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A grande madrinha do Samba Beth Carvalho solta o som em nova roda de samba

Janeiro 15, 2014

1017161_562165700528211_1592653238_nA grande madrinha de todos os sambas, Beth Carvalho estará mostrando que todo samba de Mangueirense cabe mais um. E já que todo portelense e os imperianos carregam a verde e rosa no coração, a madrinha se apresentará neste sábado (18) em Madureira, recanto da Portela e do pessoal que veio da Serrinha.

O sambão que começa a partir das 20 horas no Parque Madureira, traz os sucessos de seu 33º álbum e mais recente trabalho:“Nosso Samba Tá na Rua”. Mas pra quem, assim como Noel, tá saindo do plantão sem Tostão, não se preocupe. A entrada é franca e a potência alegre do samba sempre liberta.

O ritmo das baquetas sonoras de Edison Machado

Maio 19, 2013

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O ARTISTA PAULO VANZOLINI E SUA PRODUÇÃO QUE NÃO MAIS SE ATUALIZA

Maio 1, 2013

Paulo Vanzolini Tv

“Eu sou Paulo Vanzolini / Animal de muita fama / Eu tanto corro no seco / Como na vargem de lama / Mas quando o marido chega / Me escondo embaixo da cama”

“Improvisação do Dr. Paulo Emílio Vanzolini, Diretor do Museu Zoológico de São Paulo, antes de partir mais uma vez para Harvard. (…) Profissionalmente, ele se diz apenas biólogo. Médico, jamais clinicou. Preferiu seguir pesquisando e ensinando. Pode um tal “homem das ciências” ser um bom sambista? Sem ter feito a pergunta, o Brasil inteiro ficou sabendo a resposta, quando ouviu aquele esplêndido Volta por Cima” Chico Buarque na contra-capa do primeiro LP com músicas de Vanzolini.

Artista é aquele que em sua produção cria novas formas que apenas seus olhos conseguem ver ou passam batida pelos olhos dos meros cidadãos comuns. Criar é algo essencial para o artista, que em suas produções cria pois se sente vivo fazendo isto. Pouco importa a remuneração, como diria Pessoa “O que é Necessário é criar.

Vanzolini é dono de muitas histórias. Médico, biólogo e um grande músico. A música para ele sempre foi nos momentos de alegria e construção coletiva de amizades e conhecimentos. Vanzolini foi muito além do seus grandes sucessos como Ronda, Volta por Cima, Capoeira do Arnaldo, Praça Clovis, Amor de trapo e farrapo. Paulo amava a música e usava de suas composições para jogar com a existência, com a vida boêmia, com as grandes amizades que tinha com gente de várias gerações de cidadãos, artistas, poetas, músicos, jornalistas, entre outros. 

 Vanzolini sempre usou a arte como uma produção em seu lazer e logo se tornou um expoente do samba paulista. Amigo de Marcus Pereira e Luiz Carlos Paraná frequentava o bar Jogral, do qual também era sócio. Abaixo vemos uma foto do livro de Marcus e uma descrição do amigo.

Paulo Vanzolini Jogral

“Sobre Paulo Vanzolini contavam-se histórias curiosas que ilustravam a sua polimórfica personalidade, doublé de boêmio, sambista e cientista. Paulo Vanzonlini passou a ser uma das atrações do “Jogral” [bar de Marcus Pereira, Luis Carlos Paraná e também Paulo Vanzolini]. Assíduo como poucos, Paulo saía do Museu de Zoologia do qual era diretor e ia para o “Jogral” onde cantava, participava de desafios, contava estórias e declamava, recebendo o cachê modesto de sua cachaça com gelo”  Marcus Pereira, Música: está chegando a vez do povo. A história do Jogral

Compor era uma atividade lúdica para Vanzolini que no meio de seus estudos em zoologia fazia músicas sem nunca pensar em gravar. O amante da noite teve sua primeira música gravada por Inezita Barroso, e depois uma legião de artistas gravaram sua música.

