Archive for Novembro, 2019

MUSIC THUNDER VISION ENTREVISTA OS NOVOS BAIANOS

Novembro 30, 2019

OS DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Novembro 29, 2019
Ao vivo, de Salvador: Renata Mielli, Nina Santos, Carlos Tibúrcio e Leandro Fortes debatem a força e os perigos das redes sociais

Ao vivo, de Salvador: Renata Mielli, Nina Santos, Carlos Tibúrcio e Leandro Fortes debatem a força e os perigos das redes sociais


29/11/2019.

 

Barão de Itararé

Nesta sexta-feira (29), a partir das 9h, o Barão transmite o Seminário “Os desafios da comunicação nas administrações públicas” direto de Salvador, na Bahia. O evento vai até a noite de sábado, com transmissão na íntegra.

Serão dois dias de troca de ideias sobre as experiências e os desafios da comunicação nos governos progressistas, com um timaço de debatedores.

PROGRAMAÇÃO

29 de novembro (sexta-feira)

9 horas – Abertura – André Curvelo e Altamiro Borges;

9h30 – Como se comunicar com a sociedade

• Geórgia Pinheiro – Blog Conversa Afiada;
• Cynara Menezes – Blog Socialista Morena;
• Sérgio Lírio – Editor-chefe da revista CartaCapital;

14 horas – A força e os perigos das redes sociais

• Carlos Tibúrcio – editor do site Carta Maior e conselheiro do Fórum Social Mundial;
• Nina Santos – pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital;
• Leandro Fortes – jornalista, escritor e sócio da agência de comunicação Cobra Criada
• Renata Mielli – coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC

– Coordenação da mesa: Miguel do Rosário

16 horas – Saudação do governador Rui Costa

16h30 – O fortalecimento da comunicação pública

• André Curvelo – secretário de Comunicação da Bahia
• Flávio Gonçalves – diretor-geral da TVE Bahia
• Daniel Merli – secretaria de Comunicação do Maranhão
• Laurindo Leal Filho (Lalo)

18 horas – Lançamento de livros:

• Laurindo Leal Filho
• Antonio Martins Barbosa
• Mauro Lopes

*

30 de novembro (sábado)

9 horas – A comunicação como atividade econômica

• Chico Malfitani – publicitário
• Paulo Salvador – coordenador-geral da TVT e Rede Brasil Atual;
• Silvio Caccia – Le Monde Diplomatique

– Coordenação da mesa: Lourdes Nassif;

14 horas – A comunicação como questão estratégica

• Tereza Cruvinel – jornalista e ex-presidente da Empresa Brasil de Comunicação – EBC
• Altamiro Borges – presidente do Centro de Estudos Barão de Itararé
• Fernando Morais – jornalista, escritor e editor do blog Nocaute

– Coordenação da mesa: Kiko Nogueira e Inácio Carvalho;

16 horas – A cultura para a emancipação humana

• Maria Marighella – assessora especial da Secretaria de Cultura da Bahia
• Célio Turino – ex-secretário de Cidadania Cultural do MinC;
• Ivana Bentes – diretora e professora da Escola de Comunicação da UFRJ;

– Coordenação da mesa: Mauro Lopes

LIVRO FAZ BALANÇO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE 1964 E A REABERTURA DEMOCRÁTICA

Novembro 29, 2019
COMO SE FOSSE HOJE
Pesquisadora conta a história da mobilização dos estudantes contra as arbitrariedades do governo civil-militar, em reflexão importante para os dias atuais
  
REPRODUÇÃO

“Minha intenção com a pesquisa de mestrado que deu origem ao livro era, desde o início, resgatar as principais lutas, experiências, contribuições e, sobretudo, a construção teórica do movimento estudantil”, diz a autora

São Paulo – Governo anuncia a intenção de instituir cobrança de mensalidade nas universidades públicas. Seguindo ditames das agências internacionais subordinadas aos Estados Unidos, o Ministério da Educação prepara acordos bilaterais para restringir cursos de ciências humanas, como História e Filosofia, com o objetivo de priorizar cursos voltados aos interesses empresariais, para formar mão de obra especializada em finanças, administração e outras disciplinas mais “úteis” ao progresso econômico.

Como alternativa à dificuldade de acesso da população aos cursos superiores, projetos governamentais anunciam que será dada maior importância aos cursos profissionalizantes. Complementando as ações oficiais na área de Educação, técnicos e ministros também anunciam redução de verbas para as universidades públicas e ampliação de mercado para a iniciativa privada.

Os enunciados acima parecem saídos de manchetes recentes da imprensa brasileira, mas não são.

Todos são passagens da política educacional instaurada após o golpe civil-militar de 1964. Tudo sob a égide do conceito de “civilização ocidental e cristã”, valores maiores a proteger diante da “ameaça comunista” que rondava o mundo, com a ajuda de projetos alinhavados a partir dos Estados Unidos de John Kennedy.

