Archive for the ‘Fotografia’ Category

FOTÓGRAFO JIMMY NELSON E AS IMAGENS MUITO ALÉM DA ANTROPOLOGIA E DOS OLHOS PÉTREOS

Julho 9, 2015

get_img (1)Jimmy Nelson é um artista que não responde as certezas apresentadas pela antropologia aos povos estudados. Com sua câmara e seus olhos deslocados, ou como poderia dizer o filósofo-psiquiatra, Guattari, olhos transversais ele faz desaparecer a visibilidade estruturada das pessoas. Sua arte chega as evanescências, ao movente, que os rostos escapam das rostidade inscritas pela sociedade com seus enunciados e suas subjetividades definidoras.

get_img (2) get_img (3)Cada rosto é um além do visível que pretendem afirmar os olhos capturados. Olhos que projetam, por antecipação, o que ainda não foi visto e que permanecerá sem ser visto, posto que toda antecipação de imagens-passadas nega o ser a ser vivenciado. Jimmy Nelson ‘desconfigura’ os rostos para permitir que os que querem os olhos para não olhar olhem e saltem a outra dimensão do visível. É quase como se ele nos perguntasse: Para que vocês querem os olhos?

get_img (4) get_imgEntão, tentemos olhar! Olhemos, já que os olhos não são só para confirmar o social que os poderes nos permitiram olhar. É preciso afirmar os olhos. Ir muito além de sua domesticação. O filósofo Nietzsche, diz, para mostrar que muitas pessoas não olham, que a maioria das pessoas viu uma única árvore, mas acredita que viu toda a floresta mesmo estando diante da floresta.

Pois olhemos! Olhemos as fotos e o vídeo! Rostos do mundo em cada mundo de cada homem e mulher.  

“CARNE MISTERIOSA” – MOSTRA FOTOGRÁFICA QUE TOCA NA ALIENAÇÃO GASTRONÔMICA DOS CONSUMIDORES DA INDÚSTRIA CHAMADA DE ALIMENTÍCIA

Junho 3, 2015

foto1A fome no homem para filósofo Marx tem dois sentidos. Uma fome social em  que o homem se alimenta para nutrir-se e, assim, sentir os sabores dos alimentos. Outra fome em que o homem, em estado de miséria, come como qualquer animal, só para se saciar sem experimentar os sabores. É uma fome em que o homem é rebaixado ao seu instinto primário.

O segundo tipo de fome é uma produção do sistema capitalista em que o homem desprovido de dinheiro não pode comprar o alimento e se sentir incluído no primeiro caso: a fome social. Como o capitalismo é um primor em produzir formas de comportamentos lucrativos para si, ele também encontrou na indústria alimentícia outra forma de rebaixar o homem a vil condição de animal que só se sacia.

Essa condição de matar a fome somente levando um objeto ao estômago criou um hábito nas pequenas e grandes cidades. Os chamados alimentos são uma espécie de gadget tanto engenhosidade como insignificância alimentar. Os consumidores desses objetos encontram nas lanchonetes e restaurante ofertas variadas para satisfazer seus ‘bons gostos rebaixados’. Vai dos salgadinhos passando pelo hot dog estilo Mc Donald.

Ao sacar essa proeza ‘ética alimentar’ o fotógrafo Peter Auguste, que vive em Hong Kong, resolveu realizar um ensaio para mostrar o que os insaciáveis orais pós-modernos estão engolindo no maior glamour imaginando que ao engolir tais venenos estão se diferenciando e não estão fora do contexto do que é oferecido como eliminação do desejo pela indústria alimentícia.

Para tocar de leve nesse glamour pós-moderno, uma pesquisa realizada no Mississipi mostrou que empanados com carne de frango só contém 40% a 50% de carne o resto, mano, são cartilagens, gorduras, nervos e fragmentos de ossos.

“Ao chegar a Hong Kong pela primeira vez, as cenas que mais me marcaram foram os açougues. Como estrangeiro vindo de uma grande cidade do Ocidente, a maioria de nós nunca vê de perto com se parece o animal que vamos comprar e comer – estar sempre embalado adequadamente e apresentado em um supermercado climatizado.