Com uma voz marcante, mas para muitos não muito bem recebida, Vanzolini conta que os próprios músicos não gostavam da ideia que ele cantasse as músicas. Seu primeiro LP foi gravado pelo embrião dos DMP, sendo um brinde de natal da Marcus Pereira Publicidade lançado como “Discos do Jogral”. Na fala abaixo Marcus Pereira como ocorreu a gravação deste que veio a ser o precussor dos Discos Marcus Pereira. 

“Paulo Vanzolini, depois dos aborrecimentos que teve com Volta por Cima, decidiu não mais gravar e divulgar seu trabalho de boca em boca. Logo depois nos conhecemos, propus fazermos um disco, ele me respondeu rispidamente. Nossas relações se estreitaram depois com o apadrinhamento do Carlos [Paraná], e eu me senti seguro para voltar ao assunto. E perguntei um dia: “Paulinho, vamos fazer um LP? E ele respondeu: “Com você faço qualquer negócio”. Como contei antes, Paulo já era legendário, sendo praticamente inédito. Suas músicas têm lugar seguro e de destaque em qualquer antologia de nossa música popular, por mais rigorosa e limitada que seja a seleção. O Carlos e eu resolvemos então gravar um disco com as músicas do Paulinho. Faltava arranjar dinheiro e eu convenci uma empresa, a “Independência S.A.”, que era cliente da minha agência a patrocinar o disco e distribuí-lo como brinde de fim de ano.  Seu diretor principal, Antônio Carlos de Paula Machado, era meu amigo e sensibilizou-se com a proposta. O que escondi de Antônio Carlos era que o brinde era muito mais para nós, para a nossa alegria, do que para os clientes da empresa dele. A produção do disco foi do Carlos, escolhemos junto o repertório e os intérpretes. […] O disco foi gravado em outubro de 1967, os arranjos foram feitos por Toquinho e Portinho, seu título é “Paulo Vanzolini, onze sambas e uma capoeira.” Do mesmo livro citado acima.

Paulo VAnzolini No rio das Amazonas

Pela gravadora Eldorado, Paulo gravou em 1981 o LP “Paulo Vanzolini por ele mesmo” onde finalmente pode soltar sua voz rouca em seus sambas e uma capoeira. Posteriormente Vanzolini lançou pouca coisa inédita, mas em 2003 a gravadora Biscoito Fino lançou a caixa com 4 cds que trazia uma grande parte de suas composições cantadas pelo próprio Vanzolini.

Agora com o fim da produção deste cientista, músico e artista, resta recordar sua boa e alegre música que sempre com humor cantou e cantará muitas existências. 

PRODUÇÃO COLETIVA ARTE OCUPA MANAUS DEVOLVE A PRAÇA AO PÚBLICO

Fevereiro 26, 2013

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A não-cidade de Manaus sempre foi governada por pessoas tristes que tentaram e continuam tentando de todas as formas manter a população resignada e improdutiva. As produções pseudo (ou somente e raramente) artísticas foram sempre direcionadas a uma cultura-valor (aquela que adiciona valor aos que tem acesso a ela, em uma relação social de poder como expõe Guattari) para uma classe mediana e improdutiva.

Como já discutimos anteriormente Manaus é uma não cidade pois dificilmente se encontra artistas, vemos apenas aqueles que são dependentes do Estado para produzir suas pirações. Assim os poucos se mostram interessados muitas vezes esbarram nesta realidade deprimente e não conseguem ir muito adiante.

Porém quando diversas pessoas da sociedade civil organizada, cidadãos comuns como qualquer outro decide deixar esta realidade opressora de lado, acreditar na sua capacidade produtora independente de qualquer auxilio do estado e ir para a rua mostrar sua arte, sua voz, sua presença no mundo.