No entanto, nem só de lembranças como essas é feita a repetição da História. Daquele período, sobressaem também notícias como greve de estudantes e grandes mobilizações de rua contra a política educacional do governo autoritário de então.

O livro Atuação Política do Movimento Estudantil no Brasil: 1964 a 1985, que será lançado no próximo sábado (30), em São Paulo, traz uma panorâmica daquele período, com ênfase na capacidade de mobilização e formulação política dos estudantes organizados, tanto no combate à ditadura quanto na apresentação de propostas de mudança ao país.

Escrito pela jornalista e doutora em História Social Flávia de Angelis Santana, o livro é resultado da pesquisa de mestrado defendida e aprovada na USP em 2007. Flávia, que trabalha na Escola Nacional de Formação do PT, entidade mantida pela Fundação Perseu Abramo, foi militante do movimento estudantil nos anos 1990, quando começou a acalentar o desejo não só de entender melhor, mas escrever sobre os modos de organização e ação políticas dos estudantes.

“Minha intenção com a pesquisa de mestrado que deu origem a este livro era, desde o início, resgatar as principais lutas, experiências, contribuições e, sobretudo, a construção teórica do movimento estudantil, no período da ditadura, pois apesar da intensa repressão, esse foi também um momento muito rico da produção e da atuação política dos estudantes. E como muito dessa memória se perdeu, com a destruição de documentos do movimento pelo regime, eu acredito ser importante esse resgate para que os jovens de hoje possam conhecer e se apropriar dessa história, bem como dos processos históricos atravessados pelo país, para que se fortaleçam e encontrem alternativas de luta e resistência para enfrentar os desafios da atualidade”, explica a autora.

O livro começa com um breve resgate dos anos de governo João Goulart, quando o movimento estudantil, UNE à frente, posicionou-se fortemente contra o golpe pretendido logo após a renúncia de Jânio Quadros e, depois, quando formulou um projeto de reforma educacional cujo conteúdo faz Flávia afirmar que os estudantes, naquela época, mostravam capacidade de elaboração teórica e política que não foi ainda igualada.

“Acredito fortemente no potencial de mobilização popular do movimento estudantil, pela sua história e vigorosa contribuição em diversos momentos históricos da política nacional. Entretanto, por inúmeras razões que, inclusive, aponto nas Considerações Finais do meu livro, não vejo no movimento estudantil atual o mesmo vigor e entusiasmo que marcaram a geração de estudantes que lutou contra a ditadura, tanto em termos de mobilização quanto no sentido da elaboração política”, avalia Flávia.

Ao transitar do golpe de 1964 até o período da chamada reabertura política, o livro tem como foco elementos da disputa política então travada, que provavelmente são desconhecidos das novas gerações, ou talvez já embaralhados nas memórias dos que viveram aqueles tempos. Como a proliferação de grupos de esquerda de diferentes tendências no interior do movimento e o forte debate que precedeu a opção pela luta armada, que tanto seduziu estudantes. Disputa que o livro conclui ter sido equivocada.

Em uma de suas passagens, o texto também revela a forte influência exercida pela UNE nos diferentes setores que se opunham ao regime. O próprio Congresso Nacional, segundo o livro, teria sido contagiado pela ação estudantil ao defender o mandato do deputado Márcio Moreira Alves. O episódio serviria depois como justificativa para o endurecimento do golpe com a edição do AI-5.

Na opinião de Flávia, o movimento estudantil pode ser novamente um dos condutores de mobilizações capazes de romper o estado de coisas no Brasil, tão assemelhadas ao período ditatorial. Porém, além da retomada da capacidade de elaboração teórica e de propostas concretas para a sociedade como um todo, o movimento precisará retomar o diálogo permanente com amplos setores da juventude – as duas coisas, afinal, estão umbilicalmente ligadas.

“Obviamente, os cenários são diferentes, tanto na política quanto no campo educacional, o que resulta em uma prática bem distinta por parte do movimento”, observa a autora. “Mas é preciso abrir-se, efetivamente, para o diálogo com amplos setores da juventude, ouvindo, atentamente, as diversas reivindicações e demandas que trazem consigo, pois esses jovens precisam se sentir representados por essas entidades nas lutas que empreendem nacionalmente. Acredito que, sem encarar esses desafios, o movimento estudantil não conseguirá ampliar seu potencial de mobilização no nível que necessitamos neste momento crucial da nossa conjuntura”.

A tese de doutorado de Flávia também analisou o movimento estudantil brasileiro, mas virou livro, por enquanto, só na Alemanha.