Ao ter de passar na frente desses açougues todos os dias, com as cabeças de porcos, os intestinos, os olhos e os pulmões pendurados em ganchos em pleno ar, isso me trouxe um desafio de encarar essas lojas como um lugar normal, de onde vem o verdadeiro alimento que terminam no cardápio de um restaurante local.

A maioria de nós raramente vê de perto que tipo de comida estamos comprando. Elas estão sempre embaladas, bonitas e arrumadas, exibidas em um refrigerador de supermercado”, observou o fotógrafo.

Vejam algumas das apetitosas e sedutoras fotos-iguarias.

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MOSTRA FOTOGRÁFICA: “ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM PERIGO – LÍBIA E SOMÁLIA NO OLHAR DE ANDRÉ LIOHN”

Junho 2, 2015

929183-andre fotografo cruz vermelha_270 fotos tiradas em hospitais ameaçados e nas linhas de combates entre os anos de 2010 e 2013, principalmente na Líbia e na Somália, compõem a mostra fotográfica Assistência à Saúde em Perigo – Líbia e Somália no Olhar de André Liohn que está sendo realiza na Biblioteca do Parque Villa Lobo, em São Paulo. A mostra faz parte do projeto do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV): Assistência à Saúde em Perigo.

Durante esse período o fotógrafo André Liohn presenciou as atrocidades, as mortes e as apreensões dos trabalhadores da saúde nesses territórios de guerra e fotografou alguns desses momentos angustiantes e o desespero desses profissionais em que alguns perderam a vida.

O olhar-fotográfico de André mostra como é perigoso trabalhar como agente de saúde nesses territórios em guerra, visto que as armas não atingem apenas quem ataca e se defende, mas também quem trabalha na proteção e tratamentos dos feridos que nem sempre são combatentes. São profissionais e civis que vivem sob constantes ameaças.

929185-andre fotografo cruz vermelha_6André contou qual era o ambiente momento antes que uma bomba foi lançada matando dois jornalistas no local.

“Omar não queria pegar em armas, porque ele tinha medo. Mas ele queria participar de alguma forma, então começou a dirigir a ambulância, resgatando vítimas do conflito.

Aqui era um momento em que estávamos esperando algum ferido, a situação era sempre de tensão, aqui Omar estar bastante abatido, na espera do próximo paciente que eles teriam que resgatar”, contou André.

Depois ele contou outro episódio mostrando a foto de um motorista que morreu em um atendado.

“O grupo que foi na frente, com luzes apagadas, foi bombardeado por um avião da Otan, eu não sei de qual país. Eu estava nessa ambulância de trás com luzes acesas. Esse motorista na foto tinha entrado em uma briga quase física com o motorista da ambulância que morreu. Eles haviam discutido por ter ou não acesa. Então, naquele momento da fotografia, ele estava num choque emocional bastante forte”, narrou André.

As imagens são chocantes, mas precisam serem observadas para o público possa produzir modos de entendimentos melhores sobre as ambições que determinam as guerras totalitárias que não contam, em nenhum momento, com a vida.

“SAL DA TERRA”, DOCUMENTÁRIO DE WIM WENDERS SOBRE O FOTÓGRAFO E AMBIENTALISTA SEBASTIÃO SALGADO

Março 27, 2015

70b88eb3-5648-4a7d-9d46-801b076d65a4Sebastião Salgado é o fotógrafo da singeleza do olhar. Ele é a sensibilidade que alcança a espiritualidade invisível do homem e a emanação efémera criadora da natureza. Daí sua importância no mundo que destrói para construir seu mundo quase sempre sem qualquer racionalidade e emotividade protetora.

O cinegrafista Wim Wenders observou o esteta fenomenológico Sebastião Salgado, e, juntamente com Juliano Ribeiro Salgado, filho do homem do olhar revelador, criou o documentário Sal da Terra que tem como elemento cinematográfico a vida e a produção desse insigne artista da visão que escapa dos objetos com suas implicantes objetividades.