Esta foi a idéia do Arte Ocupa Manaus, uma ocupação de um dos espaços urbanos para que seja devolvido a produção e presença coletiva. Assim esta ocupação foi dar vida a não-cidade de Manaus que através das desadministrações políticas da cidade temos um verdadeiro cemitério a céu aberto. É só andar pelo Centro da cidade para perceber uma história de abandono da população pelos governantes e que por isto deve-se ocupar o espaço público para oxigenar as veias da não cidade.

Assim diversos grupos e artistas de rua decidiram ocupar no domingo da semana passada (17) a Praça Dom Pedro II, localizada ao redor da Antiga Prefeitura e do INSS. A recente reforma da praça com seu coreto e fontes pintados não escondem todo a deprimente realidade que a cidade se encontra, sem os serviços básicos principalmente nas quebradas do mundaréu onde estão as Zonas Norte e Leste.  Porém diversas expressões de amazonenses produtivos, que não sofrem do sentimento de inferioridade imobilizante sobre outros povos (principalmente pelos mais ativ@s paraenses, maranhenses, piauienses, etc) e nem deixam ser deglutidos pela inoperancia do governo e dos artistofastros (falsos artistas).

E rolou a moçada da capoeira, do grafite, do freestyle, do rap, do samba, da poesia, das artes plásticas, dos malabares, do circo, e muitas outras atividades artística. Conversamos com os dois propositores do evento, a ativista Renatinha Peixe-boi e o Grafiteiro Raiz, que deram o início no evento que juntou mais de 200 pessoas em um encontro gostoso, produtivo, que aumentou a potência de agir de cada um que foi para conhecer somar e multiplicar este evento que foi o primeiro de vários outros a vir.

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Eu acho que eu só consegui dá o enter nas idéias que já estavam no coração e nas idéias de muita gente, não só como em um espaço físico, mas no espaço do irreal, do intocado que está dentro de cada um, na possibilidade de fazer e ajudar de fato o irmão com coisas boas. Como por exemplo uma pintura de parede que pode modificar a vida de uma criança que está observando a arte de pintar a parede quando ela poderia está observando o cara alí fumando oxi. Então a idéia foi quando a gente veio pintar uma parede e quando a gente viu estavamos cercados pelas pessoas da comunidade, interessadas pela pintura, falando sobre as necessidades que são necessidades comuns de todo mundo: necessidade a cultura, a liberdade de expressão, de um espaço físico adequado para utilizar. Este aqui é o ponto de prostituição mais famoso da cidade, no entanto é em frente a primeira prefeitura, o prédio do INSS onde as pessoas ficam na fila pra receber um benefício. Então é mostrar que a gente não precisa de mais nada, não precisa de grandes estruturas para resolver nossos próprios problemas. Somos nós que vamos resolver os problemas, não vai ser o governo, não vai ser o dinheiro, vai ser boas ações. Só o fato de a gente estar aqui neste domingo hoje compartilhando, tenho certeza que vai nascer muita coisa boa .Pretendiamos fazer primeiro este encontro em uma mansão. A gente tava saindo de um centro cultural e foi passando na frente desta casa, a gente viu a porta aberta e pensou vamos invadir e fazer um centro cultural. Aí a gente foi entrando e vendo a grandiosidade da casa, cheia de mármore, com piscina, gigante. A gente chegou lá e pensamos em ocupar pra fazer uma exposição com o grafite, por a galera é isto aí, não tem medo de polícia, sabem muito bem dos direitos que defendem quando vão pra rua pintar. Só que a idéia foi crescendo e fomos ficando mais preocupada com a estrutura física, se poderia suportar a quantidade de pessoas. E no dia seguinte viemos aqui nesta parte de trás e a comunidade foi chegando e apreciando.” Renatinha Peixe-Boi