Serviço

Lançamento do livro Atuação Política do Movimento Estudantil no Brasil: 1964 a 1985
Quando: sábado, dia 30, das 16h às 18h
Onde: Tapera Taperá, av. São Luís, 187, 2º andar, loja 29 – República, São Paulo
Ficha técnica: editora Brazil Publishing, 272 páginas. Preço sugerido: R$ 52

HORA DO RANGO APRESENTA JOÃO VASCONCELOS E LAÍS GOMES COM O PROVOCATIVO E LÍRICO “TRIPAS CORAÇÃO”

Novembro 29, 2019
DIÁLOGO DELICADO
Dupla de músicos conta no “Hora do Rango” os caminhos que levaram à criação do álbum de estreia, com levadas de baião, samba e frevo
  
REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Laís Gomes e João Vasconcelos começaram a trocar ideias musicais em 2016 e assim, pouco a pouco, surgiu o álbum “Tripas Coração”

 

São Paulo — O programa Hora do Rango fecha a semana, nesta sexta-feira (29), com o compositor e violonista João Vasconcelos e a compositora e cantora Laís Gomes, a partir do meio-dia, na Rádio Brasil Atual. Eles lançaram o álbum Tripas Coração, trabalho de estreia da dupla marcado por letras e melodias viscerais e líricas.

Assim como o dito popular, ”fazer das tripas coração” é a síntese dos versos e a essência sonora do disco, com canções com influências de diferentes ritmos brasileiros, como o baião, o samba e o frevo, e letras que têm como principais temas experiências humanas ora repletas de mistério e contemplação, ora revestidas de provocação irônica, onde se unem sofrimento, questionamento e celebração.

As letras de Laís Gomes são provocativas e líricas, moldadas pela suavidade de sua voz, enquanto o violão de João Vasconcelos é instigante, criando um diálogo delicado, preciso e ligeiro.

O disco Tripas Coração é resultado de um encontro que ocorre desde 2016, quando Laís e João a trocar referências e ideias musicais que, pouco a pouco, transformaram-se nas canções desse álbum.

O programa

Hora do Rango, apresentado por Colibri Vitta e premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), recebe ao vivo, de segunda a sexta-feira, ao meio-dia, sempre um convidado diferente com algo de novo, inusitado ou histórico para dizer e cantar. Os melhores momentos da semana são compilados e reapresentados aos sábados e domingos, no mesmo horário.

“A MOÇA PROSA DA AVENIDA”: LIVRO NARRA TRAJETÓRIA DA CARNAVALESCA ROSA MAGALHÃES

Novembro 28, 2019

CARNAVAL

Em 2020, artista vai completar 50 anos de atividades em barracões de escola de samba

Redação*

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ)

Novembro de 2019.

Carnavalesca Rosa Magalhães também teve destacada atuação como cenógrafa, figurinista, pintora e professora - Créditos: Divulgação
Carnavalesca Rosa Magalhães também teve destacada atuação como cenógrafa, figurinista, pintora e professora / Divulgação

Sete vezes campeã dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, a carnavalesca Rosa Magalhães acaba de ter sua trajetória contada em livro/dvd. “A Moça Prosa da Avenida”, de autoria de Luiz Ricardo Leitão, foi lançado nesta semana na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A obra apresenta ao público as diversas faces de Rosa, que também teve destacada atuação como cenógrafa, figurinista, pintora e professora. Em entrevista ao Programa Brasil de Fato RJ, Leitão deu detalhes sobre a pesquisa que durou quatro anos e meio.

“Carnaval depende do ritmo, da dança, do samba, mas também se transformou num espetáculo visual de grande efeito. A Avenida se transforma em uma aula de história, num debate e até em um divã. Os carnavalescos tem um peso nessa história e nós julgamos que era o momento de homenagear a maior de todas, Rosa Magalhães. Indubitavelmente a grande campeã da Marquês de Sapucaí com sete títulos, o que não é para qualquer um”, conta Luiz Ricardo Leitão, que é professor associado da UERJ e coordenador do Acervo Universitário do Samba.

Em 2020, Rosa Magalhães vai completar 50 anos de atividades em barracões de escola de samba. Ela inicia suas atividades em 1970, na Salgueiro, ao lado de figuras como Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta, Maria Augusta e Lícia Lacerda. Como figurinista e cenógrafa, Rosa Magalhães atuou na peça “Calabar – elogio da traição”, de Ruy Guerra e Chico Buarque, que foi censurada pela ditadura militar, em 1973 e também participou da criação do cenário do ballet do “Grande Circo Místico”, de Edu Lobo e Chico Buarque. Ela elaborou também o figurino da ópera Ça Ira do Roger Waters, ex Pink Floid. Em megaeventos, foi responsável pela direção artística da abertura do Pan-Americano de 2017 e do encerramento da Olimpíada, em 2016. Além disso, também trabalhou como professora da Escola de Belas Artes (Eba) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Sobre o Acervo Universitário do Samba

O Acervo Universitário do Samba é uma iniciativa acadêmica em defesa da cultura popular e do samba carioca. O livro sobre Rosa Magalhães é o quarto volume da série produzida pelo projeto que se dedica a registrar história de figuras vivas, que nem sempre obtém o devido reconhecimento. Surgido em 2015, o projeto já publicou livro sobre o cantor e compositor Aluísio Machado da Império Serrano, o compositor Zé Catimba da Imperatriz Leopoldinense e de Noca da Portela. O documentário, de 36 minutos, é uma co-produção do Acervo do Samba, do Centro de Tecnologia Educacional (CTE) e da Televisão Uerj e o livro foi editado pelo Departamento Cultural (DECULT-UERJ) e pelo selo Outras Expressões.