Sebastião Salgado juntamente com sua mulher Lélia Wanick construíram o Instituto Terra que é compromissado com a proteção ambiental tanto como preservação como criação: plantação de espécies. Do entendimento sobre as ações dos homens, os dois analisam as dores profundas das cidades que sofrem com violência sobre a natureza como a crise hídrica, resultado das destruições dos rios e dos mananciais.

“Tinha acabado de lançar o Êxodos estava profundamente deprimido, afundava no pessimismo. Vi coisas terríveis na África e na antiga Iugoslávia. Pensei então em um projeto para denunciar e a poluição das florestas. Foi nesse momento que Lélia surgiu com a ideia de replantar.

A solução para a crise hídrica é simples: não medir esforços. O Brasil é um País incrível, mas parece que o brasileiro não percebe isso. Ainda somos muito pessimistas em relação a nossa própria gente”, observou o fotógrafo da fenomenologia do olhar.

Como sempre fora um homem engajado, por isso foi perseguido no período da ditadura, Sebastião Salgado, tem um entendimento de que a política ambientalista é capaz de mudar o estado de coisa ameaçador contra a natureza e propiciar formas de existências harmoniosas e justas.

Por tal, ao analisar as mudanças que ocorreram no Brasil, produzidas pelos governos populares, onde mais de 40 milhões de pessoas deixaram a faixa da miséria, ele pode afirmar que essas mudanças também se encontram ligadas as ações políticas referentes à água.

“Depois do segundo governo do PT, há um acesso de 40 milhões de pessoa à classe média. Isso nunca aconteceu e é positivo, mas gera demanda de água. A solução para o problema é preservar nossas nascentes. É absolutamente necessário que todas as instituições, sejam públicas ou privadas, façam sua parte”, observou Sebastião Salgado.

 Veja o trailer do cinema Sal da Terra cuja estreia foi ontem.

A ESTÉTICA IMAGÉTICA-COPA NOS OLHOS DO FOTÓGRAFO TOMAZ SILVA DA AGÊNCIA BRASIL

Julho 6, 2014

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Os filósofos Deleuze e Guattari dizem que “a linguagem não é feita para que se acredite nela, mas para obedecer e se fazer obedecer”. A opinião comum diz que uma imagem vale mais que mil palavras.

Quando a linguagem se torna usual ela não é nada mais do que palavra de ordem, redundância. Serve para não informar. Como fazem os meios de comunicação. Exemplo, a Globo. Uma imagem só vale mais do que mil palavras quando o criador da imagem fissurou o mundo-imagético redundante.922189-torcedor_alzir%C3%A3o_0850 922190-torcedor_alzir%C3%A3o_0851 922191-torcedor_alzir%C3%A3o_0852 922192-torcedor_alzir%C3%A3o_0853 922193-torcedor_alzir%C3%A3o_0854

Foi o que o fotógrafo Tomaz Silva fez com sua Estética Imagética-Copa, produzida e apresentada aos internautas por esse blog esquizofia. Não se trata de uma exposição realizada pelo fotógrafo, mas uma seleção de suas fotos elaboradas pelo esquizofia e mostrada aos seus esquizofílicos.922194-torcedor_alzir%C3%A3o_0855

Com um tema pertinente, a Copa do Mundo, o passeio esquizo pode se realizar.

A FOTÓGRAFA ROSA GAUDITANO REALIZA MOSTRA DE FOTOGRAFIA “FUTEBOL NA ALDEIA” E EXIBE DOS VÍDEOS SOBRE OS ÍNDIOS GUARANI KAIOWÁ E XAVANTES

Junho 15, 2014

 

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“Iwapu (levanta a bola na linguagem xavante) Futebol na Aldeia” é uma composição das relações futebolísticas entre os índios e os chamados brancos que a fotógrafa Rosa Gauditano mostra em sua exposição.

O jogo da pelota ocorre nos acampamentos e escolas Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. As fotos mostram partidas de futebol em que a pelota aparece em jogos de homens contra homens, mulheres contra mulheres e crianças contra crianças.

