecbP2GoU5UJBgwf0YIEfqdZwJQ62BzkDaltAo_goI24uQ5OeBp_MTGXSxXUsAdso8gQvB0lOIY8LQZGaltAoDPCeWsq8Bri6YjXuKwYBq9TeYqkrfu6VrEp4z8PlUoO pós-cinquentão Nelson Noel, apesar das dificuldades que vem tendo financeiramente para realizar essa festa lúdica, não esmorece. Quando inicia o segundo semestre ele já começa a imaginar como vai ser a festa das crianças. Conforme o tempo vai passando e vai se aproximando dezembro, a imaginação começa a se materializar.

altAoGoa_iedtoEGFIlfvcnMksmbPENuQ8X6ooG8Z9EWK_PaltAohBSi5ZMtkyRB8Ecig0heS_3IYaqRNElqx1GtOnYrFlaltAoOoDkZS7KgykB6JH_yV36sW_uQVDB_HUO7E7Qg9lPZ2altAp85IH32IQDIq-DjjjyETJWKLOvskK28KOBvpq4gupu2altApEJoX5GXWpJ7Wa-Rfm_IU5RNw6q69vkXhgnYTHvnKTLaltApFYU3EQ3khORVUOmKLSBFnoZ_qqxZy3NZetujkY4f91altApGlsIpC2JjIDRVltd-1hkWmPMYOgR-ipAhX9K1xmDGnaltAq0qOWygFVQ6y0y13tIkaKtgr2oZwm-YCOin4VxUq8ueEntão, chegou o Natal! E lá vai Nelson Noel com seus milhares de picolés e sorvetes para os bairros desassistidos pelo poder público. Nelson Noel acorda bem cedo e, junto com amigos colaboradores, inicia o ritual preparativo para a caminhada. Com sua barba branca de salão de beleza, visto ainda manter a barba preta e que deixou crescer durante todo o ano, se traveste de bom velhinho, como dizem alguns, e cai na estrada.

Ao contrário do alcunhado bom velhinho, que só se materializa nas famílias com dinheiro, Nelson Noel, democratiza o Natal com crianças de famílias desassistidas e só assistidas pelo Bolsa Família. Poderia até se afirmar que o Natal que Nelson Noel proporciona às crianças é o Bolsa Família picolé e sorvete do Natal. Bem que ele gostaria (gosta) que todo dia pudesse distribuir os refrescantes sabores nessa Manaus onde as crianças são cada vez mais empurradas para o isolamento. Mas, ele não é financeiramente um empresário com essas condições.

Não importa, ele vai à luta, como dizem os engajados socialmente que não se restringem a privacidade familiar que só persegue seu pirão primeiro. Então, nesse Natal, Nelson Noel, mandou ver. Quase 40 mil refrescantes distribuídos em vários bairros. Uma festa colorida de crianças e picolés e sorvetes. Crianças com panela, saco, copo, balde, bacia, entre outros objetos, para ganhar suas partes.

Vejam as fotos e confirmem a festividade. Vejam como se encadeou essa festa das crianças que quase sempre não têm dinheiro para comprar o mais simples picolé. Entretanto, essas crianças têm uma diferença abismal em relação às crianças cujos pais têm condições financeiras para comprar sorvete e picolé. Essas crianças saboreiam os refrescantes com os sentidos experimentadores. Saboreiam de forma inusitada, como se fosse pela primeira vez. Uma primeira vez que produz um afeto alegre inesquecível. E ainda mais porque é uma experiência coletiva. Uma experiência entre outras crianças, onde ninguém se encontra em uma posição superior à outra. São intensidades alegres.