*Entrevista: Denise Viola

Edição: Vivian Virissimo

FEST ARUANDA 2019 COMEMORA 100 ANOS DE CINEMA PARAIBANO

Novembro 28, 2019

PARAÍBA CRIATIVA

Troféu Walfredo Rodriguez será inaugurado e vai homenagear os pioneiros da sétima arte no estado. Veja a Programação

Cida Alves

Brasil de Fato | João Pessoa – PB

Novembro de 2019.

Foto - Créditos: Divulgação
Foto / Divulgação

Entre os dias 28 de novembro e 4 de dezembro estará acontecendo a 14ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro. O evento fará uma celebração especial ao centenário do cinema paraibano, prestando homenagens a alguns dos pioneiros no estado. Além do troféu Walfredo Rodriguez, o festival também estará iniciando uma nova mostra de curtas-metragens só com produções paraibanas.

O cineasta Walfredo Rodriguez cunhou um marco no cinema paraibano com suas primeiras atividade cinematográficas realizadas em 1919. “A edição 2019 do festival tem como principal homenageado o próprio cinema paraibano, cuja história está intrinsecamente ligada à de Walfredo Rodriguez, de quem queremos falar muito, a partir de agora”, diz o coordenador e diretor executivo do Fest Aruanda, o professor Lúcio Vilar.

O troféu será entregue para os profissionais que contribuíram para a história do cinema paraibano. José Bezerra e W. J. Solha será um dos primeiro homenageados pela produção de ‘O salário da morte’ (1972), primeiro longa-metragem de ficção rodado na Paraíba, que teve a direção de Linduarte Noronha. “Eles assumiram os riscos de fazer um longa de ficção nos anos anos 70, eles queriam fazer um polo de cinema naquela época. É um filme todo gravado na Paraíba, em Pombal, e é um filme injustiçado pela crítica. Esse é um momento justo de fazer esse reconhecimento”, ressaltou Vilar numa coletiva de lançamento.

Também serão homenageados: o cineasta João Batista de Andrade, diretor do clássico ‘O Homem que Virou Suco’; o ator e cantor Flávio Bauraqui e a atriz paraibana Ingrid Trigueiro, protagonista do filme ‘Rebento’, que está colecionando prêmios em festivais por todo mundo, e também parte do elenco de ‘Bacurau’; e o cineasta Marcus Vilar.

O músico Sivuca, falecido em 2006, receberá uma homenagem póstuma por suas composições de trilhas cinematográficas. Ele fez trilhas para filmes de Roberto Farias, longas dos Trapalhões e de outros. 

Ingrid Trigueiro no cartaz de Rebento, filme de André Moraes/ Foto: Divulgação

Segundo Ingrid Trigueiro, do filme Rebento, esta homenagem é dividida com toda a categoria do cinema paraibano, que está em ascensão: “Muito feliz com essa homenagem, eu acho que o cinema paraibano merece isso tudo que está acontecendo. Esse festival tem sido bem importante para a cidade, também trazendo outras produções, outros realizadores. Ser homenageada, é claro que a gente fica muito feliz, porque é um reconhecimento de nosso trabalho, e a gente está vivendo um momento muito bacana no cinema brasileiro. E a Paraíba também só tem crescido e se fortalecido nos trabalhos que têm sido realizados”

A programação do Aruanda ainda não foi totalmente divulgada. O festival vai acontecer no Cinepólis do Manaíra Shopping, em João Pessoa com entrada gratuita.O público precisa chegar uma hora antes das exibições para ter acesso aos ingressos.

Walfredo Rodriguez – é considerado o pai do cinema paraibano. O fotógrafo testemunhou o crescimento de João Pessoa em negativos que mostram a evolução da cidade desde a época que ela ainda se chamava Parahyba do Norte, desde as “cacimbas de banho” públicas até a chegada da energia elétrica e dos bondes. Natural de João Pessoa, nasceu em 1893 e faleceu em 1973

Foto da Rua Duque de Caxias por Walfredo Rodriguez

Veja os filmes e vídeos que vão integrar as mostras

Mostra Competitiva de Curtas-metragens Paraibanos

“Seiva”, de Ramon Batista – Ficção (Nazarezinho)

“Bolha”, de Odécio Antônio e Taciano Valério – Ficção (João Pessoa)

“Faixa de Gaza”, de Lúcio César Fernandes – Ficção (João Pessoa)

“DNA-M Deus não acredita em máquinas”, de Ely Marques – Ficção (João Pessoa)

“Fim”, de Anna Diniz – Ficção (João Pessoa)

“Costureiras”, de Mailsa Passos, Rita Ribes e Virgínia de O. Silva – Documentário (João Pessoa, Coremas, São João do Cariri e Rio de Janeiro)