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De acordo com Rosa Gauditano, seu objetivo, com a exposição é mostrar que o índio deve ser respeitado como cidadão brasileiro, integrante da sociedade para que possa ter seus direitos reconhecidos.

Mas na exposição as pessoas que forem vivenciá-la não encontrarão apenas as fotografias, elas também irão assistir a dois importantes vídeos: O Conflito da Terra 1 e 2. Que você já pode assistir aqui.

“No Brasil existem 233 etnias indígenas que falam 180 línguas diferentes.  E os Guarani-Kaiowá são uma etnia que têm cerca de trinta mil pessoas que vivem no Mato Grosso do Sul. E esse povo é o que está em pior situação de todas essas etnias. Por isso, resolvi fazer um trabalho de documentação no MS para ver como vivem essas pessoas e como é a situação delas hoje.

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Eu não imaginava que ia encontrar tantos povos indígenas diferentes no mesmo lugar. Para mim, foi uma surpresa muito grande porque não imaginava que existiam tantos povos indígenas no Brasil. E, o mais louco de tudo, não imaginava como que, com toda essa riqueza, a gente não conhecia esses povos. Foi nesse momento que decidi fazer um trabalho de documentação”, expôs Rosa Gauditano.

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Veja os vídeos, analise e divulgue para que seja composta uma comunalidade interessada nas questões indígenas.

A exposição ocorre na Ímã Foto Galeria, na Rua Fradique Coutinho, 1239, na Vila Madalena, São Paulo. Vai até do dia 31 de julho.

 

“PIRATAS URBANOS”, EXPOSIÇÃO DO FOTÓGRAFO, SÉRGIO SILVA, QUE PERDEU A VISÃO POR FORÇA DE UMA BALA DE BORRACHA ATIRADA PELA PM/SP

Junho 14, 2014

 

Sérgio Silva, fotógrafo profissional, cobria as manifestações de 13 de junho de 2013, quando homens da Polícia Militar começaram a atirar com balas de borrachas nos manifestantes. Como profissional comprometido que é ele tentou cobrir a violência promovida pelos policiais. Foi aí que se materializou nele próprio a violência: uma bala de borracha vazou seu olho esquerdo.

Como um homem que conhece seus direitos, Sérgio Silva, fez a denúncia e espera a decisão que deve vir do próprio Estado de São, já que ele foi vitimado por um dos seus agentes. Mas o não lhe levou ao desespero a ponto de deixar de militar em sua profissão. Agora, ele reuniu 60 retratos de militantes, movimentos sociais, artistas, políticos e amigos todos usando um tapa-olho simbolizando e protestando contra a violência policial que lhe levou a cegueira de uma visão.

Sérgio Silva desencadeou um movimento com assinaturas em um abaixo-assinado na internet contra o uso de bala de borracha pela polícia nas manifestações.

“Essa exposição é uma denúncia contra à violência que a PM comete nas manifestações e nas periferias todos os dias. A exposição também pretende cobrar às autoridades pela violência que sofri, ainda impune, e chamara a atenção de que a repressão continua muito forte. É um apelo para que as pessoas se revoltem contra essa situação.

No início, fiz retratos dos amigos que estavam mais próximos. Depois, quando passei a divulgar algumas fotos na internet, outras pessoas quiseram participar, como mostra de solidariedade.

A bala que me atingiu feriu muita gente. As pessoas sentem revolta com o episódio. É um dia triste, mas também de comemoração. Não foi à toa que quis inaugurar a exposição em 13 de junho. Não quero que os absurdos do ano passado sejam esquecidos. Mas não quero que seja apenas a data em que me tornei vítima da repressão policial.

Um ano depois, 13 de junho, será também um ponto muito importante em minha carreira”, expôs Sérgio Silva.

 Entre os amigos que aparecem nas fotos encontram-se o senador do PT, Eduardo Suplicy, o músico André Abujamra, e outros.