altArKZgPEW-zvR3WHKm25e6F4gS5IVvmWfegrFjJgYPfYJaltArOlTInWjY02GwMuc4jZ46nN3BVii0PhJSO1m1ccxHOEaltAsd3p7z9PU1n42L7wRBfwjqomLr_MfRMNsRpi2LA_7pDaltAspFJyelmeh9xy6EV4CIbHQG_5kVFuMH7NQNtPGI3FgdaltAt5hW979_Eua4YrwlyIBvDcNk-y0uwna5bFoWzJozBFyaltAtKKSBQJAKPdbhxagtXDfPlzLvClpdxSHlT7hDi_Q03ealtAtLY8cdCmkx887BpxY9aiZtL-h6ohAkXeFCJSeOnm8BValtAtQOYiFfLKwrl_tArcaA5h5-RIKd4rtb8F32DzqoA5x_altAvEmeJdwEpbMZ-_f8t1Gt4ukJBs9VLMpHobJETEKZemraltAvgsAzwESLqRXinlUaaBRJt-NAsxlw1X_GQF45aa94rNÉ provável que seja essa a fundamentação da atuação política de Nelson Noel como pedagogia-social. Possibilitar a experiência coletiva das crianças. Um ato que elimina a desigualdade unindo as crianças no afetivo e biológico. 

Valeu, Nelson Noel! Valeu, vale e valerá como forma democrática de produzir afetos alegres como expressão de autoestima das crianças! 

2° EDIÇÃO DO FESTIVAL DE CINEMA DA ZONA LESTE DE SÃO PAULO

Dezembro 12, 2014

282f2342-ee62-409f-9eac-6045de604b0a

Com o objetivo de incentivar a produção cinematográfica na região com temas de suas singularidades locais, suas identidades, sua realidade cultural e, ainda, proporcionar a vivência cinematográfica dos moradores da Zona Leste, começou na quarta-feira indo até domingo, a 2º Edição do Festival de Cinema da Zona Leste de São Paulo que é uma produção da Associação Cultural Poder Negro.

O festival também terá outras atrações como dança, música, batalha de poesia, teatro, exposição de fotografia, oficinas de produção audiovisual e espetáculos próprios para crianças. Outras atividades relativas à região também serão trabalhadas como Etnias Sem Fronteiras, Histórias Atuais, Movimento Contemporâneo, Mostra Infantil e Atividade Especial.

A abertura do festival foi realizada com os documentários 1962 – Ano do Saque, de Rodrigo Dutra e Victor Ferreira, e a Negação do Brasil, de Joel Zito Araújo, um longa que conta a história das lutas dos atores negros pelo reconhecimento na telenovela brasileira.

Um dos grandes momentos do festival é a exibição do documentário de Caue Angeli, Triunfo, que trata da história do hip-hop através da vida do dançarino e ativista social Nelson Triunfo que influenciou grafiteiros e MC’s, b-boys e DJs. Triunfo estará triunfante durante a exibição. Na verdade, o patrono do hip-hop.

Tratando da importância do futebol na várzea, será exibida uma produção de jovens de Guaianases, Começou a Luta. Ainda de Cristina Assunção, Jardim Samara – História e Identidade; o curta de Renata Martins, Aquém das Nuvens; A Guerra do Vinil, animação, e o curta, Basquete Rimado, os dois de Rafael Terpins; e, entre outros, o documentário de Rodrigo Gontijo, Os Sons da Penha.

Outro grande momento do festival é a exibição do documentário Cangaíba Luz e Movimento. 

Veja trecho 3, variante de Cangaíba Luz e Movimento.

“AMAZÔNIA EM CENA” OBRA DE SELDA VALE E EDINEY AZANCOTH SOBRE A HISTÓRIA DO TEATRO NO AMAZONAS SERÁ LANÇADA AMANHÃ

Março 26, 2014

amazonia em cena

Amanhã, 27, Dia Internacional do Teatro, estará sendo lançada a obra “Amazônia em Cena” da socióloga e professora da Universidade do Amazonas (UFAM), Selda Vale e do filósofo-ator, Ediney Azancoth. A obra é o terceiro volume da História do Teatro no Amazonas e apresenta o movimento teatral da década de 70 até os dias atuais.