“Quitéria”, de Tiago A. Neves – Ficção (Campina Grande)

“Brasil, Cuba”, de Bertrand Lira e Arturo de la Garza – Documentário (João Pessoa)

“No Oco do Tempo”, de Antonio Fargoni – Ficção (Cabeceiras)

Mostra Competitiva Nacional

“Um Café e Quatro Segundos” de Cristiano Requião- Ficção- São Paulo/SP

“Um Grande Amor de Um Lobo” de Kennel Rogis é Adrianderson Barbosa – Documentário- São Miguel do Gostoso/RN

“Gravidade” de Amir Admoni- Animação- São Paulo/SP

“Nadir” de Fábio Rogério – Documentário – Aracaju/SE

“De Longe Ninguém Vê o Presidente” de Rená Tardin – Documentário – Rio de Janeiro/RJ

“Nervo” de Pedro Jorge e Sabrina Maróstica – São Paulo/SP

“Balão Azul” de Alice Gomes – Ficção – Rio de Janeiro/RJ

“Um” de Daniel Kfouri e João Castellano – Documentário – São Paulo/SP

“Travelling Adiante” de Lúcio Branco – Documentário – Rio de Janeiro/RJ

“Nuvem Negra” de Flávio Andrade – Ficção – Petrolina/PE

“Apenas o Que Você Precisa Saber Sobre Saber Sobre Mim” de Maria Augusta V. Nunes – Florianópolis/SC

“Quitéria” de Tiago A. Neves – Ficção – Campina Grande/PB

“Brasil-Cuba” de Bertrand Lira e Arturo de la Garza – Documentário – João Pessoa/PB

“No Oco do Tempo” de Antonio Fargoni – Ficção – Cabaceiras/PB

Mostra Sob o Céu Nordestino

“Currais”, de David Aguiar e Sabina Colares (CE)

“Jackson – Na batida do pandeiro”, de Marcus Vilar/Cacá Teixeira (PB)

“O que os olhos não veem”, de Vania Perazzo (PB)

“Giocondo Dias, Ilustre Clandestino”, de Vladimir Carvalho (DF)

“Frei Damião, o santo do Nordeste”, de Debby Brennand (PE)

“Soldados da borracha”, de Wolney Oliveira (CE)

Programa de TV (Mostra de TVs Universitárias)

“Diálogos na USP” – Thales Figueiredo (TV USP, São Paulo, 2019, 59’)

“Desafios” – Luiz Roberto Serrano (TV USP, São Paulo, 2019, 29’)

“Mackenzie em Movimento” – Marcelo Dias (TV Mackenzie, São Paulo, 2019, 9’)

“TVT Entrevista 2019 – Crime Organizado” – Flávia Martelli (TV Unaerp, Ribeirão Preto-SP, 2019, 16’)

“TVT Entrevista 2019 – Estatuto do Desarmamento” – Flávia Martelli (TV Unaerp, Ribeirão Preto-SP, 2019, 18’)

Interprograma

“Mitos da Universidade Pública”, de Thales Figueiredo (TV USP, São Paulo, 2019, 1’)

“Simplifica!”, de Luiza Caires (TV USP, São Paulo, 2019, 5’)

“Drops do Conhecimento, de Brigadeiro” – Rafaela Pelozi (TV Mackenzie, São Paulo, 2018, 2’)

“Vênus Hip Hop”, de Flávia Martelli (TV Unaerp, Ribeirão Preto-SP, 2019, 4’)

“Direitos Humanos”, de Flávia Martelli (TV Unaerp, Ribeirão Preto-SP, 2019, 3’)

Reportagem

“Bruxas Paulistas no Brasil Colonial”, de Tabita Said (TV USP, São Paulo, 2019, 14’)

“Morte de Jovens Negros na Periferia”, de Tabita Said (TV USP, São Paulo, 2019, 11’)

“Alfabetização Pescadores”, de Adèle Oliveira (TVU RN, Natal-RN, 2018, 7’)

“Violência X Games”, de Laura Quadros (TV Mackenzie, São Paulo, 2018, 7’)

“Stalkers”, de Adriana Chiaradia (TV Mackenzie, São Paulo, 2019, 6’)

“Abandono Animais”, de Flávia Martelli (TV Unaerp, Ribeirão Preto-SP, 2019, 3’)

“Abelhas Agronegócio”, de Flávia Martelli (TV Unaerp, Ribeirão Preto-SP, 2019, 4’)

Documentário

“Ecos de 1968: 50 anos depois”, de Marcello Rollemberg (TV USP, São Paulo, 2019, 73’)

“Executivos negros”, de Thales Figueiredo (TV USP, São Paulo, 2019, 12’)

“Sobre Nós”, de Isabella Souza, Marcella Dal Sasso, Jéssica Gonçalves e Lais Joazeiro (TV Unifran, Franca-SP, 2018, 25’)

“Estrelas da noite”, de Carine Fiúza (TV UFPB, João Pessoa, 2018, 12’)