Os grafiteiros Hulk e Raiz

Os grafiteiros Hulk e Raiz

Os movimentos aqui em Manaus tem esperado muito das atitudes governamentais. Os skatistas não constroem mais suas rampas pra andar de skate. Então a gente reuniu esta moçada para a galera dar o que tem de melhor. E você está vendo que faltou alguns movimentos, isto por que os movimentos ainda estão fracos. Olha o grafite aí que veio, pintou tudo por que a galera realmente é independente. Mas temos que agradece a galera que fez mesmo, por que quem está aqui pra somar é a galera que temos que acreditar, tem que fortalecer, todo mundo tá tendo seu espaço aqui, isto não está custando nada, não tem nada com dinheiro, a gente está fazendo tudo na força de vontade. A gente quer mesmo é que a galera abra os olhos, por que se a gente diz que a arte salva, vamos provar isto, não vamos ficar esperando ações e atitudes de outras pessoas. E que massa que vocês estão fazendo esta entrevista, que possam divulgar, compartilhar, estar conhecendo uma galera que não conhecia pois é para promover uma união geral. Eu estou só feliz, os caras da polícia estão meio incomodados andando pra caramba, tomara que eles não pegue a galera do bomb que está fazendo uns riscos alí.” Raiz

Dando um rolê pela praça logo sentia a diversidade deste grande evento e um dos grupos que logo encheu o espaço de uma forte cultura multicentenária e história foi o pessoal da capoeira do Mestre Xangô que veio do São Jorge para mostrar esta expressão afro em conjunto com seu trabalho social e conversou com a moçada do bloguinho sobre o evento e da praça ser ocupada com arte.

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Meu nome é José Carlos, sou o Mestre Xangô, presidente e mestre do Grupo Manaus Capoeira e sou morador do bairro de São Jorge há 41 anos. Este trabalho que a moçada está fazendo aqui é uma maneira de fazer uma pequena manifestação e se direcionar as pessoas que se preocupam muito com coisas pequenas, quando tinham outras coisas a se preocupar como a cultura, a dança, a arte, como as outras manifestações que são feitas em Manaus e fora dela por amazonenses que sairam pra divulgar já que aqui não tem espaço.

Nosso trabalho é um trabalho social no bairro de São Jorge, na quadra da Igreja de São Dimas, onde a única coisa que a gente cobra todo ano é o boletim escolar, se tiver ruim no colégio não treina e só volta quando estiver melhor. E como os meninos não querem perder o espaço onde treinam eles dão 100% no colégio. Por isto eu sempre digo que você tem que estudar e manter o esporte sim e dizer sempre não as drogas, mas sem nunca discriminar ninguém. A gente tem pouca divulgação no nosso bairro. Este evento que estamos fazendo podia estar cheio por que é um trabalho gratuito e esta manifestação devia ter em toda praça pública inclusive em datas como no dia 20 de novembro [Dia da Consciência Negra] que a cada ano que se passa está diminuindo mais, as pessoas quase não estão indo pras manifestações por que não está havendo uma atividade cultural e o que tem muitas vezes não tem nada a ver com a cultura afro ou negra. Por isto dentro dos bairros, das comunidades, as praças tem que estar limpa e aberta para a cultura. Estão utilizando as praças hoje, mas não tem espaço para as crianças, que é um direito delas ao lazer, ao esporte, a cultura que está dentro do ECA. Estão enchendo as praças de brinquedos onde ninguém pode mais brincar e se quiser brincar tem que pagar, enquanto a praça é pública. E assim todas tem que estar abertas para cultura.” Mestre Xangô

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Além dos malabares que deixaram a praça com um aspecto alegre e lúdico estava presente o palhaço Curumim que encheu a praça de gargalhada da criançada e transeuntes que não resite a leveza do artista palhaço. Em uma conversa com o bloguinho o artista Rosival que recebe o palhaço Curumim falou sobre sua participação e da expressividade que este encontro tem para todos os cidadãos.