Como se trata do movimento teatral no Amazonas na década mais cruel da ditadura militar que foi instalada no Brasil entre os anos de 1964 e 1985, o livro em si é muito representativo. Nele é possível encontra material e entrevistas com os membros participantes do Grupo de Teatro Universitário do Amazonas (GRUTA) que foi uma das resistências durante o triste período que cercou as liberdades. O Gruta tinha como tema básico de suas encenações o método do Distanciamento do teatrólogo alemão Bertolt Brecht.

Os autores mostram algumas peças encenadas pelo Gruta, e alguns casos em que ele sofreu censura em seus trabalhos. Com exemplos cômicos quando da censura à obra O Novo Othelo de Joaquim Manuela de Macedo. Uma comédia com traços da comédia europeia. Nada de subversivo. Além de fatos relativos ao teatro, os autores também narram perseguições sofridas por alguns membros do grupo teatral que tinha a política como seu devir-dionisíaco-cênico.

Também são encontradas indicações sobre o Grupo de Teatro Chaminé dirigido pelo engajado e insigne jornalista-ator Mário Freire. Ele um diretor-ator com início de atuação em Goiânia. Os trabalhos do Grupo Chaminé também apresentaram comédias e trabalhos da poetisa Cecília Meireles e Chico Buarque.

Outro grupo que é apresentado pelos autores é a Companhia Vitória-Régia dirigida pelo talento artesão Nonato Tavares. A Companhia Vitória-Régia se dedicou mais aos temas de cunho regional. Nonato Tavares também é um dos iniciadores do movimento ecológico em Manaus.

Breve sinopse.
Fato: Lançamento da obra “Amazônia em Cena”.
Autores: Selda Vale e Ediney Azancoth.
Quando?: Dia 27/3/14.
Tempo: 19 horas.
Onde?: Livraria Valer.

 

O artista Selarón finda sua produccíon na construção estética de uma escadaria

Janeiro 13, 2013

Escadaria Lapa Selarón Rio de Janeiro artista chileno azuleijos

Com colaboração de Aruã Silva Vargas do Blog dos Antiquários

Um artista sempre é fruto da seu lugar e seu tempo. Ele tem uma leitura criadora do(s) mundo em que vive e usa dos elementos desta realidade para que possa construir outra com outros signos e valores. Em outras palavras , ele capta o mundo que quer continuar o mesmo e o raimundeia mostrando que por seu trabalho estas linhas duras podem ser rachadas em novas formas de percepção, linguagem, relação com o espaço tempo.

Mas e se o artista for estrangeiro? Não importa a pátria mãe gentil, pois para o artista o mundo sempre vai além e sua capacidade de criação desvencilha uma forma de subordinação a qualquer forma de engessamento. Além disto a arte não tem limites geográficos ou temporais estando sempre no mundo.

Desta forma a arte do chileno Jorge Selarón, que parou sua produção nesta semana, continuará sempre pulsante e interpelante das formas de relação com os espaços do Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo.

Escadaria Lapa Selarón Rio de Janeiro colorida degrais coloridos artista chileno azuleijos

Há dois dias seu corpo foi encontrado carbonizado na escadaria que ele produziu e que mantem boa parte de Selarón vivo. Mas vocês devem estar perguntando quem foi este homem. Quiçá só um artista famoso responsável por tornar uma escadaria famosa e ponto de visitação turistica pra gringo (não) ver. Nas vezes que passava pela lapa no Rio de Janeiro, sempre o encontravam no Bar e Restaurante Ximenes, sempre olhando e desenhando a escadaria em um bloquinho.

Jorge produziu sua obra durante muitos anos em sua composição com o mundo, e junto com ela engrendrou muitas amizades, vivências e novos entendimentos sem nunca se preocupar em ser reconhecido. Ele entendeu assim como muitos homens (inclusive o carioca querido Profeta Gentileza) que o mundo, a cidade tem que ser transformada, esvaziada de seus elementos dominadores e fazer com que todos tenham a oportunidade de se movimentar, de se des/dobrar,  de ser singular.

Assim Selarón tem seu corpo violentado, profanizado e enterrado. Porém seu espírito está presente no Rio e no mundo e ele sempre será lembrado como O homem que fez a escadaria da Lapa.