“A casa de Jajja”, de Adriana Chiaradia (TV Mackenzie, São Paulo, 2019, 6’)

“Origem das crises”, de Marcelo Dias (TV Mackenzie, São Paulo, 2019, 9’)

“Andrômaca”, de Flávia Martelli (TV Unaerp, Ribeirão Preto-SP, 2019, 12’)

“Ossos do Ofício”, de Flávia Martelli (TV Unaerp, Ribeirão Preto-SP, 2019, 11’)

Interprograma de animação/videografismo

“Emaranhamento Quântico: comportamento estranho das partículas”, de Ignacio Amigo (TV USP, São Paulo, 2018, 3‘)

 

Edição: Redação BdF

HORA DO RANGO ENTREVISTA EDUARDO SANTHANA QUE LANÇA ‘A CORAGEM DE SER POETA’ COM POESIA E MÚSICA

Novembro 28, 2019
NOTAS E VERSOS
“Hora do Rango” desta quinta-feira apresenta autor conhecido por criar arranjos para poemas. Último trabalho de Santhana traz versos de José Eduardo Camargo
 
DIVULGAÇÃO

“A Coragem de ser Poeta” é o 7º álbum solo de Eduardo Santhana que estará nesta quinta-feira na Rádio Brasil Atual

 

São Paulo — O programa Hora do Rango da quinta-feira (28) recebe o cantor e compositor Eduardo Santhana, a partir do meio-dia, na Rádio Brasil Atual. Autor de músicas já gravadas por Jane Duboc, Ronnie Von, Lucinha Lins, Alaíde Costa, Lucila Novaes, Bruna Caram, entre outros artistas, o paulistano lançou em 2019 o seu 19º álbum. Intitulado A Coragem de Ser Poeta, musica poesias de José Eduardo Camargo.

Ao todo, Eduardo Santhana tem 19 discos e três DVDs gravados na carreira, sendo quatro deles com o parceiro Juca Novaes, e oito CDs e dois DVDs com o grupo Trovadores Urbanos, do qual faz parte desde 1990. Em carreira solo são sete álbuns, o primeiro lançado em 2008, Gerar e Nascer um Canto de Amor e Aconchego, idealizado pelo homeopata Yechiel Moises Chencinski e o ginecologista e obstetra Eliezer Berenstein, com temas voltados à maternidade e aos cuidados com o bebê.

Em 2010 veio o segundo disco, o CD/DVD Eduardo Santhana Voz e Pianos, com participação dos pianistas Amilton Godoy, Ivan Lins, João Donato, Hermeto Paschoal, Leila Pinheiro, Jane Duboc, Benjamim Taubkin, Laércio de Freitas, João Carlos Martins, José Miguel Wisnik, Maurício Gaetani, Marcos Nimrichter e Michel Freidenson, além das vozes de Olivia Hime e Simone Guimarães.

No ano seguinte, Eduardo Santhana apresentou o álbum Para Ruth, com poemas do jurista Ives Gandra dedicados à esposa Ruth. Em 2013 lança o disco Canções e, em 2015, reaparece com o álbum Ruth e Eu, novamente musicando poemas de Ives Gandra. Em 2016, o disco Paulo Bomfim – Porta Retratos.

Em sua trajetória, Santhana criou o projeto “Musicando Poesias”, unindo música e poesia para crianças e jovens, por meio dos versos de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa), Carlos Drummond de Andrade, José Saramago, Mario Quintana, Paulo Bomfim, Ariano Suassuna, Cecília Meireles, Vinícius de Moraes, entre outros.

Ao apresentar arranjos feitos para poesias de grandes mestres de épocas diferentes, Eduardo Santhana procura abrir novas possibilidades artísticas, fazendo da poesia e da música um elemento único a ser descoberto e apreciado.

O programa

Hora do Rango, apresentado por Colibri Vitta e premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), recebe ao vivo, de segunda a sexta-feira, ao meio-dia, sempre um convidado diferente com algo de novo, inusitado ou histórico para dizer e cantar. Os melhores momentos da semana são compilados e reapresentados aos sábados e domingos, no mesmo horário.

FILÓSOFO MARCOS JOSÉ PUBLICA SEU NOVO LIVRO: SOB A ORDEM DA ZONA ESCURA

Novembro 27, 2019

PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG

O novo livro do filósofo amazonense Marcos José, Sob A Ordem da Zona Escura pode ser considerado como um devir que corta o corpus atual da obscuridade-perversa que tenta imobilizar o Brasil em seu movimento-original. Partindo do entendimento dos conceitos do filósofo Leibniz sobre Zona Escura e Zona Clara, ele traça a cartografia da ordem nazifascista com sua impossibilidade de vivenciar o mundo como uma práxis e poiesis originária da percepção clara e distinta que mostra o filósofo Spinoza.  