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O palhaço curumim se sente honrado de poder vim numa praça como esta que tem todo um histórico em Manaus. Histórico em prostituição, de abandono e tudo mais. Então este movimento vem exatamente para resgatar a questão do espaço público que precisa ser cuidado. Então para o palhaço Curumim é extremamente importante que além deste lugar aqui a gente poder levar para outros lugares, porque Manaus está carente disto, carente de arte. E quando a gente fala de arte não é só o palhaço, mas arte com toda sua plenitude: levar as crianças, levar as vovós, os vovôs, levar todo mundo. Manaus precisa ocupar seus espaços, colocar arte, dar vida, por que Manaus precisa de vida. Neste domingão de chuva que está maravilhoso dá vontade de a gente sair pulando por estas praças. Adoro praça e este espaço veio a calhar e este movimento é que Manaus precisa acordar. Mais importante que os grandes eventos, o poder público também precisa investir na arte lá no bairro, lá na periferia, isto está faltando, valorizar isto, enquanto expressão da comunidade. É por isto que eu sou palhaço e é por isto que eu sou mambembe para ir a outros lugares.” Palhaço Curumim

A moçada do grafite se fez presente em mais um encontro artístico que contou com mais de 20 grafiteiros e considerados do Bomb com gente da antiga como Buiu, Rogério Arab, Paradise, Blur, Mega, e vários outros. Abaixo vemos um registro histórico da moçada com alguns grafiteiros que estiveram presentes desde o início do evento e que sempre trocaram suas experiências, amizade e estilos artísticos.

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Conversamos com alguns grafiteiros que nos falaram deste grande encontro de grafiteiros e dos mais diversos artistas urbanos.

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Eu acho muito válido em um domingo destes, ainda mais no Centro, eu amo pintar no Centro e é muito massa. Reunir toda esta galera, todo mundo aqui num domingão, sempre desenvolvendo a arte e quebrando estes mitos que arte é isto ou aquilo. Tudo é arte. Ela é vandal, é subversiva, mas é arte. Um artista se liberta, não importa o material, faz, aprende, se supera. Alguém tem que fazer os trabalhos para ficar melhor.” Paradise

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Sou o escritor Soor que estou na rua na atividade e na minha opinião é um projeto muito bom que o cara vai trabalhando. É a arte que na vista de muitas pessoas é vista como vandalismo, mas o pessoal tem que saber diferenciar o vandalismo da arte de rua, que vem da arte da cultura urbana. É uma boa reunir a galera pra pintar no final de semana, estar se distraindo e convido toda rapaziada que puder vim ver nosso trabalho. Melhor do que estar envolvido em droga nós estamos com este trabalho que está tirando muitos jovens usuários de droga e trazendo aqui para o mundo da arte” SOOR

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É bom que não é só o grafite aqui hoje como em geral é, tem todos estilos: o circo, grafite, artes plásticas. Isto no meu conhecimento é uma novidade. Bom estar mandando este grafite com a galera interagindo pra caramba, mesmo tendo só alguns espaços, a galera distanciada mas o clima está bom demais, tudo perfeito. Um dos melhores eventos da cidade e a idéia é se encontrar mais vezes durante o ano fazendo em outros lugares. ” Buiu

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Também marcaram presença o pessoal do Freestyle, estilo de rima com base no rap, onde se tem que criar as rimas na hora. Os participantes fizeram mais uma Competição de Freestyle Amazonas e mandando muito bem. Os competidores se superavam para não perderem na rima do adversário, e assim tinham que usar sua capacidade para mandar sempre uma rima melhor.

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E como a produção não parava em todos os cantos da praça muitos aproveitaram para ficar também durante a tarde, quando também foram chegando novas expressões para mostrar e trocar experiências com a rapaziada que já estava presente.

O pessoal do Mestre Xangô aproveitou para cair no samba de raiz e deixar a praça com ainda mais alacridade. Chegaram também vários poetas e mais grafiteiros que começaram a ocupar todo o Centro e seus espaços abandonados, alguns há mais de uma década.