A exposição ficar em cartaz até o dia 28 de junho, na Sede da ONG Coletivo Digital, na Rua Cônego Eugênio Leite, 1117 – Pinheiros- São Paulo. 

Não percam, porque a violência só pode acabar com a participação de todos em atos como este promovido por Sérgio Silva.               

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS “AS DONAS DA BOLA”

Maio 19, 2014

A cultura não é uma produção exclusivamente do cognominado homem. Esse ser que transcende o macho através de seus signos sócios-culturais. Não é um mundo dos artifícios onde predominam apenas objetos e ideias nascidas da força e da inteligência do macho-homem. Ela é também o resultado da participação direta da fêmea-mulher com seus sentidos e inteligência. O ser que transcende o gênero fêmea e se constitui como ser produtivo de realidades.

Se há distribuições de funções que são indicadas exclusivamente para o macho-homem e a fêmea-mulher, são decorrências de fatores históricos, antropológicos, religiosos, econômicos, políticos, morais, etc., e não como essências. São fatores que predominaram como ordens direcionadoras dos comportamentos. O patriarcalismo hebreu que predominou no Ocidente contribuiu para essas diferenças de funções. Compondo o patriarcalismo com a moral-cristã-burguesa que se sustentou em pilares econômicos do capitalismo liberal, de monopólio, de truste, de organização, de consumo, tem-se um cenário eminentemente discriminador, onde a mulher aparece como um ser que deve ser tratado à parte quase como o terceiro excluído da Lógica Formal aristotélica. Ou como diz a psicanálise, o outro castrado. 

Todavia, em razão de suas próprias necessidades e produções libertárias, esse entendimento do excluído que a mulher-fêmea amargou durante todo esse tempo, tem se modificado. Ela já não responde à semiótica instituída pelo modelo macho, branco, europeu, que lhe impunha a escravidão. Hoje, ela, criou uma subjetividade que se não lhe permite uma posição totalmente independente em relação às frustrações do homem-macho que lhe quer ainda escravizada, ela pode discutir seus temas sem medo de se encontra errada e está indo além do que lhe compete.

É por isso, que a Exposição de Fotografias As Donas da Bola, não causa nenhuma surpresa, estranhamento e muito menos constrangimento, visto que não há nada de anormal, mas de revelação de uma possibilidade: poder traçar um ‘pebol’ sem ter que imitar o modelo de jogar dos ditos jogadores. A mulher em sua essência original tem um corpo que pode compor com a bola de forma singular, muito diferente de como o corpo do homem compõe com a bola. É essa nova composição de gestuais futebolísticos que sensibiliza o olhar e incita a cognição de quem assiste imagens das Donas da Bola.

A Exposição De Fotografias As Donas da Bola que ocorre no Centro Cultural de São Paulo, conta com a participação da arte de 11 fotógrafos distribuídos em 121 fotografias coloridas e preto e branco produzidas no Amapá, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e outros territórios onde elas se manifestam.

“Essa iniciativa pretende preencher uma lacuna importante ao aplicar a percepção e a consciência social sobre a importância da mulher no futebol como esporte, dentro de uma cultura nacional ainda em formação”, observou Diógenes Moura, o curador da exposição.     

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS: “REGISTRO DE UMA GUERRA SURDA”

Maio 14, 2014

Fazendo parte do Seminário Ditadura e Transição Democrática – Cinco Anos de Memórias Reveladas nos 50 Anos do Golpe de 1964, estará ocorrendo até o dia 18, na sede do Arquivo Nacional, no centro do Rio de Janeiro, a exposição de fotografias, Registro de Uma Guerra Surda que mostra imagens dos 50 anos de ditadura civil-militar imposta à sociedade brasileira entre os anos de 1964 e 1985.

A exposição é composta de imagens de grande valor histórico e a-histórico como a que mostra o ditador Garrastazu Médici, fotografado pelo Jornal Correio da Manhã, erguendo a Taça Jules Rimet que os jogadores brasileiros conquistaram na Copa do Mundo de 1970. Médici, considerado o mais repressor dos ditadores da ditadura brasileira, ficou no poder de 1969 a 1974. Foi substituído pelo general Geisel, cuja gestão foi marcada pelo assassinato, em 1975, sob tortura no DOI-Codi, de São Paulo, do jornalista Wladimir Herzog, diretor da TV Cultura, que também trabalhava com fotografia e com cinema.