Encadeando conceitos dos filósofos Leibniz, Spinoza, Marx, Nietzsche, Marx, Sartre, Elias Canetti, Deleuze, Guattari, Freud, além dos antipsiquiatras David Cooper e Ronald Laing, entre outros, o livro Sob A Ordem da Zona Escura mostra os estados aberrantes das criaturas da Zona Escura atrofiadas em sua estruturas sensorial, intelectiva e ética que impedem de experimentar o devir-social da homologia e da homonoia que fundamentam o corpus-democracia. As verdadeiras criaturas-corrompidas, como expressa o filósofo Nietzsche.

Como o conceito aberração remete ao sujeito que caminha, perambula, para fora, se entende clara e distintamente que ele faz sua caminhada fora do território-pulsante da democracia. Logo, trata-se de criaturas-horrorosas que não são traspassadas pelas partículas-democráticas que compõem as condições-políticas de viver, viver bem, com outros. Que resulta da composição das potências-singulares de todas as mulheres e homens como Bem Comum. Ou, estatuto político-social dos que vivem no território-ativo-democrático.

Estes sujeitos-sujeitados, em suas aberrações, impossibilitados de afetar, com suas tristezas, as pessoas-alegres que habitam a Zona Clara, estão condenados a perambular, impulsionados por suas atrofias, até enquanto não se façam transformadores de si mesmos, já que ninguém da Zona Clara pode lhes afetar com suas potência-alegres para que eles possam sair de suas condições escura, cinza e obscura. Isto, em função de não existe qualquer noção-comum entre as duas Zonas que possam levar estas criaturas, a composição de novas forma de sentir, ver, ouvir e pensar em outras dimensões. Elas são elas nelas mesmas. Em suas atrofiadas-condições. Em entendimento simples, não há noção-comum entre a democracia e a tirania. 

E o que é bem visível nessas criaturas da Zona Escura, é o desconhecimento de seus aguilhões. O que para o filósofo-historiador Elias Canetti, trata-se de uma ordem que um indivíduo recebe e ele não sabe quem foi o autor e em que momento foi atingido por ela. O que o torna sujeito-passivo da execução, já que a ordem se forma com um conteúdo. Como não são dotados de percepção clara e distinta, eles jamais desconfiam que são meros executores desta ordem sedimenta por partículas aberradoras da a-história. 

Escravizado pela força-dominante da ordem-aguilhão, essas horrendas-criaturas, não podem sequer cogitar a vida social em igualdade, em alteridade, em solidariedade com os outros. São solipsistas. Insuportáveis em-si. Nada entra, nada sai. Por isso, são facilmente identificáveis. Embora habitantes da Zona Escura, carregam revelante visibilidade. Suas condutas se expressam pela inveja, ódio, vingança, castigo, medo, covardia. Nos territórios do sexo, étnico, gênero, pedagógico são homofóbicos, racistas, misógino, pedófilo (o que odeia criança), xenófobos… Signos cultuados por todos nazifascistas

Sob A Ordem da Zona Escura, não delimita território único para estas criaturas-horrendas. Elas perambulam por todos os quadrantes sociais entulhando-os. Encontram-se em todas instituições e fora das instituições. 

 

Marcos José é filósofo, teatrólogo, teórico da psiquiatria-materialista, membro da Associação Filosofia Itinerante (AFIN), entre outros livros, escreveu Um Jogo Filosofante e Tagarelando em Nietzsche. 

 

Livro: Sob A Ordem da Zona Escura.

Autor: Marcos José.

Páginas: 133.

Preço: R$ 30

Publicação: Editora Garcia Edizioni

HORA DO RANGO ENTREVISTA FLAIRA FERRO QUE APRESENTA SEU DISCO ‘VIRADA NA JIRAYA’, COMPOSTO DE ROCK, FREVO E BEATS ELETRÔNICOS

Novembro 27, 2019
ATITUDE
Clima dançante e combativo é a marca do novo trabalho da artista pernambucana, destaque no cenário da música nordestina
    
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Em “Virada na Jiraya”, Flaira Ferro apresenta composições que passam pela ironia, a raiva, o otimismo, discursos políticos e existenciais

 

São Paulo — Cantora, compositora e dançarina, Flaira Ferro é a convidada do programa Hora do Rango desta quarta-feira (27), a partir do meio-dia, na Rádio Brasil Atual. Destaque na cena da música independente e autoral nordestina, a recifense lançou em 2015 seu primeiro álbum, Cordões Umbilicais, com arranjos inspirados nos ritmos brasileiros misturados com a música pop, eletrônica e erudita. Agora no final de outubro, Flaira apresentou seu segundo disco, Virada na Jiraya, com 12 faixas, sendo 11 compostas pela artista da nova geração de compositores e representantes da música pernambucana.

“Esse termo ‘virada na jiraya’ me remete à medicina da lucidez, ao anti-enlouquecimento. É um jeito bem humorado de transformar a raiva e os sentimentos de baixa frequência em combustíveis de transição para a conexão com nossa verdade”, define Flaira.  “O jiraya simboliza a precisão. É o arquétipo do ninja, da agilidade dotada de grande inteligência física e emocional. Estar ‘virada na jiraya’ é trazer essas ações de poder para o corpo feminino.”