E no agradável passeio pelo centro de Manaus vimos as cores encher Manaus da vivacidade das cores. Encontramos nesta caminhada pelos arredores do Centro as talentosas representantes  do grafite feminino e trocamos uma idéia com as belas Lori e Hippie Greeny que deixavam sua arte sobre a cinzas telas que eram transformadas em pulsações  visuais.

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Na verdade este evento foi bom por que fazia muito tempo que não rolava algo assim que reunia todo mundo pra fazer uma ação assim. E fazer aqui no centro pra todo mundo se rever por que tinha muita gente que pintava há muito tempo atrás e que já tinha dado um tempo e com este evento se empolgou de novo e aí está aqui pintando e isto é muito legal. Pra mim fazer este trabalho é deixar um pedacinho meu no muro, então o que eu sinto eu deixo alí, independente do que eu sinto ou não, se estou mais feliz ou mais triste, tudo eu deposito alí pra não descontar em ninguém. É uma forma de eu liberar um sentimento preso em mim.” Lori- Arte sem limites (ASL)

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Achei este evento muito bom por que tinha tempo que o pessoal não se encontrava. E o lugar está bem deteriorado, então dar uma cor para um muro totalmente sem vida é bem bacana. E não é só o grafite, são vários movimentos juntos, por isto acho que deveria ter mais. Participar de um evento assim é muito bom para o nosso crescimento, por que é uma coisa que vai ficar podemos fazer de novo e a gente vem retoca, faz diferente, sempre procurando evoluir. “Hippie Greeny

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Acima vemos um dos grandes nomes do grafite e do bomb manauara, o sempre presente Blur que também apareceu para expor sua arte no Centro.

Abaixo vemos diversas telas (paredes) sendo ocupadas e criando um fluxo artístico que alimenta as veias esclerosadas da não-cidade de Manaus. Alguns lugares como os interiores de uma casa abandonada, terrenos baldios serviram de suporte para que a arte penetrasse em suas estruturas já bastante empedernidas

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A arte das grafiteira Meg e Poly

O artista grafiteiro Broly

O artista grafiteiro Broly

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O estilo do bomb/grafite de Vapor

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No fim  da tarde agentes da Guarda Municipal apareceram para admoestar os grafiteiros por estarem utilizando de um espaço público e que foi relegado pelo poder público. Prédios como o antigo prédio do exército (foto acima) que se encontra há tempos abandonado e teve suas entradas cimentadas e percebe-se diversas plantas que se aproveitaram do abandono para crescerem nos espaços limites da construção.

Os agentes tentaram impor a idéia de que o ato de grafitar era vandalismo e que não tinha nenhuma diferença da pichação. O que prova o desconhecimento da lei de Crimes Ambientais que no seu artigo 65 diferencia e legaliza o grafite. O que os ocupantes estavam fazendo nada mais foi do que dar vida a um espaço afuncional e devolve-lo ao espaço público. Assim aos grafiteiros, cidadãos ativos não podem ser negado a liberdade de sua expressão artistica ainda mais como intervenção urbana.

Porém em um estado que onde a liberdade é tolida, a criação é desincentivada e os jovens marginalizados dificilmente se entenderá a expressividade do grafite e de uma produção como Arte Ocupa Manaus. Por isso mais vezes todos verdadeiros artistas que trazem seu talento ao mundo e as ruas continuarão a ocupar a cidade e novos eventos logo surgirão para que Manaus um dia possa vir a ser uma cidade, já que o possível já está dentro do coração da arte manauara.