A exposição é composta por quatro eixos, em um deles imagens mostra como os militares conquistaram grande parte da sociedade brasileira. Há também o original do Ato Institucional Número 5, o antidemocrático AI-5 que instituído pelos militares no ano de 1968; cartas de presos políticos; o Congresso da UNE, em Ibiúna, São Paulo, onde foram presos Dirceu e o insigne jornalista Franklin Martins; como também a lista dos militantes presos que foram trocados pelo diplomata alemão, sequestrado, Ehrenfried Anton Theodor Ludwig Von Holleben.

A cientista política e curadora da exposição, Viviane Gouveia, teceu comentários sobre o evento e seu conteúdo.

“A ditadura militar ficou tantos anos no poder porque, embora alguns setores da sociedade se articulassem para combatê-la, muitas pessoas apoiavam a ditadura. Tinham medo do que os militares chamavam de terroristas.

O congresso de Ibiúna foi o último por muitos anos. Depois desse ataque, o movimentos estudantil foi completamente desarticulado, em uma época em que o movimento sindical já estava desarticulado e só retornou em meados da década de 70”, comentou a curadora.

Na quinta-feira, durante a exposição, será realizado um debate sobre a fotografia na ditadura com o título: Retratos da Resistência: A Ditadura na Lente dos Fotógrafos.

Uma boa pedida, porque estão compostos dois corpos: a arte fotográfica e a política. Ou, a não-política, já que não há política em regime ditatorial.

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA “EU TE DESAFIO A ME AMAR” É UMA LINHA DE DEBATE POLÍTICO NO MÊS INTERNACIONAL DE COMBATE À HOMOFOBIA E TRANSFOBIA

Maio 7, 2014

Exposição

No ano de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou que o homossexualismo, não é doença. Entretanto, o debate sobre esse tema já havia percorrido longos e dolorosos percursos. Mas a determinação da OMS foi importante porque enfraqueceu a estupidez dos campeões da moral-sexual (os impotentes-ontológicos) que, para discriminar aberrantemente os homossexuais, usavam o preconceito afirmando que de eram doentes. 

Mas, como se diz no jargão libertário, a luta continuou. Mesmo com a firmação da OMS, a discriminação acintosa permanece a ponto de ter exacerbado seu grau de violência que não satisfeito com espancamentos dos homossexuais, também chega aos assassinatos. No caso do Brasil, é um dos países onde mais se assassina homossexuais.

É exatamente nessa linha de entendimento, que a Exposição Fotográfica “Eu Te Desafio A Me Amar”, da holandesa/uruguaia Diana Blok, em cartaz até o dia 9,na Favela da Maré, na Galeria 535, procura debater com o publico o tema do homossexualismo e a transfobia. Por isso, faz parte do Mês Internacional de Combate à Homofobia e Transfobia.

A exposição fotográfica de Diana Blok é um manifesto visual, como dizem os críticos, da identidade sexual do país. Ela, também, através de um filme, apresenta a diversidade que o tema carrega. Por tal, o objetivo de seu trabalho é possibilitar a promoção da consciência sobre a liberdade e o respeito às pessoas independente de suas orientações sexuais.

A exposição é uma produção da ONG Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), em parceria com a Embaixada Holandesa e tem como curadora Cinara Barbosa.

A exposição exibe fotografias de Ellen Oleria, Rafucko, Nei Matogrosso, João Nery, o primeiro transexual operado no Brasil, e a foto do aluno da Universidade de Brasília, Marcelo Caetano, que foi o primeiro a fazer uso do nome social e carrega uma tatuagem que possibilitou o nome da exposição.

Entre os dias 15 e 30 de maio, a exposição será exibida no Museu da República, em Brasília.

Veja o teaser do projeto de Diana Blok.