O novo álbum é uma produção independente e conta com as participações de Chico César na música Suporto perder, do pianista Amaro Freitas em Maldita e das compositoras Isaar, Ylana, Sofia Freire, Paula Bujes, Laís de Assis e Aishá Lourenço na canção Germinar.

Com letras aguerridas e reflexivas, o disco une rock, frevo, samples e beats eletrônicos num clima dançante e combativo. Influenciada por artistas como Tom Zé, Rita Lee, Ave Sangria, Bjork, Chico César e Gilberto Gil, Flaira compõe canções que passam pela ironia, a raiva, o otimismo, discursos políticos e existenciais.

Seguindo a prática atual de cantores e músicos, antes de apresentar o disco completo Flaira Ferro lançou três singles. Coisa mais bonita foi o primeiro, em março de 2018, abordando a temática da liberdade sexual da mulher. Depois veio Revólver, lançada em fevereiro deste ano, unindo o frevo à sonoridade do rock eletrônico. O último single foi Suporto Perder, divulgado em agosto e com a participação de Chico César, que também convidou Flaira para participar do seu último disco, O Amor é um Ato Revolucionário, cantando na faixa Cruviana.

O programa

Hora do Rango, apresentado por Colibri Vitta e premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), recebe ao vivo, de segunda a sexta-feira, ao meio-dia, sempre um convidado diferente com algo de novo, inusitado ou histórico para dizer e cantar. Os melhores momentos da semana são compilados e reapresentados aos sábados e domingos, no mesmo horário.

HORA DO RANGO ENTREVISTA CRACA E DANI NEGA QUE FALAM SOBRE O ÁLBUM DANÇANTE E POLITIZADO ‘O DESMANCHE’

Novembro 26, 2019
DISCURSO AFIADO
Convidada do “Hora do Rango” desta terça-feira (26), a dupla diz que o disco é um chamado ao levante e também uma convocação à dança
    
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O segundo disco de Craca e Dani faz a fusão de ritmos da música brasileira com o eletrônico, o hip hop, funk e o rap, além de influências latinas e africanas

 

São Paulo — A dupla Craca e Dani Nega está no programa Hora do Rango desta terça-feira (26), a partir do meio-dia, na Rádio Brasil Atual. Em tempos de turbulências sociais e políticas, a dupla acredita que a música pode funcionar como condutora de ideias e sentimentos, acolhendo e reconfortando. E considera o segundo álbum – O Desmanche – um chamado ao levante, assim como uma convocação para dançar e extravasar.

O Desmanche é uma referência direta ao momento político em que nos encontramos”, explica Craca, responsável pela produção musical e arranjos do disco, que tem pegada mais dançante e poética, e participações especiais de Juçara Marçal, Luedji Luna, Roberta Estrela D’Alva, Sandra-X, Graça Cunha, Nanny Soul e o grupo Clarianas. “Há faixas bem dançantes que abrem espaço também para outras escutas. É um disco pra sentar e ouvir ou para ouvir de fone pela cidade”, sugere.

Com trabalho faz uma fusão de variados ritmos da música brasileira, além de eletrônico, latino, africano, hip hop, funk e rap. Há músicas que falam da resistência e da violência vivida pelo povo negro no Brasil, como Quando Voltarão?, que cita nomes de negros e índios militantes assassinados. A vereadora Marielle Franco é o primeiro nome lembrado. As faixas dançantes não deixam de ser reflexivas e de abordar temas políticos, como em Na Faca, na Fúria, no Grito ou no Dente.

 

As participações especiais são todas intencionalmente femininas. “As cantoras convidadas têm um trabalho consistente na cena musical, politicamente e esteticamente. O interessante é que cada uma delas trouxe um universo sonoro diferente contando no disco a sonoridade que as representam”, explica Dani Nega.

A música Boi Navegador abre o álbum com o coro do grupo Clarianas, trazendo a sonoridade da música popular tradicional brasileira. Não Pise na Bola tem participação da MC e apresentadora Roberta Estrela D’alva, parceira antiga de Dani Nega. Já as cantoras Juçara Marçal e Sandra-X reencontram-se na faixa Saravá Xangô, depois de tempos seguindo carreiras solos após atuarem à frente do grupo A Barca. Peito Meu, com participação de Luedji Luna e poesia de Dani Nega, fala de liberdade e outros sentimentos universais. Graça Cunha e Nanny Soul participam juntas em Casa de James, no ritmo dançante do funk e soul.


O programa

Hora do Rango, apresentado por Colibri Vitta e premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), recebe ao vivo, de segunda a sexta-feira, ao meio-dia, sempre um convidado diferente com algo de novo, inusitado ou histórico para dizer e cantar. Os melhores momentos da semana são compilados e reapresentados aos sábados e domingos, no mesmo horário.