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Carnaval de Rua é no Rio de Janeiro

Janeiro 18, 2013
O site Rio Guia Oficial estreou nesta quinta-feira uma área especial destinada inteiramente ao Carnaval de rua. O internauta tem acesso a reportagens, dicas de programação e um sistema de busca com todos os 492 blocos autorizados e seus 700 desfiles separados por bairro, nome ou data. Então procure logo sua banda, cortejo, bloco, afoxé, desfile do carnaval!
Logo abaixo, aparecem em destaque os próximos ensaios ou desfiles. O cadastro traz foto de cada bloco e reúne informações como horários e percursos, facilitando a vida dos cariocas e turistas que querem desfrutar o Carnaval de rua. Então não esqueça a fantasia, não perca a folia, enquanto ainda é dia, por que depois só o amargor quartafeirico de lembrar que é só no ano que vem…

Notas soltas

Julho 21, 2012

  • Aquela que o samba está nas veias, Mart’nália, estará hoje (21) em Recife no Baile Perfumado  a partir das 21 horas com uma grande roda de samba colocando a cidade abaixo com muita  alegria e com a presença do Samba  de Luxo. Sambárretado…
  • O grafiteiro e tatuador carioca Rodrigo Zerkowski  – o GODRI – abriu inscrições até o dia 29  de julho para a oficina Janelas da aula que inclui 16 aulas de grafite, estêncil e escultura  destinadas a adolescentes de 14 a 17 anos moradores de espaços populares da região do Rio  Comprido. As aulas rolarão a partir de 13 de agosto de segunda à quinta, das oito às doze  horas, incluem café da manhã e almoço e são gratuitas. Ficou afin? Inscreva pela página do  facebook ou pelo email oficinasgodri@gmail.com e começe a transformar a realidade das  quebradas com arte. Se estiver afin de ajudar o projeto financeiramente de uma olhada na  proposta e meta bronca na arte rouca das ruas.
  • O projeto Meu Caro Amigo Chico B. do Clube do Choro fecha o mês com apresentações de Daniela  Spielman que en-canta de quarta a sexta (25, 26 e 27) ao lado do Grupo Choro Livre. E no  próximo sábado (28) quem solta a voz é Carlos Jansen e Lúcia e Maria.Bora que a coisa aqui tá feia…
  • O Festival Flamenco de Curta-Metragens (FFLAC) chega ao Brasil a partir desta terça (24) no  Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, onde em curta temporada promove cinema,  dança, canto, poesia, música e comportamento. Infelizmente o Centro não divulgou (outra vez)  a programação fo Festival…

  • Um dos mais importantes grupos de Ballet do mundo estará se apresentando no Theatro  Municipal do Rio de Janeiro neste fim de semana (21 e 22). Trata-se do Balé do Teatro Scala  de Milão que com trilha sonora interpretada pela Orquestra Sinfônica de Barra Mansa traz ao  palco o balé Giselle. As apresentações ocorrem a partir das 17 horas e tem ingressos módicos  a partir de 150 tocos…
  • Joinville é a capital mundial da dança, pois nesta semana rola o Festival de Dança de  Joinville que vai até terça (24). Com 30 anos de existência o festival traz apresentações de  todo o mundo na Mostra Contemporânea de Dança (não competitiva), o Festival Meia Ponta (para  crianças), a Feira da Sapatilha, o Encontro das Ruas, Rua da Dança, Palcos Abertos, cursos e  oficinas, e seminários de dança.
  • O SESC São Paulo está em todas suas unidades apresentando a enorme Mostra SESC de Artes que  rola até o fim do mês com uma programação extensa que inclui as mais diversas artes como a  performance visual alemã Glass, obras de Carmela Gross, Nuno Ramos, Ivan Puig, etc…  cinemas de Guy Maddin, Gustave Deutsch, Irmãos Lumiére, Win Wenders, Michel Ocelot, Werner  Herzog, a música hip-hop dos sul africanos  Tumi and the volume, Tom Zé, os catalãos do  Residual Gurus, os manamericanos do Denge Fever e muito mais artes…

 

  • A Cinemateca Brasileira em São Paulo exibe na próxima sexta (27) mais uma edição do Curta  Cinemateca Especial, com curta de novos realizadores. Quer exibir teu curta? Pode enviar seu  pedido para o e-mail programacao@cinemateca.org.br. Com entrada franca este mês rola All you  need is love, de Wagner Depintor; Aquém das nuvens, de Renata Martins; Livraria Ornabi, de  Camilo Cassoli; Nuanças, de Geraldo Blay e  Susana, de Rodrigo Chevas e Mc Fernandes.