Cidade com arquitetura da Escola de Bahaus comemora 50 anos

Novembro 9, 2012

De Deutsche Welle Brasil

Projetada há cinco décadas para dar forma à utopia do arquiteto Walter Gropius, de moradias em áreas verdes na periferia da cidade, a Gropiusstadt encontra-se desde então em constante transformação.

“Antigamente era uma beleza”, lembra Renate Ahnert, “finalmente, não precisávamos mais ficar carregando carvão”. Para ela, a calefação central foi decisiva na hora de tomar a decisão em prol de uma mudança para a Gropiusstadt, em 1965.

O conjunto habitacional ainda estava em plena construção, depois do lançamento da pedra fundamental, em 1962. Havia apenas um bonde, o metrô viria depois. E não havia ainda tantos espaços verdes. “Tudo era ainda deserto. Nenhum jardim-de-infância, nada”, recorda a educadora.

Grande conjunto habitacional em área verde

Quando, em 1958, o arquiteto da Bauhaus Walter Gropius foi incumbido de construir o conjunto habitacional Britz-Buckow-Rudow, tratava-se, também, de uma utopia social: o sonho de moradias melhores na periferia da cidade, de trocar os escuros apartamentos de fundos do bairro Neukölln, com banheiros do lado de fora e aquecimento a carvão, por um grande conjunto residencial em meio ao verde.

Gropius planejou complexos de prédios não muito grandes, com uma média de quatro e um máximo de 17 andares, atravessados por um cinturão verde. Além disso, uma boa infraestrutura com centros comerciais, cinema, correios e centros comunitários de lazer, a fim de garantir aos moradores as condições necessárias à vida urbana.

Vista aérea da Gropiusstadt Vista aérea da Gropiusstadt

Mas em 1961 o Muro de Berlim acabou sendo construído e o bairro estava localizado nas imediações da fronteira entre os lados ocidental e o oriental. A área do loteamento foi reduzida, os prédios tornaram-se mais altos.

No lugar dos planejados 14.500 apartamentos, foram construídos 19 mil. Os edifícios, com até 30 andares, abrigavam mais de 50 mil pessoas. Quando as obras acabaram, em 1975, a Gropiusstadt (Cidade de Gropius), como passou a ser chamada, tinha se transformado num verdadeiro monstro habitacional.

Cheiro de campo

“O quê? Você é da Gropiustadt? Na época, as pessoas viam isso como uma ameaça”, recorda Ingo Höse, hoje professor numa escola nas imediações do bairro berlinense. Nos anos 70, quando passou ali sua juventude, a imagem não podia ser pior. Gropiusstadt era considerada “uma área problemática”, marcada por drogas e criminalidade.

Uma percepção dos de fora, com a qual os moradores não concordam. Ingo Höse não lembra de qualquer sinal da suposta criminalidade juvenil na área. É claro que o lugar ficava um pouco “no fim do mundo”, trazia o cheiro de esterco dos enormes campos vizinhos, mas ali se tinha tudo que era necessário, lembra o professor: o centro comercial, os grupos de jovens e também sua escola. Foi a primeira gesamtschule da cidade, escola que reunia em um modelo todos os tipos de escola do sistema de ensino alemão, com aulas em horário integral e engajados professores de esquerda.

Realmente multicultural

“Tenho colegas de 18 nações”, aponta Cornelia Weis-Wilcke, com uma ponta de orgulho. Ela dá aulas há anos na Escola Walter Gropius. Ali, a realidade é, de fato, multicultural, se comparada a outros bairros berlinenses.

Depois da queda do Muro, muitos dos antigos moradores mudaram-se para uma periferia mais distante e o bairro atraiu gente nova, sobretudo migrantes do Leste Europeu – Rússia, Ucrânia, Polônia –, mas também muitos turcos, árabes e asiáticos. Os apartamentos eram baratos e grandes o suficiente para as famílias com muitos filhos.

Que hoje 30% das crianças do bairro vivem em famílias dependentes da previdência social é um fato que não se pode mascarar. Por isso, as escolas e outras instituições sociais oferecem aulas de reforço e ajudam na execução dos deveres de casa, tentando também auxiliar os pais com ofertas especiais.

Festividades na Lipschitzplatz: tentativa de revitalizar o bairro Festividades na Lipschitzplatz: tentativa de revitalizar o bairro

Quando, 50 anos atrás, Gropius projetou o primeiro conjunto habitacional berlinense em grande escala, a ideia era ainda parte de uma utopia social. Desde então, a Gropiusstadt encontra-se em constante transformação. “Não falo de religião, mas de cultura”, diz Julia Pankratyeva de maneira decidida. A efusiva ucraniana é considerada o “coração” do Centro Intercultural da Casa Comunitária, no centro da Gropiusstadt.

Engenheira de formação, ela trabalha ali há 15 anos. Quando chegou, sentiu-se de imediato em casa, uma vez que conhecia arranha-céus semelhantes em sua terra natal. “E aqui ainda tinha tanto verde”, lembra. Hoje, ela organiza no bairro noites de canto e dança, sobretudo para os moradores mais idosos e as crianças. Com seu jeito generoso e uma certa insistência, ela conseguiu reunir pessoas que antes evitavam o contato umas com as outras. A noite curdo-turco-grega, por exemplo, é um verdadeiro sucesso. Através da música e do canto, surgem interesses comuns entre as pessoas.

Atmosfera de mudança em ano de comemorações

Somos da Gropiusstadt é o título de uma exposição no shopping Gropiuspassagen, que reúne pequenos retratos de habitantes de diversas idades e origens. O que eles têm em comum é o fato de gostarem de viver ali e terem orgulho disso.

No ano de comemoração dos 50 anos de existência do bairro, luta-se para mudar a imagem do lugar. Um total de 400 novos apartamentos, lojas e hotéis deverão atrair inquilinos mais abastados para a região, fazendo com que ela se torne um pouco mais “urbana” – o que certamente não desagradaria a seu criador, Walter Gropius.

Prédio do Cine Belas-Artes é tombado… falta só o Cine

Outubro 15, 2012

Imagem de outrora que não existe mais. Possibilidade utópica de retorno ou um falso problema?

O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de São Paulo (CONDEPHAAT) aprovou uma ação que havia sido várias vezes postergada: o tombamento do prédio do onde funcionou o Cine Belas Artes, espaço tradicional do cinema na cidade de São Paulo, e que agora é considerado Patrimônio Cultural Paulista. A decisão deve ser publicada amanhã (16/10) no Diário Oficial.Lembrando que o prédio já havia tido seu tombamento negado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico de São  Paulo (Conpresp).

O Cine Belas-Artes não existe mais. Mas o prédio e a memória existem. Nossos leitores acompanharam pelo nosso bloguinho (nas colunas de sábado) a luta do dono do cinema André Sturm contra o proprietário do imóvel que queria o imóvel a todo custo, colocando um preço de aluguel cada vez mais alto. Colocamos aqui as manifestações e luta, além de um pouco da história do cinema, e um povo que foi privado do acesso a cultura.

Para os empresários reacionários aquilo era um sacrilégio: como um espaço dito nobre na esquina da Avenida Paulista com Avenida  Consolação poderia continuar sendo um cinema. Porém hoje estes empresários “sentiram” a importância do imóvel para a história paulista. Assim o proprietário tem o dever de preservar a fachada do prédio, incluindo a visibilidade das vidraças, respeitando-se recuo de 4 metros.

Mesmo com o dono do prédio continuar com a posse, e com o direito de fazer uso do interior do imóvel como bem entender, mas o prédio não poderá ser modificado e nem demolido. Além disso foram feitas uma série de restrições, que futuramente podem auxiliar na instalação de um cinema no local. Hipoteticamente, caso o imóvel venha a ser vendido, a União, o Estado e o Município, nessa ordem, terão direito de preferência para aquisição – e, talvez enfim o espaço do cinema em São Paulo possa renascer da celulose e das imagens… Uma batalha foi vencida. Que no fim vençam as belas artes