  • Tadeu Jungle é um dos grandes artistas cineastas que trabalhou em publicidades, na televisão  e muitas outras piração… É por isso que a Cinemateca Brasileira exibe a partir de terça  (24) uma mostra deste artista trazendo cinemas com Amanhã Nunca Mais, Amazônia Niemeyer –  uma viagem pela estrada Belém-Brasília, Amores Expressos, Avesso Festa-Baile, Ela Faz  Cinema, Evoé, retrato de um antropófago, Frau, Heróis 2, Iemanjá, Isto teve roteiro?, O  Pograma do Ratão (sic), Passarela, Quem Kiss Teve. Videoclipes como Pesar, Poder, Proibida  pra mim, O silêncio e muito mais…

 

  • O The Who anunciou sua nova turnê Quadrophenia esta semana. Grandes coisa…. Mas o maluco  da coisa é que eles lembraram aqueles que iriam assistir uma apresentação que foi cancelada  em 1979 na cidade americana de Providence poderão utiliza-los no show da banda que vai rolar  no ano que vem na cidade. Se a maluquice fosse só esta tava de boa. O guitarrista depois de  velho brincou que experimentou a (hoje enrugada) caceta de Mick Jagger e que não esquece do  gosto… Ainda bem que brincadeiras não tem idade…

Arrigo Barnabé em celebração dionisíaca…

25 anos sem produção de Clementina de Jesus do jongo, do samba, da umbanda

Julho 19, 2012

Samba do trabalhador

Maio 1, 2012

SAMBA DO TRABALHADOR

Darcy da Mangueira

 

Vamos trabalhar minha gente!

Na segunda-feira não vou trabalhar
Na terça não vou pra poder descansar
Na quarta preciso me recuperar
Na quinta acordo meio-dia não dá (ê ê ê ah)
Na sexta viajo pra veranear (ê ê ê ah)
No sábado vou pra Mangueira sambar (ê ê ê ah)
Domingo é descanso, não vou mesmo lá (ê ê ê ah)

Mas todo fim de mês eu chego devagar (ê ê ê ah)
Por que é pagamento e eu não posso faltar
E quando chega o fim do ano, vou minhas férias buscar
E quero décimo terceiro pro natal incrementar

Mas na segunda-feira não vou trabalhar(ê ê ê ah)
Na terça não vou pra poder descansar(ê ê ê ah)
Na quarta preciso me recuperar(ê ê ê ah)
Na quinta acordo meio-dia não dá (ê ê ê ah)
Na sexta viajo pra veranear (ê ê ê ah)
No sábado vou pra Mangueira sambar (ê ê ê ah)
Domingo é descanso, não vou mesmo lá (ê ê ê ah)

Mas todo fim de mês eu chego devagar (ê ê ê ah)
Por que é pagamento e eu não posso faltar
E quando chega o fim do ano, vou minhas férias buscar
E quero décimo terceiro pro natal incrementar
Mas na segunda-feira não vou trabalhar(ê ê ê ah)

Eu não sei por que é que eu tenho que trabalhar,
Se tem gente ganhando de papo pro ar
Eu não vou, eu não vou, eu não vou trabalhar
Eu só vou, eu só vou se o salário aumentar (ê ê ê ah)

A minha formação não é de marajá
Minha mãe me ensinou a colher e plantar
Eu não vou, eu não vou, eu não vou trabalhar
Eu só vou, eu só vou se o salário aumentar

Tô cansado…

Mangueira D’Jorge a Jorge

Abril 22, 2012

O novo samba da Bahia

Abril 13, 2012